sábado, 7 de novembro de 2020

 

´                                                                         FELICIDADE!

              Zoroastro, místico que teria vivido por volta do sec.VII a.C na região dos atuais, Irã e Afeganistão, criou uma doutrina religiosa, o Zoroastrismo que se baseava numa luta permanente entre o bem e o mal. O bem, incluiria tudo que fosse agradável ao homem: beleza, justiça, felicidade, etc. No final dos tempos, haveria vitória definitiva do bem.

A missão dos homens, seria apressar essa vitória final, através de uma conduta individual correta.

              Confúcio, na mesma época, na Índia, enfatizava o disciplinamento das relações sociais como elemento fundamental para se atingir a felicidade.

Por volta do sec. VI a.C, Sidarta Gautama cria o Budismo tendo como tema central a felicidade. Para o Budismo, a felicidade é a liberação do sofrimento. Segundo o ensinamento Budista, a suprema felicidade só é obtida pela superação do desejo em todas as suas formas.

              O filósofo grego Aristóteles, que viveu no sec. a.C; a felicidade estaria no equilíbrio, na harmonia.

              Epícuro, filosofo grego que viveu nos sec. IV e III a.C, defendia que a melhor maneira de alcançar a felicidade é através da satisfação dos desejos de uma forma equilibrada, que não perturbe a tranquilidade do indivíduo.

              Pirros de Élis, filósofo grego, contemporâneo de Epicuro, também advogava que felicidade residia na tranquilidade, porém divergia quanto de se alcançar a tranquilidade. Segundo ele, a tranquilidade viria do reconhecimento da impossibilidade de se fazer um julgamento válido sobre a realidade do mundo. Este pensamento é relacionado historicamente à escola do Ceticismo.

              Outra escola filosófica, o Estoicismo, também defendia a tranquilidade, como meio de se alcançar a felicidade, segundo esta escola, a tranquilidade poderia ser atingida através do autocontrole e da aceitação do destino.

              Jesus Cristo, defendia o amor como elemento fundamental para se atingir a harmonia em todos os níveis, inclusive no nível da felicidade individual – Cristianismo.

              Maomé, no sec. VII, na Península Arábica, enfatizou a caridade e a esperança numa vida após a morte como elementos fundamentais para uma felicidade duradoura, eterna.

              A felicidade é um estado durável de plenitude satisfação, equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude são transformados em emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo. A felicidade tem ainda a conotação de bem-estar espiritual ou paz interior.

 

 

                                                      EU VI!

 

Eu vi, em 30 de maio de 1431, Joana D’Arc ser queimada na cidade de Ruão (França) aos 19 anos de idade, por ordem da Inquisição Inglesa, que a acusou de heresia e bruxaria. Ela foi canonizada em 1920.

Eu vi a chamada Idade Média, mil anos de escuridão, quando uma simples desconfiança, os fiéis súditos eclesiásticos faziam valer sua autoridade em nome de um Cristo vingativo e cruel. Foram no mínimo milhares de mortos sob o fogo, para expurgar o demônio.

Eu vi, chegar a Idade Contemporânea e com ela nos dizemos pessoas inteligentes. Eu vi irmos à lua, conquistarmos o espaço, estarmos em pleno tempo quântico, criarmos clones de nós mesmos. Eu vi nos comunicarmos instantaneamente com todo o planeta e nos concebermos, como ser humano, na acepção legitima da palavra.

Eu vi os últimos dias, no entanto, cenas da idade média. Em toda a nossa Pátria, chamada do Evangelho e por muitos, considerada “coração do mundo”, e em todo o nosso Planeta Azul, eu vi como dantes muitos viram, o dantesco surgindo, como se tivéssemos voltado ao passado longínquo da inquisição romana.

Não, ninguém foi queimado em fogueira atroz visível a olho nu. Mas eu vi, línguas de fogo da inquisição hodierna a cuspirem sua ira e sua violência numa vil e ferina acusação de “heresias” dos novos tempos.

Eu vi, eu vejo ainda hoje no alvorecer da Nova Era, os ódios ainda florescendo no arcabouço da dureza de corações empedernidos, da ainda, vivência de eras primitivas do globo terrestre.

Eu vi o julgamento do pretérito voltar e senti de novo na própria pele o queimar do fogo inclemente a dilacerar as carnes num gozo impar dos algozes!  Seremos os novos juízes da inquisição? Nas dificuldades se conhecem as pessoas.

