ALGUMAS CONTRIBUIÇÕES FOLCLÓRICAS DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ.
Segundo
Egon Schade “A pequena propriedade baseada no trabalho familiar, sem a
necessidade de emprego da mão de obra nacional, foi responsável pela
impermeabilidade da sociedade teuta”.
Muito imigrantes
eram apenas agricultores, porém grande número deles tinha ofícios definidos,
como, por exemplo, marceneiro, moleiro, ferreiro, alfaiate, pedreiro, etc.
Imprimiram
um estilo arquitetônico nas igrejas e casas. Construíram, dentre outras, casas
de enxaimel do tipo usado na Europa. Os móveis eram muito simples, de
fabricação caseira na sua maioria e estritamente necessário, hábito que seus
descendentes ainda conservam, aqueles mais tradicionalistas.
O “koffer” (baú), peça indispensável,
muitas vezes era usado para transporte de haveres dos imigrantes, durante
longas viagens.
A lúdica,
nas colônias, foi bastante exercitada, criando-se bandas, sociedades de canto,
tiro ao alvo e bolão. Ainda hoje, realizam-se festas já transculturadas: Kerb,
Oktober, Rei do Tiro. São festas, portanto já gaúchas, mas de origem alemã,
assim como a dança Herr Schmidt já aculturada.
A alimentação
embasa-se na carne de porco e batata. Incorporam-se, aos costumes gaúchos, a
cerveja e o café colonial. Este composto de vários tipos de pães, cucas,
tortas, salgadinhos, embutidos, schmier, mel, queijos, kaseschmier, nata, etc.
A colonização
alemã, é também responsável, pela introdução da árvore de natal e dos ninhos de
páscoa.
ALGUNS DITOS POPULARES.
MANDRACA:
feitiço – muito usado na fronteira
PERCANTA:
mulher de má fama – usado na fronteira
TRUMBICO:
qualquer coisa – usado nas missões
NARIZ
DE FOLHA: intruso – usado nas missões
PAMPARRA:
grande quantidade – usado no litoral
VISAGE:
aparição, fantasma - litoral
REBOJO:
movimento de vento - litoral
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