quarta-feira, 27 de agosto de 2014

                   Alguns fatos importantes no dia 27 de agosto...
Madre Teresa de Calcutá No dia 27 de agosto de 1910, nasce Agnes Gonxha Bojaxhiu, "Madre Teresa de Calcutá", em Skopje, atual capital da Macedônia. Em 1946, ela teve uma inspiração, indicando que deveria dedicar sua vida aos pobres. Em 1979, Madre Teresa recebeu o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho assistencial.
551 a.C. - Nasce Confúcio, filósofo chinês. Ele disse que a sabedoria está no meio.
1576 - Morre Ticiano Vecellio, pintor italiano.
1770 - Nasce Georg Friedrich Hegel, filósofo alemão.
1813 - Batalha de Dresden (Alemanha): tropas comandadas por Napoleão derrotam as aliadas da Áustria, Prússia e Rússia.
1828 - Um tratado de paz entre Argentina e Brasil é assinado, dando fim à guerra e reconhecendo como Estado soberano a República Oriental do Uruguai, antiga Província Cisplatina. Quem intermediou este Tratado foi a Inglaterra.
1952 - As negociações germano-israelenses sobre reparações do nazismo são encerradas em Luxemburgo. Ficou decidido que a Alemanha pagaria a Israel o equivalente a três milhões de francos.
1957 - O navio argentino "Ciudad de Buenos Aires" se choca no Rio da Prata com o cargueiro norte-americano "Mormack Surf", deixando mais de cem mortos.
1961 - Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul, declara que garantiria, "à bala, se fosse preciso", a posse de João Goulart na Presidência do Brasil, no lugar de Jânio Quadros.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014


                                              A CONQUISTA DAS MISSÕES ORIENTAIS!

                No segundo quartel do século XVII os jesuítas do Paraguai, já haviam estado no território hoje rio-grandense (a que chamavam, País Del Tape) fundando “reduções” de catequese ao longo dos rios Ijuí, Ibicuí e Jacuí, até Rio Pardo e somente não chegaram ao Guaíba e ao Atlântico porque a reação dos bandeirantes os levou de volta para o outro lado do rio Uruguai.

                Quando os portugueses, em 1680, fundaram a Colônia Militar do Sacramento à frente de Buenos Aires, a busca de equilíbrio territorial se operou mediante a gradativa expansão jesuítica no Médio Uruguai: em 1682 o “povo” de Santo Tomé estabelecia uma estância e guarda em São Borja e em 1687 eram oficialmente estabelecidos os “povos” orientais de São Nicolau, São Luiz Gonzaga, São Miguel e São Borja. Com a posterior fundação de São Lourenço, São João Batista e Santo Ângelo, completaram-se os “Sete Povos” – sete cidades de índios guaranis ou guaranizados. Suas estâncias, porém, se alastraram por praticamente todo o território uruguaio.

                 Em 1750, o Tratado de Madri, determinou que a Colônia do Sacramento passaria para o domínio espanhol, enquanto os Sete Povos e suas estâncias passariam para o domínio português. Houve reação missioneira e a guerra guaranítica, que culminou em 1756. Mas no fim, tudo ficou na mesma: Colônia ainda portuguesa, as Missões Orientais ainda dos espanhóis.

                Desde aí, dois pontos se destacam no mapa político-militar do Sul: o forte de Rio pardo como guarda - avançada portuguesa às margens do Rio Jacui – olhando o sudoeste e o noroeste – e a guarda de São Martinho, posto avançado espanhol na subida do planalto para os Sete Povos das Missões, em escarpas situadas um pouco acima da atual cidade de Santa Maria.

                O Tratado de Santo Ildefonso, em 1777, estabeleceu limites entre as possessões lusitanas e hispânicas, referendando a posse espanhola do Sete Povos, com sede do governo militar em São Miguel.

                Por volta de 1800 a situação era tensa na Europa, com Napoleão Bonaparte em guerra contra a Inglaterra, envolvendo novamente a rivalidade de espanhóis e lusitanos. No sul do Brasil, a guarnição de Rio Grande envia tropas contra o forte espanhol de Cerro Largo, enquanto a guarnição  de Rio Pardo põe em fuga os espanhóis de Santa Tecla e São Gabriel do Batovi.

                O governo militar de São Pedro do Rio Grande do Sul, com sede em Porto Alegre era exercido pelo cel. Veiga Cabral e o comando da fronteira de Rio Pardo era exercido pelo ten. Cel. Patrício José Correa da Câmara.  Veiga Cabral preferiu confiar a paisanos a continuidade das operações de fronteira. Para tanto, uma de suas medidas foi conceder anistia aos desertores, que assim poderiam reforçar os contingentes lusitanos. Um dos beneficiados pela medida foi José Borges do Canto, que servira no Regimento de Dragões como soldado raso e agora se dedicava à caça e comércio de mulas nos descampados do oeste. Apresentou-se ao Regimento de Dragões e o comandante confiou-lhe a missão de hostilizar, através de guerrilhas, as Missões Orientais. Recebendo secretamente armas e munições, sai Borges do Canto a arregimentar voluntários para a arriscada campanha, sempre procurando dar ao empreendimento o caráter de aventura concebida e organizada por particulares, à revelia do governo. Ele reúne um pouco mais de 20 gaúchos. Recebe o reforço do tenente paulista Antônio de Almeida Lara, com 12 homens que trazia consigo. Outro paulista, o furriel Gabriel Ribeiro de Almeida, servindo no corpo comandado pelo cap. Barreto Pereira Pinto, apresenta-se para participar da aventura. Eram, agora, cerca de quarenta combatentes. O grupo se completa com estancieiro mestiço Manoel dos Santos Pedroso, profundo conhecedor da língua guarani, que recebe especificamente a tarefa de persuadir os indígenas missioneiros a entrarem na luta contra o dominador espanhol.

                O avanço é iniciado por Santo Pedroso, que consegue dominar a fortificação de São Martinho, porta de entrada dos Sete Povos. Aberto o caminho, Borges do Canto surpreende as defesas de Santo Inácio e São João Mirim. É conseguida a adesão de cerca de trezentos guaranis. Cai o povo de São Nicolau. A 8 de agosto os atacantes põem cerco à capital São Miguel, dando ao comandante espanhol cel. Dr. Francisco Rodrigo o ultimato para que se entregue.

                São Miguel, ainda resiste por três dias, mas, a 11 de agosto de 1801, seu comandante capitula. Uma a uma vão se entregando as demais aldeias do antigo domínio jesuítico, sem derramamento de sangue. Houve resistência somente no Passo da Cruz e, finalmente, em São Borja, onde o espanhol Rubio Dulce, depois de perder vários soldados, foi vencido a 23 de novembro de 1801. Completava-se assim a façanha incrível de tornar brasileiro, em curto espaço de tempo, cerca de um terço do atual território Rio-grandense.

 

(pesquisa: Cesar, Guilhermino. História do RS. Ferreira Filho, Arthur; historia geral do RS; Laytano, Dante de. Guia histórico de Rio Pardo)

            AS ADMINISTRAÇOES DE SANTA CRUZ DO SUL DESDE O IMPÉRIO ATÉ O ANO 2000!

                Na época do Império o município foi comandado pelos presidentes das Câmaras de Vereadores: Carlos Trein Filho, Frederico G. Bartholomay, Joaquim José de Brito, Abrahão Tatsch e Jorge Júlio Eichenberg.

                Logo após a proclamação da república e a promulgação da constituição republicana os municípios passarem a ser administrados pelos Intendentes municipais que em Santa Cruz foram:

De 1892 até 1894 – Cel. João Leite Pereira da Cunha.

De 1894 até 1898 – Galvão Costa.

De 1898 até 1900 – Jorge Eichenberg.

De 1900 até 1904 – Adalberto Pitta Pinheiro.

De 1904 até 1908 – Galvão Costa.

De 1908 até 1913 – João Gomes Cardoso.

De 1913 até 1916 – Galvão Costa.

De 1916 até 1925 – Gaspar Bartholomay.

De 1925 até 1928 – Felipe Jacobus Filho.

De 1928 até 1929 – Felício Augusto de Almeida.

                A partir desse ano, vieram os prefeitos que foram:

1929 – 1933 – José W. Koelzer

1933 – 1938 – Cel. Oscar R. Jost

1938 – 1940 – Dr. Caio Brandão de Mello

1940 – 1945 – Dario Barbosa

1945 – 1945 – Willy Carlos Froehlich

1945 – 1946 – Dario Barbosa

1946 – 1947 – Willy Carlos Froehlich

1947 – 1948 – Bruno Agnes (substituto)

1948 – 1952 – Alfredo J. Kliemann

1952 – 1955 – Arthur de Jesus Ferreira

1955 – 1959 – Dr. Arthur Walter Kaempf

1959 – 1963 – Edmundo Hoppe

1963 – 1968 – Orlando O. Baumhardt

1968 – 1973 – Edmundo Hoppe

1973 – 1977 – Elemar Gruendling

1977 – 1981 – Arno João Frantz

1981 – 1983 – Arno João Frantz

1983 – 1988 – Armando Wink

1988 – 1992 – Arno João Frantz

1992 – 1996 – Edmar G. Hermany

1996 – 2000 – Sérgio I. Moraes

                O município já teve os seguintes nomes: Faxinal do João Faria – 1822; Colônia de Santa Cruz – 1849; Freguesia de São João de Santa Cruz – 1859; Vila de São João de Santa Cruz – 1877; Cidade de Santa Cruz – 1905; Cidade de Santa Cruz do Sul- 1944.

                Possíveis origens para o nome do município: ainda hoje não está definida como surgiu o nome “Santa Cruz’ para a colônia de origem germânica. Algumas hipóteses dizem que: 1 – Existe uma ligação entre o nome Santa Cruz e a fazenda Santa Cruz localizada próxima a Soledade e de propriedade de Antônio Rodrigues Chaves. 2 – Existia um preto velho que residiu no início da povoação cuja casa era um espécie de  hospedaria para os colonos e ele era chamado de Santa Cruz. 3 – A causa da adoção do nome justifica-se devido à existência, na época, da fundação da colônia, de um morador, brasileiro, de nome Cruz que possuía uma pequena venda e que indicava aos colonos, suas respectivas propriedades. Como a “venda” sempre foi um ponto de encontro entre os alemães, formou-se com o passar do tempo, a expressão “vamos até o Cruz”, “junto ao Cruz” deixando de lado a denominação de Faxinal.

                Quando começou a ser construída na povoação, a primeira igreja católica e ao ser terminada em 1863, surgindo a paróquia, a localidade passou a ser chamada de São João de Santa Cruz. 4 – Foi uma denominação dada pelo governo brasileiro pois, quando os colonos chegaram em 1849, eles já sabiam que viriam para a colônia Santa Cruz.