quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

                                                       REPONTE!

                Assim como se reponta o gado na procura das aguadas para saciar sua sede, também repontando jornada, me vejo às vezes, apegado as reminiscências do taura vago, como são próprias do índio criado guaxo. Sinto a rebeldia da melena revoando ao vento quando a cantilena esmorece, assim como acontece todos os dias ao anoitecer.
                Desgarrado, sigo a sina que me foi proposta num tempo anterior e que aceitei de bom grado não sabendo, no entanto, o que encontraria pela frente. São percalços quase intransponíveis que escolhi para passar em meu caminho!
                Por isso na introspecção de meu ser, percorro trilhas inconfessáveis, mas a liberdade me aponta para frente sempre, sigo, não obstante, indomável nos casarios da vida e sinto as taperas remoendo as entranhas.
                A solidão me abraça então e canto uma milonga na solidão dos ermos, onde o quera (quéra) se embretou. Malsinado da sorte, me queixo, entretanto encilho meu pingo e de rédea solta, já estou na picada assombrada, de tantos causos contados pelos avoengos.
                Reponto, lá na frente uma nova empreitada na cisma de não parar, do teatino de pago em pago, levando na retina a quimera daquele guri cheio de esperanças num porvir venturoso.
                Que nada. Tudo parece vazio, assim como minha alma seca pelas amarguras da existência bruta e abagualada, sem um desiderato na premissa do acordo com o Avatar da humanidade, em tempos remotos. 
No entanto, parece que acordo do sono profundo que me levou a essas reflexões onde a mágoa sobrevoava meu interior, como um abutre carnívoro que quer devorar o que sobrou.   Ainda bem, que foi tudo um sonho de uma noite mal dormida, porque na madrugada que reponta no horizonte, sinto toda a beleza à minha disposição.
                Inferindo, te digo parceiro, tudo passa como um sonho irreal, virtual. Assim é a vida, um dia para lá, outro dia para cá.  É preciso, pois, saber viver e agora estradeio, costeando um capão de mato, encontro finalmente, a aguada da sobrevivência da alma inquieta e sigo repontando ilusões!

                Pensemos nisso!
                                                                  DIAS DE HOJE!

No prelibar de novos acontecimentos que poderão mudar vidas, também recentes enfoques no sentimento prodigalizante do alívio de misérias e agonias que infestam o planeta azul, busco sem cessar compreender todo esse estado de coisas que fogem ao controle do homem de bem.
Porque está faltando caridade nesse mundo? Pela busca desenfreada de prazeres da carne, esquecemos o padecimento de irmãos que sofrem mazelas incontáveis e indescritíveis, às vezes bem pertinho de nós, outras vezes, alhures, mas sempre a humanidade da qual fazemos parte.
Sim, somos partícipes dessa horrenda construção, quando luzes de ribalta coabitam mutuamente e concomitantemente com as ilusões da contemporaneidade do mundo de hoje, tão faceiro e cheio de facilidades que nos levam à iniqüidade de povos para com seus irmãos de caminhada!
Pseudofilósofos afirmam “ideologias” em busca de uma felicidade vã e efêmera, na irrisão da veracidade inconteste que permeia as existências contínuas. Ora, ora, onde iremos parar olvidando o principal?
Caridade, já dizia São Francisco de Paulo, “é em todos os mundos, a eterna salvação; é a mais pura emanação do próprio Criador; é a sua própria virtude, dada por Ele à criatura.”
Sou um ser destinado à perfeição e para isso preciso passar por obstáculos que parecem intransponíveis, mas que eu mesmo escolhi e dentro desta perspectiva, preciso domar as más inclinações que trouxe de tempos imemoriais.
É preciso voltar atenções para todos os sofrimentos dos mais longínquos rincões de nossa casa planetária. Temos compromisso com eles, sim senhor. Hoje estamos aqui, amanhã poderemos estar lá, nos lugares deles. A emanação sublime de amor incondicional deve superar todo sentimento do ego exacerbado, isso é meu, não dou para ninguém!
Quantos fogões sem lume, quantos catres sem cobertas e quantas calçadas geladas jazem os deserdados da sorte, quantos seres esqueléticos que falta o pão de cada dia e água potável para saciar sua sede, esperando pelo vintém da esperança que olvidamos: afinal, foi escolhas deles, dizemos!
Não, esse clamor é para toda a humanidade! Voltemos nossos olhos a esses deserdados de hoje, quiçá não estarmos em seus lugares no futuro incerto.
Reforcemos a luta em prol de obras dignificantes, temos uma sentinela vigilante que nos aponta para a misericórdia; a nossa consciência, ouçamo-la e abramos nosso coração à beneficência que unirá corações e veremos então, o amor universal superando a temporalidade e futilidades dos dias hodiernos!

Pensemos nisso!

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

                                                  AINDA DEVANEIOS!

Nos meus devaneios, sonho que mares bravios não mais assolarão continentes e que vulcões e tremores, não abaterão mais a humanidade, porque entenderemos que os pensares que dirigimos a outrem, hão de ser de benevolência e paz.
As fronteiras que separam povos, serão destruídas e a ganância do poder não mais prevalecerá, quando então construiremos pontes, interligando etnias e as raças separatistas perecerão no seu orgulho e vaidade e os nossos filhos, as eternizarão numa só: a Humana!
Um sonho fugidio talvez? Pode ser que sim. Mas o sonho não é também realidade? A alma se liberta quando o Ser, que é eterno na sua relatividade, faz vôos rasantes e vê nas quimeras tudo que pode realizar, evitando de toda sorte, o Rio Aqueronte onde as mesmas são desfeitas, na realidade nua e crua.
O Caronte não me levará no seu barco infernal, desvanecendo minhas utopias, não! Permanecerei firme, na proa das minhas aspirações numa contemporaneidade paradoxal e esdrúxula, mas me mantendo como o Faraó Akhenaton fez, mais ou menos 3300 anos atrás, numa edificante cruzada no mundo Egípcio, do paganismo ao monoteísmo!
Devaneio, na inspiração poética dos meus anseios, numa vastidão de interpretações dúbias que me leva a olvidar dos ensinamentos primevos, da nossa ancestralidade milenar.
No entanto, a colimação propositiva da temporalidade terrena, está intrinsecamente ligada ao destino, previamente estribado nos compêndios dos milênios existenciais, que começou do homem bruto, até chegar ao homem amor.
Inferindo, chega de disputas pueris que nos levam a lugar algum e busquemos a energia vital que advêm dos espaços infinitos e à nossa disposição está, para continuar em busca dos sonhos perdidos, nos ideais que devem nortear nossa vida e a fraternidade se consagrará na Virtude Suprema.
Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS- Professor e tradicionalista. (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

JEITO ENSIMESMADO!

Canto do meu jeito, músicas que me ensinaram meus pais, no universo de minha pequenez, quando ouvia seus conselhos, nas asas que o Senhor me deu e por Ele sempre irei cantar.
É meu jeito, assim acanhado, mas, no bordoneio da viola querendona, a inspiração brota e a retina se alonga buscando novos horizontes, ainda não vistos por estes olhos, agora firmes na busca dos Divinos acordes!
Mas ao mesmo tempo penso, do que me adianta a guaiaca cheia, se estou ensimesmado com as ironias de uma sociedade hipócrita, quando as mentiras mascaram choros e a visão turba diante da malevolência, que vez por outra, impera dominando sentidos que adormecem na soledade infame.
Mas a passarada me chama a atenção do turbilhão a que estava envolvido, volto ao meu canto triste, porque é assim mesmo que o taura enternece seu íntimo e revolve suas agruras no sol sangrando na tarde que finda!
O pago, com certeza está do meu lado. Conspirando, pego de novo as rédeas que norteiam o meu viver e por trás do brete, me ajeito no silêncio dos mates solitos, infiro então que não posso decair aos corcovos que a existência obstaculiza à minha frente.
Canonizo o nativismo, como cântico à terra que me viu nascer na fumaça dos tições das brasas vivas que ardem no reponte infinito das amarguentas comunhões, então, caborteio ilusões, na busca da ultima morada na Estância do Infinito.
Mas, minha mente rebusca uma réstia de luz que sobrou das reminiscências perdidas e embora acabrunhado pela iniqüidade momentânea, ergo a fronte na ânsia de encontrar guarida dos meus ancestrais, renovo a firmeza no caminhar lento, mas firme, para a posteridade superior!
Por isso, ensimesmado nas ondas energéticas que se sobrepõe a pusilanimidade, transporto-me a augusta luz e meu canto sai mavioso na paisagem colorida da natureza que me cerca linda, indescritível.
Pensemos nisso!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.
(Email, toninhosantospereira@htomail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).


                                                       REPONTE!

                Assim como se reponta o gado na procura das aguadas para saciar sua sede, também repontando jornada, me vejo às vezes, apegado as reminiscências do taura vago, como são próprias do índio criado guaxo. Sinto a rebeldia da melena revoando ao vento quando a cantilena esmorece, assim como acontece todos os dias ao anoitecer.
                Desgarrado, sigo a sina que me foi proposta num tempo anterior e que aceitei de bom grado não sabendo, no entanto, o que encontraria pela frente. São percalços quase instransponíveis que escolhi para passar em meu caminho!
                Por isso na introspecção de meu ser, percorro trilhas inconfessáveis, mas a liberdade me aponta para frente sempre, sigo, não obstante, indomável nos casarios da vida e sinto as taperas remoendo as entranhas.
                A solidão me abraça então e canto uma milonga na solidão dos ermos, onde o quera (quéra) se embretou. Malsinado da sorte, me queixo, entretanto encilho meu pingo e de rédea solta, já estou na picada assombrada, de tantos causos contados pelos avoengos.
                Reponto, lá na frente uma nova empreitada na cisma de não parar, do teatino de pago em pago, levando na retina a quimera daquele guri cheio de esperanças num porvir venturoso.
                Que nada. Tudo parece vazio, assim como minha alma seca pelas amarguras da existência bruta e abagualada, sem um desiderato na premissa do acordo com o Avatar da humanidade, em tempos remotos.  
No entanto, parece que acordo do sono profundo que me levou a essas reflexões onde a mágoa sobrevoava meu interior, como um abutre carnívoro que quer devorar o que sobrou.   Ainda bem, que foi tudo um sonho de uma noite Mal dormida, porque na madrugada que reponta no horizonte, sinto toda a beleza à minha disposição.
                Inferindo, te digo parceiro, tudo passa como um sonho irreal, virtual. Assim é a vida, um dia para lá, outro dia para cá.  É preciso, pois, saber viver e agora estradeio, costeando um capão de mato, encontro finalmente, a aguada da sobrevivência da alma inquieta e sigo repontando ilusões!
                Pensemos nisso!
         ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS- Professor e tradicionalista.
(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

                

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

                                                             ARAGANO!

                O Pingo, que levou mais tempo para domar e mesmo assim, continua arredio, passarinheiro, chama-se aragano. O mesmo se diz, para o índio vago que não se laça com sovéu curto, isto é, que não dobra a espinha, em meio aos entreveros da vida!
                Nos trancos e barrancos da existência cotidiana, me sinto também um aragano, com a alma lavada cheirando a pasto, batendo marca pelo verde sublime da pintura Divinal, nas plagas que aprendi a amar, nas auroras de reminiscências querendonas, que me trás o nativismo e o olor da liberdade, intrínseco no imo barbaresco.
                Ao cevar mais um mate, sinto a esperança que rebrota no mosaico da alegria, do empírico viver gaudério na acepção hodierna do termo, num nomadismo próprio da liberdade xucra, quando a melena solta ao vento, faz voar também o medo, que vez por outra, ressoma na intempérie dos tempos.
                Meu velho pai já dizia: segue teu rumo sem desviar-te dos ensinos dos avoengos, pilastra indestrutível, que conduzirá teu destino na honorabilidade jamais olvidada. Por isso, sou aragano sim, nas querelas dos interesses mesquinhos, que compram consciências dos iníquos ou usurpadores dos ideais inerentes ao Ser.
                Toma mais um mate amigo, na troca da cuia enquanto a chaleira chia, charlamos, porquanto, enxurradas de chasques sub-reptícios, que inflamam o ardor farroupilha na chama ardente do candeeiro crioulo, tentando transmudar aquilo que é a própria essência do porque existirmos.
                É, o amargo se tornou doce como doce era minha mãe, que me ensinava que matear a vida, era vencer os percalços que viriam pela frente, numa torrente de paixões desenfreadas e que o caminho era um só. Filho não transvie, por que, embora ele seja tortuoso, lá na frente encontrarás, não mais desalinhos e sim, a certeza da escolha feita.
Aragano sim, mas com a consciência tranqüila!
Pensemos nisso!
        ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

    (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

                                                     TACITURNO! 

                A vida me fez poeta, a vida me fez cantor. Por isso, canto à vida como faz o sabiá na primavera, que também gorjeia, na expectativa do reencontro das almas em desajuste.
                O homem do cantar triste na visão romanceada faz do taura do sul continentino, diferente, taciturno, mas ao mesmo tempo, sensível, refratariamente contrário aos hodiernos costumes, que se vão implantando a revelia de sua vontade.
                Entretanto, busco soluções nas entrelinhas dos espaços que sobram no burburinho que se forma nos soturnos umbrais, decorrentes das enfermiças mentes elucubradoras dos mais diversos sofismas, responsáveis por um sem número de descalabros e escândalos, que se abatem sobre a pobre humanidade.
                Sem rumo, tateio até encontrar um barco que não soçobrou na tempestade inclemente, que se abateu de forma inopinada e com braços trêmulos, seguro firme como última esperança, de um porvir mais alvissareiro e sinto uma força sobre humana que me dá o ensejo, de no último instante, buscar sua salvaguarda.
                E a soturnidade, com certeza dará lugar, embora entre soluços, a margem de terra firme que se avista logo ali. Preciso acabar com tudo isso. Essa tristeza, depois do vendaval vai embora e sobra nos tentos, o trote do pingo bem aperado, que me aguarda como fiel escudeiro, do homem dúbio.
                E o velho monarca, que parecia perdido, se encontra novamente no jardim florido do Éden, verdejante como paraíso que sempre esteve a sua frente, mas que extraviado na ambigüidade da vileza que turbava sua visão, não entrevia tal vidência.
                Por isso parceiro, tapeio o chapéu sobre a testa e resmungo, a vida é assim, cheia de idas e vindas, mas, tudo passa como o torvelinho do vento minuano, que atravessa coxilhas e canhadas, levando em seu bojo, toda nocividade, arejando e desinfetando os ares dos pensamentos malevas, um dia também quanto menos se espera, a clarividência do porvir a que somos destinados, abrir-se-á num céu sem nuvens, mostrando o porquê da insofismável presença do ser, no concerto universal.
                Pensemos nisso!
        ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS-Professor e radialista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

                                          REALIDADE?

Ao som das cantilenas, os espinhos e as agruras fazem garimpar poemas nos sonhos que nos trazem esperanças, na luta constante da vida reiuna em busca da luz para aquele que está cego.
A terra continua a mesma desde sua formação, os campos verdes todos iguais embora o tempo passe inexorável, em sua rotina imperturbável cada vez mais rápido.
A vida que conhecemos é uma realidade ou é tudo virtual? Não serão tudo vertigens passando como nuvens no firmamento infinito e a qualquer hora acordaremos vagando sem rumo?
Mas, a lua tão bela que em tempos de cheia, parece toda real, não pode ser um restolho da existência nua e crua. E a prenda bela que aguarda na varanda, o clarão do satélite terráqueo, não será a própria esperança trazendo em seu bojo, o bafejo da inefável paz?
Nãos são sonhos, pois já acordei várias vezes e tudo se repete. No alto relevo que retrata a vida, nos abrolhos das ondas dos mares bravios, parece que só o tempo não se repete. Então é real!
As portas do coração se abrem refeitos da visão do que parecia perdido e os olhos infantis da criança inocente, nostálgica, na fantasia da imaginação, se abrem qual cancela da Estância Grande!
Por isso peço, alumia os corredores do andante sem rumo, varando brumas condensadas, pelos pensamentos nebulosos que, lhe turvam os olhos marejados de lagrimas, por não achar seu destino e o bichará, não mais aquece seu corpo esquálido e enfraquecido.
Mas logo ali, vem a saída do labirinto que parecia intransponível, porque alguém adiante gritou, liberdade e como pássaro que voa naturalmente, também a alma liberta, volita sem peso, o ceticismo perecerá e o ser saberá finalmente, que algo maior o espera, na sublimidade da virtude e o grande combustível que deve mover a humanidade em vôos inimagináveis, auferirá, no contrapasso da melodia Divina, os acordes do amor que um dia, será perene em nossas consciências.
Então, saberemos que tudo tem sentido sim e ao acordar, sentiremos que não foi sonho, até porque, o próprio sonho é uma realidade ainda não entendida por nós.
Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

                                                                  VIDA!

A vida é um sonho? Às vezes parece que sim! Quando por exemplo, busco utopias no rescaldo da esteira, que deixo para trás no transcorrer da jornada dura e fria que muitas vezes se apresenta.
De quando em vez, no entanto, ela se apresenta na realidade que fere sentidos e a mágoa atravessa nosso coração já urdido e calejado nos invernos gelados e intermitentes.
A gloria do pretérito, ficou nas remembranças de um passado que não volta mais. É a saudade doida, que faz sofrer o vivente e o índio vago segue transpondo barreiras.
Com certeza, ele não desistirá da vida, porque logo ali adiante uma vaga sensação que vai se tornando consistente, alimenta novamente a sede do prosseguimento na proposição argumentada e sedimentada há muitas eras.
Olha amigo! A lua que surge tão bela no horizonte longínquo.  Ela nos enleva à esperança de dias melhores e tua vida logo logo se encaminhará em passos firmes rumo ao desiderato firmado em tempos idos!
Nunca teremos tudo que quisermos, até porque, isto não nos faz bem. Busco felicidades efêmeras e elas não se confirmam feito à relatividade que a tudo preside, mas existe sim, caminho firme e designativo vencendo as intempéries por piores que sejam.
A solidão e a saudade passam como tudo na existência, e a liberdade logo se avizinha no porto segurança. É só firmar o garrão e a trote firme cruzar os rios, no passo que dá vau e as quimeras não mais se apresentarão.
As portas do coração, finalmente se abrirão, novo céu brilhará e a poesia que é a própria vida, em novos tentos abrilhantará, quando os pedaços de tempo se aglutinarão num só e a natureza pintada nas cores da aurora fúlgida, finalmente guardará o propósito de continuar em rota paralela, rumo à constelação do astral superior!
A vida é bela! Prossigamos, pois!


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

                                                         LIBERDADE!

Canto a liberdade nos magnânimos campos de recordações vis que refletem a inconsistência da vida inútil. O que isso parece? A tristeza que assola meu ser, que aprisiona minha alma nos confins lúgubres, de quando em vez, teima em sobressair-se em represália ao canto das aves gorjeando alegremente, mostrando aquilo que busco incessantemente: o vôo leve e feliz rumo as planuras da consciência ativa.
Olhando fotografias antigas, vejo amigos que já fizeram a viajem sem o peso do corpo somático... onde estarão? Eles pensavam como eu! Será que valeu a pena! Tudo parece que se perde pela insignificância da temporalidade existencial!
Os feitos jogados nos catres vazios... sonhos desfeitos, o ostracismo toma conta. As melenas esvoaçantes, a lança na mão pronta para mais uma batalha, a corneta tocante avante e a guerra que perdeu pra si mesmo.
Onde foi parar a dita liberdade? Cada vez mais preso a um sem número de ordens e contra ordens, num vai e vem indefinido. E toda tua luta, foi em vão?
Os pessuelos ainda guardam vãs e inúteis esperanças, mas, os alforjes trazem a alma em frangalhos pela inoperância e iniqüidade dos ideais intrínsecos e que foram violentados pela avassaladora onda de ódios, no precipício sem fundo das correntes nas masmorras criadas indestrutíveis na consciência acusatória.
Vento maleva, conduz todas essas urzes aos confins da eternidade, para que os desenganos não penetrem nas frinchas das casas, ainda assombradas pelos fantasmas de muitas eras e as taperas, se tornem habitadas no frescor de novas manhãs de primavera, onde as flores com seu olor alimentarão a alma e vai crescer em liberdade, buscada na incessante caminhada.
Que eu possa ouvir novamente o grito do quero- quero onde a poesia vai alimentar a alma no bojo da natureza bela e incontestavelmente grandiosa, exemplo maior para a humanidade.
Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS- Professor (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspo

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

                                                           PAMPA!

O que é a pampa para nós? Escritores dizem que a grande pampa abrange Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul, pelos seus costumes comuns, pela geografia enfim. Em tempos de antanho viviam em revoluções constantes, entre idas e vindas. Os gaúchos, ou gaudérios que queria dizer, ladrão de gado. Era, portanto uma pátria comum.
Nos versos do poeta, no entanto, era muito mais que isso. Tergiversava na imaginação idealística e via o palanque de guajuvira como molde da firmeza do povo honrado daqueles tempos. Como se descrever essa pampa então?
Leia-se liberdade em todo o horizonte. A guaiaca tomada de solidão refresca a memória quando o ruano a pastar indolente na relva macia traz ao índio vago, a soledade daquilo que parecia ser o paraíso. A pampa não se liberta da comparação de um aprendiz, mas ela é muito mais que isso.
Sinto como se ainda estivesse lá. O frescor das madrugadas lobunas, o vento soprando a melena e a aurora boreal atingindo o fim do mundo, inatingível para o vivente taura que só conhece a natureza como ela é, pura e inatacada pela modernidade desenfreada e sem rumo.
A buzina da carreta aponta que chega visitas trazendo caramelos e rapaduras para a gurizada que freme de alegria ante as guloseimas a eles ofertadas.
As janelas se abrem mostrando o retrato vivo da Divindade de incomensurável beleza e aquela inocência, agora perdida pelos descaminhos da vida, retorna como juiz da existência, dizendo: essa é a sina, siga o rumo que encontrará o desiderato ao qual foi destinado.
Esta é a liberdade que a pampa oferece, sem as luzes da cidade que arrebatam vidas nos arrabaldes das civilizações, onde medram o medo e a vida simplesmente é levada, ao ermo, como as folhas mortas são levadas pelo vento em dia de minuano intenso.
Busquemos novamente o sonho do guri, no ideal daquilo que está intrínseco em nosso imo. A felicidade real e possível de ser alcançada na vida hodierna.
Pensemos nisso!

              ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.
         (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

ALMA BRUTA!

Na inconsistência da alma bruta, no frescor das madrugadas lobunas, sinto florescer como gotas de orvalho, caindo sobre as macelas colhidas e abençoadas pela fé dos viventes, algo ainda indescritível no subjetivo do entendimento que ainda falta. Mas que, no inconsciente sente despertar na Superior exalação, toda a energia que emana do astral superior.
Em cada célula existe a emanação maior, porque tudo se concatena, no universo que conspira sempre a favor daqueles chamados “homens de boa vontade”.
Por isso, no corcovear das auroras, no retinir das estrelas como se fossem esporas reluzentes, imitando os pirilampos, sentimos o tempo que passa inexorável, levando sonhos e ilusões, marcando a existência que passa, como um furacão devastador.
Meu coração palpita, freme como cavalo xucro ou redomão, no entanto, o sovéu está pronto para enlaçá-lo nas redondilhas de versos compassados, de emissões leves e calmantes.
É como se o tempo não passasse, tudo voltando às origens. Somo partícipes, desta grande caminhada rumo ao reflorescente éden da perfectibilidade a que somos destinados.
Os refolhos de meu imo guardam consciências ainda não percebidas pela ilogicidade das expectativas do ego, ainda latente, mas que pode despertar da letargia guardada no inconsciente, esperando o seu desabrochar no autoconhecimento, que nos levará à certeza da imortalidade da alma!
Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS- Professor e radialista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, toninhopds; blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

                                PAIS! Uma reflexão. 

                O dia dos pais teve origem na antiga Babilônia.  Há mais de 4000 anos, um jovem chamado Elmesu moldou em argila o primeiro cartão para o dia dos pais, com mensagem em que desejava, sorte, saúde e longa vida ao seu pai.
         Em 1909, a data surgiu nos Estados Unidos por Sonora Louise Smart- (Arkansas), filha do agricultor William Jackson Smart e esposa Victória Ellen CheekSmart, que sentia grande admiração por seu pai. O interesse pela data difundiu-se da cidade de Spokane para todo o Estado de Washington e daí tornou-se uma festa nacional, oficializada em 1972, pelo então presidente americano Richard Nixon, no terceiro domingo do mês de junho.
         No Brasil, o dia surgiu em meados da década de 1950, pelo publicitário Sylvio Bhering, celebrada inicialmente no dia 28 de fevereiro, data em que se comemora, São Joaquim, patriarca da família e segundo a tradição católica, também o dia do padrinho.
         O LE, de Allan Kardec, a pergunta 582 questiona: pode-se considerar como missão a paternidade?
“É sem dúvida, uma missão, e é ao mesmo tempo um dever muito grande que obriga, mais que o homem pensa, sua responsabilidade diante do futuro. Deus colocou a criança sob tutela de seus pais para que esses a dirijam no caminho do bem e facilitou a tarefa, dando à criança um organismo frágil e delicado que a torna acessível a todas as influências. Mas há os que se ocupam mais em endireitar as árvores de seu pomar e as fazer produzir bons frutos do que endireitar o caráter de seu filho. Se esse fracassa por erro deles, carregarão a pena e os sofrimentos do filho na vida futura que recairão sobre eles, porque não fizeram o que deles dependia para seu adiantamento no caminho do bem”
         “A paternidade e a maternidade, dignamente vividas no mundo, constituem sacerdócio dos mais altos para o espírito encarnado na terra, pois através dela, a regeneração e o progresso se efetuam com segurança e clareza”. (Chico Xavier)
         A paternidade é como a parábola dos talentos: significa receber preciosos talentos que devem ser movimentados com inteligência para que produzam os juros devidos. É o momento de transição em que o homem deixa de ser filho, para ser pai.
         José Herculano Pires aborda a questão da paternidade num enfoque maior à responsabilidade de educar em bases cristãs: “a educação cristã reformou o mundo, mas os homens a complicaram e deturparam. A consciência do pecado pesou mais nas almas do que a consciência da libertação em Cristo. Tomás de Aquino ensinou: ... mães os vossos filhos são cavalos! Educar transformou-se em domar, domesticar, subjugar. A repressão gerou revolta e reconduziu o mundo ao ateísmo e ao materialismo, à loucura do sensualismo. A educação real é renascença da pedagogia cristã”.
         Numa visão geral, os pais assumem o compromisso de criar e educar um ser vivo. Como consequência, em alguns casos, a ingratidão dos filhos pode estar ligada diretamente à educação que os genitores ofereceram para tal. “A mulher saiu de casa para entrar no mercado de trabalho. Hoje a vida dos pais é agitada. Quando o casal chega em casa, quer compensar sua ausência”, diz o pediatra Claudio Pinto. O problema para esta “compensação” pode acarretar inúmeros problemas, os pais, quando podem, compram o que os filhos querem e quando não podem, deixam a educação para as “tias” das creches. “Eles não têm mais tempo”. Aí surgem mais problemas além da falta de amor e o conhecer daquele ente que ali está: “as crianças, nas creches estão mais vulneráveis às gripes, aos problemas pulmonares e até mesmo às infecções”, diz o pediatra. O sistema imunológico do ser vivo está completo apenas aos 7 ou 8 anos de idade e, nesta fase a criança, não mais, passa tanto tempo, na escola.
         O ambiente escolar tem sido outro ponto de grandes questionamentos nos dias atuais. “Cabe à escola reforçar os princípios morais que já foram instituídos em casa”, comenta a pedagoga, Ivelise Silva. Mas, não é isso que ocorre. Na prática, avalia, ainda a pedagoga, “os pais tiram a autoridade do professor e consequentemente, as crianças e adolescentes se espelham nas mesmas atitudes”.
         Os pais têm como missão desenvolver os seus filhos pela educação, mas educação para estes, serem cidadão de bem.
          É preciso ter autoridade, sem autoritarismo.
É preciso aplicar o chamado “amor exigente”.
O célebre educador João Henrique Pestalozzi, fundador do Instituto de Yverdon na Suíça, em 1805, onde estudaram, reis, príncipes e potentados da época, dizia em suma, três enfoques de sua tese educativa, que por sinal, ainda devia vigorar em nosso meio:
1-    Desenvolvimento da atenção.
2-    Formação da consciência.
3-    Enobrecimento do coração.
Inferindo, nesta pequena reflexão ao dia dos pais, diremos:
ainda que, a relação pais, filhos e nesta conjugação, juntarmos os mestres, no que concerne à disciplina, devem ser fundadas no amor e por ele governadas.


                                     ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS- Professor.
DETURPAÇÃO DE VALORES!

Há muito tempo, tenho constatado com tristeza no Movimento Tradicionalista Gaúcho, uma deturpação de valores. Digo isso de maneira genérica, para que sirva de alerta aos patrões ou responsáveis pelos Centros de Tradições Gaúchas ou entidades congêneres, que em sua essência, são a célula mater deste movimento.
Há uma grande agitação no meio nativista, com a realização de grandes bailes e alguns fandangos (quando há), de rodeios caça níqueis onde só acontecem tiros de laço, abandonando de vez com a parte artística porque que não dá lucro, tudo com o intuito de angariar fundos para conservar as respectivas entidades.
Tudo muito justo, só que não se faz mais outra coisa. A verdadeira finalidade está sendo desviada, salvo raríssimas exceções, devido à avidez do lucro.
É necessária uma grande reflexão de todos os próceres responsáveis pelo tradicionalismo em todas as esferas. Onde está a cultura? Confinada em poucos livros de uma biblioteca, aliás, muita pouca visitada? A hora de arte, os verdadeiros fandangos, os conjuntos musicais tocando ritmos e letras condizentes com os altos parâmetros que regem a Carta de Princípios, onde foram parar?
Além dos bailes, onde se dança a moda cola fina existe ainda os fandangos, onde se dança somente pilchado, mas é preciso também, realizar encontros culturais entre prendas, peões e patrões, discutindo os problemas inerentes ao Movimento. Exemplo: o jovem e a droga, problemas sociais de seu bairro, de sua cidade, de seu estado, de seu país, esquecendo um pouco a competição que permeia quase todo o evento que se faz.
Fica esse alerta, para que todos nós reflitamos em torno dos verdadeiros ideais que devem nortear nossa conduta.
Pensemos nisso!
       ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

       (Email,toninhosantospereira@hotmail.com;twitter,toninhopds; blog,WWW.allmagaucha.blogspot.com)
                                                          DEVANEANDO!
                Chama ardente que brota em cada ser, na evolutiva ação perpetrada pela criatura, na senda escolhida pelo livre arbítrio de cada um de nós, quando escolhemos volver à Terra para mais uma experiência nas múltiplas escolhas, do aprendizado constante, nas diversas aparições da vida temporal.
                Uns já foram eu ainda estou aqui. Espero render mais do que já fiz em busca de destinos, muitas vezes mal traçados, pelas incoerências do pretérito delituoso.
                Na busca incessante do melhoramento a que me destinei, claudico na fraqueza dos sentimentos dúbios e na contradição da volúpia nas intempéries da vida, segredada aos ímpios desejos.
                Nada é igual, nem parecido. Tudo se transforma, como já disse Antoine Lavoisier. Se vim da borboleta, passando pelo macaco, até me tornar homo sapiens, também um dia, volitarei como os pássaros o fazem diariamente, numa felicidade sem par e sem igual.
                Numa visão mais profunda e aguçada, serei um novo cocriador na imitação Maior e finalmente, saberei entender o coeficiente sinalizador de um novo mundo mais justo e bom.
                Já aprendi a nadar como os peixes, a voar como os pássaros e por que ainda não aprendi a entender os homens? Porque ainda não me conheço?
                Ainda guri nesta jornada, tenho que aprender com o rastro deixado pelos meus ancestrais que enfrenaram potros e redomões nos rodeios do cotidiano indócil, que a vida é cheia de percalços, de pealos de chuchara e de sobrelombo, nas angústias indesejadas do mal querer.
                E o piazito carreteiro do passado, hoje amargando o amanhã, já guardei meus aperos e me aparto do sonho guri... Mas ainda teimo, embora não possa mais fazer o que fazia. Quero voltar às rondas...  Ainda me vejo dançando milongas, sem fugir da raia num volteio sem fim, como se tudo continuasse como era antes.
                Na noite, encilho o tordilho negro como se tudo voltasse, mas inútil era mais um sonho volátil. Volto à realidade. O tempo é inexorável. Aquilo que passou, passou!
                Queria retornar à minha infância, adoçar o amargo da distância, na busca da inocência da criança indolente que fui, que pensava que o futuro era muito distante, mas hoje volvo ao regaço da minha saudosa mãe, que chora ao me ver e me envolve em seus braços de eterno amor!
                Assim termino mais uma volteada nos meus devaneios!
       ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

       (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).
                                                  TRADIÇÃO, NATIVISMO!
                O Manual do Tradicionalismo, livro escrito por Glauco Saraiva diz que: “Tradição, é o todo que reúne em seu bojo a história política, cultural, social e demais ciências e artes nativas que nos caracterizam e definem como região e povo. Não é passado, fixação e psicose dos saudosistas. É o presente, como fruto sazonado de sementes escolhidas. É o futuro, como árvore frondosa que seguirá dando frutos e sombra às gerações do porvir”.
                O escritor Hélio Rocha, por sua vez nos diz, “tradição não é simplesmente, passado. O passado é um marco. A tradição é a continuidade. O passado é o acontecimento que fica. A tradição é fermento que prossegue. O passado é a paisagem que passa. A tradição é a correnteza que continua. O passado é mera estratificação dos fatos históricos já realizados. A tradição é a dominação das condições propulsoras de fatos novos. O passado é estéril, intransmissível. A tradição é, essencialmente, fecundadora e energética. O passado é a flor e o futuro que findaram. A tradição é a semente que perpetua. O passado é o começo, as raízes. A tradição é a seiva circulante, o prosseguimento. O passado explica o ponto de partida de uma comunidade histórica. A tradição condiciona o seu ponto de chegada. O passado é a fotografia dos acontecimentos. A tradição é a cinematografia dos mesmos. Enfim, tradição é tudo aquilo que do passado não morreu”.
                Tradicionalismo é um sistema organizado e planificado de culto, prática e divulgação deste todo que chamamos tradição. Obedece a uma hierarquia própria, possui um alto programa contido em sua Carta de Princípios, que deve, na medida do possível, realizar e cumprir.
                Tradição, comparativamente, é o campo das culturas gauchescas. Tradicionalismo, a técnica de criação, semeadura, desenvolvimento e proteção de suas riquezas naturais, através de núcleos que se intitulam: “CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS”.
        ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

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VIOLÊNCIA!

Sobre a violência que cresce assustadoramente em nosso país, em nosso estado e também em nossa cidade, fazendo com que nossas autoridades percam o controle da situação, lembro-me das palavras de um delegado de polícia, agora aposentado, Julci Severo, por sinal, um cidadão forjado nas lides castrenses (serviu no antigo 8º BIMTZ), quando dizia com muita propriedade, que a sociedade também é responsável pelo caos que se instalou, quando não denuncia os criminosos, quando esconde os contraventores.
Se cada cidadão de bem, tivesse consciência do seu dever dentro da comunidade, mais da metade dos crimes seriam solucionados. Se não houvesse, por exemplo, os receptadores, haveria tantos roubos e furtos?
Portanto, acordemos para a realidade! Nós também somos responsáveis sim, por toda essa violência. Por quê?
Ora, indaguemos nosso coração. Ele não está cheio de ódio, de mágoa, de desilusões? Se ele estiver assim, temos que primeiramente nos curar de todos esses males e procurar servir sempre com o coração aberto, sabendo da nossa responsabilidade perante a sociedade que nos acolhe.
Por isso, necessário se faz que hajamos dentro do nosso circulo de influências, para que esse estado de coisas, esse fratricídio que infelizmente está dentro de nós, possa ser amenizado através da reforma individual e coletiva, dentro dos parâmetros, de que a felicidade está ao nosso alcance e a fraternidade não é algo inatingível.
Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

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quinta-feira, 10 de agosto de 2017

                                               CUIDADO COM A LÍNGUA!

                Não fale coisas que poderá vir a arrepender-se depois! Esta máxima poderia fazer parte constante de nossas vidas, haja vista, que os nossos problemas são causados pela nossa incúria e imprevidência.
                Quantas vezes no decurso de nossa existência, falamos sem pensar, ofendendo o nosso semelhante, amargurando com isso a nossa própria caminhada. Não tem nada pior do que ao encostarmos nossa cabeça no travesseiro, a noite, a consciência nos acusar: porque eu disse aquilo? Não precisava. Ofendi àquela pessoa e agora o que faço? E o orgulho fala mais alto.
                Amanhece o dia, com a noite mal dormida e não tenho a humildade de desculpar-me pelas palavras grosseiras e ofensivas que dirigi àquela criatura. Daí provém a maioria dos nossos males.
                Ao passar do tempo, vamos nos tornando estéreis, secos por dentro, porque nosso remorso corrói, mas não admitimos o nosso erro. Este tormento alastra-se no campo emocional, tornando a situação cada vez mais embaraçosa, porque o sentimento de culpa vai se fortificando e procuramos, sem ter consciência disso, muitas vezes, suprimi-lo amargurando-nos por estar a vivenciá-lo e autocondenando-nos.
                Daí também provém a autopiedade, a chantagem emocional, a perda da capacidade de discernimento para saber como agir com correção. Frases como: ninguém me entende, que injustiça, ninguém faz nada por mim, os outros tem tudo e eu nada, me perseguem, agora fazem parte de nosso vocabulário.
                Por isso, nesse conflito interno é preciso que saiamos dessa verdadeira roda viva, deixando florescer a nossa ternura, crescer a nossa indulgência, deixando nosso ego saudável para poder enfrentar o erro com naturalidade compreendendo que os conceitos, certo e errado são abstratos, permitindo-nos o direito de errar, mas, impondo-nos o dever de corrigi-lo.
                Portanto, cuidado com o que falamos, para não acontecer conosco tudo o que citamos acima. Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS-Professor e radialista.

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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

                                                UMA CASA, UM LAR!

                Quando você vai para sua casa, tem que se sentir bem, isto é, como se estivesse indo a lugar aprazível e não ir pensando: o que precisa ser feito hoje, trabalhos caseiros, a educação dos filhos e aí por diante. Que enfado!
                É preciso transformar a nossa casa em um lar e não tão somente numa residência, onde moro com meus familiares. A casa onde moramos é uma coisa, o meu lar? Bem, o meu lar é algo maravilhoso, onde me sinto bem. É o refugio dos problemas do dia-a-dia, onde encontro a paz e posso recarregar-me de energias positivas, para voltar aos embates cotidianos.
                Se fizer de onde resido apenas o lugar para as refeições e para dormir, como se isso fosse uma obrigação, estarei provocando em mim mesmo, a sensação de desconforto e mal estar e que pode me levar a uma depressão ou doenças psicossomáticas, que poderão afetar a todos aqueles que comigo convivem.
                O verdadeiro lar, é aquele em que eu sinto prazer em nele estar, sinto alegria a ele retornar. É aquele em que os pais se entendem e conversam com seus filhos como se eles fossem uma visita. Sim, uma visita a quem sempre tratamos bem e com educação. E os filhos? Estes, com certeza serão criados nesse lar de paz e amor e não se perderão em tenra idade no mundo do álcool e das drogas, porque eles terão um porto seguro junto a seus pais, que sempre lhes darão o exemplo, acima de tudo.
                Então, façamos da nossa chegada ao lar algo bom, agradecendo a Deus por estarmos regressando, quando tantos não o fazem, abracemos a nossa família, façamos as refeições todos juntos, desligando a televisão, discutamos os assuntos pertinentes ao lar, se for o caso, saboreando a refeição com calma, aproveitando este momento maravilhoso de convivência diária e fraternidade familiar.
                Assim sendo, qualquer casa pode se tornar um lar. Da mais pobre, a mais rica. Depende da consciência de cada um de nós, em fazermos um exame íntimo e tomar uma resolução para o bem da minha vida e da sociedade que pertenço, porque sou também responsável por aquilo que acontece na minha cidade, no meu estado, no meu país e no planeta.
                Preciso, pois, fazer a parte que me compete. “transformar a minha casa num lar”.
              ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

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quinta-feira, 20 de julho de 2017

                                        SERÁ QUE VALE A PENA?

                Perder horas de sono em função de seu trabalho que, de repente, não transcorreu de forma como você queria?
                Estressar-se por aquilo que você não pode realizar por estar fora de seu alcance?
                Brigar com amigos, querendo impor suas ideias?
                Trabalhar mais do que seu corpo aguenta?
                Pensar que sua decepção é maior que a dos outros e que isso é o fim do mundo?
                Atingir pessoas com sua língua afiada causando nelas grandes mágoas?
                Conquistar algo pisando sobre pessoas que se atravessam a sua frente?
                Acumular inimizades com fofocas, deboches e escárnios?
                Falar mal de pessoas seja elas quem forem, afinal quem somos nós para julgar alguém?
                Não fazer a sua parte porque os outros não fazem a parte que lhes tocam, lembrando a estória do passarinho que ao ver incendiar a floresta, com seu biquinho levava água do rio e perguntado o que isso adiantaria para apagar o fogo: ele assim respondeu: eu faço a minha parte?
                Cometer desatinos em nome do amor ou do Supremo Criador?
                Dirigir com imprudência, provocando verdadeiras tragédias no transito?
                Acho, salvo melhor juízo que, o que realmente importa é ser feliz agora, hoje, acreditando que a vida é bela e que temos o dever de também fazer os outros felizes, oferecendo a elas a nossa amizade, a nossa compreensão, a nossa indulgência de forma incondicional.
                Pensemos nisso!
                ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 13 de julho de 2017

                                                              EVOLUÇÃO!  

                Na evolução planetária, deparamos com sofrimentos que nos fazem pensar que, a felicidade é impossível de se encontrar.
                Contudo, procuramos luz na imensidão do paraíso como algo inalcançável parecendo um sonho perdido.
Mas, pergunto por que esperar pelo paraíso se este orbe azul, maravilhoso sob todos os aspectos, já é uma paisagem paradisíaca de inigualável beleza!
                É preciso, pois, ter olhos para ver a maior maravilha do sistema solar, a nossa Terra. Ela tem todas as condições de ser a morada perfeita na imensidão do cosmos, nas miríades do Divinal colosso.
                Sendo o homem, o ser mais completo e complexo da Criação é seu dever insofismável, entender os desígnios a que foi destinado e começar a se conhecer internamente deixando de ser, egocêntrico, calculista e implacável no julgar a outrem.
                O ser humano, esta obra perfeita, tem por objetivo também, atingir a angelitude, do entendimento, da caridade, da bondade, da indulgência e do perdão das ofensas.
                Assim completo, entendendo seus irmãos de caminhada estará no Éden finalmente encontrado, compreendendo o amor como algo maior, na fraternidade que unirá os povos no grande Concerto Universal, onde as utopias se tornarão realidade.
                Este é o nosso desiderato. Pensemos nisso!
           ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

             (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).
                   E PENSAR QUE TODA ESSA VIOLÊNCIA COMEÇA EM NOSSA CASA!

Assistindo aos últimos acontecimentos no planeta, estremecido por revoluções e guerras fratricidas, isto é, a violência que cada vez assusta mais no nosso país e no mundo, reporta-me àquilo que tenho repetido a vida inteira, ou seja, a educação familiar que precisa ser repensada.
Enquanto não houver dos pais e educadores, principalmente os primeiros, que é preciso balizar a conduta dos filhos, dando-lhes limites estreitos, dentro de sua própria casa, não haverá solução para este estado de coisas.
Não adianta só colocar os filhos no mundo, porque isto é muito fácil. Isto todos sabem fazer. O que importa, é saber educá-los. Os modernos educadores falam por aí que a educação a maneira antiga, era uma forma muito errada de se ensinar as crianças, que as mesmas precisam ter toda a liberdade no seu aprendizado.
Daí advém que jovens ainda em tenra idade, já vão para as boates de madrugada, sim porque as boates começam às duas horas da manhã, ingerem bebidas alcoólicas muitas vezes incentivados por quem deveriam coibi-las, usam drogas de todos os tipos, como maconha, cocaína e outras piores até. E queremos o quê dos cidadãos depois?
Ora, se desde pequenos já são criados desregrados, o que esperar do futuro do nosso país? E os pais agora se perguntam: eu não posso com a vida do meu filho, mas quem é o culpado de tudo isso? Os próprios pais! Se queremos mudar o mundo, primeiro é preciso mudar o homem.
Senhores pais! Urge repensar o que estamos fazendo com nossos filhos e não são somente aqueles de menos posses, também os mais aquinhoados estão jogados pelas esquinas da vida.
Não aparecem muito na mídia, devido exatamente ao poder econômico de seus genitores que escondem embaixo do tapete a sujeira de seus palácios cravejados de ouro. É este o nosso porvir, serão estes jovens de hoje os governantes de amanhã? Certamente que sim.
É assustador toda essa perspectiva, mas na verdade estamos todos enveredando para esse caminho se não assumirmos de vez os nossos filhos, encaminhado para a verdadeira cidadania.
Há tempo ainda, mas é preciso começar agora. Pensemos nisso!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

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quarta-feira, 14 de junho de 2017

                                                                  TEMPO!

                Tempo maleva, leva minhas mágoas na sutileza da desilusão no mítico, mas que era a utopia nas lonjuras que ficaram, nas inebriantes viagens na constelação dos sonhos fugidios.
                Um mate, parceiro? Com a alma lavada depois dos desatinos cometidos numa insânia sem fim, o amargo ensina a voltar, sair da virtualidade e a objetividade retorna no bater de cascos na tropeada sem fim.
                Matuto, na improbidade dos devaneios que levam e trazem na dubiedade de sentimentos, entre um gole e outro do companheiro inseparável do teatino sem rumo.
                Era como um sonho de guri cheio de esperança, num porvir profícuo de imagens e sons paradisíacos, enfeitando o quadro na fotografia projetada numa grande tela do tamanho do horizonte. Era tudo real! As horas passavam devagar e o sorriso largo desabrochava numa beleza incomparável!
                Mas tudo passa e volto à realidade. Foi tudo inútil? O hoje parece acre, não pelo chimarrão que continua doce, mas não meu coração. Olho ao redor, as idas e vindas de pessoas que mal se olham, não se cumprimentam mais, desconfiadas, olham de soslaio o próximo como se fossem antagônicos seus!
                Isso fere como a lâmina do aço nas batalhas continentinas de tempos antanho onde se enfrentavam peito a peito.
                A sordidez da alma ferina na dicotomia do esgar falso e a intenção subterrânea, onde encontro a paz da meninice distante?
                Bueno visualizo a natureza na sua beleza estonteante e vejo que tudo está em seu lugar, que tudo é perfeito na Criação. Então, também assim o sou, preciso encontrar meu cerne, à imagem e semelhança do Supremo Ser!
                Finalmente, sinto Sua presença através do sabiá, que gorjeia ao meu lado e se refestela numa poça de água e canta um canto sem igual, num agradecimento pela vida.
                Sim, ele me ensinou que a existência é bela, é simples e tudo está no seu devido lugar, tudo se encadeia no desenrolar das eras. Bendito Criador sou um felizardo, obrigado!
                    ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

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                                                OS IRMÃOS GAITEIROS!

                Eram quatro irmãos que tocavam gaita: Geralcino, Geraldino, Gomercindo e Gelci que quando se juntavam, era aquela festa. Todos os quatro tocavam muito bem a cordeona. O Geralcino, talvez fosse o melhor, mas os outros o seguiam de perto.
                Só quem não cantava era o Geraldino. Os irmãos Dias de Lima, que por sinal, tive a honra de tê-los como amigos, aonde iam, faziam sucesso com suas músicas. Sozinhos, eles também davam conta do recado e muito bem.
                Quem não conheceu o Geralcino tocando nas bailantas da cidade com sua turma, onde estava o banjo afinado do Tio Quino, a guitarra do Gabriel, os violões melodiosos do Manoel Jorge Rodrigues e do Jair Mendes? Ah, o Jorge também tocava violino.
                Saiam coisas do arco da velha. Quantas serenatas eles fizeram na casa de amigos, acordando-os pela alta madrugada com suas canções!
Já, o Gomercindo tocava muito, a música popular brasileira, acompanhado no pandeiro pelo mano Dercírio, aliás, um dos maiores pandeiristas que conheci, dedilhava o Tico- Tico no Fubá, o Brasileirinho e outras pérolas do cancioneiro popular.
                O Gelci, com sua voz potente cantava e muito bem, a Última Lembrança do Luiz Menezes e tantas outras músicas. O Geraldino na sua Taquari, inclusive era dono de salão de bailes, fazia também sucesso com seu acordeão e sua animação.
                Certa ocasião, na década de sessenta, fizemos uma excursão para lá. Foi uma grande festa com uma quermesse durante o dia e a noite, a apresentação do CTG Tropeiros Amizade e depois um grande baile, animado pelo Geralcino e seu conjunto de bailes.
                Que saudades, daqueles tempos em que eles tocavam por que gostavam, não interessando o quanto iriam ganhar. Eles queriam ver felicidade e alegria que a música podia provocar nas pessoas.
Hoje, todos eles na grande Pátria Espiritual, com certeza se reúnem de quando em vez, para alegrarem os anjos com seus acordes maviosos.
                                  ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.
       (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, Toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com)

quinta-feira, 18 de maio de 2017

                                                        CIDADÃO?
                Sempre pensei que era um cidadão do bem e hoje vejo, que todos os meus esforços não foram entendidos ou eu realmente sou um verdadeiro manipulador, como me foi dito por pessoas da minha maior consideração.
                Então, preciso me conscientizar de que fiz tudo errado até agora nesta relação. Será que a vida toda errei? Peço desculpas por tudo. Por quem feri. Pelas desilusões causadas.
                A vida é cheia de percalços. Procurei aprender escutando mais do que falando. Fiquei em silêncio a maioria das vezes para não ferir outrem com aquilo que poderia dizer. Sofri calado, perscrutando meu interior. Não me revoltei em nenhuma ocasião por respeito próprio e as pessoas que me rodeiam.
                Amei e amo minha família mais que a mim mesmo. Embora não tenha externado este sentimento. Sou reservado por natureza, embora não pareça para muitos. Não digo o que faço para que a soberba e a vaidade não se sobreponha a minha personalidade.
                Hoje estou triste. Sinto um vazio muito grande em meu coração! Como se tudo que fiz não valesse pra nada! Esta tristeza quase arrebenta minhas energias. Não sei por que me sinto assim. Será a saudade dos tempos de antanho. De outras existências, talvez?
                 Ela me corrói por dentro como se um veneno fosse ingerido e minguasse aos poucos minha resistência. A soledade angustia meu peito. Sorvo mais um trago para afastar os miasmas que invadem meus pensamentos. Então é isso o que os viventes sentem quando dizem que estão acabrunhados?
                Quando isso vai passar... não sei! Mas nada como um dia após o outro. Amanha talvez eu tenha uma nova oportunidade de me fazer entender, de ser mais humilde, de saber receber uma crítica, de compreender mais o outro...
                Assim é a vida... de começos e recomeços na imensidão do cosmos do  qual fazemos parte...sou uma pequena poeira que se levanta para embaralhar os olhos de quem a frente está. Que este pó possa se dissipar. Que eu possa finalmente virar luzinha e brisa calmante na visão do outro de entendimento diferente.
                 Que eu possa ser corda sonante na inebriante viagem estelar de onde viemos e pra onde voltaremos um dia. Que eu possa viajar no tempo, em busca das glórias personalizadas Daquele que me criou. Que eu possa no caudal das torrentes luminares, ser um protótipo nas magnificências das auroras.
                Como um grão de areia no oceano da vida me pergunto? Será que valeu a pena! Será que esta existência foi profícua? Mil perdões meus descendentes, meus pares, parceiros, amigos, adversários se os tive. Tentei acertar, mas sei que na maioria das vezes, errei. Na próxima, talvez acerte!
                A vida continua aqui e lá... numa eterna incerteza de acertos e erros. Mas um dia tudo acabará e volveremos ao abrigo certeiro do Senhor na volta do filho pródigo. Nenhuma ovelha se desgarrará. Todas voltarão ao Seu redil.
                Até uma próxima!
       ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.
        (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

                

quinta-feira, 11 de maio de 2017

                                                              MULHER!

                Fazendo uma análise genérica sobre os tempos de hoje em relação à mulher vimos que houve uma grande evolução de tempos antanho até os hodiernos. Isto, falando pelo lado ocidental pelo menos.
                Ainda assim, deparamos com horrores praticados por homens que parecem ter saídos do tempo das cavernas onde eram governados tão somente por instintos, haja vista tantos feminicídios, estupros, maus tratos àquelas que deveriam ser o apanágio nos paradigmas dos tratamentos enlevados como seres responsáveis pela luz dada a toda criança nascida.
                Diante de tudo isso, quero prestar o meu preito de gratidão à mulher que do alto de sua sensibilidade, tem a prodigiosa força Divina de prover o nosso Planeta da grande missão que o Criador lhe confiou e de através dela, surgirem os grandes gênios da humanidade.
                Se elas ainda são discriminadas? Ah!...e como são! E por quem? Pelos machistas, pelos insensíveis, por aqueles que ainda acham que o mundo é dos homens e que as mulheres devem ser suas escravas de paixões ignóbeis.
                Pela força bruta de muitos homens querem dominá-las, achando que são seus donos! Confundem amor com possessão, com ciúmes doentios e que matam o objeto que julgam lhes pertencer.
                Deveriam, isto sim, lembrar-se de sua mãe, maravilhosa criatura, cujo nome, mãe nem rima tem! Lembrar que esta mesma mulher é mãe de seus filhos, meiga, afetuosa, o anjo colocado na terra como representante maior do Arquiteto do Universo.
                Pois, este ser ainda indefinido para muitos de nós homens por ainda não termos o completo entendimento da sua complexidade, do seu grande amor para os seus, mas, definido quando ela é todo sentimento, emoção e só amor que transborda de seu radioso coração.
                Inferindo, palmas à mulher, a dona do mundo e que a cada dia estão conquistando seu espaço, em todos os lugares, contudo não perdendo a sua condição de luzeiras nas ondas turbulentas que vez por outra enchem de breu toda à humanidade.
                Pensemos nisso!
              ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

       (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).
                                       HOMENAGEM A TODAS AS MÃES!

                Citando São Paulo na 1ª Epístola aos Coríntios, cap. XIII, v. de 1 a 7 e 13 que de forma sensacional, põe a caridade como verdadeiro amor em ação: “Ainda que eu falasse todas as línguas dos homens, e mesmo a língua dos anjos, se não tivesse caridade não seria senão como um bronze sonante e um címbalo retumbante; e quando eu tivesse o dom da profecia, penetrasse todos os mistérios e tivesse uma perfeita ciência de todas as coisas; quando tivesse ainda toda a fé possível, até transportasse montanhas, se não tivesse caridade eu nada seria. E quando tivesse distribuído meus bens para alimentar os pobres e tivesse entregue meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso não me serviria de nada.
                A caridade é paciente; é doce e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária e precipitada; não se enche de orgulho; não é desdenhosa; não procura seus próprios interesses; não se melindra e não se irrita com nada; não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.
                Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, permanecem; mas, entre elas, a mais excelente é a caridade”.
                A caridade, como o diz o próprio Cristo com sendo a “benevolência para com todos; indulgência com as imperfeições alheias e perdão das ofensas" (BEINPE), só um tipo de pessoa a pratica realmente: MÃE!
                O Criador tem sua representante maior na terra com esse nome maravilhoso que, com amor infindo abrange todo o Universo, espalhando dádivas de profundidade incomparável nos parâmetros de nossa acanhada percepção.
                Inferindo, lembro com muita saudade da minha querida Maria Eufrásia que sem nenhum conforto dos dias de hoje, sem água encanada ou luz elétrica, educou mais de uma dúzia de filhos, alimentando-os com seu amor e dedicação sem igual, em moradia onde nas frinchas, soprava o minuano, nos dias gelados nos cafundós da serra do interior gaúcho.
                Ela era o nosso Deus, com certeza, assim eu a conheci e até hoje a guardo nas reminiscências intransferíveis de minha memória, como se ainda estivesse entre nós, mais viva do que nunca.
                Assim são as mães, divinas criaturas, anjos na terra especialmente designados para ordenar a também divina Criação!
                Meu beijo e meu respeito eterno: MAMÃES! Caridade por excelência.
           ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

             (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 4 de maio de 2017

                                                   TRIBUTO AOS FILHOS!
                Ciente das dificuldades, hoje em dia de falar dos próprios filhos, tendo em vista os problemas diversos que afligem às famílias de modo geral, gostaria de prestar os meus agradecimentos aos filhos que vieram glorificar nosso lar.
                Tudo começou com a Elaine e eu, que desde 1972 unimos os nossos caminhos numa jornada de muitas urzes, mas também de muitas pétalas de flores, num jardim colorido onde os beija-flores gorjeiam num passeio estonteante e de rara beleza.
                Assim com dizia o saudoso Euclides Pereira Soares em seus versos inesquecíveis: “Pois como as flores do lar, desabrochando sem parar, encantaram nosso amor, muitos anos são passados, nosso amor foi consagrado, pela graças do Senhor”. E assim a Zoraia, a Cristina, o Antoní e o Rogério, encheram nossa casa de alegria demonstrando a cada dia o que é realmente ser uma família.
                Aqui vai um pouquinho de cada um: a Zô, desde pequena inventava sua estórias projetando em sua mente os seus próprios filmes e teatros numa sapequice sem par, mas no fundo, sabemos da sua bondade e de seu coração magnânimo sempre ajudando, tantos quantos a procuram. Tradicionalista desde seu nascimento, hoje o é por convicção, cantora desde os dois anos de idade, se apresentou no “Fogo de Chão” e outros programas televisivos e de rádio. Hoje com sua família constituída, juntamente com seu esposo Fabio Faleiro de Lara, nos deram dois grandes presentes, no encanto do Felipe e da Lady Laura.
                A Cris, com sua meiguice e firmeza de caráter, mantém até hoje a sua personalidade forte e decidida. “Porque isso pai? Porque aquilo mãe? Necessário se fazia provar a ela através do diálogo, se estávamos certos. Hoje, com seu lar bem estruturado junto ao Eduardo Ely e ainda com as flores, Dudu, Linda e Benjamin que, esplendorosamente irradiam a todos nós, alegria e amor, prossegue com sua missão, pelas estradas do direito e da lei, com a intenção de melhor servir ao próximo.
                O Toní, com seu jeitão quieto e reservado, mas de um espírito sempre jovem e brincalhão, aprendeu desde cedo as lides artísticas principalmente como cantor e violonista de sucesso, talvez nem sempre reconhecido na sua terra. Hoje, um exemplo de cidadão, muito espiritualizado, continua com sua vida de músico, tendo a parceria da esposa Ângela Pereira, como seu anjo guardião aqui no planeta, sempre com a honestidade e a hombridade que o caracterizam, dando o exemplo de vida a todos que o rodeiam.
                O Roger, já há muito tempo demonstrou a que veio. Um eterno jovem que procura sempre aprender algo com alguém, desde o mais velho, ao mais jovem. Não há criança que não goste dele e agora junto à esposa Gésica Bonassi, um futuro promissor abre-se a sua frente numa nova família, constituída nos valores perenes do amor que deve reger as suas ações.
Ele, com certeza, é um exemplo a todos os jovens de hoje.
                A Zô, a Cris, ao Toní e ao Roger, o nosso muito obrigado por vocês existirem e estarem sempre conosco. É uma honra muito grande, tê-los como filhos numa grande família, cada vez mais estreitando nossos laços, numa época de difícil convivência pelas distensões que pululam ao nosso redor. Muito obrigado por vocês existirem!
      ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

       (Email, toninhosantospereira@hotmail.com: twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).