quarta-feira, 25 de junho de 2014


                                                       COMEMORAÇÕES JUNINAS.

                O mês de junho marca pelas chamadas “Festas Juninas” ou ainda festas caipiras, que são comemorações típicas de outras regiões brasileiras e que nós inadvertidamente, misturamos com o tradicionalismo gaúcho.

                As festas juninas devem ter o seu norte pela reunião e congraçamento de pessoas e entidades representativas com alegria e saudáveis brincadeiras, saindo do dia a dia dos escritórios fechados, das salas de aula, dos brinquedos eletrônicos, etc.

                Ressalva-se nestas efemérides a homenagem aos santos padroeiros na preservação da participação coletiva e da própria tradição que não pode ser esquecida. Aos professores sugere-se que observem o fato na localidade e selecionem elementos, com intuito didático da questão.

Ressalte-se que os fogos de artifício não devem ser estimulados, pois a prática está a demonstrar o perigo que isto representa, principalmente quando manuseados por crianças e adolescentes, resultando em graves acidentes com sequelas muitas vezes irreversíveis.

                Se não houver um traje respeitoso à cultura caipira, dar preferencia à indumentária gaúcha. Não havendo esta possibilidade, vestir-se com o uniforme da própria escola.

                Valho-me agora do folclorista João Carlos Paixão Cortes para fazer a seguinte observação: “não misturar a festa gaúcha com a festa caipira que é uma tradição do interior paulista, principalmente. O importante é não ridicularizar os caipiras, que merecem todo o nosso respeito. Sabemos que o caipira é um tipo humano representativo de uma região brasileira, assim com o é o Vaqueiro, O Jangadeiro e o Próprio Gaúcho. Se deturpam a figura do caipira, tornando-a extremante ridícula e até mesmo cômica, transformando-o em verdadeiro palhaço, foi pela falta de conhecimento do tipo verdadeiro. A imaginação jocosa não viu no caipira as qualidades e virtudes que possui, ante as condições desfavoráveis do seu existir”.

                 Será que gostamos quando, em certos programas televisivos em nível nacional, ridicularizam a figura do gaúcho rio-grandense? E quais são os Santos Padroeiros do mês junino e suas fogueiras como eram feitas?

Santo Antônio: fogueira em forma quadrada, com parte alta menor que a base. Comemoração em 13 de junho. Chamado Santo casamenteiro.

São João: forma redonda. Comemora-se em 24 de junho.

São Pedro: fogueira em forma triangular. Comemora-se em 29 de junho. É considerado o padroeiro do Rio Grande do Sul.

Algumas brincadeiras também podem ser feitas. Entre outras, dança da batata: o casal que conseguir dançar uma música inteira equilibrando uma batata entre as testas, ganha uma prenda. Neste caso, prenda se refere a um presente, um mimo.

Corrida do saco: com um saco de aniagem faz a famosa corrida do saco.

Pau de sebo: comum nas festas juninas. Consiste num poste de madeira engordurado. Tem que se atingir o topo.

Corrida do casal: corrida a dois, interligados por fita ou corda nas pernas.

Dança do bastão: recreação coreográfica em que um dos participantes dança com um bastão ou vassoura e procura, em determinado momento, encontrar seu par, deixando o bastão (vassoura) para outro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário