quinta-feira, 25 de junho de 2015

                                           NÃO SOMOS SUBSTITUÍVEIS!
Dizem por aí que não existem pessoas insubstituíveis, que cada um de nós é peça reciclável, enfim que somos integrantes de engrenagens que podem facilmente serem trocadas.
Pois eu afirmo, sem medo de errar: “somos insubstituíveis”!
                Não somos seres metades, somos sim, seres integrais, unos, portanto, não somos cópias!
Pensamos muitas vezes, encontrar a felicidade no outro (a) mais a individualidade do ser indivisível que somos não pode ser dividida com ninguém.
                Nenhum de nós ocupa o lugar de outrem e ninguém ocupa o nosso lugar. Cada ser humano é um ente importante, na integralidade do sistema, nos elos da corrente que une cada pessoa, nos mais recônditos recantos do planeta.
Como seres integrais, somos importantes na construção da nova era que por ora, se instala na matéria e no etéreo.
                Existe, pois, um sistema interligado de consciências que, ainda está acima da nossa capacidade de entendimento na atualidade, mas faz com que, sejamos componentes importantes no universo.
                Por isso o sentimento do amor que é intrínseco no ser humano, é básico para entendermos a humanidade, como um todo e esse todo, é formado por cada um de nós.
Se todos somos diferentes, como substituir alguém que tem seus predicados, inteligência e formação espiritual, únicos, como ente completo que é?
                A existência do homem no planeta, qualquer que seja a hora sinalizada, tem uma finalidade precípua, que está acima do imediatismo dos nossos sentidos materiais.
O homem é essencialmente espiritual e sua consciência imortal, como a própria alma, transcende pela magnitude, a compreensão da nossa inteireza psicossomática, inerente e consonante com cada indivíduo, “insubstituível” que é!
      (Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com; toninhosantospereira@hotmail.com)


terça-feira, 23 de junho de 2015

                 O USO DA FLOR NO CABELO DAS PRENDAS GAÚCHAS É UM MITO?

    Vi, dia desses uma palestra ministrada por uma autoridade jovem do MTG, dizer que o uso da flor no cabelo das prendas era um mito. Por isso, me atrevo, com todo respeito, àqueles que estão chegando ao Movimento, dizer que:
                      Se é tradição o uso da flor no cabelo das prendas, então por que é um mito?
                      Desde guri e olha que sou um dos mais antigos tradicionalistas da região (comecei em 1958), aprendi com os antigos, meu pai, José Altivo, que percorria este garrão brasileiro, de ponta a ponta, minha mãe Maria Eufrásia, o grande Euclides Pereira Soares, fundador das tradições gaúchas em Santa Cruz do Sul, o índio taura das Vacarias, Augustinho Manoel Serafim, o grande e inesquecível, “Tio Belizário”, que por sinal, me ensinou também, 46 danças folclóricas (a tocar e a dançar) e outros que, a flor no cabelo, “era uso comum nas prendas deste Estado”, marcando para os peões desavisados, quem era casada e quem era solteira (lado direito e esquerdo respectivamente), além de ser enfeite natural das prendas da época, tornando-as mais cativantes.
                      Acho, salvo melhor juízo, que é desnecessário a obrigação do uso, mas isso não tira a tradição deste costume que, em nome da história de nossa terra, precisa ser preservado.

                Portanto, aí está mais uma colaboração para a cultura de nosso amado Rio Grande do Sul.
A história da indumentária gaúcha se dá em quatro fases, cada uma representadas por uma peça de roupa:
- Chiripá primitivo
- Braga
- Chiripá farroupilha
- Bombacha
 
Traje Indígena - 1620 à 1730indígena

Quando o homem que veio explorar a América – e se vestia à moda europeia – aqui chegou, encontrou nos campos índios missioneiros e índios cavaleiros. Os Missioneiros se vestiam conforme indicavam os padres jesuítas. Passaram a usar os calções europeus e em seguida a camisa. Vestiam também uma peça de indumentária não-europeia e provavelmente indígena: "el poncho", isto é, o pala bichará, um poncho feito de lã. Esta peça não existia no Rio Grande do Sul antes da chegada do branco, pois os nossos índios pré-missioneiros não teciam e nem fiavam. Os Padres descobriram a atração que as vestes religiosas e as fardas militares exerciam sobre os índios e distribuíram essas roupas entre eles. 

A mulher missioneira, usava o tipoy, um longo vestido formado por dois panos costurados entre si, deixando sem costurar, apenas duas aberturas para os braços e uma para o pescoço. Na cintura, usavam uma espécie de cordão, chamado chumbé.

Os índios cavaleiros eram assim chamados porque prontamente se adonaram do cavalo trazido pelo branco, desenvolvendo uma surpreendente técnica de adestramento e equitação. Usavam duas peças de indumentária absolutamente originais: o chiripá e o cayapi. O chiripá era uma espécie de saia, constituída por um retângulo de pano enrolado na cintura, até os joelhos. O cayapi era um couro de boi, inteiro e bem sovado com o pêlo para dentro, pintado com listras, em cinza e ocre. Era usado nas costas, para esquentar. À noite, servia de cama, estirado no chão. Era também conhecido como quillapi ou toropi.

A mulher, entre os índios cavaleiros, usava apenas o chiripá. No pescoço, colares de contas ou dentes de feras. De peças da indumentária ibérica e indígena, o gaúcho foi constituindo sua própria indumentária.

Traje Gaúcho - 1730 à 1820charqueador - estancieiro
Patrão das Vacarias e Estancieira Gaúcha
O primeiro chefe militar rio-grandense tinha mais dinheiro e se vestia melhor. Ele foi também o primeiro estancieiro. Trajava-se basicamente no estilo europeu, com a braga - calças largas e curtas - e as ceroulas de crivo, uma espécie de bordado na peça que se usa por baixo das calças.

Passou a vestir também a bota de garrão de potro, invenção gauchesca típica. Igualmente o cinturão-guaiaca, o lenço de pescoço, o pala indígena, a tira de pano prendendo os cabelos, o chapéu de pança de burro, entre outros. 

A mulher desse rico estancieiro usava botinhas fechadas, meias brancas ou de cor, longos vestidos de seda ou veludo, mantilha - um manto fino para se cobrir, xale ou sobrepeliz - um tipo de veste eclesiástica, branca, de tecido fino, que se usava por cima da batina. Os cabelos eram enrolados e presos, e o leque sempre a tiracolo.

Peão das Vacarias e China das Vacariaspeão e china da vacarias  

 
O traje do peão das vacarias destinava-se a proteger o usuário e a não atrapalhar a sua atividade - caçar o gado e cavalgar. Normalmente, este gaúcho só usava o chiripá primitivo e um pala enfiado na cabeça. À cintura, faixa larga, negra, ou cinturão de bolsas, tipo guaiaca, adaptado para levar moedas, palhas e fumo e, mais tarde, cédulas, relógio e até pistola. Ainda à cintura, as armas desse homem: boleadeiras, faca flamenga ou a adaga e, mais raramente, o facão.
A camisa, quando contava com uma, era de algodão branco ou riscado, sem botões, apenas com cadarços nos punhos, com gola imensa e mangas largas. As botas mais comuns eram as de garrão-de-potro, que eram retiradas de vacas, burros e éguas (raramente era usado o couro de potro, que lhe deu o nome). Essas botas tinha seu pelor aspado, ou o perdiam com o uso. As botas não costumavam durar mais de 2 meses. As esporas mais comuns nessa época eram as nazarenas e as chilenas. 

O peão das vacarias não era de muito luxo. Só usava ceroulas de crivo nas aglomerações urbanas. Ademais, andava de pernas nuas como os índios. À cabeça, usava a fita dos índios, prendendo os cabelos e também o lenço, como touca, atado à nuca.

O chapéu, quando usava, normalmente era feito de palha, e mais raramente, de feltro, e de couro cru, este último conhecido como pança-de-burro. O chapéu, qualquer que fosse o feitio, era preso com barbicacho sob o queixo ou nariz. O barbicacho era trançado em couro cru ou cordões de seda.

Ainda nesta época, aparece o cingidor, hoje conhecido como tirador - uma espécie de avental de sola macia ou couro cru, que o laçador usa a fim de proteger as calças ou as bombachas dos danos que poderia ocasionar o atrito do laço, no momento de prender o animal.
A mulher vestia-se de maneira simples. Saia comprida e rodada de cor escura e blusa clara. Por baixo, apenas usava bombachinhas, que eram as calças femininas da época.
  
 
Traje Gaúcho - 1820 - 1865traje farroupilha

Chiripá Farroupilha e Saia e Casaquinho

Este período é dominado por um chiripá que substituiu o anterior. O dessa nova fase é em forma de grande fralda, passada por entre as pernas. Este chiripá adapta-se bem ao ato de cavalgar, certamente a explicação para a sua criação. Esse é um traje muito funcional, nem muito curto, nem muito comprido, tendo o joelho por limite, ao cobri-lo. 
As esporas deste período são as chilenas, as nazarenas e os novos tipos inventados pelos ferreiros da campanha. Vestiam a bota forte, comum, a bota russilhona e a bota de garrã o, inteira ou de meio pé. As ceroulas são enfiadas no cano da bota ou, quando por fora, mostram nas extremidades, crivos, rendas e franjas. À cintura, faixa preta e guaiaca, de uma ou duas fivelas. 

Camisa sem botões, de gola, e mangas largas. Usavam jaleco, de lã ou mesmo veludo, e às vezes, a jaqueta, com gola e manga de casaco, terminando na cintura, fechado à frente por grandes botões ou moedas. No pescoço, lenço de seda, nas cores mais populares, vermelho ou branco. Porém, muitas vezes, o lenço adotado tinha outras cores e padronagens. Em caso de luto, usava-se o lenço preto. Com luto aliviado, preto com petit pois, carijó ou xadrez de preto e branco. Aos ombros, pala, bichará ou poncho. Na cabeça usavam a fita dos índios ou o lenço amarrado à pirata, chapéu de feltro, com aba estreita e copa alta ou chapéu de palha, sempre preso com barbicacho.

A vestimenta da mulher era saia e casaquinho com discretas rendas e enfeites. Tinham as pernas cobertas com meias, salvo na intimidade do lar. Usavam cabelo solto ou trançado, para as solteiras e em coque para as senhoras. Os sapatos eram fechados e discretos. Como joias, apenas um camafeu ou broche. Ao pescoço vinha muitas vezes o fichú (triângulo de seda ou crochê, com as pontas fechados por um broche). Este foi o traje usado pelas ricas e pobres desta época.
 
 
 
Traje gaúcho - 1865 até nossos dias
traje atual
Bombacha e Vestido de Prenda
 A bombacha surgiu com os turcos e veio para o Brasil usada pelos pobres na Guerra do Paraguai. Até o começo do século, usar bombachas em um baile, seria um desrespeito. O gaúcho viajava à cavalo, trajando bombachas e trazia as calças "cola fina", dobradas em baixo dos pelegos, para frisar. 

As bombachas são largas na Fronteira, estreitas na Serra e médias no Planalto, abotoadas no tornozelo, e quase sempre com favos de mel. A correta bombacha é a de cós largo, sem alças para a cinta e com dois bolsos grandes nas laterais, de cores claras para ocasiões festivas, sóbrias e escuras para viagens ou trabalho. À cintura o fronteirista usa faixa; o serrano e planaltense dispensam a mesma. A guaiaca da Fronteira é diferente da serrana, por esta ser geralmente peluda e com coldre inteiriço.

A camisa é de um pano só, no máximo de pano riscado. Em ambiente de maior respeito usa-se o colete, a blusa campeira ou o casaco. O lenço do pescoço é atado por um nó de oito maneiras diferentes e as cores branco e vermelho são as mais tradicionais. 

Usa-se mais frequentemente o chapéu de copa baixa e abas largas, podendo variar com o gosto individual do usuário, evitando sempre enfeites indiscretos no barbicacho.
Por convenção social o peão não usa chapéu em locais cobertos, como por exemplo no interior de um galpão.

As esporas mais utilizadas são as chilenas, destacando-se ainda as nazarenas. As botas são preferencialmente pretas ou marrons. Para proteger-se da chuva e do frio usa-se o poncho ou a capa campeira, e do calor o poncho-pala. Cita-se ainda o bichará - um poncho de lã forte - como proteção contra o frio do inverno. O preto é somente usado em sinal de luto. O tirador deve ser simples e sem enfeites. 

segunda-feira, 22 de junho de 2015


Símbolos Gaúchos


Bandeira

A bandeira gaúcha, com o formato que tem hoje, apareceu durante a campanha republicana no Brasil, ocorrida na segunda metade do século XIX, porém tem sua origem na época da Revolução Farroupilha, quando os farrapos utilizavam como bandeira um pavilhão onde figuravam as cores verde e amarelo (da bandeira do Brasil), separados pela cor vermelha maragata, significando o desejo de república.
Me ajoelho, Deus Santo,
Agradecendo esse amor,
Na inspiração do cantor
Que te canta, em prosa e verso;
Pelo encanto do universo,
Pelo perfume da flor,
Pela bandeira gaúcha,
Que defendo com ardor!
Verso de Jurema Chaves

Brasão de Armas

Desenho atribuído a Bernardo Pires, levemente
alterado por Mariano de Matos.
Adotado oficialmente por decreto de
12 de novembro de 1836.

Hino Rio-grandense

LETRA
Francisco Pinto da Fontoura
MÚSICA
Comendador Maestro Joaquim José de Mendanha
HARMONIZAÇÃO
Antônio Corte Real

Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o Vinte de Setembro
o precursor da liberdade.
Estribilho:
Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra,
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.
Mas não basta pra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.
Estribilho:
Mostremos valor, constância,
Nesta ímpia e injusta guerra,
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra,
De modelo a toda terra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra.
 

Chimarrão

A maior característica do povo do Rio Grande do Sul é o gosto pelo chimarrão. A cultura de servir o chimarrão entre amigos é passada de geração para geração. O gosto é amargo, estimulante e saboroso. Lei 11.929/2003.
Amargo doce que eu sorvo
Num beijo em lábios de prata.
Tens o perfume da mata
Molhada pelo sereno.
E a cuia, seio moreno,
Que passa de mão em mão
Traduz, no meu chimarrão,
Em sua simplicidade,
A velha hospitalidade
Da gente do meu rincão.
Glaucus Saraiva

Churrasco

Surgiu no Rio Grande do Sul no século 17. Era feito em um buraco no chão e a carne temperada com cinza. Com o tempo novas técnicas foram aperfeiçoando o preparo do churrasco. Hoje em qualquer lugar do Brasil encontram-se gaúchos servindo o prato típico, churrasco gaúcho. Lei 11.929/2003.
Churrasco é a carne no espeto,
assado com precisão.
Sobre brasas do tição
és prato simples, sem luxo.
Assim foste batizado
no velho estilo gaúcho.
Hosmain Calovy

Erva Mate

É da folha da erva-mate que se extraí o principal ingrediente para o chimarrão, marca registrada dos gaúchos. Pode atingir 12 metros de altura, caule e folhas ovais e fruto pequeno e verde ou vermelho-arroxeado. As folhas da erva-mate são aproveitadas na culinária. Lei: 7.439/1980.
“Com porongo africano,
a bomba peninsular,
a erva do índio americano
- três continentes a dar
a sua contribuição
à democrata reunião
fraterna, que anima e puxa,
e acente a veia gaúcha,
na charla do chimarrão”.
Figueiredo Pinto

Cavalo Crioulo

Cavalo Crioulo, da raça crioula. De médio porte, cola e crina grossas, bem entroncadas, machinhos cabeludos. Tem o seu corpo mais peludo que o cavalo inglês. - É cavalo resistente ao frio, ao trabalho, caborteiro de baixo. É dito o cavalo mais inteligente e por isso o mais preferido tanto pelo peão como pelo patrão. Dito, também, o cavalo orgulho do Rio Grande. Lei 11.826/2002.
“Cavalo, que atravessas como o vento,
livre e garboso, o lombo da coxilha,
tens por coberta o azul do firmamento,
a lua de prata, a branquejar tua crina.
Raul Poli

Estátua do Laçador

Estátua do Laçador é patrimônio histórico e cultural do RS, Lei estadual nº 12.992. Localizado na entrada da capital, Porto Alegre. Esse monumento é a representação do homem rio-grandense, que com sua pilcha (traje típico gaúcho) e suas boleadeiras, transparece a cultura de seu povo. Criada pelo artista Antônio Caringi, a estátua foi originalmente feita em gesso e posteriormente reproduzida em bronze. O tradicionalista Paixão Cortês foi a inspiração para a criação do monumento, que mede 4,45 metros de altura e pesa 3,8 toneladas.

Brinco-de-Princesa

Flor símbolo do Rio Grande do Sul, encontrada na mata atlântica. Lei 38.400/1988.
Brinco-de-princesa, símbolo de fogo do amor sagrado
Ao pampa xucro, indomado, pois és uma brasa em flor.
Pois se tens a cor do sangue e se Deus te fez vermelha,
Representas a centelha, do pago-berço do amor.
Adair José de Aguiar

Quero-quero

Sentinela dos pampas, o pássaro está sempre alerta, defendendo bravamente seu território e ninho. A ave faz seu ninho no chão, com preferência para os campos. Emite um estridente grito a qualquer ameaça. Lei 7.418/1980.
Quero-quero! Quero-quero!
Quero-quero gritou lá em cima,
Quero-quero quando grita
É porque alguém se aproxima.
Quero-quero no meio da noite
Gritou porque viu alguém se aproximar.
 
