sexta-feira, 23 de agosto de 2013

FOLCLORE.


                                                   FOLCLORE.

                 Vivemos em um mundo vasto de tradições, que variam de acordo com as regiões e suas influencias culturais. Muitas delas se eternizam na historia, sendo transmitidas de geração para geração. As lendas, costumes, artesanatos, comidas, músicas, danças e línguas, são peculiaridades que enriquecem e caracterizam a cultura popular de uma nação.
                No dia 22 de agosto de 1846, essas manifestações que fazem parte da identidade de cada povo, ganharam nome e, a partir da união de duas palavras inglesas – folk (gente) e lore (saber, ciência) – nasceu o folclore. O criador desta palavra foi o arqueólogo inglês, William John Thoms.
               O Congresso Nacional Brasileiro, oficializou em 1965 que todo dia 22 de agosto seria destinado à comemoração do folclore brasileiro. Foi criado assim o Dia do Folclore Nacional. Foi uma forma de valorizar as histórias e personagens do folclore brasileiro. Desta forma, a cultura popular ganhou mais importância no mundo cultural brasileiro e mais uma forma de ser preservada. O dia 22 de agosto é importante também, pois possibilita a passagem da cultura folclórica nacional de geração para geração.

         O folclore traz, nas lendas, contos, ditados, danças, pratos típicos e muito mais, a forma como o povo interpreta e vive seu mundo. Ao tomar conhecimento do folclore, podemos compreender, na sua essência, a cultura de um povo. Um povo sem cultura e tradições acaba por ser escravo de culturas alienígenas e vivendo, por isso, os usos e costumes de outros povos.

Destacamos algumas lendas do nosso imaginário que fizeram parte, com certeza, das histórias contadas, pelos nossos avoengos, quando a televisão e internet, era apenas um sonho: o boitatá, a mula sem cabeça, o negrinho do pastoreio, a Salamanca do jarau, o Saci-Pererê e tantas outras.

         O escritor, Ari Riboldi nos diz que “Silvio Romero é tido como o pai do folclore brasileiro. Outros folcloristas consagrados: José de Alencar, Mário de Andrade e Luís da Câmara Cascudo. No Rio grande do Sul, vive um dos mais destacados folcloristas da atualidade. João Carlos Paixão Côrtes. Há mais de meio século, ele vem resgatando e registrando as manifestações autenticamente populares das diversas etnias que formaram o nosso Estado e o Brasil”.

         Inferindo, diria ainda que um povo que quer preservar sua identidade precisa, sem dúvida alguma, preservar a memória de seus antepassados, delegando aos seus descendentes, exemplos de virtudes, que marcarão suas vidas de maneira indelével.

                                        

sexta-feira, 9 de agosto de 2013


                                                                       PAIS! Uma reflexão.

                O dia dos pais teve origem na antiga Babilônia.  Há mais de 4000 anos, um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão para o dia dos pais, com mensagem em que desejava, sorte, saúde e longa vida ao seu pai.

         Em 1909, a data surgiu nos Estados Unidos por Sonora Louise Smart- (Arkansas), filha do agricultor William Jackson Smart e esposa Victória Ellen Cheek Smart, que sentia grande admiração por seu pai. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional, oficializada em 1972, pelo então presidente americano Richard Nixon, no terceiro domingo do mês de junho.

         No Brasil, o dia surgiu em meados da década de 1950, pelo publicitário Sylvio Bhering, celebrada inicialmente no dia 28 de fevereiro, data em que se comemora, São Joaquim, patriarca da família e segundo a tradição católica, também o dia do padrinho.

         O LE, de Allan Kardec, a pergunta 582 questiona: pode-se considerar como missão a paternidade?

“É sem dúvida, uma missão, e é ao mesmo tempo um dever muito grande que obriga, mais que o homem pensa, sua responsabilidade diante do futuro. Deus colocou a criança sob tutela de seus pais para que esses a dirijam no caminho do bem e facilitou a tarefa, dando à criança um organismo frágil e delicado que a torna acessível a todas as influências. Mas há os que se ocupam mais em endireitar as árvores de seu pomar e as fazer produzir bons frutos do que endireitar o caráter de seu filho. Se esse fracassa por erro deles, carregarão a pena e os sofrimentos do filho na vida futura que recairão sobre eles, porque não fizeram o que deles dependia para seu adiantamento no caminho do bem”

         “A paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos para o espírito encarnado na terra, pois através dela, a regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza”. (Chico Xavier)

         A paternidade é como a parábola dos talentos: significa receber preciosos talentos que devem ser movimentados com inteligência para que produzam os juros devidos. É o momento de transição em que o homem deixa de ser filho, para ser pai.

         José Herculano Pires, aborda a questão da paternidade num enfoque maior à responsabilidade de educar em bases cristãs: “a educação cristã reformou o mundo, mas os homens a complicaram e deturparam. A consciência do pecado pesou mais nas almas do que a consciência da libertação em Cristo. Tomás de Aquino ensinou: ... mães os vossos filhos são cavalos! Educar transformou-se em domar, domesticar, subjugar. A repressão gerou revolta e reconduziu o mundo ao ateísmo e ao materialismo, à loucura do sensualismo. A educação real é renascença da pedagogia cristã”.

         Numa visão geral, os pais assumem o compromisso de criar e educar um ser vivo. Como consequência, em alguns casos, a ingratidão dos filhos pode estar ligada diretamente à educação que os genitores ofereceram para tal. “A mulher saiu de casa para entrar no mercado de trabalho. Hoje a vida dos pais é agitada. Quando o casal chega em casa, quer compensar sua ausência”, diz o pediatra Claudio Pinto. O problema para esta “compensação” pode acarretar inúmeros problemas, os pais, quando podem, compram o que os filhos querem e quando não podem, deixam a educação para as “tias” das creches. “Eles não têm mais tempo”. Aí surgem mais problemas além da falta de amor e o conhecer daquele ente que ali está: “as crianças, nas creches estão mais vulneráveis às gripes, aos problemas pulmonares e até mesmo às infecções”, diz o pediatra. O sistema imunológico do ser vivo está completo apenas aos 7 ou 8 anos de idade e, nesta fase a criança, não mais, passa tanto tempo, na escola.

         O ambiente escolar tem sido outro ponto de grandes questionamentos nos dias atuais. “Cabe à escola reforçar os princípios morais que já foram instituídos em casa”, comenta a pedagoga, Ivelise Silva. Mas, não é isso que ocorre. Na prática, avalia, ainda a pedagoga, “os pais tiram a autoridade do professor e consequentemente, as crianças e adolescentes se espelham nas mesmas atitudes”.

         Os pais têm como missão desenvolver os seus filhos pela educação, mas educação para estes, serem cidadão de bem.

          É preciso ter autoridade, sem autoritarismo.

É preciso aplicar o chamado “amor exigente”.

O célebre educador João Henrique Pestalozzi, fundador do Instituto de Yverdon na Suíça, em 1805, onde estudaram, reis, príncipes e potentados da época, dizia em suma, três enfoques de sua tese educativa, que por sinal, ainda devia vigorar em nosso meio:

1-    Desenvolvimento da atenção.

2-    Formação da consciência.

3-    Enobrecimento do coração.

Inferindo, nesta pequena reflexão ao dia dos pais, diremos:

ainda que, a relação pais, filhos e nesta conjugação, juntarmos os mestres, no que concerne à disciplina, devem ser fundadas no amor e por ele governadas.

 

                                     ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS-