quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

                                                       NÃO JULGUES!

                “A terra é a grande escola das almas em que se educam alunos de todas as idades. Não enxergues inimigos nos semelhantes de entendimento imperfeito ou diferente. Muitos deles não saíram ainda do jardim de infância espiritual”. (Emmanuel).
                A crítica mordaz, a crítica destrutiva e o julgamento prematuro, estão entre os defeitos mais difíceis de extirparem do nosso coração. Estas mazelas criam formas-pensamentos que se alastram e impregnam em nossa aura, que fica escura e espessa, impedindo a entrada de luz e compreensão em nosso ego.
                Um provérbio dos índios americanos, diz muito sobre o assunto: “Não julgueis outra pessoa enquanto não tiverdes andado uma milha usando o mocassin dela”. Ademais, aquele que critica por criticar, que julga sem conhecimento de causa, tem no fundo da alma, uma mágoa muito grande e é um ser infeliz.
                O ser humano, precisa aprender a se entender mutuamente. Retirar de seu coração o ódio e a malevolência. Já dizia o poeta: “Eu falo daquilo que meu coração está cheio”.
                Por isso, se quisermos que o outro mude primeiro eu tenho que mudar. Nunca apontar o indicador para o nosso próximo, mas o polegar para nós.
                Então, olhemos para dentro de nós e procuremos a parte lesada do nosso “eu”, curando-a. Removamos a trave do nosso olho e não o argueiro do olho do vizinho e vamos finalmente rever os nossos sentimentos, purificando-os e deixando que alegria e a paz sejam o apanágio de nossa fronte.
                Inferindo, que possamos com a luz Divinal iluminar nosso caminho, por que eu posso sim, melhorar a humanidade, sempre a começar pela reforma homem velho que ainda impera no meu imo.
                Enquanto, estivermos olhando o nosso próprio umbigo, estaremos egoisticamente, disseminando a desarmonia e a cizânia entre nós e os povos.
                Todos somos responsáveis nessa grande aldeia global!

       ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

                (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

VIDA PASSAGEIRA!

Hoje estou aqui, amanhã não sei. É uma incógnita. Por isso canto triste como a própria definição do gaúcho no cantar do poeta, típico deste garrão do Brasil meridional.
No tisnar de cores cinzentas, envolvo um turbilhão de ondas, de avassaladora energia buscando sempre algo mais, para trazer em sua intermitência de ida e vinda.
E o sentimento dúbio na dicotomia da matéria e do éter, como ser desconhecido dos sentidos ainda embrutecidos, das calejadas fainas nos rodeios onde os pealos deixam por terra, esperanças e buscas desenfreadas da origem de tudo. Enfim, suas raízes!
Quando atingido o cerne das questões vivenciais, descubro como num relance os tons antes cinzentos, agora desanuviando para mostrar, as verduras e o viço da natureza viva e a luminosidade ofusca meus olhos acostumados à obscuridade da incompreensão, que tudo continua que a passagem é só aparente, que tudo se renova, inclusive o soma que abriga a alma do vivente sofrido.
E ela volta, num renascimento de imortal consequência e eu continuo respirando aqui e lá num andejar infindo, na vivaz eternidade.
Resta, a poeira dos cascos, das marcas deixadas pra trás. Mas a primavera haverá de chegar, porque tudo é cíclico na estrada da existência e o taita finalmente se levanta e segue a despacito, cumprindo aquilo que se propôs em tempos longevos.
Os feitos jamais serão esquecidos e as estrofes de seu canto continuarão na rima dos acordes celestiais que o acompanharão até o inconteste destino do Criador Universal.

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.
(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

CLARINADAS DE ESPERANÇA!

No meu canto, trago clarinadas de esperança. Sou qual o cerne do angico persistente e tiro versos no reponte que nasce da alma em tropilhas incontroláveis no sabor embebido de ervas dos campos em flor, tisnado dos orvalhos umedecidos do céu que chorou à noite nas redondilhas do laço das magoas e reticências do hodierno viver.
Nos alambrados das existências, busco a essência daquilo que foi perdido na infância que parecia longa, mas que passou com um sonho fugidio.
Nos pessuelos ainda carrego os caminhos deixados a esmo e na retina, à querência onde o verde é mais verde e o céu é mais azul.
Os tempos antanhos virou farrapo na luta pela igualdade, liberdade e humanidade. Hoje duelo no campo das ideias, na busca do entendimento que há de unir os homens num só acorde de luminosa constância, onde os pirilampos virarão estrelas no costeio dos astros na imaginação do poeta, quando cai sobre as aguadas nas coxilhas e canhadas no fisgar de sonhos.
E o vento que cavalgo no meu flete no contraponto da gaita e do violão segue buscando o rumo qual timoneiro no comando de seu barco conhecendo cada curva, cada cheiro de mato e de pasto.
Mesmo estropiado pelos espinhos, a jornada prossegue indefinida, pela pequenez de minha compreensão, na condicionalidade do destino escolhido, mas sabendo que logo ali encontrarei guarida, na lindeza da flor, no olor de seu perfume embriagador e na suavidade dos planaltos designativos na indecifralidade do amor que rege a humanidade!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).