quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Joana D'Arc - reencarnação de Judas Iscariotes?

Joana D’Arc nasceu na França, no ano de 1412, no lugarejo de Domrémy. No contexto histórico do século XV, a França se encontrava em meio a uma “turbulência” política, social e econômica. O rei Carlos VI estava doente e, por suas ausências no governo, a rivalidade entre a casa da França e a casa de Borgonha (também na França) acentuou-se.
A França, no século XV, encontrava-se quase que em uma total anarquia e permeada por motins e assassinatos. Assim, os conflitos civis e a desordem social estavam instalados na França. Dentro desse contexto, a Inglaterra, sob o comando do rei Henrique V, viu a oportunidade de tomar o poder na França.
No ano de 1422, no entanto, o rei Carlos VI, da França, e o rei inglês Henrique V, morreram. A irmã de Carlos VI, casada com Henrique V, assumiu a regência do trono francês. Sem nenhum sucessor para o trono francês, os ingleses aproveitaram para uma possível invasão da França. No momento em que a França estava sendo invadida pelos ingleses, surgiu a figura mítica da história francesa: Joana D’Arc, insatisfeita com o governo britânico, assim como os camponeses e populares.
Joana, quando era criança, divertia-se normalmente, brincava, mas tinha responsabilidade sobre outros afazeres: tomava conta do rebanho de carneiros, costurava e cuidava dos serviços domésticos. A religiosidade era outra característica presente na vida de Joana D’Arc, tanto é que, aos 12 anos de idade, conta-se que a menina afirmou ter ouvido vozes vindas do céu que lhe diziam para salvar a França e coroar o rei.
Em certo dia, Joana escreveu ao rei uma carta, pedindo conselhos, e o rei aceitou recebê-la (os motivos da concordância do rei são desconhecidos). Dessa maneira, Joana D’Arc partiu para a corte no dia 13 de fevereiro de 1429 e chegou ao Castelo de Chinon, residência do rei Carlos VII (filho de Carlos VI. É interessante ressaltar que a Inglaterra não reconhecia a legitimidade do governo de Carlos VII), no dia 23 de fevereiro. As primeiras palavras de Joana para o rei foram em relação à visão que havia tido.
Entretanto, o rei somente acreditou em Joana quando ela falou sobre os vários pedidos que ele fizera a Deus, enquanto rezava solitário na Igreja. Após ser testada também por teólogos, Joana D’Arc recebeu do rei uma espada, um estandarte e o comando geral dos exércitos franceses.
Joana queria atacar a região de Orleans sob o comando dos ingleses, por isso enviou um aviso a eles: “A vós, ingleses, que não tendes nenhum direito neste Reino de França, o Rei dos Céus vos ordena, e manda, por mim, Joana, a Donzela, que deixeis vossas fortalezas e retorneis para vosso país, caso contrário farei grande barulho”.¹
A guerreira e a tropa francesa mobilizada pelo rei Carlos VII conseguiram empreender vitórias em diversas batalhas. Essa disputa ficou conhecida na história como a Guerra dos Cem Anos (1337 – 1453), da qual a França saiu vitoriosa, conseguindo expulsar os ingleses, principalmente do norte da França.      
Após a expulsão dos britânicos, os nobres franceses, representados pelo rei Carlos VII, temerosos de uma forte aliança popular entre Joana D’Arc e a população camponesa, entregaram-na para os ingleses. Joana foi morta, queimada na fogueira, no ano de 1430 sob a acusação de bruxaria. No ano de 1453, a Guerra dos Cem Anos terminou com a assinatura do Tratado de Paz entre França e Inglaterra.
(Leandro Carvalho)

sábado, 12 de outubro de 2013


IMPORTANTE AREA DO RIO GRANDE DO SUL É ANEXADA EM 12 DE OUTUBRO DE 1851. O Chuí!

                Mesmo alguns meses antes do desembarque do brigadeiro José da Silva Paes na barra do Rio Grande em 1737, já Cristovão Pereira havia montado um posto avançado português no cerro de São Miguel, próximo ao arroio Chuí. Depois, Silva Paes inspecionou esses locais, deixando junto ao arroio uma guarda de 15 dragões.

