quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Danças galponeira (salão) e suas origens.

                                                       DANÇAS GALPONEIRAS!

                    Pesquisando há muitos anos sobre danças de salão ou galponeiras, desde os tempos em que, menino, ouvia meu pai o tropeiro José Altivo dos Santos, que percorria este Rio Grande de norte a sul, sempre pilchado me ensinando quase tudo, que ele aprendera com seu pai, Eduardo Pereira dos Santos. Indumentária, cores do lenço usado ao pescoço e seus tipos de nós, tudo isso, era coisa natural, para um guri curioso.
                   Aprendi também, com Augustinho Manoel Serafim, o famoso Tio Belizário, mais ou menos 46 danças folclóricas e ritmos deste Estado. Repasso alguns dados que achamos deveras interessante, para os aficionados das danças de salão.
                   Tudo começou com a valsa, ou seja, as danças de pares enlaçados.
                   Paixão Cortes o grande folclorista, nos diz que, "com a queda de Napoleão Bonaparte em 1815, foi introduzida a valsa, oriunda de Viena, capital da Áustria. Antes dela, só se dançavam, as contradanças inglesas e o minueto francês, que eram danças de pares dependentes e em que, homens e mulheres, praticamente não se tocavam".
                   Com a advento da valsa, Paris a adotou definitivamente e como a cidade-luz era o grande centro irradiador da moda mundial, espalhou a boa nova a todo o planeta.
                   No brasil, só chegou a partir de 1915, trazida por uma suíça, fundadora da primeira Escola de Danças do Brasil na cidade de São Paulo. Ela Também criou as Domingueiras, a partir de 1930, na alta sociedade paulista. Seu nome, Madame Louise Frida Poças Leitão ou simplesmente, Madame Poças Leitão.
                   Uma curiosidade desta Escola é que eram proibidos, chicletes, tênis, sapatos sem meias, recusar convite à dança. O lenço é item obrigatório para os homens para enxugar o suor, inclusive da dama e usado na mão direita, na cintura, para não sujar o vestido.
                   Vaneiras e marchas, portanto são variantes da valsa, quando dançadas de forma independente, sendo que as vaneiras, são passos duplos ou passos de polca e as marchas, são passos simples ou passos de marcha, como se fazia com o minueto e as contradanças.
                  Etimologicamente a palavra vaneira vem de Habaneira, isto é, oriunda de Havana, capital de Cuba.
                  Bugio- Único ritmo basicamente gaúcho, criado no século vinte (XX), na década de 1940, por um gaiteiro serrano, ( gaita ponto) pelas bandas de São Francisco de Paula, de nome Neneca Gomes, cujo ronco na baixaria, imita o bugio e nos passos de dança, embora respeite os passos de polca, faz parecer o bugio no seu andar.
                 Rancheira- Se origina na Polônia. São passos 3 por 4 muito parecida com a valsa só que com marcação mais forte no quarto passo,  sendo dançado de duas formas: rancheira valseada e rancheira terol (puladinha).
                Milonga- Origem Platina, ou seja da região do rio da Prata. Ingressou no nosso Estado pela região das Missões, este ritmo está totalmente solidificado em nosso meio. Único ritmo, que pode ser dançado em 2x1, o chamado carioquinha, podendo também ser dançado em passo de polca. É uma dança de namoro, olho no olho e de maneira maviosa. Esta dança seria o tango rio-grandense.
                Chamamê- Também de origem Platina. Até 1996, ainda os orgãos oficiais do nosso estado, não aceitavam este rítmo em nossas competições oficiais.
               Depois disso, Fegart, após o Enart o adotaram em suas entradas e saídas. Portanto já está folclorizada. Dança-se em passos de marcha, mas no terceiro passo  dá-se uma pequeno meneio no corpo ( dobra levemente o joelho). São passos de vai e vem, com giros rápidos e envolventes.
               Chotes- originário da Escócia. Paixão Cortes nos diz: "A valsa abriu caminho para que outras danças de pares enlaçados conquistassem Paris e o mundo. Primeiro o "schottish"dos escoceses e sua variante francesa "passe de quatre".
Logo depois a polca da Boêmia- coreograficamente semelhante ao Schottish, tanto assim que houve confusão de nomes, quando em 1840, a dança boêmia chegou a Paris. E a polca incendiou os salões, as vezes ilustrada com  rápidos deslizamentos ou "carreirinhas" e então se chamava polca gallop - as vezes levada ao tempo de 3x4 para formarem a polca mazurca, em fusão com a antiga mazurek dos polacos- ou ainda adotando a marcialidade da "polonaise"para se transformar em "polca marchada".
              O chotes se dança de forma figurada, isto é, várias figuras são formadas em rítmo de 2x2. Quem quiser dançar, sem a chamada marcação do chote, dança no rítmo de passos de polca.
              Minueto- Eram danças de rítmo grave, dançada pela aristocracia francesa e de pares dependentes
             Quadrilha- Vem das contradanças inglesas e quer dizer múltiplo de 4. É mais alegre que a polonese. Existem muitas figuras desta dança que vem do Cotillon e do Minueto franceses também. É dança de pares dependentes.

      ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS - Professor e tradicionalista. (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, @toninhopds)

 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Sentença de morte de Jesus Cristo

    Segundos pesquisas, foi recolhido à biblioteca do Vaticano um valiosíssimo documento, cujo achado, por deliberação das autoridades eclesiásticas, conservou-se em segredo por mais de 130 anos.
Tratar-se-ia do documento original em que Pôncio Pilatos firmara a sentença de morte de Cristo. A relíquia histórica, conforme notícias divulgadas, consta de uma lâmina de arame em pequenas dimensões, onde está gravada, na íntegra, em hebraico, a sentença que levou Jesus ao Calvário. O precioso documento teria sido descoberto nas escavações feitas em Áquila, nos arredores de Nápoles, em janeiro de 1820. A lâmina estava cuidadosamente guardada num vaso de mármore branco, que foi encontrado a 5 metros de profundidade, nas ruinas de um castelo.
    Como a Pedra de Roseta, que esteve enterrada durante 3000 anos, e que foi descoberta em 1799, por um oficial de exército napoleônico, o documento sobre Cristo, foi achado casualmente, pelos comissários de Belas Artes que acompanharam os exércitos franceses.
    A sentença, segundo revela a história, foi ditada por um fariseu por Pôncio Pilatos que, na época, era governador da Baixa Galiléia. Estaria assim redigida:
"Ao décimo sétimo ano do Império de Tibério Cesar, e vigéssimo quinto dia do mes de março na Cidade Santa de Jerusalém, sendo Anaz e Califaz sacerdotes, e Sacrificadores do Povo de Deus, Pôncio Pilatos, Governador da Baixa Galiléia assentado na Sede Presidial do Pretório- condena Jesus de Nazaret a morrer numa cruz entre dois ladrões. Visto que as grandes e notáveis testemunhas do Povo dizem: - 1- Que Jesus é sedutor; - 2- Que é sedicioso; - 3- Que é inimigo da Lei; - 4- Que se diz falsamente Rei de Israel; - 5- Que se diz falsamente filho de Deus;- 6- Que entrou no templo seguido de uma multidão, trazendo palmas na mão. -  Ordem ao primeiro Centurião Quinto Cornélio o conduza ao lugar do suplício. -  Proibe-se a todas as pessoas, pobres ou ricas, que impeçam a morte de Jesus. As testemunhas que assinaram a Sentença contra Jesus são: 1. Daniel Robani (fariseu). 2. Tomás Zorobatel. 3. Rafael Robani. 4. Capet (homem público) - Jesus sairá da cidade de Jerusalém, pela porta Struenea".
     Presume-se que Cristo tenha sido crucificado quase ao meio dia. Quanto à data exata de sua morte, monsenhor Borgongini Duca, núncio apostólico da Itália da época, revelou às autoridades eclesiásticas "que,  após 12 anos de pesquisas históricas, foi levado a concluir que a morte de Jesus ocorrera exatamente a 7 de abril do ano 30 da nossa era".
     Os estudos do monsenhor Borgongini basearam-se no Livro de Daniel, capítulo nove do Velho Testamento. Essa descoberta, juntamente com dados astronômicos, levou essa autoridade eclesiástica às datas exatas dos quatro acontecimentos principais profetizados por Daniel, depois da histórica mensagem que recebera do Arcanjo Gabriel.
     A notícia vem do próprio Vaticano: "Em entrevista à imprensa, Borgongini diz que a profecia de Daniel tem a data do 64.o dia do 209.o ano de Nabonassar o que corresponde a 9 de março de 539 antes de Cristo. O primeiro acontecimento, a reconstrução do templo de Jerusalém, foi predito para o 137.o dia do 302.o ano de Nabonassar ou seja 27 de abril de 445 a.C. O segundo, a advento do Messias, para 219.o dias do 743.o ano, ou seja, 30 de março de 5 a.C. O terceiro fato, a morte do Messias, deveria ocorrer no 243.o dia do 777.o ano de Nobonassar, dia esse que começou ao por sol do de 6 de abril do ano 30 da nossa Era".( A Notícia, Rio 14-4-1952).
     Afirma o monsenhor Borgongini que a ressurreição de Cristo verificou-se a 9 de abril, isto é, dois dias após a sua morte.
     Há cerca de 650 anos a Igreja comemora a Páscoa variável posterior a 21 de março. A tradição data do ano 325 da Era Cristã, e foi imposta pelo sagrado Concílio de Nicéia.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O bem!

