quinta-feira, 30 de abril de 2015

                                                                         DIA DO FERROVIÁRIO!

                    O ferroviário, isto é, o trabalhador das estradas de ferro, também tem o seu dia. É o 30 de abril. Por quê? Porque em 30 de abril de 1854 inaugurou-se a primeira linha ferroviária do Brasil, numa viagem que contou com a ilustre presença do imperador dom Pedro II e da imperatriz Tereza Cristina.

                    A Estrada de Ferro Petrópolis, que tinha cerca de 14km de trilhos, ligava o Rio de Janeiro a Raiz da Serra, na direção da cidade que batizou a ferrovia. Ela foi um empreendimento do empresário Irineu Evangelista de Sousa, que por isso recebeu do governo imperial o título de barão de Mauá.

                    Hoje, pode não parecer, mas as estradas de ferro e seus trabalhadores já foram muito importantes para o desenvolvimento de nosso país. A história do Brasil, em diversos sentidos, caminhou sobre os trilhos dos trens, puxada pelas locomotivas. Quer um exemplo surpreendente?

                                                                Os ingleses e o futebol
                    As duas primeiras bolas de futebol trazidas para o Brasil, que introduziu aqui esse esporte britânico, foram utilizadas numa partida entre os funcionários da São Paulo Railway (= estrada de ferro) e os da Companhia de Gás. Os ferroviários ganharam por 4 a 2.

                    Na verdade, assim como o futebol, a ferrovia é uma invenção dos ingleses. A primeira locomotiva da história foi projetada pelo engenheiro George Stephenson (1781-1848). Seus resutados para o transporte de carga e passageiros foram surpreendentes. Afinal, os transportes terrestres da época tinham tração animal e a locomotiva (de "locomotion", locomoção, movimento) atingia uma velocidade incrível: 20 quilômetros por hora.

                    Os trens rapidamente se difundiram no mundo e no Brasil. Aqui, em 1889 já havia 10 mil quilômetros de linhas férreas e, no centenário da inauguração da estrada de Mauá, em 1954, os trilhos já haviam atingido cerca de 40 mil quilômetros. Ao longo de todo esse tempo, várias outras vezes os ferroviários ajudaram a transportar nossa história.

                                                      A locomotiva da história
                     Em 1930, Getúlio Vargas pegou um trem no Rio Grande do Sul e seguiu para o Rio de Janeiro, conduzindo as tropas gaúchas que iriam depor o presidente Washington Luís e começar um novo período da história nacional. Da mesma maneira, viajavam de trem as tropas paulistas que se insurgiram contra Getúlio em 1932, lutando pela promulgação de uma nova Constituição.

Na década de 1950, o trem era o principal meio de transporte entre as duas maiores cidades do país: São Paulo e o Rio de Janeiro. A ponte aérea só surgiria em 1959. Contudo, não foi o avião, mas a indústria automobilística, que o presidente Juscelino Kubitschek trouxe para o Brasil, na virada da década de 50 para a de 1960.

Com isso, as estradas de ferro entram em decadência. Infelizmente, pois se trata de um meio de transporte eficiente, barato e limpo, no que se refere à poluição ambiental. Hoje em dia, a malha ferroviária do país chega somente a cerca de 30 mil quilômetros, utilizada em sua maioria para o transporte de carga.

                                                           Trem-bala
                    Você pode estar pensando que isso é natural, que o trem era uma coisa do passado, que se tornou ultrapassada com o surgimento dos carros, dos ônibus, dos automóveis, mas isso absolutamente não é verdade. A importância do passado ressalta que as ferrovias também podem ser uma grande opção de transporte no futuro. Nas grandes cidades, os trens já são importantíssimos, transportando passageiros por debaixo da terra nos metrôs.

                    Além disso, a tecnologia ferroviária evolui muito ao longo de quase dois séculos. O trem-bala japonês, que une as cidades de Tóquio e Osaka, atinge uma velocidade média de 300Km/h. No Brasil o Ministério dos Transportes fala em abrir uma concorrência para criar uma PPP (Parceria Público-Privada) para a construção de um trem-bala entre o Rio de Janeiro e São Paulo.

                    Ele percorreria os 400Km que separa as duas cidades em uma hora e meia, viajando a uma velocidade média de 280Km/h. Este talvez já seja um bom motivo para se comemorar com entusiasmo o dia do ferroviário.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

           QUANDO FOI INSTALADA A PRIMEIRA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA NO RS.

                Criada pelo Ato Adicional de 12 de agosto de 1834, as Assembleias Provinciais se constituíram na grande expressão do poder legislativo das várias regiões brasileiras englobadas sob a égide do Império.
                A instalação da Assembleia Provincial de São Pedro do Rio Grande do Sul ocorreu a 20 de abril de 1835.
                As paixões partidárias tiveram como divisor de águas o presidente da Província, Fernandes Braga. A posição governista era defendida principalmente pelo ardoroso Dr. Pedro Rodrigues Fernandes Chaves, formado pela Faculdade de Direito de São Paulo, ex-estudante na Universidade de Coimbra e, circunstancialmente, irmão do Presidente. A seu lado, destacavam-se, Manoel Felizardo de Souza e Melo e o juiz Rodrigo Pontes.
                Na facção contrária, de forte cunho liberal, exaltada, pontificavam nomes como o do coronel Bento Gonçalves da Silva, o médico Dr. Marciano Pereira Ribeiro, José de Paiva Magalhães Calvet e Domingos José de Almeida.
                Para esta primeira legislatura, foram eleitos cidadãos que, nos anos seguintes, assumiriam papel preponderante na vida política da província, tais como o padre Tomé Luiz de Souza, Dr. Joaquim Vieira da Cunha, Dr. Francisco de Sá Brito, marechal Sebastião Barreto Pereira Pinto, major José Mariano de Matos, Francisco Xavier Ferreira, coronel João da Silva Tavares. Como suplentes, entre outros, José Gomes de Vasconcelos Jardim, José Pinheiro de Ulhoa Cintra, Coronel Bento Manuel Ribeiro, professor Antônio A. Pereira Coruja e Serafim dos Anjos França.
                Na fala de abertura da Assembleia, instigado por seu irmão Pedro Chaves, o presidente Fernandes Braga denunciou a existência de um plano oculto com o fim de revolucionar a província e separá-la da comunidade brasileira.
“A sua imprudente franqueza chegou ao extremo de acusar individualmente, por pedido que lhe fez a Assembleia, alguns deputados presentes como coniventes nesse plano sinistro ou como seus organizadores. Protestos violentos levantaram-se imediatamente. Os exaltados defenderam-se energicamente. Esteve iminente um conflito. A tempestuosa sessão terminou mais calma, graças aos esforços do Dr. Marciano Ribeiro. Porém, a luta era inevitável e a revolução não podia tardar.” (Coruja Filho).

                Foi aqui que se iniciou a Revolução Farroupilha, deflagrada à madrugada de 19 para 20 de setembro de 1835.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Código de Hamurabi

Hamurabi, rei da Babilônia, no século XVIII a.C., é o autor de 282 leis, que ficaram conhecidas como Código de Hamurabi, baseadas na lei de talião, pena antiga pela qual se vingava o delito, infligindo ao delinquente o mesmo dano ou mal que ele praticava. Olho por olho, dente por dente, era a base de qualquer justiça: "Se uma pessoa arrombar uma casa alheia, deverá ser condenado à morte e ser enterrado na parte da frente do local do arrombamento". "Se alguém acusa o outro, mas não pode prová-lo, o acusador será morto"
Descoberto em 1901, pelo arqueólogo francês, Jacques de Morgan, nos arredores da antiga Susa, atual Tunísia, o Código de Hamurabi encontra-se hoje no Museu do Louvre, em Paris.

