terça-feira, 30 de agosto de 2011

                                          Depressão
Pode-se afirmar, que a depressão é ocorrência  que se manifesta como um distúrbio do todo orgânico e resulta do problema do quimismo neuronal, com a falta de alguns dos neuroptideos ou neurocomunicadores responsáveis pela alegria, o bem-estar, o afeto, tais como a dopamina, a serotonina e a noradrenalina...
Desde o transtorno depressivo infantil ao juvenil, ao adulto e ao senil, manifesta-se, também, nas fases pré-parto, pós-parto, como também psicoafetiva, sazonal, bipolar, unipolar, com as alternâncias de humor,  não pouca vezes, avançando para transtornos psicóticos mais graves com aflitivas alucinações ...
Aprofundando-se, porém, a sonda investigadora a respeito desse cruel distúrbio comportamental da área da afetividade, a doença se exterioriza em razão do doente, que é sempre o Espírito reencarnado  em processo de reequilíbrio dos delitos anteriormente praticados.
Deste modo, quase todas as terapêuticas da atualidade, contribuindo para o reajustamento das neurocomunicações, através dos medicamentos eficientes, assim como de incontáveis  propostas de libertação do paciente, devem ter em vista a recomposição moral e espiritual do mesmo.
Identificada, desde remotas eras, com denominações variadas, como melancolia, psicose maníaco-depressiva, e mais recentemente como transtorno depressivo, no ocidente foi estudada mediante os recursos da época pelo eminente pai da Medicina, Hipócrates, sendo discutida por Galeno e muitos outros até a atualidade, permanecendo, no entanto, agressiva e dominadora, desafiando as  conquistas da inteligência e do sentimento.
A depressão é doença da alma, que se sente culpada, e, não poucas vezes, carrega, esse sentimento no inconsciente, em decorrência de comportamentos infelizes praticados na esteira das reencarnações, devendo, em conseqüência, ser tratada no cerne da sua origem.
Pode-se afirmar que, na maioria dos transtornos depressivos, a causa apresenta-se como de natureza espiritual, ou após desencadeada pelos fenômenos orgânicos, psicológicos ou fisiológicos - torna-se mais complexa em razão da influência perniciosa dessas personalidades desencarnadas.
Quando chegaste à Terra, a noite medieval espalhava o terror, mantendo a ignorância em predomínio  de que se locupletavam os poderosos para esmagar os camponeses e os citadinos pobres. Havia superstição e medo em toda a parte, caminhando a humanidade sob o estigma do pecado e do vicio que eram punidos com impiedade.
Tu chegaste, e apresentaste a Verdade, que nunca mais deixou de iluminar a sociedade. Existiam  perversidade  sem disfarce e a discrimação de todo o tipo, havendo-se tornado o homem o lobo do homem, assim ficando desprezível.
Na tua simplicidade santa cantaste o hino de louvor a todas as criaturas, chamando-as docemente de irmãs.
Permanecia epidêmico o ódio, que espalhava o bafio pestilento das guerras intérminas, deixando os campos juncados de cadáveres que apodreciam a céu aberto.
Tua voz, suave e meiga, entoou, então, o canto da paz, e te fizeste o símbolo da verdadeira fraternidade que um dia se estenderá por toda a Terra.
Há música no ar, silêncio nos corações e lágrimas nos olhos de quase todas as criaturas destes dias de inquietações e de incertezas. Em decorrência, há uma grande expectação, denunciando a espera....
Volta, por favor, irmão Alegria, a fim de que a tristeza de desamor bata em retirada e uma primavera de bênçãos tome conta de tudo. O céu azul que te agasalhou e os campos verdes com lavanda perfumada que os teus pés feridos pisavam, continuam aguardando-te. Há multidões que te vem louvar, bulhentas e festivas, mas indiferentes ao teu chamado, sem valor para te seguir.