Eu, também, na noite da vida,
Enxerguei essa luz que vem de teu olhar.
Mas agora, gauchinha,
Eu grito com todo fervor:
Quero-quero! Quero-quero!
Quero-quero o teu amor!
Letra e música de L. C. Barbosa Lessa

Marcela

A Lei nº 11.858, de 5 de dezembro de 2002, instituiu como Planta Medicinal Símbolo do Rio Grande do Sul a Achyrocline satureioides, da familia asteracea, conhecida como macela ou marcela e por eloyatei-caá em Tupi Guarani.



quarta-feira, 17 de junho de 2015

                                                          AÇORIANOS.
                Para povoar o extremo sul do Brasil, a Coroa Portuguesa resolveu mandar para a Ilha de Santa Catarina e Continente imediato, ou seja, o nosso futuro Rio Grande do Sul, 4000 casais do Arquipélago de Açores e Madeira.
                Os homens teriam que ter menos de 40 anos e as mulheres, menos de 30 anos. Para incentivar a vinda, ofereceu-se para àquelas com mais de 12 anos e menos de 25 anos, casadas ou não, 2.400 réis e aos casais que trouxeram filhos, 1.000 réis para cada filho.
                Cada família receberia também uma espingarda, duas enxadas, um machado, um enxó, um martelo, um facão, duas facas, duas tesouras, uma serra, lima, travadeira, dois alqueires de sementes, duas vacas, uma égua e duas verrumas. Eles foram distribuídos em povoações ou arranchamentos de 60 casais.
                Em 1751, 60 casais vieram aportar onde hoje é Porto Alegre. Gerônimo de Ornelas Menezes e Vasconcelos (natural da Ilha da Madeira descendente de fidalgos portugueses), que no princípio do século XVIII, emigrou para o Brasil, casando-se em Guaratinguetá, São Paulo, Lucrécia Leme Barbosa, consanguínea de Fernão Dias Paes, o intrépido bandeirante de renome histórico.
                Já em 1752, quando apareceram as primeiras estâncias em Viamão e nos arredores do seu porto natural, Gerônimo de Ornelas estabeleceu-se no morro de Santana, lançando, por assim dizer, os fundamentos da capital gaúcha. Dois anos após, trás para a sua companhia a família, então composta da sua esposa e quatro filhas, três paulistas e uma lagunense.
                Quando Ornelas obteve a legislação de sua sesmaria, já era grande o número de habitantes nos arredores de Porto Alegre e muitos eram os que vinham em demanda do então “Porto de Ornelas” onde, havia excelente caminho fluvial, água acima pelos Caí, Sinos, Gravataí e Jacuí ou águas abaixo pelo Guaíba afora.
                Os maiores vultos que atuaram nos decênio Farroupilha, tiveram origem nesse casal: Onofre Pires da Silveira Canto; José de Araújo Ribeiro; Francisco Pereira de Abreu; o Barão de Jacuí; José Gomes de Vasconcelos Jardim; Bento Gonçalves da Silva, bisneto do patriarca entre outros.

                                                    CHASQUES
                É preciso educar a pessoa para ser cidadã.
Certos indivíduos, quando ao volante tornam-se verdadeiras feras. Se pudessem se olhar no espelho, quando estão irritadas, veriam um rosto totalmente diferente do normal. Ofensas de todo o tipo, buzinas estridentes, podem provocar um incidente de graves proporções. Ninguém, a não ser os irresponsáveis, embriagados, provoca acidentes de propósito.