Eu vi o meu povo transformado e transtornado no primeiro obstáculo encontrado, eu vi as trombetas a tocarem o hino do Aqueronte, o rio da morte, no desespero da vida a esvair-se.

Eu vi e fiquei acabrunhado, triste... os rostos crispados dos meus irmãos que me fez sentir o antanho irracional, que já vivemos e que deveríamos ter extirpado do nosso imo!

Vivemos algo nunca experimentado por esta geração. A pandemia que assusta o mundo, mas que veio para libertar-nos dos atavismos de outrora numa demonstração clara do amor do Pai para conosco. Ao invés de uma guerra nuclear devastadora está nos trazendo o ensinamento através do amor que Ele tem, nos fazendo refletir e mudar o nosso interior fazendo cumprir a Lei maior da fraternidade universal!

O Cristo disse: “Não julgueis para não serdes julgados”. O amor é o meu dardo!

“O olho por olho e dente por dente” não cabe mais. Por isso, sejamos fraternos, façamos a nossa mea-culpa, busquemos a paz que tanto almejamos e que, às vezes, nós mesmos nos afastamos dela.  Pensemos nisso!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS- Professor e tradicionalista.

 

 

                                                             MEU PAGO!

              Ao pago santo ofereço meu preito, no recriar de fronteiras na liberdade de anseios refreados na prisão de sentimentos, nas refregas temporais de outros tempos e que trazemos incontinente à atualidade.

              Na incongruência da sociedade atual, vivo a dicotomia de um lado e outro sem saber, muitas vezes, que rumo seguir. Busco o equilíbrio nos questionamentos que faço, mas parece que estou solito na soledade dos meus devaneios!

              Quanta iniquidade sinto em meus confrades daqui e de lá, quando corações choram angústias indecifráveis e que levam a derrocada na ânsia de se conseguir uma felicidade efêmera à custa de muito ”choro e ranger de dentes”.

              Na carreirada domingueira não posso perder a vaza e tenho que erguer a fronte. Calço de novo as velhas botas e as bombachas surradas das domas que a vida oferece, sigo em frente, porque não posso parar. Quem para, cai e levantar, as vezes custa caro, e sigo para o altar das virtudes “compondo caminhos”, porque sempre posso recomeçar!

              E vejo neste instante, um beija flor a esvoaçar na minha janela e sinto que não estou sozinho. Ah, estou ouvindo também o sabiá laranjeira a cantar alegremente se fartando na ração da minha gata e levando em seu bico, grãos, que por certo, irão alimentar seus filhotes. Isto não é coincidência, com certeza não. Em tudo há a Mão Divina e ela veio me dizer para não desistir das minhas convicções. A natureza se manifesta em tudo, é só sabermos interpretá-la!

              O açoite da modernidade não mais me atingirá e a velha herdade está de volta ao meu frontispício  e visto uma pilha nova que mandei fazer na velha costureira do povoado, só para dias especiais, encilho o meu tordilho da razão, sigo em frente e estendo meu laço com 7 braças para levar comigo, aqueles que ficaram para trás, enrodilhados na tapera dos seus próprios pensamentos. Ninguém fica para remanescente!

Pensemos nisso!

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Causa e efeito

Quantas vezes bloqueamos a espontaneidade das crianças, esquecendo-nos do quanto isso nos doeu na nossa infância...

Quantas vezes exigimos mais maturidade dos adolescentes sem lembrarmos o que passamos quando nos exigiram isso...

Quantas vezes nos queixamos dos colegas de trabalho e não nos perguntamos se eles também têm queixas sobre nós...

Quantas vezes nos irritamos nas ruas sem perceber que nossa irritação também causa mal aos outros...

Quantas vezes queremos implantar paz na família expressando-nos aos berros...

Quantas vezes esperamos dos nossos parceiros o que não estamos dispostos a dar-lhes...

Quantas vezes esperamos dos nossos filhos o que não demos aos nossos pais...

Quantas vezes esperamos dos nossos pais o que não damos aos nossos filhos...

Quantas vezes perdemos a paciência com idosos, esquecendo que a velhice chega para todos...

Quantas vezes repelimos animais e nos comportamos como seres irracionais...

Quantas vezes pedimos aos amigos coisas que não gostaríamos que eles nos pedissem...

Quantas vezes, na maior parte da vida, deixamos a vida passar sem senti-la no coração...

Afinal, quantas vezes você já pensou em reverter tudo isso?

Uma sugestão: que tal hoje?






