Habitantes primitivos do Rio Grande
do Sul!
O Rio Grande do Sul, na época que
começou a ser conhecido, era habitado por muitas tribos de índios. As principais
tribos eram:
Os Guaranis, na margem esquerda do
Rio Uruguai, do Rio Ibicuí para o norte.
Os Guananás, ao norte da nascente do
Rio Taquari.
Os Tapes, na região chamada de Cima
da Serra.
Os Carijós, no litoral, entre a
Lagoa dos Patos e o Oceano.
Os Arachanes, na costa ocidental da
Lagoa dos Patos.
Os Charruas, na margem setentrional
da Lagoa dos Patos.
Os guenoas, entre o Rio Negro e o
Ibicuí.
Os Minuanos, entre o Quaraí e o
Ibicuí.
Os Caaguás, entre a região dos Tapes
e o Oceano.
Caracteres físicos: os guaranis eram de estatura média,
robustos e cor de cobre; tinham o rosto largo, maçãs saltadas, olhos pretos e
pequenos, nariz achatado. Os Charruas eram altos e vigorosos, de cor tirando a
negro, cabelos longos, olhos brilhantes.
Caracteres morais: os Guaranis suportavam com firmeza
os revezes e desprezavam os que davam provas de fraqueza, os Charruas, eram
valorosos e altivos e prezavam acima de tudo, a sua liberdade e independência. Os
Caaguás tinham tanto de rudes e ferozes, quanto os Carijós eram mansos e pacíficos.
Regime social: entre os Guaranis e as outras tribos
reinava a poligamia. O filho seguia a condição do pai e a mulher era
considerada como escrava. Os Charruas, os Guananás, os Minuanos eram nômades.
O governo, entre quase todas as
tribos, era patriarcal. Viviam em aldeias governadas por um Morubixaba ou Tuxava.
Costumes e meios de vida: os Guaranis desfiguravam o corpo por
meio de pinturas e tatuagens. Enfeitavam-se com penas de cores vistosas. Andavam
quase nus, apenas resguardavam-se do frio por meio de peles de animais. Entre os
Guananás, as mulheres usavam uma espécie de túnica. Alimentavam-se da pesca, da
caça e de alguma plantação de milho, mandioca e feijão. Os Minuanos usavam a
carne de vaca e de cavalo. Os Charruas e Minuanos eram excelentes cavaleiros. Os
Carijós eram ativos mercadores.
Língua e religião: a língua dominante era o Guarani. Acreditavam
na existência de um bom espírito chamado Tupã e outro mau, Anhangá. Seus sacerdotes
eram ao mesmo tempo, feiticeiros e curandeiros. Enterravam seus mortos com as
suas armas. Acreditavam que ressuscitariam.
Armas e guerras: usavam o tacape, arcos e flechas,
boleadeiras, etc.
As guerras eram resolvidas em Conselho. O ataque
realizava-se de surpresa. Os prisioneiros eram escravizados.