quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

                                                  Para reflexão
Em 2010, foram 1650 mortes por assassinatos e mais de 1500 mortes no trânsito.Só em nosso estado.
Que números assustadores! Analisando estes números, me parece, salvo melhor juízo, que o âmago da questão, está em cada  um de nós.
O indivíduo vive assoberbado, sempre com muita pressa. Não tem mais tempo para pensar, por exemplo, o que quer dizer a palavra família. Diria que é uma reunião de seres afins, que se respeitam mutuamente, com hierarquia. Sim, eu disse, com hierarquia. Não se tem mais isso. Todo mundo manda e ninguém mais manda. Os pais, infelizmente, entregam a educação de seus filhos ao Estado e este Estado, por sua vez, não tem competência filosófica, nem curricular de fazer este papel. O que acontece então? Estamos criando uma sociedade, cada vez mais afastada de princípios de ética e moral. Princípios estes que primam pela verdadeira educação, o respeito à vida e a liberdade. Vejam, não falei libertinagem!
                Parece, que nestes tempos que vivemos, tudo pode! Nada é proibido: “se todo mundo faz, porque não posso também fazer”! A liberdade sexual é mais um exemplo que usurpou todos os limites. Adolescentes, quase crianças, já são ensinadas pelos próprios pais, vejam só a que ponto chegamos, que já podem “ficar” e pasmem “ficam” em suas próprias casas com a maior naturalidade, isto sem falar na sazonalidade de seus pares. Isto está correto? É claro que não. É só ver os filhos que nascem destas relações!
                Inferindo, então veremos que os crimes passionais que, em todas as todas as estatísticas são maiores que os de trânsito, tem estreitíssima ligação com os frouxos laços familiares, com a desestruturação do lar verdadeiro. O lar não é casa de moradia, aonde vamos, ao final do dia, pra dormir, depois da faina diária. É a família hierarquicamente constituída, com respeito a valores tradicionais, que muitos dizem “caretas e ultrapassados” e que estão hibernando, adormecidos em cada um de nós.
                Não tendo a família como um porto seguro, ao crime contra a vida, é um passo. Qualquer discussão , qualquer desentendimento já basta. Se não na própria família, é um vizinho, é um algoz que vai sofrer as conseqüências.  A irritação vai para o trânsito. É tudo uma seqüência. “Não posso descarregar em casa, o primeiro que se atravessar no meu caminho”...... ou então aperto o acelerador..... não é mesmo?
Crimes passionais e mortes no trânsito têm estreita ligação... ou não...!
                                                Antonio Pereira dos Santos- professor de Estudos Sociais.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Rosário

    Quem teria inventado esse conjunto de contas enfiadas, que se fazem passar entre os dedos, enquanto se vão recitando pai-nossos e aves-marias?
     Teria ele aparecido na Terra Santa por iniciativa de Pedro, o Eremita, à época das Cruzadas.
     "No fim do século XI, ao conduzir Pedro, o Eremita, os primeiros cruzados, notou perto de Constantinopla, terem os turcos o costume de rolar, entre os dedos, sessenta contas, ligadas a orações. Adotou, Pedro, esse uso, inventando o modo de rezar a que os peregrinos chamavam coroa, saltério da Virgem ou rosário. São Domingos, mais tarde, fundou a confraria para melhor assegurar a duração e a solenidade desse instrumento de orar". ( Le Culte de Marie), ( O Culto Católico, Teixeira Mendes).
     Curioso é dizer-se que a palavra rosário vem do latim rosarius, de rosas.
     Segundo Larousse, "O rosário era uma coroa espiritual de prece; as contas grandes chamavam-se outrora rosas".