     Nenhuma atividade no bem é insignificante. As mais altas árvores são oriúndas de minúsculas sementes. A repercussão da prática do bem é inimaginável. Pra se servir a Deus, ninguém necessita sair do seu próprio lugar ou reivincar condições diferentes daquelas que possui.
     O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.
     Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do poder é muito grande. Será que nós gostaríamos de estar no lugar deles!
     Devemos fazer o possível para evitar uma guerra, que viria, sem dúvida, ser um atraso na marcha progressiva da humanidade. Quando surge uma guerra de proporções maiores, quase tudo se desmantela e, praticamente tem a ser reiniciado.
     Ninguém quer saber o que fomos, que cargo ocupávamos no mundo: o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em si mesmo.
     Existem pessoas que se sentem ofendidas, magoadas por qualquer coisa, a mais leve contrariedade se sentem humilhadas... Ora, nós não viemos a este mundo para nos banhar em águas de rosas. Não podemos ser tão suscetíveis assim. Emannuel, sempre me ensinou: Chico, se as críticas dirigidas a voce são verdadeiras, não reclame; se não são, não ligue para elas.
     Não julgar nunca a quem quer que seja: nossas atitudes, inspiram atitudes sejam no bem ou no mal. Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse o ofensor. Magoar alguém é terrível. ( Chico Xavier)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Maragatos e Chimangos

