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SAUDADE E A TRISTEZA!
A saudade e a tristeza têm suas diferenças que podem parecer mínimas, mas que fazem grande diferença. Saudades
alem do amor que fica também significa lembrar o passado, e a tristeza
complementa com o sofrimento.
No dizer do poeta Cachoeirense, Aurélio
Porto, “gaúcho é o homem do cantar triste”, nos trazendo o passado de nossos
avoengos, onde tudo virou tapera pelas incongruências dos tempos que mudam
constantemente, destampando novos comportamentos, com lembranças fugidias, de
almas perdidas num aceno de desespero.
O sol calmamente se pondo, vai anunciando a noite negra e funesta
parecendo não ter fim.
Haverá um novo amanhecer, sem o gosto amargo da tristeza a corroer como
ferrugem o ferro exposto ao tempo maleva?
E nossos pensamentos na insânia da erva
daninha, infestando sentimentos no condomínio do Ser, que sem saída aparente,
se entrega à inconsciência de barbarescas imagens, num lodaçal envolvendo
célula a célula, em inebriantes ilusões, que só vê a solução trágica do
apagar-se, sumir, como se isso fosse possível!
Quantas
existências são tragadas por esse mal que aflige a humanidade!
A saudade e a tristeza, virando depressão numa
constante evolução do materialismo vigente nas relações interpessoais, sem o
crivo da ética e do bom senso e da sensibilidade do imo superior.
Na solicitude dos bons princípios, ouvindo
a voz interior que aponta ao cimo das virtudes, inerentes ao ser humano que
pertence ao cosmos, antes de pertencer a si mesmo, será o clarim no despertar
de uma nova era.
Aí veremos a importância de todos nós na
criação Divina, na perfeição do Universo inescrutável, mas real e ao alcance da
sensibilidade do ponderável ao imponderável.
O chamado será finalmente escutado e
interpretado em sua mais lídima acepção! Tudo prossegue na grande corrente que
leva ao ponto final, à graça da Essência donde todos nós renascemos.
A saudade e a tristeza, um dia, não terão
mais abrigo em nossos corações.
Pensemos
nisso!
ANTONIO
PEREIRA DOS SANTOS –Professor e tradicionalista.