Canta, então, novamente, a tua oração simples, a que nos brindaste naqueles dias inesquecíveis, e onde houver desespero faze que se manifestem a paz e a esperança, e em razão da ameaça da morte iminente, o ser ressurja em júbilos ante as certezas da ressurreição, porque é morrendo que se vive para sempre, irmão Francisco de Assis. Irmão Sol, a grande noite moral da atualidade te aguarda ansiosa.
Porque se arraiga a depressão:
Mendacidade- costume arraigado no inconsciente humano, em decorrência dos hábitos doentios do passado. Ela também resulta dos processos insalubres da educação doméstica, especialmente,  nas famílias com desajustes de várias formas.
A família é, o laboratório onde se forjam os valores morais edificantes, mediante as contribuições valiosas do amor da disciplina, corrigindo-se condutas enfermiças e trabalhando-se valores espirituais que devem predominar em a natureza de cada um de seus membros. Com mendacidade, mentira, falsidade, vive-se em conseqüência numa sociedade que se deslumbra com o fausto, a ilusão como fenômenos perfeitamente naturais, mas felizmente insustentáveis e decepcionantes.
Alguns quadros de depressão psicológica, tem inicio na ausência do autoamor no paciente, que se não amando, considera-se indigno de ser também amado, porque reconhece a abjeção interior em que se encontra.
Nos transtornos de comportamento, além dos fatores endógenos e exógenos identificados pelos estudiosos das doutrinas psicológicas, predominam os de natureza espiritual, obsessivos, que defluem dos comportamentos indignos do ora encarnado em relação àqueles que ficaram no Mais Além e vêm cobrar-lhe a necessária reparação. Mantendo os comportamentos levianos e mendazes de ontem, oferecem campo psíquico para que se instalem as enfermidades que requerem cuidadosos procedimentos específicos, a fim de auxiliar o perseguidor e amparar o perseguido. Enfermos da alma, portanto, são todos aqueles que optam pela mendacidade que os conduz ao abismo. Solução, o evangelho de Jesus...
Renovando atitudes- Existem atitudes doentias que tipificam determinados indivíduos que, no entanto, foram os responsáveis pela ocorrência em que permanecem. A arrogância, por exemplo, é uma atitude que mascara o ser humano tímido, dando-lhe a aparência de um poder que não é real. Enquanto desfruta que expressa temeridade, assim se comporta, ocultando o conflito que o mantém em constante vigília perante os demais. O seu culto à personalidade é tão desmedido que não se permite aceitar opiniões  que pareçam divergir da sua, entronizando-se na vacuidade dos seus propósitos mesquinhos, porque soberbos.
Outro problema comportamental é o narcisismo que é o devaneio mental de deslumbramento em torno da autoimagem.
Já o déspota padece de atrofia dos sentimentos nobres e, por isso, exibe o poder como forma de proteger-se das investidas da emoção, gerando temor por ser incapaz de amar.
O bajulador, é alguém que perdeu o endereço de si mesmo e atira-se em desespero  na direção dos outros, na expectativa de ocultar os medos de que se sente possuído na algazarra que produz.
O hipócrita, receia ser descoberto nos dédalos sombrios onde se refugia, desconhecendo a sua realidade, desse modo, concordando com tudo e todos, em forma de autoproteção, evitando  sentir-se a sós.
O sexólatra, desvia as emoções nobres para as sensações fortes e animalizando-se, vive erotizado procurando demonstrar as sua habilidades, inseguro de seus próprios recursos
O avaro, deposita nos bens materiais toda sua garantia, incapaz de valorizar os bens morais e mentais de que dispõe tornando-se apenas mais um infeliz.
De tal modo o individuo se adapta aos comportamentos mórbidos que os considera naturais e legítimos. O que fizeres na Terra, seguirá contigo além túmulo, essa porta que se abre na direção da vida indestrutível.
Enquanto enxameiam as tragédias, os crimes seriais, com o suicídio imediato de seus autores, os multiplicadores de opinião utilizam-se da mídia alucinada para a saturação  das mentes com noticias perversas que estimulam psicopatas à prática de hediondez que não lhes havia alcançado a mente. A pedofilia alcança patamares dantes nunca imaginados, graças a Internet.