Olho por olho, dente por dente na Bíblia

A expressão olho por olho, dente por dente também se encontra na Bíblia, mais concretamente em Êxodo 21:24: "Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé." Nesta passagem, Deus revelou a Moisés algumas leis para que ele passasse para o resto do povo. Esta lei se encaixa nas leis a respeito da violência.
No entanto, essas coisas mudaram com a vinda de Jesus e da Nova Aliança. Em Mateus 5:38-39, Jesus disse: "Vocês ouviram o que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, lhes digo: Não se vinguem dos que lhes fazem mal. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também."
Muitos anos mais tarde, Gandhi afirmou: "Olho por olho e o mundo acabará cego". Com estas afirmações, Jesus e Gandhi estavam revelando a importância do perdão e da não-violência, porque a vingança corrói e cega o ser humano.

sábado, 11 de abril de 2015

                                                               ENART 3
                    Como deve ser o Enart em Santa Cruz do Sul. Em primeiro lugar, deve voltar as origens, ou seja conforme foi o trato em 1997. A Prefeitura da uma ajuda de custo, digamos de 100.000,00 reais e daí as três entidades organizadoras, o MTG, ATS e a própria Prefeitura dividem tudo, lucro ou despesa.
                    No Próximo ano, se houve lucro deverá ser dividido por três, da seguinte forma. Um terço para o próximo evento, um terço para a ATS e um terço para o MTG. 
                    Assim foi o começo de tudo em nossa cidade e salvo melhor juízo, com alguns ajustes seria o ideal para acabar com discussões estéreis e futuros problemas.
                    Para se evitar despesas desnecessárias, os apresentadores podem serem todos da cidade. Não precisa ninguém de fora, com gastos de hotel e alimentacao. As vendas de espacos no parque seriam explorados pela ATS, como era no inicio e funcionava muito bem.
                  O presidente sera escolhido pelo três organizadores de comum acordo e nunca uma única entidade impondo um nome. Tomara que o novo presidente do MTG, olhe com bons olhos a volta as origens deste grande evento da sociedade rio-grandense.
                                                                         FARROUPILHAS!
                    Farroupilhas, o nome vem das idéias ou das roupas? Muitos livros de história insistem na versão de que o nome dos farrapos ou farroupilhas, dado aos revolucionários gaúchos, teve origem nas roupas que estes vestiam- gastas e esfarrapadas. No entanto, a verdade é bem outra. A denominação é, mesmo, anterior à Revolução Farroupilha, e era utilizada para designar os grupos liberais de idéias exaltadas.
                  Já em 1829, eles se reuniam em sociedades secretas. Uma delas era a Sociedade dos Amigos Unidos, do Rio de Janeiro, cujo objetivo era lutar contra o regime monárquico. Desde então, eram chamados de Farroupilhas. 
                 Segundo Evaristo da Veiga, o termo havia sido inspirado nos "San Culottes" franceses, os revolucionários mais extremados durante o período da convenção (1792- 1795). Os "San Culottes", que literalmente quer dizer "sem calção", usavam calças de lã listradas, em oposição ao calção curto adotado pelos mais abastados.
                 Outra versão, insiste no fato de que o termo foi provavelmente inspirado nas roupas rústicas de um dos líderes liberais, Cipriano Barata que, quando em Lisboa circulava pela cidade usando chapéu de palha e roupas propositadamente despojadas. 
                 Seja qual for sua origem, o termo já era aceito em 1831, como designação dos liberais exaltados que, nessa época publicavam 2 jornais no Rio de Janeiro: A Jurubeba dos Farroupilhas e a Matraca dos Farroupilhas.
                 O Partido Farroupilha foi fundado no Rio Grande em 1832 por Luis José Alpoim que, participara, no Rio de Janeiro, das agitações populares de 7 de abril de 1831, que resultaram na queda do Imperador. Desde o início, o Partido teve atuação intensa. 
                 Em outubro de 1833, promoveu uma manifestação contra a instalação da sociedade militar (que congregava conservadores) em Porto Alegre. O confronto entre liberais e conservadores era, no Rio Grande do Sul, particularmente acentuado. 
                 Aqui, os moderados não tinham nenhuma expressão, e por isso eram alcunhados de "chimangos"- uma ave de caça com a qual não valia a pena se gastar chumbo. O apelido, a partir daí, se espalhou para todo o país.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O que dizem os espíritos, sobre desencarnes coletivos?

