quinta-feira, 23 de janeiro de 2014


                                                        DETURPAÇÃO DE VALORES!

                Há muito tempo, venho constatando, no Movimento Tradicionalista Gaúcho, uma certa deturpação de valores. Digo isso, de maneira genérica, para que sirva de alerta aos patrões ou responsáveis pelas entidades tradicionalistas, que, em sua essência são a célula-mater deste movimento.

                Há uma grande agitação, no meio nativista, com a realização de grandes bailes, rodeios e alguns fandangos (quando há) com o intuito de angariar fundos, para conservar as suas entidades. Tudo muito justo, entretanto, pasmem, não se faz mais outra coisa.

A verdadeira finalidade está sendo desviada, salvo raríssimas exceções, devido à

avidez do lucro. É necessária uma grande reflexão de todos nós, responsáveis por este Movimento.

                Onde está a cultura? A hora de artes? Os verdadeiros fandangos? Os conjuntos musicais tocando somente ritmos e letras condizentes com os altos parâmetros que regem nossa Carta de Princípios?

Além dos bailes, onde se dança a moda Cola-fina e dos fandangos, onde se dança somente pilchado, é preciso também, realizar os encontros culturais entre peões, prendas e dirigentes, discutindo os problemas inerentes à causa. Exemplo: o jovem e a droga. Encontros artísticos e culturais sem a competição, que, na maioria das vezes, traz a desunião entre CTGs e até de cidades, devem ser realizados mais amiudamente. Entidades culturais devem ser mais valorizadas e buscadas, para realizarem trabalhos em parcerias com escolas.

Quantas entidades possuem departamentos culturais em pleno funcionamento?

                A tradição é uma só em todos os lugares. Sem menoscabo de outras culturas, ela leva ao bem comum, a uma sociedade mais justa e igualitária, com a valorização do homem do campo, dos deserdados da sorte, quem vem às cidades e formam um exército de trabalho, quase escravo, nos descaminhos da vida, destruindo vidas e famílias.

                Inferindo, fica o alerta para que todos nós, reflitamos em torno dos verdadeiros ideais que devem nortear as nossas condutas. Pensemos nisso!

 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014


                                                     O MESTRE

         Mestre é todo aquele que mostra muito mais do que palavras, o exemplo.

             Mestre é aquele, que no meio do turbilhão das ondas enfurecidas dos oceanos bravios, no decurso de nossa existência terrena, nos mostra a tranquilidade e a fé na busca incessante, da segurança, que só braços aconchegantes do amor fraterno, têm a oferecer, àqueles que estão perdidos na escuridão do medo, da perturbação física e espiritual, em que a pobre humanidade terrestre se encontra.

Infletindo, de toda essa intercorrência, direi que, já falei sobre o eco e diante dele verificamos que, somos como um espelho, que reflete tudo que emitimos. 
          Diante disso, recordo os ensinamentos de meu velho pai, que do alto de sua sabedoria, dizia calmamente, quando furacões se divisavam no horizonte!

Acalma-te filho, isso passa, amanhã verás que não é tão grave assim, sorria, porque a vida é bela e merece ser vivida da melhor forma.

Perdoa, porque o perdão é melhor para quem o dá, entendas filho, que a vida é um presente de DEUS. 
          Coloca-te no lugar do outro, filho, e verás então, a outra face. Sejas mais complacente filho, nem todos, tem o teu entendimento.

         Mudas a tua sintonia filho, vejas a alma do teu semelhante, tires a mágoa de teu coração porque ela, te deixas frio, intolerante, propício a sofrer de uma doença grave.
         Filho, somos criaturas criadas para o BEM.

         A nossa essência é divina e através do grande Mestre da humanidade, o Cristo Jesus, vejas agora um novo horizonte, sorridente, amplo, amigo e perguntas a ti mesmo, filho: O que ELE faria se estivesse no meu lugar?

Que ensinamento Pai!

                                                  O HOMEM!

                O homem, quando, na era das cavernas já começava a diferenciar-se do animal, pela busca do conhecimento ou pela curiosidade.

 Curioso, ele começou a sair de sua caverna para visitar a caverna do seu vizinho e notou que havia diferenças notáveis entre elas. Daí, mais curioso ainda, saiu para conhecer mais coisas. Viu um novo mundo, até então desconhecido para ele e tudo ele foi aprendendo. Sempre em busca do saber, chegou ao século XX, onde atravessando a nossa atmosfera, foi até a Lua, colocou uma sonda em Marte e então pela primeira vez, viu a nossa Terra, como ela verdadeiramente é, bela, formosa, completa, redonda, azul, solta no espaço sideral e viu também, que ela é única, indivisível e que todos os países estão numa grande aldeia global, coordenada pela sabedoria Divina, inimaginável ainda para a humanidade.

                Aos poucos, o homem foi descobrindo e conquistando o Planeta, o espaço incomensurável e de repente para e vê algo ainda desconhecido para ele. Sabe o que? Sabe quem? Ele próprio.

Está faltando para este homem o autoconhecimento. Este homem então começa a usar a persona, isto é, se caricaturiza no seu dia-a-dia e vive num mundo de falsidades, usando de máscara para cada ocasião, mentindo aos outros e a si próprio.  Este homem vive oco, longe de seus sentimentos. A distância que ele venceu desde o tempo das cavernas, ele mesmo não consegue vencer de coração a coração. Acostumou-se à rotina da vida e, quando dela sai, sente-se mal. Espera ansiosamente pela aposentadoria e quando isto acontece, se atira à monotonia, esperando a morte chegar, sem nenhuma perspectiva futura.

                Inferindo, este homem adaptou-se ao mundo inóspito, tudo descobriu e venceu, mas não conseguiu vencer a si mesmo, porque ainda não chegou ao seu próprio coração, causando por causa disso, as doenças modernas como a depressão e outras que o levam inclusive ao suicídio.

Por que tudo isso? Por que a pressa? Por que não viver o presente com alegria e com felicidade? Por que achar que o futuro é sempre melhor?

                Portanto, vivamos bem cada minuto de nossa vida e tenhamos então a certeza que o homem acima referido, irá finalmente se encontrar!

 

                                        NOSSOS FILHOS, NOSSOS AMIGOS?

                Observando os acontecimentos da nossa humanidade, principalmente no que concerne aos conflitos pais x filhos, chego à conclusão que algo está errado neste relacionamento. Senão vejamos: quantos crimes estão sendo cometidos por jovens e adolescentes, principalmente com o intuito de ferir os próprios pais, quando não o são, contra eles mesmos?

Será que eu estou educando o meu filho (a) como um amigo (a)? Será que eu não o (a) estou entregando nas mãos de traficantes ou pseudo-amigos? Será, que eu não estou criando dentro de minha casa um futuro inimigo (a)?

É preciso amar os filhos, no cultivo de todos os dias, olhando, acariciando, conversando, desejando um crescimento harmonioso, enfim, regando esta plantinha, com a água do amor.

                O filho, precisa saber que tem nos seus pais, os seus melhores e primeiros amigos, que a qualquer momento de suas vidas, estarão ao seu dispor, na felicidade ou na desgraça.

Então, porque deixar- nos envolver por picuinhas? Porque dizer a eles coisas sem pensar, se depois nos arrependemos? – Aquilo que sai da nossa boca, não podemos mais engolir de volta, seja uma blasfêmia ou uma maldição. Basta uma palavra mal empregada e a ferida, já foi aberta, para quem foi dirigida.

                Como seria mais fácil, se pudéssemos tratar os nossos familiares, como se fossem uma visita, principalmente a visita de pessoas a quem gostamos! Então, porque não nos tratarmos desta forma, respeitando-nos mutuamente!

                A família dia-a-dia, se deteriora, exatamente, por não empreender, padrões de comportamento ético-moral compatível, já que o avanço tecnológico é muito rápido e esse padrão moral, deveria acompanhar esse avanço, sempre respeitando as regras fundamentais de uma família, que tem a solidez e a fraternidade, como apanágio de suas vidas.