O ser humano estertora... em razão da falta de orientação sexual, nestes dias de disparates, a gravidez entre meninas desprevenidas aumenta de forma chocante, pela vulgarização, sem preparo para a maternidade, jogando nas ruas diariamente, crescente número de abandonados.
Restaurando as palavras de Jesus, propõe uma revisão ética dos postulados do Cristianismo também ultrajado, a fim de que se revivam os comportamentos do Mestre Divino e dos seu primeiros discípulos, dando lugar à lídima fraternidade, a iluminação de consciências, ao serviço da caridade.
O rancor, essa aversão profunda, consciente ou não, que alguém experimenta  contra outrem, é filha espúria do orgulho, esse dileto companheiro do egoísmo, que não admite ser desconsiderado ou sequer enfrentado nas mesmas condições. O rancor é enfermidade moral que assinala muitos seres humanos. O orgulho humano é mácula que desmerece a beleza do diamante espiritual que se é. Se alguém te inspira esse sentimento perverso e escuso, evita aprofundar-lhe as causas desconhecidas. Sendo resultado de algum acontecimento atual que te amargura, não acumule os tóxicos do ódio nas tuas delicadas engrenagens mentais. Abre o coração à fraternidade, e compreenderás como é possível diluir os vapores venenosos do rancor ao sol da compaixão. O antídoto, portanto, do rancor, é o perdão, gentil e nobre, que une as criaturas como verdadeiras irmãs que se auxiliam pela senda libertadora.
Toda existência humana obedece a uma planificação cuidadosa, mediante a qual acrisola os sentimentos que se ampliam, facultando a inteligência penetrar na indefectível Lei de Causa e Efeito. Toda marcha por si mesma, impõe esforço, obediência ao programa, paciência para vencer os trechos a percorrer.
O ser humano possui em germe a tendência para a abnegação, esse devotamento fraternal e sacrificial em favor de um ideal enobrecido, ou de outra criatura. A abnegação é filha dileta do amor que se desdobra em serviço, facultando o crescimento íntimo daquele que o cultiva. Quando se instala na conduta, deixa de ser sacrifício. Há exemplos edificantes de mártires, de heróis e de santos da abnegação vivenciando, nestes momentos, a sua entrega total a Jesus, qual fizeram Francisco de Assis, Vicente de Paulo, Tereza D’Avila, Mohandas Gandhi, Madre Teresa de Calcutá e incontáveis servidores do Bem.
À semelhança de Jesus que desceu ao vale do sofrimento, após a ressurreição, a fim de resgatar Judas Iscariotes da própria insânia e facultar-lhe nova oportunidade, esses mensageiros da caridade, que ascenderam aos páramos da luz, renunciam, momentaneamente, à ventura que merecem, a fim de ajudar os náufragos da retaguarda, que suplicam socorro sem dar-se conta.
Narra-se que o príncipe Sidarta Gautama, após ter-se iluminado, oportunamente interrogou os seus discípulos, indagando qual era o oposto de morte, e eles responderam que era vida. Após reflexionar por momentos, o nobre mestre redargüiu, tranqüilo, que o inverso de morte é  renascimento, porquanto sempre se está na vida, quer se perambule no corpo físico ou fora dele. Morte, portanto é renascimento, sono momentâneo que faculta o despertar em novo campo vibratório. Cada um desperta  conservando os valores com os quais adormeceu.
Em virtude das heranças ancestrais, mantém o espírito vínculos com as tendências perturbadoras que, com mais facilidade, desabrocham no seu mundo interior, inspirando-lhe condutas enfermiças, do que aquelas que seriam as idéias para o seu comportamento. Não raro, os hábitos doentios que assinalaram reencarnações anteriores se expressam, restabelecendo os liames emocionais com as condutas infelizes anteriormente mantidas. Tem cuidado com teus pensamentos e pendores, porque te constituem antenas que atraem os semelhantes vibratórios  paras as correspondentes de que ninguém escapa. Mesmo que identifiques tendências inferiores no teu comportamento, o que é compreensível,  trabalha para superá-las, substituindo-as pelos anseios de enobrecimento e de valor com que podes atingir as cumeadas do progresso durante a atual reencarnação.