     Muitos pensam e até escrevem que na Revolução Farroupilha se digladiaram Chimangos e Maragatos. Ledo engano!
Só existiu este conflito a partir de 1823. A Revolução Federalista acontecida em 1893, teve como contendores, maragatos comandados por Gaspar Silveira Martins e Pica-paus, os legalistas, sob o comando de Júlio Prates de Castilhos. O nome chimangos vem de uma sátira de Ramiro Barcelos contra o presidente  Rio-grandense, Antônio Augusto Borges de Medeiros, chamada de Antônio Chimango, referindo-se a ave de rapina existente nas nossas plagas, em alusão ao nariz adunco do presidente Borges que governava desde 1903.
A 14 de dezembro de 1923, após 324 dias de combates, maragatos e chimangos, resolvem assinar um pacto de paz, no castelo-residência de Joaquim Francisco de Assis Brasil, chefe maragato, em Pedras Altas, interior do município de Pinheiro Machado. O acordo só foi possivel com a intermediação do Ministro da Guerra, General Setembrino de Carvalho, enviado do presidente Arthur Bernardes, que pacientemente convenceu Assis Brasil e o presidente do Estado, Borges de Medeiros, agora apelidado de chimango, a fazerem algumas concessões.
Antes de Pedras Altas, o Gen Setembrino conversara longamente com Borges e estivera com Assis Brasil e todos os chefes maragatos na conferência de Bagé, realizada em 14 de novembro nos salões em estilo clássico do Hotel do Commercio. Inicialmente, Assis Brasil pede a destituíção de Borges. O chefe do partido Libertador apostava que Arthur Bernardes, como desafeto do dirigente gaúcho, iria aceitar. O min. Setembrino de Carvalho considera "inaceitável" a exigência. Então Borges de Medeiros promete que não concorrerá na próxima eleição e atende a duas solicitações dos maragatos: a reforma da Constituição Republicana Castilhista de 14 de julho de 1891 (principal causa da guerra civil de 1893) e eleição de um vice-presidente ( como era chamado o cargo na época).
Essas exigências selaram a paz.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Moisés, Jesus e Espiritismo

     Moisés viveu cerca 1600 anos Ac e era um judeu que nasceu escravo no Egito. Quando o Faraó, preocupado com o grande número de judeus, mandou matar todos os recém nascidos, a mãe de Moisés o soltou em uma cesta rio abaixo, onde ele foi encontrado pela princesa egipcia que o criou e educou como um príncipe.
Aos 40 anos Moisés matou um feitor que maltrava um escravo e teve que fugir para a montanha de Horebe, fugindo da morte que era a condenação pelo assassinato de um egípcio. La ele casou, teve filhos e passou 40 anos, quando numa sarça ardente (arbusto em chama que nunca apaga) Deus se comunicou com ele mandando-o regressar ao Egito e libertar o povo israelense. De início, ele relutou ja que estava com 80 anos e não se sentia em condições de tal feito. Não obstante, foi convencido a realizar tal façanha.
Depois de muitas peripécias ja descritas na Bíblia, ele conseguiu tirar seu povo da escravidão e levar para a Terra Prometida.  Quando passava pela Península do Sinai, teve outro aviso ( ele era um grande médio) e deixando seu povo no sopé do monte, subiu-o para então receber os 10 Mandamentos da Lei de Deus. Quando voltou ao povo, viu estarrecido que o mesmo estava totalmente sem lei e sem comando, adorando bezerros de ouro, fazendo adivinhações, falando com os mortos, como era natural, naquela época.
      Moisés, então aplicou mais 600 leis, as chamada Leis Mosaicas, do olho por olho e dente por dente, a Lei de Torah. Nestas Leis proibia também a evocão dos mortos.
Por 40 anos, Moisés conduziu seu povo e quando  avistou a Terra Prometida ele morreu, aos 120 anos de idade, deixando como seu sucessor Josué.
     Jesus, o Cristo, 1500 anos após, nascia para uma nova era da humanidade terrestre. Ele disse; "não vim destruir a Lei mas, cumpri-la, aperfeiçoa-la". Tudo viria a sua época. Para aquele povo de antanho era a lei correta, mas agora ja poderiam receber a boa nova.
Era a Lei do Amor. Em todas as passagens foram deixadas mensagens no sentido do perdão das ofensas, assim como diz a Lei Maior do Pai Criador. "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo". Ele também não foi compreendido totalmente, por isso falava por parábolas: "ouça quem tem ouvidos pra ouvir, veja quem tem olhos pra ver". Dizia também o Cristo que, mandaria no futuro um consolador prometido que iria desvendar todos os mistérios, abrir todos os véus.
    Esse consolador veio com o advento do Espiritismo que foi codificado por Alan Kardec, um sábio Frances que recebeu a incumbência, assim com Moisés o fez, de receber agora, de espíritos enviados pelo Mestre Jesus, de transmitir a boa nova, a todos os recantos da humanidade. Isto aconteceu a partir de 1848 nos EUA com as Irmãs Fox, médiuns por excelência e que começaram a difundir para todo mundo algo que o Cristo predissera anteriormente.
Médiuns de todo o planeta falando a mesma coisa e os cinco livros básicos  da doutrina espirita foram sendo escritos, todos ditados por falanges espirituais da mais alta estirpe e compiladas pelo insígne mestre de Lion. Era a Terceira Revelação. O Consolador Prometido.
Moisés foi a primeira e nos deu o Antigo Testamento, Cristo, a segunda revelação e os Espiritismo, a terceira. Era o próprio Cristo redivivo que agora voltava, para finalmente estabelecer o Reino de Deus no Planeta Terra.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Enart3