Ao longo da história do homem já ocorreram incontáveis situações de desencarne coletivos. Ações da natureza como terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas levaram incontáveis pessoas ao desencarne. E na história recente temos presenciado situações de desencarne por outras razões, como naufrágios, acidentes aéreos, acidentes automobilísticos, incêndios, desabamentos, ocupação inadequada de áreas de risco como áreas costeiras sujeitas a tsunamis, encostas de morros, e outras.
O desencarne é um assunto importante em nossas vidas, pois significa o final desta oportunidade reencarnatória, e a interrupção das relações familiares e de amizade, dentro dos padrões que conhecemos e estamos acostumados aqui na Terra. Logo é natural que o desencarne de muitas pessoas simultaneamente nos chame ainda mais a atenção. É consequência da característica doser pensante, refletir sobre sua vida e sobre sua interrupção. E por isso temos nos perguntado: por que ocorrem estas situações onde muitas pessoas desencarnam ao mesmo tempo?
Em mensagens recentes através do Médium Maury Rodrigues da Cruz, os espíritos Leocádio José Correia e Marina Fidélis nos alertam para o fato de que os desencarnes coletivos não representam resgate de erros em vidas passadas, ou qualquer tipo de castigo ou punição. Também não são resultado da influência de espíritos desencarnados. A reflexão que os espíritos orientadores nos trazem está em torno do uso mais construtivo do nosso livre arbítrio, o que nos leva a pensar mais criticamente sobre os fatos que causam os desencarnes coletivos, ao invés de nos apegarmos a explicações que retiram de nós a responsabilidade sobre os fatos que ocorrem em nossa sociedade.
Com a evolução do conhecimento científico o Homem passou conhecer mais a fundo os detalhes do ambiente onde vive, o planeta Terra. Passou a conhecer e a entender os vulcões, os terremotos, os tsunamis, as ações dos ventos, das chuvas, do fogo, do frio e do calor. Assim,hoje já sabemos que o planeta nos traz situações de risco à vida do corpo, e passamos a evitá-las quando possível. Evitamos ocupar encostas de morros, evitamos ocupar áreas sujeitas a terremotos, não ocupamos áreas de risco próximas a vulcões com possibilidade de erupção. Ao mesmo tempo a evolução da tecnologia nos trouxe sistemas de alerta para tempestades, tsunamis e erupções vulcânicas, reduzindo o risco de exposição das pessoas a tais eventos naturais. Desta forma, com base no conhecimento, na mudança de comportamento e na prevenção, certamente temos evitado mais situações de desencarnes coletivos em função de eventos naturais.
Por outro lado, a evolução do conhecimento humano gerou mudanças importantes na sociedade global. Intensificamos as relações entre países e continentes. Desenvolvemos aeronaves com capacidade de transportar centenas de  passageiros, grandes navios com capacidade para mais de 6 mil pessoas, automóveis, ônibus, edifícios. Mas, nem sempre o conhecimento aplicado consegue prever todas as situações, e o desenvolvimento da cultura, da mesma forma, nem sempre acompanha o avanço da tecnologia. Assim temos situações diversas que podem levar a acidentes: por um lado podem ocorrer falhas nos aviões, navios, automóveis, trens; por outro lado muitas vezes fazemos uso inadequado desses meios de transporte, nos colocando em situações não previstas e causando acidentes. Antes de termos inventado aviões, automóveis e edifícios não ocorriam desencarnes envolvendo estes recursos. Nós os inventamos, nós os usamos, nós os mantemos, nós cuidamos ou não do seu aprimoramento e das condições para seu uso. Estradas com manutenção precária; aeroportos situados dentro das cidades e com restrições para ampliações; pressão por resultados financeiros crescentes que acabam reduzindo a atenção e os investimentos em segurança; todas essas situações são escolhas humanas, escolhas feitas por nós espíritos encarnados, e que muitas vezes levam a situações que provocam o desencarne de várias pessoas.
