segunda-feira, 13 de maio de 2013


                                           Escravatura no Brasil!

                Em 13 de maio de 1888, deu-se a abolição da escravidão no nosso País. Era uma vergonha a escravidão!

A Inglaterra havia libertado os escravos de suas colônias em 1833; em 1846, fizeram o mesmo a Suécia e a Holanda; em 1848, a França e a Dinamarca; em 1856, Portugal; e, depois de grande luta (a guerra da secessão), os Estados Unidos da América, em 1865. Em 1870, acabada a Guerra do Paraguai, o governo provisório desse país aboliu a escravidão, a pedido do Conde d’Eu! E nós passávamos a vergonha de continuar com escravos, que os nossos dois aliados (Argentina e Uruguai não tinham!).

                A Lei Rio Branco. – Esta Lei, concedia a liberdade aos nascituros de mulher escrava; e dispunha que tais crianças ficariam sob o poder dos senhores das mães, que tinham a obrigação de cria-las até os oito anos de idade; estabelecia uma verba para o resgate anual de escravos, por sorteio e dava aos escravos a faculdade de se remirem quando por si, ou por algum protetor, pudessem pagar a quantia em que fossem avaliados. “A sessão de aprovação final (dessa Lei) converteu-se numa festa. Foi então, que o ministro dos Estados Unidos desceu ao recinto e, apanhando uma flor, entre as inúmeras atiradas das galerias sobre o ministério, disse que ia manda-la para seu País, a fim de que vissem que aqui se fazia com rosas o que lá se fizera com rios de sangue...” (Pedro Calmon, História Social do Brasil ).

Nos Estados Unidos, a libertação dos escravos, custou uma guerra civil, entre os estados do norte (que desejavam a abolição, pois sendo mais industrializados, não precisavam do braço escravo) e os estados do sul (agrícolas e, portanto interessados em manter a escravidão). A Guerra Civil durou de 1861 a 1865. Custou mais de oito bilhões de dólares e colocou em armas perto de 2 500 0000 homens mobilizados pelos federais (do norte) e 1 500 000 pelos confederados (do sul). As vítimas orçaram em de cerca de 500 mil!

                Dom Pedro II, quando de sua vinda ao Rio Grande do Sul, em 1865 (na rendição de Uruguaiana) entrou em contato com pensadores e diretores mentais da Argentina e do Uruguai, sentiu a geral repulsa inspirada pela existência de cativos no Brasil, parece que Hauriu novas forças, para preparar a via de acesso da abolição gradativa do pecado servil.

                A igreja e a emancipação dos escravos. - Em 1887, os bispos brasileiros diziam em pastorais que a mais nobre forma de festejarem o jubileu do Santo Padre era, para os que tivessem escravos, darem-lhes liberdade; e, para os outros, empregarem em cartas de alforria os dons que quisessem oferecer ao Papa.

                A princesa Isabel, quando da votação da Lei da abolição chamou o Barão de Cotegipe, que era contrário à lei, mostrou o entusiasmo geral, perguntou-lhe se não fora acertado vota-la: “Vossa Alteza redimiu uma raça, mas perdeu seu trono”, foi a profética resposta. Anos depois, a nobre senhora, de tão alta mentalidade cristã, abençoada por milhões de brasileiros e aclamada Isabel, a Redentora, teve a energia de afirmar: “Mesmo se nesse tempo eu tivesse podido adivinhar o que tinha de acontecer, teria agido pelo mesmo modo”. (Calógeras, história do Brasil ).

                A princesa Isabel era dedicada partidária da libertação escravagista; em Petrópolis promovia festas para formação de fundos destinados à liberdade dos escravos que ainda existiam na cidade; e numa quermesse, aí vendeu flores colhidas no quilombo do Leblon, em benefício da causa.

                Outra grande figura que não pode ser esquecida nesta data tão importante era de José do Patrocínio: figura impar nasceu no ano de 1854 e faleceu em 1905. Natural de Campos, de origem humilde, conseguiu formar-se em farmácia; não exerceu a profissão; fez-se jornalista e dedicou-se ardorosamente à causa da abolição; por seus artigos, tornou-se o herói popular dessa campanha abolicionista.

 
                                       

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