     Como deve ser o Enart em Santa Cruz do Sul. Em primeiro lugar, deve voltar as origens, ou seja conforme foi o trato em 1997. A Prefeitura da uma ajuda de custo, digamos de 100.000,00 reais e daí as tres entidades organizadoras, o MTG, ATS e a própria Prefeitura dividem tudo, lucro ou despesa.
No Próximo ano, se houve lucro deverá ser dividido por três, da seguinte forma. Um terço para o próximo evento, um terço para a ATS e um terço para o MTG. Assim foi o começo de tudo em nossa cidade e salvo melhor juízo, com alguns ajustes seria o ideal para acabar com discussões estéreis e futuros problemas.
Para se evitar despesas desnecessárias, os apresentadores podem serem todos da cidade. Não precisa ninguém de fora, com gastos de hotel e alimentacao. As vendas de espacos no parque seriam explorados pela ATS, como era no inicio e funcionava muito bem.
    O presidente sera escolhido pelo tres organizadores de comum acordo e nunca uma 'unica entidade impondo um nome. Tomara que o novo presidente do MTG, olhe com bons olhos a volta as origens deste grande evento da sociedade rio-grandense.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

farroupilhas

       Farroupilhas, o nome vem das idéias ou das roupas? Muitos livros de história insistem na versão de que o nome dos farrapos ou farroupilhas, dado aos revolucionários gaúchos, teve origem nas roupas que estes vestiam- gastas e esfarrapadas. No entanto, a verdade é bem outra. A denominação é, mesmo, anterior à Revolução Farraoupilha, e era utilizada para designar os grupos liberais de idéias exaltadas.
      Já em 1829, eles se reuniam em sociedades secretas. Uma delas era a Sociedade dos Amigos Unidos, do Rio de Janeiro, cujo objetivo era lutar contra o regime monárquico. Desde então, eram chamados de Farroupilhas. Segundo Evaristo da Veiga, o termo havia sido inspirado nos "San Culottes" franceses, os revolucionários mais extremados durante o período da convenção (1792- 1795). Os "San Culottes", que literalmente quer dizer "sem calção", usavam calças de lã listradas, em oposição ao calção curto adotado pelos mais abastados.
     Outra versão, insiste no fato de que o termo foi provavelmente inspirado nas roupas rústicas de um dos líderes liberais, Cipriano Barata que, quando em Lisboa circulava pela cidade usando chapéu de palha e roupas propositadamente despojadas. Seja qual for sua origem, o termo já era aceito em 1831, como designação dos liberais exaltados que, nessa época publicavam 2 jornais no Rio de Janeiro: A Jurubeba dos Farroupilhas e a Matraca dos Farroupilhas.
     O Partido Farroupilha foi fundado no Rio Grande em 1832 por Luis José Alpoim que, participara, no Rio de Janeiro, das agitações populares de 7 de abril de 1831, que resultaram na queda do Imperador. Desde o início, o Partido teve atuação intensa. Em outubro de 1833, promoveu uma manisfestação contra a instalação da sociedade militar (que congregava conservadores) em Porto Alegre. O confronto entre liberais e conservadores era, no Rio Grande do Sul, particularmente acentuado. Aqui, os moderados não tinham nenhuma expressão, e por isso eram alcunhados de "chimangos"- uma ave de caça com a qual não valia a pena se gastar chumbo. O apelido, a partir daí, se espalhou para todo o país.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

tendências suicidas

                                                             TENDÊNCIAS SUICIDAS!