                Em 1763, a invasão dos espanhóis, a partir de Buenos Aires, conquistou toda essa faixa litorânea até a Vila de Rio Grande e o lado norte da barra.

                Após a expulsão dos espanhóis e reconquista de Rio Grande, em 1777 o Tratado de Santo Ildefonso determinou os limites das possessões lusitanas e espanholas em nossa região. Mas em todas as fronteiras secas, isto é, sem rios, foi deixada uma faixa neutra de um lado e outro, para evitar o confronto direto de vizinhos ainda com ânimos exaltados. Praticamente todo o território desde o Taim até o Chuí, ficou incluído nesses “campos neutrais”. Mas com a criação da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, o primeiro capitão-general (D. Diogo de Souza) concedeu terras neutras aos oficiais de seu exército e assim preparou o futuro reconhecimento de propriedade.

                As guerras da Cisplatina tornaram as fronteiras ainda mais confusas. Em 1828 é assinada uma Convenção Preliminar de Paz e a 27 de agosto desse mesmo, ano é reconhecida a independência do novo País, a República Oriental do Uruguai.

                O artigo 17 da Convenção supracitada determinava que fosse feito um acordo definitivo de limites entre o Brasil e o Uruguai. Mas as perturbações internas do Uruguai, devido principalmente, a chamada grande guerra, entre Rivera e Oribe, de 1842 a 1851, tornaram inviável essa definição. A oportunidade somente veio a se apresentar em 1851. Para decidir sobre a questão de limites foram indicados, André Lamas, como representante do Uruguai e Carneiro Leão, o Marques de Abaeté, como representante do Brasil. Em 12 de outubro de 1851, era assinado o Tratado de Limites, Comércio e Navegação, Aliança e Extradição, sendo os Campos Neutrais do Chuí-Taim, definitivamente incorporados aos território do Brasil.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