A visão espírita na interpretação dos sonhos.

INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS NA VISÃO ESPÍRITA

É no momento do sono que nosso espírito se desprende do corpo físico, permanecendo ligado por um cordão fluídico, e...
assume suas capacidades espirituais.

Como está descrito no Evangelho Segundo o Espiritismo, "o sono foi dado ao homem para a reposição das forças orgânicas e morais. Enquanto o corpo recupera as energias que perdeu pela atividade no dia anterior, o espírito vai se fortalecer entre outros espíritos".

Por isso a importância de termos uma conduta moral aplicada, com boas companhias, leituras e músicas. Nossas companhias do dia serão as da noite, ou seja, o nosso pensamento vai atrair espíritos encarnados ou desencarnados que tenham a mesma sintonia que a nossa.

É através dos sonhos que temos contato com amigos, parentes, instrutores e desafetos. Dessa forma, precisamos aproveitar o máximo para podermos ser esclarecidos sobre as dificuldades que estamos passando. É através dessa conversa que teremos com esses espíritos afins que poderemos, no dia seguinte, estarmos aptos a tomar decisões mais precisas. Mesmo não lembrando do sonho na maioria das vezes, através de uma visão, uma frase ou uma conversa, podemos lembrar de algo que nos foi elucidado durante o sonho e, assim, podermos tomar a decisão correta.

Existem sonhos proféticos, em que a pessoa tem visões de acontecimentos futuros?
A experiência diz que sim. A Bíblia é um repositório de fatos dessa natureza. Destaque especial para os sonhos do faraó, interpretados por José, filho de Jacó, sobre anos de fartura e escassez que se aproximavam.

Os sonhos do faraó falavam particularmente em sete vacas gordas e sete vacas magras, algo nebuloso. É assim mesmo?
Sonhos proféticos exprimem, geralmente, intervenção de mentores espirituais. Eles não falam de forma simbólica, mas a pessoa registra como simbolismo, em face da dificuldade em fazer a transposição de uma experiência extracorpórea para o cérebro físico.

Por que isso acontece?
Nosso cérebro tem registro objetivo apenas para experiência que passam pelos cinco sentidos – tato, paladar, olfato, visão e audição. Essa é uma das razões pelas quais não lembramos das existências anteriores. Ao reencarnar, ficamos na dependência de cérebro “zero-quilômetro, sem registros do pretérito. Algo semelhante ao que ocorre em relação às nossas atividades no plano espiritual, durante o sono.

É sempre assim?
Há exceções, envolvendo pessoas dotadas de uma mediunidade especial, chamada onirofania, que permite o registro objetivo das experiências vividas no mundo espiritual durante as horas de sono. Exemplos típicos são os sonhos de José, pai de Jesus, que, em inúmeras oportunidades, foi orientado durante o sono por Gabriel, mentor espiritual de elevada hierarquia que o acompanhava.

Pode não se cumprir um sonho profético?
Sim, mesmo porque, não raro, sonhos premonitórios apenas exprimem uma fantasia relacionada com nossas preocupações. Um familiar viaja. Apreensivos, sonhamos com um acidente. A premonição pode apenas exprimir um aviso da Espiritualidade para que sejamos cuidadosos. É como se nossos mentores avisassem: “Há problemas na estrada. Seja prudente! Vá com cuidado.”

Há premonições que não são meros avisos, mas a antecipação de algo que fatalmente ocorrerá?
Sim, envolvendo situações difíceis, doenças, peoblemas e até a morte. Ex.: O presidente Lincoln sonhou que acordava em plena noite e, dirigindo-se ao salão principal da Casa Branca, notou que havia um velório. Perguntou a um soldado, que lhe respondeu que era do presidente, que fora assassinado. Comparecendo a um teatro, naquele mesmo dia, Lincoln foi morto num atentado.

Há diversos estudos sobre os sonhos na parapsicologia, tentando desvendar esse enigma que nos afeta sempre que acordamos na intenção de decifrarmos algo que às vezes é um sinal, outras não passa de meras imagens sem significado. Antigamente, os sonhos eram considerados visões proféticas e reveladoras do futuro, onde homens entravam em contato com deuses e demônios. Muitas vezes, suas interpretações ligavam-se a superstições, numerologia, crendices, astrologia, entre outros.

Ainda hoje, pessoas aproveitam da ignorância dos homens sobre o assunto e ganham dinheiro fácil na interpretação dos sonhos de quem as procura com o intuito de decifrá-los. Assim, tornam-se vulneráveis nas mãos de gente insensata ou espíritos zombeteiros, levianos e obsessores.