Inferindo, poderíamos ainda dizer que é na família, construção de valores e virtudes, que tudo começa porque ela é na verdade, a base fundamental de qualquer sociedade civilizada. Fica ainda, a pergunta-campanha, para que todos possamos fazer uma grande reflexão:

                         “Você, sabe onde está o seu filho agora”?

Pensemos nisso!

                                                     ENCOSTAS!

Quando ainda frequentava os bancos da faculdade, tive a honra de ter como um dos meus   mestres, o professor Oto Leifheit que pregou por muitos anos, insistentemente, contra a devastação que já estava acontecendo nas encostas das cidades e a nossa não fugia a regra.   Dizia ele, com muita propriedade, que se olhássemos para os morros a nossa volta, veríamos a ocupação desordenada desta área e o perigo que isto representaria às pessoas. Com a retirada do verde, o sol refletiria direto sobre a concha que é na verdade, a nossa cidade. Com isso, aumentaria a temperatura ambiente, além das águas que desceriam céleres por não haver mais nenhum obstáculo a sua frente.

Infelizmente, tudo isso se confirma agora, para a nossa perplexidade. Lugares, onde a água nunca havia chegado antes em enxurradas, que por sinal sempre ocorreram em santa cruz, tornam-se comuns. Isso sem falar em outros fatores que contribuem decisivamente para este fato, como esgotos entupidos, sujeiras nas ruas, etc., que não dão vazão suficiente as águas que alagam ruas e casas.

                Está tudo dentro da lei, dizem. Mas que lei é esta que prejudica a vida, o ser humano. Então é preciso mudá-la.

                Fica o alerta à população em geral que, o homem cava a sua própria sepultura. Os cientistas do nosso planeta já estão alertando que o efeito estufa provocado pela incúria do homem, através da poluição e do desmatamento indiscriminado, já aumentou a temperatura do nosso globo em 0,6 graus celsius nos últimos 100 anos e que até o ano de 2050, nesta linha que estamos indo, aumentará 5 graus, provocando um verdadeiro caos na nossa casa que é o planeta Terra. Consequências indescritíveis à vida humana e animal.

                Inferindo, é preciso parar já, dar um basta, libertamo-nos do jugo monetário que impera nesta sociedade de consumo e que no ano fatídico de 2050, não vejamos essa tragédia anunciada pelos nossos cientistas.  Os nossos filhos e netos, não sofram pela nossa imprevidência.

O dinheiro não é tudo e são necessários planejamento e fiscalização efetiva e rígida por parte de autoridades competentes e todos nós cidadãos de bem, para não sermos condenados pela posteridade.

Será este, o progresso que queremos para os nossos descendentes?

Reflitamos, pois!

 

                                                   O QUE É O NATAL PARA NÓS!

                O que estamos fazendo com o Natal? É a pergunta que me faço quando vejo toda essa correria no mês natalino. Natal quer dizer natalício, isto é, nascimento de alguém! De quem comemoramos o nascimento no dia 25 de dezembro? Será do Papai Noel, uma invenção estrangeira que pegou aqui, como quase tudo que vem de fora, pega! Será do Cristo Jesus, o enviado para mudar o mundo?

                O que vemos hoje é uma correria desenfreada em busca de presentes, como se isto pudesse mudar, a falta de carinho do ano inteiro para com os seus, as tragédias anunciadas no trânsito que cada vez, mata mais, os crimes praticados contra irmãos de caminhada, os crimes passionais dos donos da vida de outrem. Dizendo que amam, matam, maltratam seus entes queridos como se isso fosse o verdadeiro amor! Temos que lembrar sempre, que ninguém é dono de ninguém!

                O natal de minha infância é um evento fraterno, com reunião da família em torno dos mesmos ideais de paz e fraternidade, sem a busca frenética de bens perecíveis, mas sim almejando o bem da alma indizivelmente tranquila, sabendo da construção de valores morais e virtudes inalienáveis dos seres angelicais, que nos trazem a paz de consciência.