Desde o momento que o espírito adquiriu a capacidade de pensar a fim de agir de maneira consciente, o livre-arbítrio liberou-o dos automatismos naturais a que se encontrava submetido.  Foi-lhe facultado o ensejo de eleger o bem ao invés do mal. Certamente o próprio livre-arbítrio possui limites ante o determinismo que estabelece as regras do desenvolvimento evolutivo, no qual todos se encontram situados, não  podendo, portanto, ultrapassar a fronteira do mérito de cada pessoa.
O ser humano é assinalado por marcas que são gravadas indelevelmente em seu caráter. Felizes daqueles que podem assinalar-se por marcas que mudam no transcurso da mesma existência. Quando se pronuncia o nome de Judas, logo lembramos a marca da traição, embora, muitas realizações honestas e saudáveis que foram praticadas antes e depois do ato ignóbil.
Referindo-se a Simão Pedro, o apóstolo Galileu, a marca do negador é acionada rapidamente. Evocando-se o nome de Maria magdala, sombra da conduta irrefletida e insensata envolve-a, não obstante a renovação moral que se impôs de tal maneira elevada, que lhe facultou ser a primeira testemunha da ressurreição. Qualquer referência a João Evangelista, e ei-lo identificado como o discípulo amado. Assim sendo, permite-te assinalar pela marca do Cristo, que são a bondade e o amor, a mansidão e a caridade, enriquecendo-te de bênçãos de harmonia e de felicidade ainda nesta existência corporal.
Mede-se a responsabilidade em torno dos atos de um individuo de acordo com o nível de consciência moral em que se encontra. Sendo a sua fatalidade a conquista da consciência cósmica, é natural que esse desenvolvimento de-se de maneira adequada, insculpindo no cerne cada conquista que o capacita para vôos mais altos em direção ao infinito.
Saúda o dia nascente com alegria de viver aureolado pela gratidão de Deus. Cada novo dia é abençoada  oportunidade de crescimento espiritual e de iluminação interior.
O sofrimento faz mal, no entanto, não é um mal, porque oferece os recursos valiosos para a aquisição do bem permanente.
A alegria não é encontrada em mercados e farmácias, mas nos recônditos do coração que sente e ama favorecendo-lhe o surgimento como um continuo amanhecer. Basta que se lhe ausculte a intimidade, e ei-la triunfante sobre a noite das preocupações. Sempre que possível expressa a tua alegria de viver. Liberta-te, mesmo que te seja exigido um grande esforço, das heranças primárias filhas da agressividade, do inconformismo, dos impositivos egoístas que te elegem como especial no mundo, e considera que fazes parte da grande família terrestre, sujeito, como todos os demais, às injunções dos mecanismos da evolução. Alguém que possua alegria de viver, já possui um tesouro.
Comumente, ouve-se justificativa para alguém escusar-se ao serviço de socorro ao próximo, como, por exemplo, a alegação de que não é perfeito e, portanto, não possui as condições exigíveis para o exercício das ações de enobrecimento. Oferecer-se um copo de água fria ao sedento, doar-se uma côdea de pão ao esfaimado, um vaso de leite ao enfermo, uma modesta moeda ao necessitado, um gesto de compaixão, uma palavra gentil, um aperto de mão, são tão espontâneos fenômenos humanos, que não exigem elevados sentimentos morais, bastando somente o desejar-se auxiliar.