                                      CAUSAS  DA  DEPRESSÃO!
       Reconhecemos serem muitas as causas da depressão. Uma delas é o exercício do hiperegotismo (exagero crescente do ego),  quando o ser utiliza atitudes e empreende hábitos que se caracteriza por exagerada autoconfiança, exaltada busca de prazeres e desmedida presunção, expressando-se a arrogância em toda a sua pujança.
      Gilson Freire no livro “Ícaro Redimido”, pelo espírito Adamastor, nos coloca que o hiperegotismo é uma doença que nos acompanha há tempos na jornada da vida, tendo se incorporado como um hábito em nossa personalidade. Reflexo herdado da vida animal que nos entreteve por longo período. A necessidade de sobrepor a própria personalidade acima dos demais supera, ainda hoje, a fraternidade genuína e lustra o brilho pessoal da vaidade que justifica erroneamente todos os males dos sentimentos. Os males não se restringem unicamente à imposição de dores ao outro, mas na verdade colhe prejuízos para si mesmo.
       No perispírito, os males irá determinar hipertonias destoante a se refletirem em disformias cumulativas  no corpo físico, caracterizando hiper-formações celulares de toda natureza, como por exemplo o crescimento tecituais inadequados gerando tumores, os mais diversos e os exagerados funcionamentos glandulares doentiamente sustentada e embalada pela arrogância. Embora a ciência da Terra busque justificá-las em aleatória adulterações genéticas, a carne é mero espelho onde se reflete as forças desequilibradas do próprio espírito, estampando no corpo físico as intenções errôneas que enodoa a alma, devolvendo em forma de dores, seus equívocos de condutas e sentimentos, propiciando-lhe a colheita das sábias lições da vida, a fim de que o mesmo aprenda a  viver no necessário equilíbrio de suas poderosas forças psíquicas.
      O sabor das errôneas vitórias se torna pesar, configurando o que na Terra se identifica como os distúrbios depressivos.
      A arrogância perde sua expressão e o ególatra, de sua exaltada posição, precipita-se na deterioração dos bens roubados da vida, configurando-se a derrocada da auto-estima. O orgulho se humilha e a alegria foge da alma. As angústias que habitam os recessos profundos do involuido despertam, convocados para a sua educação, corroendo todos os seus valores errôneos.
      Reconhecemos, portanto, que as causas reais e profundas da depressão se encontram nos abusos do poder, na egolatria, na vaidade e na doentia exaltação do ego.  Toda maldade que o ser empreendeu para manter o enfermiço patamar de arrogância o levará, em igual potencialidade, para o pólo oposto de suas intenções, forçando-o à colheita das dores semeadas e à aparente perda dos valores angariados do jogo  da vida. A alegria feita de penúrias se tornará tristeza, caracterizando a depressão em suas múltiplas manifestações na espécie humana.
      Compreendemos assim que o egoísmo e o orgulho são, de fato, as verdadeiras chagas  do espírito e os fatores etiológicos da depressão e do suicídio. Não digamos, portanto, que a depressão acomete o homem como se ele fosse mera vítima de suas angustiosas e inexplicáveis patologias. Uma Lei dirige-nos, conferindo alegrias e dores conforme as semeemos no campo de nossas ações psíquicas. A dor pertence sempre à colheita e nunca é por si só a causa primeira de nossos males, pois não somos imolados pelo acaso, mas por nossa própria rebeldia diante das Leis Divinas. Aquele que já nasce com a personalidade carente de valores pessoais, necessários à vida, semeou ações e intenções opostas, determinantes de tal condição, em existência anterior.
      Podemos compreender que a depressão, a psicólise e a ovoidização são fenômenos desencadeados pelo próprio ser e se baseia no dinamismo mórbido da arrogância, a supervalorização doentia do “eu” que deseja ser mais do que é, ir além de seus limites, crescer e projetar-se acima do outro, terminando no oposto de suas errôneas intenções.
      Toda felicidade roubada do bem-estar alheio, que deprime e menoscaba o próximo a quem deveríamos aprender a exaltar, é-nos devolvida na mesma medida da desvalorização imposta, sendo a motivação maior para a nossa própria desdita, causa primária dos transtornos depressivos.
      O que atesta que as causas da depressão estão nos desacordos com a lei é o fato de que o deprimido, sem uma aparente causa que o justifique, sente, repentinamente, como se todas as forças do universo estivessem contrárias a ele, sem entender que, na verdade, ele é que se antepôs a elas num primeiro momento. Eis porque a mensagem da Codificação Espírita nos revelou que o egoísmo e o orgulho são os maiores obstáculos ao progresso, e as entidades superiores que nos instruem jamais deixaram de nos alertar quanto aos perigos da soberba.
       A sagrada doutrina é pródiga de mensagens nesse sentido, especialmente o Evangelho Segundo o Espiritismo, dentre as quais podemos citar as sábias palavras do Espírito Adolfo, alertando-nos de que “quando o orgulho chega ao limite, tem-se o início da queda. De tempos em tempos Deus nos envia golpes para nos advertir, contudo, se ao invés de nos humilharmos, revoltamo-nos, então, uma vez cheia a medida, Ele nos abate completamente e tanto maior é nossa queda quanto mais alto tenhamos subido”(Questão 785 do LE e Cap VII do ESE).
       Várias consequências  da arrogância podem ser reconhecidas na psicopatologia humana. A perda da auto-estima advém sempre, como reação, da excessiva valorização de si mesmo. A insegurança e a timidez, de doentia autoconfiança. A  carência é fruto da ambição desmedida.    O pesar, da alegria roubada de outrem. Toda angústia é a reverberação de um sentimento de maldade. A coerção vem da rebeldia irrestrita. O martírio da culpa se origina do ato inconseguente.  O esgotamento do abuso das forças. E, portanto, o que faz demisso o homem é sua própria soberba. Estejamos certos, não há sofrimento injustificável na Lei Divina e ninguém padece melancolias sem antes tê-las semeado nos corações alheios.
       Eis delineada, em rápidas considerações, a real causa da depressão humana e suas graves consequências. Sofrimento que se impõe por força de lei compensatória e que responsabiliza o próprio espírito como seu protagonista. Esta a razão, enfim, por que o Mestre nos asseverou com clareza que “todo aquele que se exaltar será humilhado.”(Lucas 14:11).
O Pedido de Uma Criança a Seus Pais