                Natal é o renascimento do amor que tanto falta na nossa, ainda, pobre humanidade. Natal é a luz de Jesus iluminando corações ainda empedernidos no mal. Natal é aproximação das famílias ainda em desalinho nos descaminhos da vida. Natal é a presença constante do Divino Mestre que veio nos dizer: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”! É sua presença viva diariamente em nossos corações, é sabê-lo carregando-nos nos braços nos momentos de aflição, natal é, portanto a desconstrução de muros e grades de nosso orgulho e vaidade que nos afastam de nosso irmão menos afortunado.

                Então é Natal! Natal é de luz, Natal é de paz, Natal é de amor!

No Natal nós seremos um só povo, sem intrigas, sem maledicências, sem guerras, sabendo que nosso Governador Maior está de braços abertos, não mais pregados na cruz do calvário, mas sorrindo, aguardando a todos nós nos seus compassivos braços.

                Por isso, sem tristezas, com um sorriso nos nossos lábios, esperemos o renascimento do Mestre, que agora entao vivo, pulsa dentro de nós.

Minha alma se rejubila com tua presença óh divino Pastor. Estou pleno de felicidade, porque sinto a tua inefável energia curadora e de emergente, paz, luz e amor!

Natal, finalmente é de fraternidade universal!

 

                                                ESCOLAS DE CIDADANIA.

                Nos dias de hoje, quando aumenta a violência de forma quase incontrolável, quando o nível dos programas televisivos, baixa cada vez mais, seja em novelas ou outros, que incutem de forma clara, ou outras vezes, insidiosamente colocados, que impregnam nas pessoas a desagregação da sociedade, invertendo valores, fazendo o papel de “educadoras” deixando as nossas escolas, que deveriam ser formadoras de opinião, “a ver navios”, numa função secundária, quando ainda, os pais delegam suas funções de educadores, ao Estado, quando não, aos traficantes da vida humana, verdadeiros monstros que engolem prematuramente vidas e vidas, ceifando virtudes e sonhos de crianças e jovens, surgem então entidades preocupadas com o futuro de nossos pequenos e que fazem um trabalho sério opondo-se a esse caos, instalado em nosso meio.

                Dentre as ditas entidades, entre outras, surgem os Centros de Tradições Gaúchas (CTG) ou entidades afins, que fazem cultura acima de tudo, como polos de vanguarda nesta luta, em prol do desenvolvimento social e educativo do nosso povo.

                 Primando por valores já esquecidos ou adormecidos no nosso meio, o verdadeiro tradicionalismo, ainda mantem o cavalheirismo, o respeito à palavra empenhada, o respeito aos pais, professores e aos mais velhos, prega a honestidade e a lealdade acima de tudo, entre outros predicados, totalmente fora de moda nos dias atuais.

                O tradicionalismo passa então a ser um estado de consciência, que busca preservar os bons exemplos do passado, sem, no entanto, conflitar com o progresso, procurando cultivar os princípios éticos perenes da humanidade, vivenciando então, uma nova forma de viver, mais digna e mais salutar.

                Para exemplificar, lembro-me das palavras de reverendo padre Orlando Pretto, quando há muitos anos, numa abertura de Semana Farroupilha, disse em alto e bom som: “Os CTGs são uma verdadeira escola informal de cidadania, porque ensinam às crianças, desde tenra idade, os valores morais inerentes a uma sociedade mais justa e humana”.

                Então senhores do poder político e monetário, juntem forças e unamo-nos para que entidades desse porte sejam realmente valorizadas, dando a elas condições de sobrevivência e até de progresso material e então, com certeza, no futuro, não veremos os nossos filhos, “perdidos na noite”, pelas ruelas da vida, devido a nossa incúria e imprevidência. Este verdadeiro estado de calamidade pública, instalada ao nosso lado e que cresce como um grande polvo de enormes tentáculos, parecendo ser indestrutível, paralelo e a revelia dos homens de bem, precisa ser combatido através exatamente de nossa firmeza e de nossa determinação, rumo ao humanismo total. Pensemos nisso!