Certamente, a culpa é algoz impiedoso que se insculpe na consciência e, à semelhança do ácido, corrói as fibras emocionais de suas vítimas, enquanto é conservada. Por esta razão, deve ser racionalizada de maneira tranqüila e diluída mediante as aplicações dos valiosos dissolventes do amor em forma de edificações de outras vidas. Desta forma, existem marcas psicológicas ancestrais, que afligem, mas podem ser anuladas mediante o conhecimento da realidade e dos legítimos valores morais, que são as regras de bem viver, exaradas do evangelho de Jesus e sintetizadas no Seu conceito sublime, que é, não desejar nem fazer a outrem, o que não gostaria que lhe fosse feita. A felicidade somente se instalará na terra, quando as criaturas humanas compreenderem que o auxilio recíproco é recurso precioso para o equilíbrio entre todos.
No turbilhão da modernidade, quando a pessoa parece ter perdido a dimensão do tempo e o valor do espaço em contínua refrega para ter e poder, a fé religiosa diminui de intensidade em muitas mentes e sentimento. O enfoque materialista, sobrepõe-se  à formação religiosa anterior, como se a mesma estivesse ultrapassada, porque canhestra e inoportuna, já não merecendo a dedicação de alguns minutos diários pelo menos, para as reflexões que proporcionam a alimentação da alma.
Excluindo-se as expiações pungitivas e indispensáveis ao reequilíbrio espiritual, as provações constituem abençoado elenco de experiências iluminativas, graças às quais é possível uma existência digna, avançando no rumo da felicidade. Muitos indivíduos, vivem a remoer mentalmente os acontecimentos afligentes, a comentá-los com tanta freqüência que dão a impressão de haver a sua caminhada uma via crusis sem trégua. Esta postura raia, as vezes, à condição patológica de masoquismo, em face do prazer mórbido de privilegiá-la em detrimento das ocorrências felizes e favorecedoras de alegria.
A admirável senhora Helen Keller, embora cega, surda e muda, viveu em constante alegria, tornando-se uma semeadora de esperança e de bom humor para milhões de outros seres atormentados nas suas expiações retificadoras, havendo dedicado a existência a encorajar o próximo através de memoráveis discursos e livros formosos. Louis Braille, igualmente padecendo de cegueira, transformou os seus limites em bênção para os companheiros invidentes, criando o alfabeto para o tato. Beethoven, em sua surdez total, utilizou-se do silêncio profundo para compor as últimas sinfonias da sua existência e, particularmente, a nona, A coral, considerada como um verdadeiro coroamento da sua obra. Vicente Van Gogh, atormentado pela sua esquizofrenia, e cuja existência foi um fracasso, conseguiu, no entanto, pintar com esmero e realismo, refletindo o seu estado interior. O Aleijadinho, apesar da injunção perversa da hanseníase, transformou pedras em estátuas deslumbrantes. Apesar da tuberculose que o consumia, Louis Pasteur prosseguiu nas suas investigações em torno dos micróbios, oferecendo incalculáveis benefícios à saúde da humanidade.
Depois que o ser humano desenvolveu o intelecto e a razão, deu-se conta de que essas conquistas não lhe bastam à existência, porque não o preenchem interiormente. No vazio existencial que o aturde, desenha-se-lhe a necessidade da autoiluminacao, isto é, do autoencontro, da autorrealizacao.  Ocorre quando há uma predisposição psíquica, as vezes, também, inesperadamente, qual sucedeu a Buda, a São Francisco e a milhares de outros, acontecendo, de igual maneira, quando o ser se encontra sob imensa emoção, conforme sucedeu com Saulo, ao ver Jesus, às portas da cidade de Damasco, ou discretamente, no silêncio da mente e do coração. Com a iluminação, adquire-se sabedoria, esse estágio que vai além do conhecer, alcançando o altiplano moral do ser, do encontrar-se no mundo com todos e não estar amordaçado nem aprisionado a ninguém. A autoiluminacao é também a mais eficaz maneira compreender os outros, porque o indivíduo se conhece a si mesmo, após haver descoberto de onde veio, para onde vai e como alcançar  o novo patamar da felicidade. A iluminação não tem limites, porque seu campo de expansão é o infinito.