Não tenham medo de serem firmes comigo.
Prefiro assim.
Isto faz com que eu me sinta mais seguro.
Não deixem que eu adquira maus hábitos.  Dependo de vocês para saber o que é certo ou errado.
Não me corrijam com raiva, nem na presença de estranhos.
Aprenderei muito mais se me falarem com calma e em particular.
Não me protejam das consequências de meus erros.
Às vezes eu preciso aprender pelo caminho áspero.
Não levem muito a sério as minhas pequenas dores.
Necessito delas para poder amadurecer.
Não me estraguem.  Sei que não devo ter tudo o que peço.
Só estou experimentando vocês.
Não sejam irritantes ao me  corrigirem.
Se assim o fizerem, eu poderei fazer o contrário do que me pedem.
Não me façam promessas que não poderão cumprir depois.
Lembrem-se que isto me deixa profundamente desapontado.
Não ponham à prova a minha honestidade.
Sou facilmente levado a dizer mentiras.
Não me apresentem um Deus carrancudo e vingativo.
 Isso me afastaria dEle.
Não desconversem quando faço perguntas, senão serei levado a procurar respostas na rua todas às vezes que não as tiver em casa.
Não se mostrem para mim como pessoas infalíveis.
Ficarei extremamente chocado quando descobrir um erro em vocês.
Não digam simplesmente que meus receios e medos são bobos. 
Ajudem-me a compreendê-los e vencê-los.
Não digam que não conseguem me controlar.
Eu me julgarei mais forte que vocês.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade.
Lembrem-se que eu tenho meu próprio modo de ser.
Não vivam me apontando os defeitos das pessoas que me cercam.  
Isso irá criar em mim, mais cedo ou mais tarde, o espírito de intolerância.
Não se esqueçam que eu gosto de experimentar as coisas por mim mesmo.  Não queiram ensinar tudo para mim.
Não tenham vergonha de dizer que me amam.
Eu necessito desse carinho e amor para poder transmiti-lo à vocês e aos outros.
Não desistam nunca de me ensinarem o bem, mesmo quando eu parecer não estar aprendendo.
Insistam através do exemplo e, no futuro, vocês verão em mim, o fruto daquilo que plantaram.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

                                                  É DANDO QUE SE RECEBE!            
 
                        A visão filosófica de Francisco de Assis é profundamente importante, permitindo-nos a compreensão maior do modo como ele viveu pelos caminhos do mundo.
                       O missionário incomparável lançou mão de instrumentos de vida muito especiais, como as coisas simples de seu tempo.
                      A percepção íntima de que, em última análise, ninguém é possuidor de coisa alguma no mundo das formas físicas, levou-o a continuadas renúncias e a uma viagem fundamental para dentro de si.
                      No íntimo de seu ser, encontrava a orientação segura de Jesus a propor que procurasse conquistar a si mesmo, pois aí estaria a riqueza verdadeira, a que não pode ser usurpada por nenhum gatuno, que nenhuma traça pode corroer e que não é consumida pela oxidação.
                     Entendia isso e percebia como são fugazes os haveres materiais. Como são perecíveis. Como são temporais. Tudo é extremamente vulnerável à ação indomável do tempo.
O pobrezinho de Assis nos clareia os caminhos, mostrando que devemos buscar sempre, em primeiro lugar, valores que pulsem no meio dessa atemporalidade.
                     O que pertence à alma é aquilo que essa alma pode conduzir consigo, onde quer que vá, onde quer que esteja.
Os únicos valores passíveis de impregnar a alma, tornando-se sua parte constitutiva, como brilho, cor, realidade, decorrem da frequência intensa, desenvolvida através do comportamento individual.
                     Na conclusão filosófica do jovem de Assis, é dando que se recebe, não registramos nenhuma referência a qualquer coisa material, mas às doações da alma.
É assim que, pelas leis da sintonia, da reciprocidade, ou de causa e efeito, concluiu que o que parte de nós é, de fato, o que a nós retorna.
                    A sementeira é sempre livre, mas a colheita é obrigatória.
Na figura apresentada por Jesus, o que se oferece ao solo, o solo devolve, ampliado, renovado, sejam aromas de flores, sejam espinhos.
*   *   *
                   Semeemos simpatia, e a teremos de volta. Espalhemos farpas e as veremos de retorno.
Distribuamos esperança e nos veremos esperançados. Semeemos agonia, e poderemos contar com a ação do desespero, logo mais.
                    Ofertemos nosso tempo precioso para atender ao próximo, e veremos que as preocupações do nosso próprio coração também estarão sendo atendidas.
                   Doemos nosso sorriso ao mundo e o mundo, dentro de nós, sorrirá satisfeito.
Perdoemos aquele familiar que falhou conosco mais uma vez, e perceberemos que, quando nós errarmos, encontraremos mais facilmente o auto-perdão.
                   Semeemos a paz, o otimismo, em meio ao negativismo viciante dos dias atuais, e colheremos tranquilidade em meio ao caos, silêncio em meio à balbúrdia ensurdecedora.
                  É dando que se recebe. É dando-nos, doando-nos que receberemos a recompensa da consciência pacificada, cumpridora de todos os deveres para com Deus, o próximo e a nós mesmos.
                  Amemos e nos estaremos amando. Perdoemos e estaremos nos perdoando. Doemos e já estaremos recebendo.
                 Experimentemos a doce exortação de Francisco de Assis e nos sintamos em paz, desde agora.
 