        Ola... você que está com depressão e com idéias de tirar a própria vida, preste bem atenção! A morte como está pensando que vai acontecer, livrando-o de todos os problemas, de todas as preocupações, de todos os dissabores, não existe.....
       Sabe o que vai encontrar do outro lado? Tudo continua igual, só que agora o sofrimento será muito maior, pois o que vai acontecer é que você vai continuar numa agonia atroz, vendo o tempo todo, a forma como tentou tirar a própria vida, sofrendo todas as dores provenientes disto, numa angústia incessante que pode durar anos a fio.
       Viu que eu disse, tentou? Sim, só tentou porque não vai conseguir! Lembre-se minha amiga, meu amigo, irmãos fraternos, o nosso espírito é imortal e depois de criado por Deus nunca mais morre. Só o que morre, é o corpo físico.
      O ser pensante continua mais vivo do que nunca, justamente porque não tem mais a carga pesada do vaso material.
     Já imaginou um suicídio por enforcamento, por exemplo? Você se ver esticado em uma corda, sem ar, tentando respirar, não conseguindo e ao mesmo tempo, sem poder parar com este sofrimento? Pense bem nisto!...
      Quando idéias suicidas lhe vem a mente, ore muito, peça a Jesus, forças para resistir, trabalhe para o bem, faça caridade, busque socorro numa casa religiosa e não caia nesta tentação, porque, com certeza absoluta, você não vai morrer.
     Vai sim, rever mil vezes o sofrimento do momento suicida. Imagina só as suas dores! Portanto, vá a uma casa espírita mais perto da sua casa, converse com alguém e evite de todas as formas, cometer este desatino.
    Paz e luz.....

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Polêmica Revolução Farroupilha

Em resposta ao jornalista e escritor Juremir Machado da Silva, pelas suas declarações a nossa Gazeta do Sul, em 6 de dezembro de 2010, não posso deixar de me reportar sobre, por exemplo,  o acordo de paz entre imperialistas e republicanos. Diz ele, que nunca houve um tratado. Ora, todos os livros são claros, e as clausulas originais estão conservadas no Arquivo do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e são de autoria do cachoeirense Antônio Vicente da Fontoura. Senão vejamos:
1-      O indivíduo que for pelos Republicanos indicado Presidente da Província é aprovado pelo Governo Imperial e passará a presidir a Província.
2-      A dívida Nacional é paga pelo Governo Imperial, devendo apresentar-se ao Barão a relação dos créditos para ele entregar à pessoa, ou pessoas para isto nomeadas, a importância a que montar dita dívida.
3-      Os oficiais republicanos que por nosso Comandante em chefe forem indicados passarão a pertencer ao Exército do Brasil no mesmo posto, e os que quiserem suas demissões ou não quiserem pertencer ao Exército não serão obrigados a servir, tanto em G. Nacional, como em primeira linha.
4-      São livres e como tais reconhecidos, todos os cativos que serviram na República.
5-      As causas civis não tendo nulidades escandalosas, serão válidas, bem como todas as licenças e dispensas eclesiásticas.
6-      É garantida a segurança individual e de propriedade, em toda sua plenitude.
7-      Tendo o Barão de organizar um Corpo de linha, receberá para ele todos os oficiais dos Republicanos, sempre que assim voluntariamente queiram.
8-      Nossos prisioneiros de guerra serão logo soltos e aqueles que estão fora da Província, serão reconduzidos a ela.
9-      Não serão reconhecidos em suas patentes os nossos generais; porém gozam das imunidades dos demais cidadãos designados.
10-   O Governo Imperial vai tratar definitivamente da linha divisória com o Estado Oriental.
11-   Os soldados da República pelos respectivos Comandantes relacionados ficam isentos de recrutamento de primeira Linha.
12-   Os oficiais e soldados que pertenceram ao Exército Imperial, e se apresentaram ao nosso serviço, serão garantidos como os demais Republicanos.
Quanto à surpresa de Porongos, o grande historiador Calvet Fagundes e também não menos insigne Walter Spalding, são muito claros em seus relatos: Fagundes nos diz, “o desastre maior de todo o período foi a chamada “surpresa de Porongos”, promovida por Chico Pedro, a 14 de novembro de 1844, que, além do acontecimento militar encerrava, ainda, em seu bojo tremenda calúnia forjada pelo turbulento guerrilheiro Chico Pedro, com a finalidade de desmoralizar o grande Davi Canabarro. Além disso, essa surpresa encerrou mais uma traição, pois já estavam sendo tratados com Caxias os primórdios da pacificação. É bem verdade que para esses primeiros contatos não houve suspensão de armas. A luta continuaria, mas era geralmente sabido que Caxias ordenara moderação pra não irritar os intrépidos farroupilhas. Chico Pedro, entretanto não tomou em conta as determinações de Caxias, ou melhor, os conselhos do Presidente e Comandante das Armas e quis provar que derrotaria o jamais vencido Davi Canabarro. E Fê-lo numa surpresa muito bem organizada, mas manchada por um ofício apócrifo em nome do Barão, no qual se afirmava estar a surpresa combinada entre Canabarro e Caxias. Surpresa de Porongos que se não pode denominar combate, foi, por isso, de sérias conseqüências para os republicanos e para a pacificação , pois, não fosse a intervenção de patriotas, inclusive do próprio Caxias,tudo teria ido por água abaixo. Canabarro, furioso, declarou que não mais queria saber de tratado de paz e que a sorte da Província seria decidida pelas armas. O que, entretanto, mais o deixou exaltado, não foi a surpresa, mas a carta que Chico Pedro espalhara apesar de vir com o cunho de “secreta”, atribuída ao barão de Caxias que, se não a desmentiu publicamente, deu a Canabarro cabais explicações, e mandou chamá-lo a seu acampamento”. Ademais se sabe que Francisco Pedro de Abreu, o famigerado Moringue foi sempre inimigo mortal de Canabarro. Por outro lado, o próprio bom senso nos diz que um general nunca vencido em quase 10 anos de lutas não mancharia a sua honra que, com certeza, ficaria para a posteridade.
As lágrimas nunca correm de um lado só da face. Sempre existem dois lados. Pensemos nisso.

                                             Antonio Pereira dos Santos- professor e tradicionalista.
Rua Acre n 27     Santa Cruz do Sul.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

mediuns

      Muitas vezes médiuns são cobrados em reunião mediúnica o porque eles não veem a mesma coisa num determinado tratamento. Diz-se daí que eles não estão corretos, que estão sendo enganados por espíritos mistificadores ou o próprio animismo se manisfestando. Isto, com certeza, deixa os médiuns intranquilos, desorientados e na dúvida de qual o procedimento mais adequado. Ora meus confrades, esquecem os dirigentes e ou diretores destas sessões, que cada médium é diferente do outro. É claro que eles podem ser enganados mas é  para isto que estão ali presentes os dirigentes mediúnicos, que, a luz da doutrina codificada por Kardec, vão esclarece-los. Não se pode esquecer, por exemplo, num trabalho desobsessivo, um médium pode estar num lugar de uma vida passada e um outro em novo tempo e espaço. Isto não quer dizer que os médiuns estejam sendo enganados, porque não viram a mesma coisa.
É também lógico, que dois médiuns de uma mesma sintonia possam ver ou sentir as mesmas paisagens, as mesma passagem e sentir as mesmas vibrações.
     Inferindo, é preciso analisar o conteúdo, a utilidade e a finalidade das manifestações sempre lembrando da caridade para com todos, inclusive aos espíritos malévolos, mistificadores porque como disse o grande mestre dos mestres, o Cristo Jesus: "quem precisa de médico, o são ou doente"?