E como temos a população em constante crescimento, temos cada vez mais locais onde ocorre a aglomeração de pessoas, como por exemplo em aeroportos, rodoviárias, supermercados, shopping centers, grandes eventos, casas noturnas, escolas, hospitais. Quais são os riscos que estes ambientes podem oferecer à vida daqueles que lá estão? Temos pensado a respeito? Temos atuado em sua prevenção? Como espíritos encarnados todos fazemos parte do grupo responsável pelo padrão de vida estabelecido na Terra no momento.
Na visão espírita não há destino. Há justiça, o que significa efeitos coerentes com as causas que lhes deram origem. Se atuarmos no sentido da prevenção, do ajuste de comportamento, da manutenção da vida, teremos menos situações de desencarne, independentemente de quantas pessoas estejam envolvidas. Entretanto, se adotarmos as explicações religiosas que eximem a sociedade de sua responsabilidade sobre tais fatos, justificando os desencarnes em supostos processos ditos cármicos, estaremos aceitando postergar aprendizados importantes e repetir sofrimentos evitáveis.
Tendo essas reflexões como base, como podemos avaliar os desencarnes ocorridos recentemente na Boate Kiss, em Santa Maria, RS?
Os espíritos desencarnados tem alguma influência nos desencarnes coletivos? As equipes espirituais podem ser chamadas a intervir construtivamente no sentido da prevenção de algum evento humano de grande significado para a civilização, desde que isso não limite o livre-arbítrio das pessoas. No caso de desencarnes coletivos a influência das equipes espirituais é semelhante ao das equipes encarnadas, ou seja, é de apoio e ocorre após o evento.
Os jovens que desencarnaram na boate Kiss em Santa Maria eram espíritos responsáveis pelas mortes de pessoas nas câmaras de gás na Alemanha? Não passaria de coincidência se entre aqueles jovens houvesse ao menos um dos participantes daquelas atrocidades. Apesar das semelhanças entre o método usado nos campos de concentração e o acidente de Santa Maria, os espíritos orientadores afirmam que não se trata de resgate, pois a intenção da Lei Maior é o aprendizado e não a punição. O conceito humano de justiça, por meio do método conhecido como “olho por olho”, é uma criação humana atribuída ao rei Babilônio Hamurabi, aproximadamente 1800 anos antes de Cristo. Percebendo a injusta desproporção em crime e castigo vigente em seu reino, ele promulgou leis que previam que as penas não deveriam ser maiores que os crimes.  Jesus trouxe a evolução do conceito de retaliação ao propor o perdão aos inimigos como forma de não perpetuar a dor. Mahatma Gandhi em 1948 argumentou sobre o acerto do perdão explicando que se formos buscar a justiça por meio do olho por olho, acabaremos todos cegos.
Mas, e onde ficaria a justiça se os algozes das atrocidades humanas não receberem sua justa punição? O desejo de vingança é uma imperfeição do caráter humano. Assim como aprendemos a imaginar Deus como um homem forte, acabamos imaginando características humanas também para sua justiça.  Jesus foi bastante claro ao questionar o mérito de perdoar quem amamos e ao insistir que devemos perdoar setenta vezes sete vezes aqueles que nos fizeram mal. Devido a essas mesmas imperfeições, há inúmeras maneiras pelas quais nós, os espíritos encarnados, aprenderemos sobre a importância da proteção da vida durante nossos estágios encarnatórios. Dentro do princípio de amor e perdão, não faz sentido pressupor equipes espirituais encarregadas de aplicar “penas de morte” a encarnados que erraram no passado.
Como avaliar as mensagens de espíritos que confirmam os resgates coletivos? Consta que uma vez Emmanuel disse o seguinte ao médium Chico Xavier "Se algum dia, eu disser algo diferente do que disse Jesus e Kardec, fique com Eles e abandone-me." Evidentemente, não há como abandonar o inestimável tesouro de princípios, ideias, exemplos e interpretações de Chico Xavier, como pessoa e como médium; bem como os conteúdos trazidos pelos espíritos que o orientaram. Ocorre que deixar de refletir sobre o conhecimento a fim de atualizá-lo é tornar a evolução mais lenta. Devemos lembrar que o Espiritismo é o estudo, o entendimento e a prática dos princípios fundamentais da Doutrina. Portanto deve estar em constante movimento evolutivo através da sua própria revisão.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Oração pela Paz - Yasmin Madeira (PSICOFONIA)

