sexta-feira, 29 de outubro de 2010

                               DADOS HISTÓRICOS – CURIOSIDADES
O Fogo:
 o fogo é conhecido pelo homem há pelo menos 500 mil anos. O fogo foi obtido nos inícios da vida humana era obtido das erupções vulcânicas, dos raios ou de combustões provocadas pelas secas e pelo calor. Só bem mais recentemente na história do homem é que se descobriu a possibilidade de alimentar fogueiras e preservar o fogo, utilizando-o para preparar alimentos e combater o frio.
O fósforo:
 esse invento simples e útil, só seria aperfeiçoado no começo do século 19, há pelo menos 200 anos. Uns dão o ano de 1827, outros o de 1832, como dessa singela mas importante descoberta. Antes do fósforo, o fogo era iniciado pelo atrito de pedras ou de metais.
                                             Saldanha da Gama
Osvaldo Degrazia nos conta da ligação pessoal e profissional do almirante Luiz Felipe Saldanha da Gama (1846-1895), um dos nomes mais destacados da Marinha Brasileira, com a cidade de Itaqui. Foi essa cidade, estrategicamente importante para a defesa fluvial do Brasil, que serviu de palco da paixão do então jovem oficial Saldanha da Gama com Emília Josefina de Mello, a Mila. O casamento, apesar da oposição dos pais do noivo, ocorreu em 21 de janeiro de 1867. Mas a influente família Saldanha da Gama conseguiu fazer com o oficial fosse afastado da mulher, em plena lua de mel, e enviado à frente de combate da Guerra do Paraguai.
Separados pelas pressões familiares e pela guerra, Luiz Felipe e Mila mantiveram sua paixão registrada nas cartas que trocaram durante alguns anos, mas nunca voltaram a se encontrar. A história romanesca termina com um mistério. Saldanha da Gama morreu num combate da Revoluçao Federalista, em 1895, quando, à frente de um grupo de rebeldes, tentava entrar no Rio Grande. No bolso de sua farda manchada de sangue, estava a fotografia de sua mulher.
 Verso: até o século 16, a forma literária predominante era o verso.

Princípios básicos do “ser” tradicionalista.