Redação do Momento Espírita, com base no cap.20
do livro
A carta magna da paz,
pelo Espírito Camilo,
psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
                                                  OS PORQUÊS DA NOSSA VIDA! 
         
Quem é que, nas horas de silêncio e recolhimento, nunca interrogou à natureza e ao seu próprio coração, perguntando-lhes o segredo das coisas, o porquê da vida, a razão de ser do Universo?
Onde está aquele que jamais procurou conhecer seu destino, levantar o véu da morte, saber se Deus é uma ficção ou uma realidade?
Não seria um ser humano, por mais descuidado que fosse, se não tivesse considerado, algumas vezes, esses tremendos problemas.
A dificuldade de os resolver, a incoerência e a multiplicidade das teorias que têm sido feitas, as deploráveis consequências que decorrem da maior parte dos sistemas já divulgados, todo esse conjunto confuso, fatigando o espírito humano, os têm relegado à indiferença e ao ceticismo.
Portanto, o homem tem necessidade do saber, da luz que esclareça, da esperança que console, da certeza que o guie e sustente.
Mas tem também os meios para conhecer, a possibilidade de ver a verdade se destacar das trevas e o inundar de sua benfazeja luz.
Para isso, deve se desligar dos sistemas preconcebidos, descer ao fundo de si mesmo, ouvir a voz interior que nos fala a todos, e que os sofismas não podem enganar: a voz da razão, a voz da consciência.
O que importa ao homem saber, acima de tudo, é: o que ele é, de onde vem, para onde vai, qual o seu destino.
As ideias que fazemos do Universo e de suas leis, da função que cada um deve exercer sobre este vasto teatro, são de uma importância capital.
Por elas dirigimos nossos atos. Consultando-as, estabelecemos um objetivo em nossas vidas e para ele caminhamos.
Nisso está a base, o que verdadeiramente motiva toda civilização.
Tão superficial é seu ideal, quanto superficial é o homem.
Para as coletividades, como para o indivíduo, é a concepção do mundo e da vida que determina os deveres, fixa o caminho a seguir e as resoluções a adotar.
*   *   *
Há certa dormência no homem materialista. Ele dorme para os valores reais da alma, da vida maior.
Vê-se esperto, antenado, ligado em tudo o que há de mais novo no mundo, mas não percebe que está dormindo ainda.
Em algum momento, terá de despertar...
Alguns despertam com reveses repentinos. Outros acordam com o sofrimento de uma doença ou a morte violenta entre os seus.
Mas há aqueles que desvelam o novo mundo através do amor e do estudo.
Quando o intelecto é guiado pelo amor, pelo bem, pela boa vontade, conseguimos despertar para a nova vida, a vida verdadeira, sem a necessidade de passar por nada traumático.
Que nossa vida seja repleta de porquês. Que não aceitemos as coisas pelo fato de sempre terem sido desse ou daquele jeito.
Que a razão nos guie e que essa razão possa estar cada vez mais apurada.
Mas que nos guie também o coração, pois é dentro dele que encontraremos as respostas que só o amor saberá dar.
A fé raciocinada deve ser nossa meta. O amor inteligente, nosso guia sempre.
Redação do Momento Espírita, com base
na
Introdução, item I, do livro O porquê da vida

,
de Léon Denis, ed. FEB.
                                          O UNIVERSO É UM GRANDE PENSAMENTO!
            