                 MEMÓRIAS DO INÍCIO DO TRADICIONALISMO EM SANTA CRUZ DO SUL!

                Em 1961, foi eleito patrão do CTG Tropeiros da Amizade, Deodomiro Paludo, que, devido a desavenças com o patrão da atualidade e fundador das tradições nesta cidade, Euclides Pereira Soares, não assumiu a patronagem, demissionando-se do CTG.
Com o senhor Paludo, saiu também a grande maioria dos associados da época, fundando um novo CTG, o Lanceiros de Santa Cruz, no Bairro Várzea, junto onde hoje é, a rótula da Avenida Independência.
                Nesse mesmo ano, já havia sido fundado, na Sociedade Aliança Católica Santa Cruz, (hoje não se chama mais católica), o CTG Rincão da Alegria, cujo primeiro gaiteiro foi Cliff Manoel Pereira dos Santos. Portanto, ao final do ano de 1961, já existiam em pleno funcionamento, três (3) entidades tradicionalistas em nossa cidade.
                Na época, saíram dos Tropeiros, para fundar os Lanceiros, nomes como, além de Deodomiro Paludo, Ercides Saraiva de Figueiredo, João Figueiredo, Ernestor Cardoso, Flávio Pereira dos Santos, Adail Gonzaga Fernandes, João Almeida, Valdir dos Santos, João Norberto Lacerda, entre outros.
                Começou a ser forjada uma nova leva de tradicionalistas. Arthur Bugs de Andrade despontou como o novo patrão do CTG Lanceiros de Santa Cruz. No CTG Rincão da Alegria, Norberto Adams, com sua equipe, desligou-se da Sociedade Aliança, começando um trabalho cujos frutos, ainda hoje, se verificam no meio tradicionalista.
                No final deste ano (1961), por motivos particulares, o patrão Euclides, dos Tropeiros, mudou-se para Candelária deixando em seu lugar o senhor Pedro Ferreira. Este, por sua vez, resolveu fundar outro CTG na mesma sede, antigo salão Tavares, depois sede do Flamengo Arroio Grande, no mesmo bairro. Ele contava com as mesmas pessoas que continuaram, somando-se a novos sócios.
                Era fundado o CTG Rancho da Saudade, cuja primeira prenda ficou a filha do patrão, Dalila Ferreira. Faziam-se muito, nesta época, saraus dançantes, aos domingos a tarde, hoje chamamos de domingueiras.
O grupo de danças folclóricas, sim “folclóricas”, porque não tinham autor, como as atuais que são chamadas “tradicionais”, de Paixão Cortes e Barbosa Lessa, continuou graças ao trabalho do Cliff, Antonio Pereira dos Santos, ainda menino, Osmar Lima de Almeida, Plínio Lima, Raul Xavier, Vital da Silva e outros. As prendas além da Dalila, sua irmã Neli, a Ilone Figueiredo, as filhas do seu João da Silva, Marlene e Ivone, entre outras.
                Neste período, ingressou no CTG Rancho da Saudade, Ary de Freitas Lopes. No dia 24 de junho de 1962, o Euclides foi convidado para apadrinhar um novo CTG, que se formava em Cachoeira do Sul, “Os Gaudérios”.
Euclides Pereira Soares, morador da cidade de Candelária, tinha um programa Gauchesco na rádio da cidade de muito sucesso na época, convidou a gurizada do antigo Tropeiros da Amizade, para juntos serem os paraninfos da nova entidade.
                Na viagem, ficou acertado que Ary de Freitas Lopes, juntamente conosco, a invernada artística, que era muita unida, reergueria os Tropeiros.
                Neste mesmo ano, saímos do CTG Rancho da Saudade, começando uma nova fase do mais antigo CTG de Santa Cruz. Com a nossa saída, o Rancho terminou. Este CTG teve uma duração de mais ou menos um (1) ano.
                Foi alugada então uma casa à Rua Bela Vista, como sede provisória do CTG. Após, mudou-se para a Rua João Martim Buff, 605, residência do patrão Ary, que aumentou a mesma, fazendo dela um galpão que abrigou o CTG por mais ou menos três (3) anos, mudando-se em definitivo para a sua sede permanente, em 1965, à Rua Princesa Isabel, 357 onde se situa até hoje.