Princípios básicos do “ser” tradicionalista.
                Nem todo aquele que usa a pilcha gaúcha, pode dizer que é um (a) tradicionalista. É preciso respeitar alguns princípios básicos.
 O nosso estado sempre foi marcado por escaramuças, revoluções e guerras. Na própria Revolução Farroupilha e aqui faço um parêntesis para dizer que, até 11 de setembro de 1836, era revolução e que após esta data, com a proclamação da república Rio-grandense por Antonio de Souza Neto, passou então a ser Guerra dos Farrapos, por ser país contra país. Dito isto, volto a lembrar que na epopéia farrapa, quando o comandante em chefe, Bento Gonçalves da Silva tentava conquistar São José do Norte, viu-se na impossibilidade do feito de forma tradicional, isto é, frente-a-frente com os imperiais.  Foi-lhe dito que somente incendiando a vila poderia conquistá-la. Bento Gonçalves pergunta se inocentes seriam sacrificados. Com a resposta afirmativa, ele sentencia: com o sacrifício de pessoas que nada tem a ver com esta guerra, renuncio a conquista da vila.
É dessas qualidades que quero falar. Este é um dos princípios básicos que devem nortear o nosso movimento. É por isso que surgiu em 1947, a chama que se acendeu no coração de cada rio-grandense. Não estou defendendo a volta ao passado, porque como dizia os irmãos Bertussi: “gaucho pra ser gaúcho acompanha a evolução, mas carrega no seu sangue de gaúcho, a tradição.” Defendo sim, o respeito a palavra empenhada, a humanidade, naquele gesto de Bento, a fraternidade, a coragem na defesa de seus princípios, o respeito às autoridades constituídas, aos pais e aos mais velhos, a lealdade, enfim, qualidades que se perderam com o tempo e que precisamos resgatar em respeito aos nossos avoengos.
Portanto, quem se esconde atrás de botas e bombachas para se locupletar, para tirar vantagens pessoais de forma sob-reptícia do seu cargo ou posição atual que ocupa, em qualquer esfera, pisando sobre seus irmãos de ideais, em detrimento daquilo que é apregoado na Carta de Princípios, tese basilar de nosso Movimento, com certeza não é um Ser tradicionalista na sua acepção mais pura. Glaucus Saraiva já dizia sabiamente, que haveria aproveitadores, pseudo-tradicionalistas, oportunistas, que se valeriam do tradicionalismo pra tirar proveito próprio. Falam de amizade pela frente, mas falam mal pelas costas, jogam os fatos em seu favor, fazem intrigas e manipulam os cordões de suas marionetes, sempre em benefício pessoal, em detrimento da comunidade que representam.
Quem já leu a Carta de Princípios, citada anteriormente? Quem segue os seus ditames?
Então patrícios, muitos, só “estão” tradicionalistas. Não “são” tradicionalistas. Ninguém tem o direito, por interesse escusos, de pisotear naquilo que foi conquistado com muito sacrifício, por nossos antepassados e que marcou indelevelmente a nossa gente: a honra, o respeito e a dignidade.
Assim foi forjada a têmpera do gaúcho. Assim deve permanecer. A nossa juventude e as nossas crianças gritam por exemplos que devem vir de cima. Parem com os “diz-que-me-diz”, parem com as fofocas, parem com as picuinhas. Isto não é próprio do gauchismo.
O gaúcho é um mosaico formado por índios, africanos, portugueses, espanhóis, alemães, italianos, poloneses e tantas outras etnias formadoras da nossa terra.
O tradicionalismo precisa ser revitalizado na sua pureza interior. Na cristalinidade dos galpões nos seus usos e costumes a voltarem a serem santuários dos valores intrínsecos, forjados em anos e anos de lutas e conquistas. Temos muitas batalhas para conquistar ainda, agora com a força das idéias, mas sem perder o tino, sem perder o farol.
Ninguém conquista um objetivo sem valores bem definidos.
Pensemos nisso.

                                             ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS. Professor-estudos-sociais e Tradicionalista
                                                                  Rua Acre, 27. Santa Cruz do Sul.

CÂMARA DE VEREADORES

                                         Câmara de Vereadores
Quando falamos em república (coisa pública) se entende que ela compreende três poderes interdependentes entre si e que se equivalem, cada um na esfera de suas atribuições. O poder executivo, o legislativo e o judiciário. Em idos tempos, já surgiu no Brasil, a anarquia que pregava o não respeito ao governo. Quer dizer só se entende uma democracia republicana com estes três poderes.
Dito isto, quero, sem entrar no mérito daqueles que criticaram a nossa câmara de vereadores, acho que eles também têm as suas razoes, dizer que é preciso entender as individualidades dos nossos edis. Muitas vezes, sai algumas palavras mal colocadas, mas com certeza sem a intenção da ofensa pessoal.
Afora as individualidades, temos que nos ater ao Poder Legislativo em si, que, como um poder da democracia, precisa ser respeitado. Faço um parêntesis, para dizer que parabenizo o presidente da nossa festa da alegria, que publicamente desculpou-se pela gafe cometida, de não te-la convidado como poder que é, para a festa em si. Demonstra com isso, o seu grande caráter e a sua humildade. Quem está livre de cometer erros? Tão somente aqueles que nada fazem.
A câmara de vereadores como poder constituído, precisa ser respeitada. Aliás, os nossos políticos, saem do nosso meio, portanto, eles pensam o que nós pensamos, eles fazem parte do nosso cotidiano.  Esquecemos, repito, que somos nós que os colocamos nos postos que ocupam. Deveríamos, de quando em vez, nos colocarmos nos seus lugares e sentir como agiríamos se lá estivéssemos. O dever de fiscalizar, legislar e tantos outros desígnios de nossos vereadores, são preceitos constitucionais, que devem preservados, sob pena de corrermos o risco de termos poderes ditatoriais que a própria historia nos conta e de memória infausta para a humanidade.
Assim sendo, quero sair em defesa do poder constituído, que é o nosso legislativo, porque ruim com ele, pior sem ele.
Elegemos os nossos representantes e, portanto devemos respeitá-los como parte da república.   Só assim teremos uma verdadeira democracia.
Não podemos generalizar a classe política como corrupta, como tão somente de interesses pessoas. Na sua maioria, são pessoas de bem e que querem servir a sociedade que representam. É preciso separar o joio do trigo.
Nós também somos seres políticos.  Embora sem mandato, fazemos política diariamente, em todos os setores de nossa vida. No nosso lar, na escola, no trabalho. A crítica acre não faz bem a ninguém, agora, a critica construtiva, que quer ver o bem da pessoa, ou instituição, ela é sempre bem vinda.
Inferindo, não estou criticando a quem quer que seja, até porque não tenho este direito. (quem sou eu para julgar) e sim, defendendo um poder que ajudamos a eleger.