 
 
No dia 23 de novembro de 1793, em discurso na Catedral de Notre Dame, em pleno coração de Paris, diante de muitas pessoas, um cientista proclamou a desnecessidade de Deus e, de forma desdenhosa, entronizou a deusa razão.
Pensadores acreditavam, naqueles dias, que Deus era totalmente dispensável. Para a Humanidade, bastavam a razão e o bom senso para que tudo se explicasse de maneira satisfatória.
E porque a ousadia do homem não tivesse limites, ordenou-se que fossem apagados todos os sinais de Deus, que se julgava fossem os templos religiosos.
Num final de tarde, quando os destruidores chegaram para colocar por terra as paredes de uma das igrejas, se depararam com o velho jardineiro que cuidava das flores.
Ao vê-los chegar, perguntou curioso por que estavam ali com tantas ferramentas.
Um dos indivíduos lhe respondeu com ousadia: Viemos aqui para apagar, de vez, os sinais de Deus da face da Terra.
O jardineiro, olhou admirado para o grupo e perguntou: E onde estão as escadas?
O rapaz, um tanto inquieto, retrucou: Mas para que precisamos de escadas?
O jardineiro complementou: Se vocês querem apagar os sinais de Deus precisarão de uma escada. E de uma escada muito longa, a fim de que possam apagar as estrelas.
*   *   *
Muitos homens, quando adentram o campo das Ciências sem entendê-las em profundidade, tornam-se ateus, por acreditarem que descobriram todos os mistérios do Universo.
Já os homens que penetram profundamente as Ciências com humildade e vontade entendem os mecanismos que regem a vida, reconhecem a necessidade lógica da existência de uma inteligência que em tudo pensa e a tudo coordena no Universo.
Um conceituado biólogo escreveu um livro fantástico que intitulou: O homem não está só. Nesse livro, cita vários motivos pelos quais ele crê em Deus.
Um deles é o fato de a distância que medeia entre o Sol e a Terra estar matematicamente calculada, o que não poderia ser obra do acaso.
Se o Sol não estivesse a 150 milhões de quilômetros da Terra, mas apenas a metade dessa distância, não haveria possibilidade de vida porque as altas temperaturas a tudo aniquilariam.
E se a distância fosse 50% a mais, a vida também seria impossível devido à falta de luz e calor.
Se o movimento de rotação da Terra não tivesse sido calculado de forma eficiente e, ao invés de 1.600 quilômetros por hora, fosse 10 vezes menor, os dias e as noites teriam 120 horas e a vida seria impossível.
O calor dos dias, a sombra e o gelo das noites, ambos longos demais, a tudo aniquilariam.
Se os meteoros, que caem diariamente, não fossem ralados pela atmosfera, que tem 60 quilômetros, a vida na Terra seria impossível, pois os incêndios fariam tudo arder.
Esses, entre outros tantos exemplos, provam que tudo está matematicamente calculado.
Há uma Inteligência Suprema por trás de cada fenômeno da natureza. E é a essa Inteligência que chamamos Deus.
Na grande marcha progressiva do homem, houve um tempo em que os cientistas acreditavam que o Universo era uma grande máquina.
Após apuradas pesquisas nas áreas da Astrofísica, da Biologia, da Embriogenia entre outras, os homens chegaram à conclusão de que o Universo é um grande pensamento.
*  *  *
Não há efeito sem causa. Procuremos a causa de tudo o que não é obra do homem e a razão nos responderá.
O Universo existe e tem uma causa. Duvidar dessa causa, que é Deus, é admitir que há efeito sem causa e aceitar que o nada pôde fazer alguma coisa.
Pense nisso, mas pense agora!
 
.
Redação do Momento Espírita, com base no item 4 de
O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 04.12.2009.