Portanto, NÓS ESPÍRITAS NÃO INTERPRETAMOS OU BUSCAMOS A INTERPRETAÇÃO DOS SONHOS. Mas, respeitamos aqueles que buscam e acreditam.
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                                                           ALMA INQUIETA!

                Quando a brasa crepita no fogo de chão, nas madrugadas nebulosas, sinto o peito vazio, na dificuldade do entendimento devido a minha incúria e noção das ignóbeis facetas da alma inquieta.
                Pela introspecção que trago de berço, a dificuldade de comunicação inerente a esta personalidade, trás a intemperança nas relações do dia a dia, com as pessoas da faina cotidiana.
                As palavras que dirijo quando a inspiração vem, pede vênia para dizer do quanto lastimo a incompetência do ser, na sua pequenez de homem inculto e prisioneiro de suas próprias emoções.
                 No látego da alma inquieta, escorre das mãos calejadas e frias, pelo orgulho ferido, o sentimento do amor na sua essência maior e cada vez mais, as intempéries recorrentes se abatem como negro véu, escurecendo horizontes que parece não ter fim.
                Entre um mate solito e outro, a mágoa escorre na alma ferida embora a queira escorreita, mas a claudicância em evolução geométrica é forte como o angico da estância centenária.
 Nem o amargo que sorvo, consola. Só resta a soledade de tempos idos, que não voltam mais, quando ainda criança, era embalado pelos mimos do colo materno e pelos conselhos sábios do velho Tropeiro.
Onde estão eles agora?
                Perdão, digo agora na insânia busca do melhor jeito da ação moderadora da paz, remédio poderoso para a humanidade e que possa, de forma melíflua, atingir à prodigalidade, na regência dos atos norteadores da utilidade existencial.
                Por isso, que essa teimosia incrustada no espírito imortal, possa ser suprimida na prospecção da busca amorosa, na licitude do homem de bem, contudo ainda longe de encontrá-la, busco desenfreado, na saciedade do ser imperfeito.
                Assim como Pasteur conseguiu a imunização do bacilo maléfico, através da pasteurização, que a má interpretação das sentenças que profiro, parecendo um estrangeiro que não é entendido no idioma local, tenham eco e faça a compreensão reinar, enquanto coloco mais um pau de fogo na brasa ardente e encilho o chimarrão da esperança, em tempos do entendimento fraternal.
                Pensemos nisso!


     ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

Escola e Família.

                                                    Escola e família!

 O que é limite?
Esta é uma questão muita complicada para os padrões de hoje, quando refletimos de como era antes em tempos remotos e não tão remotos assim.
Salvo melhor juízo, tenho a impressão e a certeza de que dar simplesmente por compensar, porque não teve na sua infância, não é o caminho. Impor, da mesma forma, não ajuda porque a criança só  vai obedecer pelo medo e no momento que perder esse medo, vai extrapolar e se vingar de seus pais e ou professores. Construir. Aí estará a chave do enigma. Esse sim o melhor método de construção de uma sociedade melhor. Portanto, dar, impor ou construir (dic) com toda a convicção, o construir, juntos, pais, filhos e escola e‘ com certeza a melhor solução e então nosso planeta poderá ser salvo.
Quando um filho “apronta” ou faz as suas artes, na maioria das vezes está pedindo socorro. Ajudem-me, por favor. Dêem-me limites. Eu preciso de ajuda. Os pais mais preocupados em sustentar a casa, em dar aos filhos o que eles próprios não tiveram, não acordam para esse pedido, não socorrem seus filhos da maneira correta e aí se vêem perdidos quando os seus rebentos se tornam adolescentes e não os respeitam mais.
Aí está uma grande questão que precisa ser resolvida com diálogo, com muita sinceridade, com muita paciência e com muita compreensão.
Se pais, filhos e escola se unirem para construírem juntos, uma nova sociedade, será uma grande revolução na educação, porque só a verdadeira educação salva este país. É preciso, pois, fazermos uma grande reflexão: qual a minha responsabilidade, o que eu necessito fazer para melhorar este estado de coisas. Depois então, mãos a obra. Cada um na esfera de suas atribuições fazer o que lhe compete como verdadeiro cidadão e crente de que poderá com muito esforço mudar o caos que se tornou esta relação de pais, filhos e escola.



                                                                                  ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS