quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

                         PRIMEIRA FUNDAÇÃO OFICIAL DO RIO GRANDE DO SUL.

                Tudo começa com o confronto histórico, da época das conquistas, das duas potencias européias em terras da América. Portugal e Espanha dividiam em dois, praticamente, o mundo conhecido. Em nossas plagas não foi diferente. Um exemplo é a Colônia do Santíssimo Sacramento, hoje Uruguai, que se tornou pomo de discórdia entre os dois países.
                Em 1735, essa colônia sofria rigoroso cerco por parte dos espanhóis encastelados em Buenos Aires e na povoação de Montevidéu. Prestar socorro aos sitiados era tarefa difícil, pois o auxilio só poderia vir por mar, da longínqua capitania do Rio de Janeiro, ou por terra, da também longínqua capitania de São Paulo.
Aí entra a façanha do primeiro tropeiro dessas terras, Cristóvão Pereira de Abreu, que abriu um caminho, ligando o centro do País à vila de Laguna. Ali, de acordo com o Tratado de Tordesilhas, terminava o território brasileiro.
Foi designado para tal intento, das conquistas portuguesas, determinado pelo Rei D. João V, o governador da Capitania do Rio Janeiro, o Brigadeiro, José da Silva Paes que, tenta conquistar a partir de Laguna, esta região inóspita e principalmente, a Colônia do Sacramento.
Usou então, a sagacidade do tropeiro e sertanista, Cristóvão Pereira, para a continuação deste caminho que chegaria, até ao extremo sul dessa Pátria.
Este, com auxílio dos índios Minuanos, reuniu,  mais ou menos 160 homens, ultrapassou o rio Mampituba, o rio Tramandaí e, descendo pela longa península que separa o Oceano e Lagoa dos Patos, chegou à margem norte da barra, do Rio de São Pedro ou Rio Grande.
Transposta a Barra, constrói na margem sul, um fortim e ali prepara apoio logístico para a chegada do Brigadeiro Silva Paes.
Foi desta maneira, que o Brigadeiro zarpou ao encontro de Cristóvão Pereira, sendo por ele recebido, à margem sul da Barra. Desceu à terra, no dia 19 de fevereiro de 1737 e sob a invocação de Jesus, Maria, José, funda oficialmente a primeira povoação dessa terra.
De início é chamado de Presídio Jesus- Maria- José, depois, Fortaleza do Porto, vila de São Pedro do Rio Grande, Rio Grande de São Pedro, até se firmar como a cidade de Rio Grande, berço histórico da comandância Militar e, sucessivamente Governo Militar, Capitania Geral e Província de São Pedro do Rio Grande do Sul.

Está oficialmente fundado, em 19 de fevereiro de 1737, o nosso Estado, portanto 237 anos, depois da descoberta do Brasil.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

                                    LEI DE GERSON, AINDA VIGORA?

                Seguidamente, vendo jogos televisivos, naqueles em que, o Brasil joga contra outros países, analiso os comentários globais, quando um juiz erra a favor do nosso time, dizendo “ainda bem que o árbitro errou em favor do Brasil”.
                Fiquei a então a imaginar, esta colocação e que não era a primeira vez que eu a ouvia, principalmente em jogos, em que um time do nosso País, participa e isso se tornou um lugar comum que, “se o juiz errasse para o nosso lado, estaria tudo bem”.
                Matutei com meus botões e lembrei, da famosa, “Lei de Gerson”, onde o legal era se tirar proveito em tudo e me perguntei, se essa verdadeira massificação, seria boa para a nossa juventude! Parece-me que não.
É preciso, portanto nos alertarmos para estes detalhes que vão aos poucos, sendo impregnados na nossa sociedade, invertendo valores e subvertendo a ordem normal de um País, eminentemente cristão.
                Acho, salvo melhor juízo, que precisamos repensar: o que estamos fazendo para extirpar esta verdadeira degradação moral, que agora não mais sub-repticiamente, mas de forma escancarada, está sendo imposta, de cima para baixo e que aos poucos, se torna normal.
                Contudo, muitas pessoas retrucam, que a moral muda com os tempos, que tudo evolui e que não podemos “parar no tempo”. Então respondo: a moral cristã, os seus ensinamentos, permanecem imutáveis e que se as crianças e jovens, não tiverem limites, onde iremos parar?
                A natureza é perfeita. Ela se ajusta e tudo volta aos seus devidos lugares. O homem, com seu orgulho e presunção, tenta mudar essas leis, com resultados catastróficos para toda a humanidade.
                Para finalizar, valho-me de uma pequena mensagem de Emmanuel, endereçada principalmente aos genitores ou responsáveis.

“Os pais do mundo, precisam compreender a complexidade e grandeza do trabalho que lhes assiste. É natural que se interessem pelo mundo, pelos acontecimentos vulgares, todavia, é imprescindível não perder de vista que o lar é o mundo essencial, onde se deve atender aos desígnios divinos. Os filhos são as obras preciosas que o Senhor lhes confia às mãos, solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente. Receber encargos desse teor é alcançar nobres títulos de confiança, compreendendo que, se para ser pai ou mãe, são necessários profundos dotes de amor, à frente dessas qualidades, deve brilhar o divino dom do equilíbrio”.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

                      BREVE HISTÓRICO DAS REVOLUÇÕES, FEDERALISTA E DE 1923.

Em 5 de fevereiro de 1893, tem início a Revolução Federalista, entre Pica-paus e Maragatos, que durou 31 meses e matou mais de 10 mil pessoas no Nosso Estado, sendo que mais de 1 mil, por degolas.
                Os seus chefes foram: Júlio Prates de Castilhos, presidente do Estado, pelo lado dos Pica-paus e Gaspar Silveira Martins, ex- senador da monarquia, pelo lado dos Maragatos. Júlio de Castilhos, havia fundado o Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) e Gaspar Martins, o Partido Republicano Federalista (PRF).  O primeiro, defendia a república presidencialista e o segundo, a república federalista.
                Pica-paus- Uniforme azul adotado pelas tropas governistas de Júlio de Castilhos, com boné encarnado (cor de carne) assemelhando-se a ave de tope vermelho, conhecida por pica-pau.
                Maragatos- descendentes da Maragateria, na Espanha, de origem moura que viviam no Departamento de São José, no Uruguai e fizeram parte da invasão revolucionária sob o comando de Gaspar Martins. Usavam o lenço vermelho.
                                Júlio de Castilhos, chamado "o patriarca" governou nosso Estado até 1898, quando não quis mais concorrer e colocou, seu seguidor, Antônio Augusto Borges de Medeiros que, também, com mão de ferro, esteve a frente do Rio Grande do Sul, até a revolução de 1923, quando aconteceu um novo confronto entre irmãos.
Castilhos, o grande chefe, positivista da linha de Augusto Comte, morreu aos 43 anos, em 1903, de câncer na garganta. A um dos médicos que o advertira a ter coragem, respondeu com energia: “não me falta coragem, falta-me o ar”.
Agora eram os Chimangos, do chefe e presidente, Borges de Medeiros, também  de forte cunho positivista e Maragatos, sob o comando de Joaquim Francisco de Assis Brasil. Tinha a mesma característica da Revolução Federalista, só mudando seus líderes e os Pica-paus, sendo substituídos, pelos chimangos.
Este nome que vem do apelido dado, pelo Dr. Ramiro Barcellos ao presidente, no famoso poemeto, "Antônio Chimango", fazendo referência, a ave de nariz adunco, que existe pelas plagas da nossa terra. Usavam agora, o lenço branco, marca registrada dos legalistas.
Continuando a tradição do famoso tribuno, Gaspar Silveira Martins, o agora comandante em chefe dos maragatos, Assis Brasil, usava o lenço, como uma marca da Revolução passada, com o famoso, nó Assisista, que o reverencia, ou seja, o nó quadrado, usados pelos gaúchos de hoje, nos seus lenços vermelhos.
                A revolução de 1923, durou 10 meses e teve, mais ou menos, mil mortes.

Estas revoluções são, muitas vezes, escondidas embaixo do tapete, para não mostrar o ódio que imperava entre os dois lados e que pasmem, ainda continua até hoje. Só está faltando a faca afiada da degola, a chamada, “gravata colorada” para irmãos de uma mesma querência, continuarem a matança. Reflitamos pois!
                                      VIDA EM FAMÍLIA E A SOCIEDADE!

Analisando os graves problemas da sociedade atual, verificamos que tudo começa na família. Senão vejamos: os índices de homicídios são alarmantes. Numa estatística de 2012, são mais de 52 mil mortes por ano só no Brasil. Somados a isto, no trânsito são mais de 42 mil mortes. Vejam que números estarrecedores.
E onde tudo isso começa? O que hoje fazemos, para combatermos tamanho ódio nas pessoas? Culpamos os outros. Simples assim. São os governos, os nossos chefes, o trânsito caótico, sempre os outros!
A verdade, salvo melhor juízo, “está dentro das nossas casas”. É lá que tudo começa. As casas de hoje em dia, não parecem mais lares e sim, “casas de passagem”... onde vamos fazer as nossas refeições, dormir e só.
As nossas moradias, não tem mais calor humano, elas, de suas paredes, vertem gelo. O sol que deveria brilhar, em todos os cômodos, está proibido de entrar, porque as fechamos e as tornamos insalubres.
Onde está, portanto, o cerne da questão e que é imperioso enfrentá-lo?
Exatamente, em nossas mãos! Mudando esse cenário macabro, que se descortina à nossa frente, transformando-nos internamente, fazendo acender a luz divina, que está dentro de cada um de nós, reconstruindo a nossa casa, tornando-a um lar, com valores e condições morais, condizentes com a sociedade, sonhada por todos.
Quando as nossas famílias, estão desagregadas, saímos de casa e vamos para o trânsito, andamos em alta velocidade, “pra chegar não sei onde”, porque queremos fugir daquele lugar lúgubre, onde deveria ser, um ninho de compreensão e amor.
 Irritados, irritamos os outros, com nossas buzinas estridentes, com a nossa imprevidência e pressa, sinalizando aos outros, “que se danem”. Quando chegamos, aos estádios de futebol, mostramos toda a nossa raiva acumulada, contra os times adversários e outros. E por aí vai!
Em casa, cada um, é mais dono do outro (a). Daí vem os crimes passionais. Não admitimos sermos contrariados.
Inferindo, repito, “ninguém é dono de ninguém”. Somos seres em evolução e só evoluiremos se andarmos juntos, ombro-a-ombro e as nossas casas, receberem o SOL divino, na nova construção, de valores perenes e não, na ânsia da busca do prazer desenfreado, que nos leva ao caos.

Portanto, a sociedade só mudará, se começarmos esta revolução do bem, na nossa família. Pensemos nisso!
                                                                 SEM PENSAR!
                É exatamente este o sentido do que estou escrevendo neste momento, isto é, deixando as palavras rolarem a vontade, sem muita concatenação de idéias e sem muito compromisso com a coerência.
                Neste momento da vida, constatei que não posso andar desarmado, não no sentido literal da palavra, mas genericamente falando, porque as coisas não são, como queria que fossem.
Na verdade, são especulações e incertezas. Todavia, espero estar contribuindo para o bem estar da comunidade em que  vivo e principalmente, na minha família, como também nos círculos de amizades, quando procuro agir, de acordo com minha consciência, dentro dos conceitos éticos, que fui adquirindo ao longo da minha existência.
                Muitas situações adversas que surgem no dia-a-dia, procuro ter a calma e pensar, no mínimo, dez vezes, antes de tentar resolvê-la, sem entretanto, modificar as condições primeiras da individualidade e personalidade de cada ser.
                Sem tentar impor nenhum juízo de valor, apressado, afirmo, que sem a devida imparcialidade, que deve caracterizar cada individuo, que precisa decidir, não haverá a justiça integral que, necessitamos para a reabilitação moral do cidadão.

                Separar  “o joio do trigo”, “dar o Cesar o que é de Cesar”, são parâmetros que devemos seguir, para termos uma Linha reta de conduta e uma consciência tranqüila, do cumprimento rigoroso do nosso dever.