quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Esclarecimento para a posteridade sobre a contribuição do espiritismo para a humanidade.

                Segundo Allan Kardec, no livro dos Espíritos, o espiritismo veio acabar com o materialismo, que ainda vige em nossa sociedade. Veio descortinar velhos ensinamentos, velhos dogmas impostos desde os tempos medievais, em que, eram proibidos qualquer tipo de discussão em torno de assuntos que envolviam o conhecimento da teologia cristã.

                O espiritismo veio dizer a toda a humanidade que não era mais uma religião tradicional, que esta abertura no véu da ignorância, deveria servir à todas as crenças. Que finalmente o orgulho, a inveja, a presunção, o egoísmo deveriam ser banidos de todos os povos, como grandes chagas da humanidade que são. Que, o conhecimento das verdades que o Cristo através de parábolas nos deixou, finalmente poderia, ser entendido por todos.

                São três os enunciados basilares do espiritismo para o progresso da humanidade, ou seja: a curiosidade, advinda desde 1848, quando as irmãs Fox, num vilarejo no interior dos Estados unidos, começam a ouvir na sua humildade choupana, batidas que depois de muito serem estudadas, por autoridades locais, viram que as respostas dadas a perguntas formuladas, tinham nexo e inteligência.

Despertada a curiosidade, sai da América do Norte, passa pela Inglaterra, chegando até Paris, França, centro irradiador da moda para todo o planeta. Começa então, a fase das mesas girantes, das batidas inteligentes, mostrando que havia algo ainda desconhecido para o leigo, fora dos conceitos da época.

O eminente professor Hippolyte Denizart Léon Rivail, um dos grandes nomes da sociedade francesa, começa a estudar donde provinham tais ocorrências. Desta curiosidade surgiu todo o conhecimento dado pelos espíritos, que nada mais são do que a alma dos que já morreram, através dos cinco livros básicos da doutrina, então formada.

O segundo enunciado, com este advento, era o raciocínio e a filosofia.

Não se podia mais impor a fé, ela teria que ser racionada. Como o homem deveria viver com o conhecimento do bem e do mal. Como o homem, sabendo da sua responsabilidade e do seu livre-arbítrio, poderia transmudar a sociedade onde vive, através de sua reforma íntima, isto é, mudando o homem, a sociedade se transformará. Como o homem sabendo que ele foi criado por Deus, simples e ignorante, como espírito a sua imagem e semelhança e não como carne, teria que passar por várias existências até se tornar também um avatar do bem, posto este, a que todos nós fomos criados.

Então a filosofia veio nos dizer que só existe o mal onde não tem o bem, só existe a escuridão, onde não tem luz e que o homem foi criado para o bem. Sua natureza é boa porque, ele é filho do Pai amantíssimo.

 Uma fábula de um monge que, com seus discípulos vagam perto de um rio e viram um escorpião se afogando nos remete sobre isto.

“O monge tentou retira-lo da água com um pedaço de madeira. Não conseguindo, entrou no rio e o pegou. Foi quando o escorpião o picou e ele o largou de volta, saindo da água. Mas, passado o susto, o monge, para espanto de seus discípulos, volta a entrar na água e salva o escorpião, largando-o em terra firme.

Os discípulos espantados perguntam ao mestre: como senhor, este bicho lhe picou, ele é mau, só sabe fazer isto e o mestre ainda o salva?

Ao que o monge responde, com toda calma: é a sua natureza, a minha, é Esta!

 Então, o homem é bom por natureza”.

E o terceiro enunciado do espiritismo é a aplicação desta filosofia e nesta aplicação nós ainda estamos engatinhando. O homem, não aprendeu a fazer a verdadeira caridade, o homem, ainda odeia ao seu próximo. O homem, ainda não sabe que todos somos irmãos, independente de credos, raças, cores. O homem, ainda cria muros na sua incúria e não constrói pontes de amizade, camaradagem e amor incondicional. O homem, ainda acha que o outro lhe pertence, ainda diz que, mata por amor.

Amar é praticar o amor na sua forma mais digna, sem impor condições, querendo ver o bem do outro. É praticar o BE IN PE. Benevolência para com todos, Indulgência para com as falhas alheias e Perdão das ofensas. Esta é a verdadeira caridade.

Inferindo, o espiritismo veio transformar o homem velho, transmudá-lo para a nova vida que está chegando, corrigi-lo de suas imperfeições através do conhecimento de si mesmo, de sua natureza eterna, da sua origem e do seu destino como espírito imortal.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


SEM PENSAR!

                É exatamente este, o sentido do que estou escrevendo neste momento, isto é, deixando rolarem as palavras à vontade, sem muita concatenação de ideias e sem muito compromisso de coerência.

                Neste momento da minha vida, constatei que, não posso andar desarmado, não no sentido literal da palavra, porque as coisas não são como queria que fossem.

Na verdade, são muitas as especulações e incertezas, todavia, espero, estar contribuindo para o bem estar geral da comunidade, em que vivo e principalmente, na minha família e círculos de amizades, quando procuro agir de acordo com minha consciência, dentro de conceitos éticos, que fui adquirindo ao longo de minha existência.

                Muitas situações adversas, que surgem no dia-a-dia, procuro ter a calma e pensar dez vezes, antes de tentar resolvê-la, sem, entretanto, modificar as condições primeiras da individualidade e personalidade de cada pessoa.

Sem tentar impor nenhum juízo apressado, afirmo, que sem a devida imparcialidade que deve caracterizar cada individuo, que precisa decidir, não haverá nunca a justiça integral, que necessitamos para a reabilitação moral de cada cidadão.

                Separar o “joio do trigo”, dar a “Cesar o que é de Cesar”, são parâmetros que devemos seguir, para termos uma linha reta de conduta e uma consciência tranquila do cumprimento rigoroso do nosso dever.