Portanto, mantenhamos a calma nos momentos críticos.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

                                           O que é segundo mundo.
De acordo com a Teoria dos Mundos, o Segundo Mundo é composto pelas nações do antigo bloco socialista, isto é, a antiga União Soviética e seus aliados, como os países do Leste Europeu (mais especificamente os signatários do Pacto de Varsóvia), Cuba, a China de Mao Tsé-Tung, dentre outros aliados menores,
A Teoria dos Mundos apresenta uma análise de um mundo já histórico, não condizendo mais com a realidade pós-Guerra Fria em que vivemos, uma vez que com a queda do muro de Berlim e o colapso da União Soviética, e consequentemente o brusco colapso do socialismo no Leste Europeu, a dissolução da Iugoslávia e a abertura econômica chinesa levou o mundo na década de 90 a experimentar a hegemonia do capitalismo como sistema econômico global. 
A Teoria dos Mundos adequa-se a um mundo bipolar, onde o primeiro mundo corresponde ao bloco capitalista (EUA e aliados), o segundo mundo corresponde ao bloco socialista (URSS e aliados) e o terceiro mundo corresponde aos países não alinhados a nenhuma potência, mas quase que por absoluto composto de países capitalistas pobres (com exceção da Iugoslávia, socialista porém não alinhada à URSS, e da IrlandaSuéciaFinlândiaÁustria e Suíça, nações capitalistas ricas, porém não alinhadas aos EUA).
Com o colapso econômico e ideológico do Segundo Mundo, o termo entrou em total desuso, embora alguns ainda venham a fazer uso erroneamente dos termos Primeiro e Terceiro Mundo, ao se referir aos países ricos e pobres respectivamente. Atualmente, as diferenças entre os mundos se combinam em vários aspectos, sendo usado atualmente países desenvolvidospaíses emergentes e países subdesenvolvidos, que também recebem críticas sobre sua abrangência.
Vários autores ainda consideram uma nova definição para "Segundo Mundo", que seria composto pelos países de economia emergente, tais como do grupo BRICS (BrasilRússiaÍndiaChina e África do Sul), Argentina e México, por apresentarem ora características do primeiro mundo, ora do terceiro. No mundo bipolar da Guerra Fria, havia um grande abismo socioeconômico entre os países capitalistas ricos e os pobres. Desde o fim da Guerra Fria, especialmente no século XXI, o mundo experimenta uma larga queda na desigualdade econômica entre nações, com as clássicas nações ricas estagnadas e vários antigamente pobres experimentando um período de florescimento da classe média e desenvolvimento técnico-industrial.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

                                               CHASQUES!

                Embora muitos confundam, não houve luta entre Chimangos e Maragatos, na Revolução Farroupilha, acontecida entre 1835 e 1845.
Maragatos vem de Maragateria, uma região da Espanha e que tinha adeptos no Uruguai. Usavam lenço vermelho e quando Gaspar Silveira Martins, senador do Império, se refugia naquele País, por ocasião, da proclamação da República brasileira em 1889, se junta, anos após, a estes maragatos, para invadir estas plagas em 1893, irrompendo, então a Revolução Federalista.
Aí então, acontece a luta fratricida entre Pica-paus, do presidente Júlio Prates de Castilhos, (legalista) e Maragatos de Gaspar Martins, (revolucionário). A chamada revolução da degola.
                Somente em 1923, aconteceu a peleja entre Chimangos e Maragatos.
Na época, comandava o nosso Estado um seguidor de Júlio de Castilhos, Antonio Augusto Borges de Medeiros, apelidado por Amaro Juvenal, (pseudônimo de Ramiro Barcellos), de Antonio Chimango, nome este que vem de um célebre poemeto de sua autoria.  
              Os Maragatos eram chefiados por Joaquim Francisco de Assis Brasil, que por sinal, uma grande parte deles, oriundos da Revolução Federalista de 1893 e que queriam destituir da Presidência do Estado, Borges de Medeiros.
                Borges de Medeiros governava o Rio Grande do Sul desde 1903, quando da morte de Júlio de Castilhos, aos 43 anos, de câncer na garganta.
A marca dos legalistas era o lenço branco, desde os pica-paus de 1893 até os chimangos de 1923.
Voltamos a frisar que, o peão não usa qualquer tipo de cobertura em recinto coberto, ou seja, dentro de galpões, salões de baile. Não entendemos a teimosia de alguns em contrariar estas normas, que pela educação, já se deveria trazer de berço.
A pilcha do peão implica no mínimo nas seguintes peças: botas, bombacha, guaiaca, faixa, camisa de mangas compridas de cor sóbria, colete, casaco e lenço ao pescoço. A camiseta, muito usada nos bailes, só é permitida para trabalhos e nunca para dançar.
O poncho ou pala, não se usa para dançar. Também não se usam armas de nenhuma espécie, sejam a mostra ou escondidas sob a roupa. O peão quando chega à portaria das entidades tradicionalistas, entrega suas armas.

Tradição é, acima de tudo, cultura e não grossura!