Câmara de Vereadores

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

programas de radio

                                                PROGRAMA DE RÁDIO.

          Comecei a fazer programas de rádio quando ainda era criança no ano de 1960. Na época, Euclides Pereira Soares, criador das tradições gaúchas em Santa Cruz do Sul, iniciou o Programa do CTG Tropeiros da Amizade, chamado Grande Rodeio da Tradição.
          Ele era feito no estilo do Grande Rodeio Coringa, da rádio Farroupilha de Porto Alegre, com duas horas de duração, ao vivo e com auditório.
          Pois bem, o Euclides me concedeu, do programa de duas horas, na rádio Santa Cruz, uma hora de programa mirim. Depois disso, em 1962, o Euclides foi embora para Candelária e nós continuamos a apresentar o programa, agora em apresentação global.
          Diversas mudanças de horários e palcos ocorreram e ficou resolvido então que, faríamos o programa com auditório, mas gravado na sede do CTG e com uma hora de duração.
          Depois, mandaríamos a fita cassete para a rádio. Ele iria ao ar, todos os sábados, as seis horas da manhã. Esse programa durou até o ano de 1985 e nesse tempo tive a parceria do amigo Elemar Preuss.
          No ano de 1986, fui convidado para fazer um programa de forma diferente. Ao vivo diretamente da rádio, com horário das 17 às 18 horas de todos os sábados. Escolhi o nome de Alma Gaúcha.
          Algum tempo depois, o horário mudou para os sábados das 8 às 10 horas. Por muitos anos, tive parceria na apresentação, do amigo Valdemar Mancilhas Rodrigues.            
          Em 2003, com a mudança do comando da rádio Santa Cruz, o Alma Gaúcha saiu do ar.
Em Maio de 2004, fui convidado, apadrinhado pelo amigo Gustavo Carioca, a apresentar um programa gaúcho na rádio gazeta am.
          Aí então recomeçei o Alma Gaúcha, sempre com muita cultura do Rio Grande e muita informação.
          Inicialmente, às 5 horas da manhã de todos os sábados que, continua até hoje e algum tempo depois, também aos domingos das 7 às 9 horas.
          É o Alma Gaúcha revivendo as tradições de nosso pago, com música de raiz e também enfoques de culturas educacionais para todas as idades.
         Saliento ainda, que o programa de sábado vai até às 6:45 h.
Quem quiser participar do mesmo pela internet, é http://www.gazetaam.com.br/ ou se comunicar comigo, além dos endereços da rádio é pelo facebook, toninhosantospereira@hotmail.com

     ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS - Professor e radialista.
   (Twitter, toninhopds; Blog, Allmagaucha.blogspot.com)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010


                                                                                                                                                                 
CHAMA CRIOULA                                                                                                                                   
Simbolizando o fogo da Pátria que foi criado exatamente para poder ascender a ideia de unidade na nação  recém criada, ou seja, o Brasil, saindo do domínio português, o Rio grande do sul, estado que foi descoberto 237 anos após o descobrimento do Brasil, viu-se também tomado pela cultura americana,  que aos poucos absorvia o que de pouco restava do nosso país como um todo, culturalmente falando.
Finda a guerra mundial, com a vitória dos aliados, os Estados Unidos da América surgem agora como a grande nação, para o mundo ocidental especialmente. Todos queriam copiar a nação americana. Surge a chamada geração  coca-cola, o jeans, e outros tantos costumes alienígenas que vão tomando conta da nossa juventude. Um colono, de botas e bombachas, em certa ocasião é barrado num cinema em Porto Alegre.
Década de 1940. Um grupo de jovens estudantes secundaristas, na capital do Estado, todos oriundos do interior, resolve matar as saudades de seus tempos de guris, quando em suas estâncias, ou que nelas foram criados, sonham em ter de voltas suas infâncias, já quase perdidas no tempo. As roupas de antanho, não se usavam mais, os costumes eram  outros, a moda era de fora e assim por diante. Veio em suas reminiscências as rondas crioulas que os peões faziam ao som da gaita e do violão. Veio também  o velho fogo de chão, companheiro inseparável de horas e horas do gaúcho, mateando no velho porongo, ornado de prata ou simples, tirado da terra e preparado especialmente, para estes momentos tão importantes da faina diária.
Sim, isto não  podia morrer. Esta identidade conquistada a pata de cavalo e a ponta de lança, estava em jogo. E,  porque então aquele fogo simbólico da Pátria, que representava a própria liberdade de um povo, também não poderia se tornar algo grandioso no coração dos gaúchos que sempre foram os defensores primevos das fronteiras deste País continente, a ferro e fogo e com muito sangue derramado de seus avoengos?
Seria uma chama, tão somente uma chama que seria acesa quando da extinção do fogo simbólico em 7 de setembro de 1947 e que arderia pela vez primeira até o dia 20 de setembro.
Mas, quanto significado neste gesto nobilíssimo. Porque a chama não estava extinta e nem apagada. Ainda votiva, ardia no coração de cada individuo deste garrão brasileiro. Estava lançado o primeiro alerta ao Rio Grande, foi tocado de novo o clarim farrapo em continência a nossa gente. O Rio Grande, assim  como o cinamomo, que no inverno perde suas folhas, mas que no verão revive com todo o vigor, estava de pé novamente, agora para defender suas crianças, sua memória, sua história de civismo, brasilidade e gauchismo. Sempre tivemos e continuaríamos a ter a uma identidade própria, não precisaríamos copiar  de ninguém.
E esta simples chama crioula, tornou-se hoje um símbolo muito maior do que parece.  Por ser representativa de uma origem que remonta a história grega, que volta as grandes odisseias, as grande conquistas cantadas em prosas e versos. É a glória de um povo que nunca se submeteu a tirania e aos descalabros de ditadores medievais e  hodiernos.
Hoje, quando as luzes da ribalta, iluminam nossos palcos, muitas vezes esquecemos estes feitos memoráveis de nossos antepassados. Por isso a importância do conhecimento da nossa história, para não sermos engolidos por costumes e práticas contrárias à própria alma gaúcha.
Este conjunto formador de nossa amada terra gaucha é hoje um grande mosaico. Mas sua beleza está juntamente neste ponto. Aos poucos, aprendendo o valor da família, do grupo local, da sociedade, logo depois, valorizando da base ao teto.
Uma pequena chama, mas que hoje envolve o universo porque ela se espalhou. Ela não mais é só nossa. Ela é de todos os homens de boa vontade e que querem o bem de seu próximo.
Como os grandes avatares  de tempos imemoriais, o rio-grandense, como de início era chamado, abriu o seu próprio caminho, vislumbrando no horizonte um novo mundo, cheio  de cordialidade e cavalheirismo, onde não haveria mais lugar para as guerras fratricidas e sim, para a fraternidade universal.


                                        ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS. Tradicionalista