                Enquanto isso, o CTG Rincão da Alegria, que já tivera sua sede no Círculo Operário, mudou-se para a chamada Faixa (única rua asfaltada da cidade e que ia para Vila Teresa, hoje Vera Cruz), na propriedade do Senhor Furtado, Rua Gaspar Batholomay, mudando-se, depois para a Rua Leonel do Prado, sede definitiva. Por desavenças ocorridas ainda, na Rua Gaspar Barthomay, foi fundado em 1966, o CTG Estância Alegre. Antônio Alves Fernandes, Pedro Lima, João Delfino da Silva, entre outros, destacaram-se nesta fundação.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

                                           Como surgiu a Semana Santa.

                      Em 325 d.C, o Concílio de Niceia, presidido pelo Imperador Constantino e organizado pelo Papa Silvestre I, consolidou a doutrina da Igreja Católica, como a escolha dos livros sagrados e as datas religiosas. Ficou decidido também que a Semana Santa seria comemorada (do domingo de ramos ao domingo de Páscoa). 
                      Há relatos de festas em homenagem aos últimos dias de Cristo, pouco tempo depois de sua morte. Porém comemoravam dois dias apenas (sábado de aleluia e domingo da ressurreição).       Nesse Concílio também foi adotado o Catolicismo como religião oficial do Império Romano.
Cada dia da comemoração faz referência a um acontecimento. 
                      O domingo de ramos refere-se à entrada do Rei, o Messias, na cidade de Jerusalém, para comemorar a páscoa judaica. Na segunda-feira seguinte foi o dia em que Maria ungiu Cristo; na terça-feira foi o dia em que a figueira foi amaldiçoada; a quarta-feira é conhecida como o dia das trevas; a quinta-feira foi a última ceia com seus apóstolos, mais conhecida como Sêder de Pessach. 
                     A sexta-feira foi o dia do seu sofrimento, sua crucificação. Sábado é conhecido como o dia da oração e do jejum, onde os cristãos choram pela morte de Jesus. E, finalmente, o domingo de páscoa, o dia em que ressuscitou e encheu a humanidade de esperança de vida eterna.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 2 de abril de 2015

                                    RETOMADA DA VILA DE RIO GRANDE!

                Desde 1763, a vila de Rio Grande estava em mãos dos espanhóis, tendo o governador militar português se retirado para o povoado de Viamão.  
Vindo a assumir a governança, o coronel José Marcelino de Figueiredo sentiu-se desamparado, mas, com o auxílio de Rafael Pinto Bandeira e outros “continentinos” (assim eram chamados os naturais da região), conseguiu conter novos avanços espanhóis.
                Somente em 1774, o rei de Portugal pareceu dar-se conta da humilhação a que estavam submetidos seus vassalos do sul do Brasil e ordenou a formação de um grande contingente armado que pudesse socorrê-los.
Nada menos que 4000 homens, sob o comando do general Henrique Bohm, atravessaram o Atlântico, vindo reunir-se a cerca de 2000 combatentes e voluntários do Continente, com que se formou o maior exército até então conhecido no Brasil.
                A retomada da vila de Rio Grande – com a retirada do inimigo para o Forte de Santa Tereza, ao sul do Arroio Chuí – dá-se a dois de abril de 1776, pondo fim a uma dominação espanhola de 13 anos. Abaixo o mapa da época.