Com o advento do espiritismo, o ser humano compreende o sentido e o significado da sua existência na terra. De imediato começa a romper a carapaça do ego, descobrindo as formosas oportunidades de crescimento moral e espiritual, saindo das paisagens limítrofes das paixões inferiores e do seu cárcere, às vezes, dourado, onde fixou domicílio.
O centro espírita, na sua condição de escola de educação de almas, de hospital, de oficina e de santuários, no qual o amor se expande, passa a constituir-lhe o lugar ideal para aprender a servir, cooperando em favor da iluminação das consciências e da expansão do bem em toda a Terra. Mantém-se vigilante e serve sempre!
A mediunidade dignificada pelo conhecimento do Espiritismo transforma-se em instrumento de autoiluminacao que deve ser colocado a serviço do bem geral, sem qualquer tipo de ostentação ou de vaidades.
Mensagens apocalípticas são apresentadas com datas previstas para a destruição do Planeta, em verdadeiros projetos de apavoramento das criaturas, em nome de revelações destituídas de autenticidade. Existe muito sofrimento na Terra esperando orientação, terapia e libertação.
O espiritismo é o Consolador, sem dúvida, que Jesus prometeu. Veio para enxugar lágrimas, mas, sobretudo, para erradicar a causa das lágrimas, orientando as pessoas e promovendo-as, de modo que evitem comprometimentos negativos e comportamentos insensatos.
O mundo está repleto de acusadores, de cruéis censores, de discutidores perversos e vazio de servidores do bem e da caridade. O momento de divulgar a imortalidade da alma e a justiça divina, através da reencarnação, é agora.
Na existência de todas as criaturas surgem momentos de grande aflição, convidando à reflexão, à análise dos objetivos reais da grande viagem corporal. É natural, portanto, que cada fase do processo de crescimento espiritual experimente determinadas aflições que fazem parte do seu mecanismo de superação das injunções primárias, proporcionando-lhe mais recursos que lhe facultam o entendimento dos valores legítimos que devem ser cultivados. Sucede que o planeta de provas e expiações é hospital-escola ainda assinalado pela presença do sofrimento que se apresenta como calamidades, fenômenos destrutivos, abandono e angústias...
De alguma forma, as próprias criaturas que o habitam são responsáveis por tais agentes destruidores, em face da suas construções mentais, das fixações inferiores em que se demoram, cultivando emoções negativas que favorecem a proliferação dos vírus, cada vez mais resistentes e portadores da faculdade de mutação.  Cada criatura é, na realidade, aquilo que cultiva na sua casa mental. Jesus disse: Tudo que pedires a Meu Pai, orando, Ele vos concederá, demonstrando que a plena sintonia com a poderosa Fonte da Vida produz uma correspondência entre aquele que ora e o Genitor Divino.
Pode-se sintetizar o comportamento humano em três atitudes existenciais: na miséria, na produtividade e no ócio. A miséria pode expressar-se sob vários aspectos, embora seja vista como aquela exclusivamente de natureza econômica. Existe também a miséria de ordem moral, aquela que se expressa da perda dos valores éticos, empurrando para os abismos da degradação espiritual, da perda de dignidade e de consciência.
A produtividade, por sua vez, abarca a grande massa dos que trabalham, que aspiram a melhores condições existenciais, amealhando valores morais, intelectuais e econômicos com que edificam lares, constroem as famílias e promovem a sociedade.
Por fim, o volumoso número daqueles que transitam no ócio, saturados das comodidades em excesso, da bajulação enganosa, da facilidade com que fruem os prazeres que, por mais que  se renovem, não preenchem o vazio existencial. Assinalando algumas dessas condutas, chega-se ao estresse, ao cansaço perturbador que desvariam e infelicitam. Aturdidos, os primeiros e os últimos, perderam o sentido existencial, o significado psicológico da vida. Tornam-se cadáveres que respiram, quando não se deixam devorar por aflições descontroladas.
A conquista do sentido existencial é proposta de Jesus, quando afirmou, enfático. Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. (João: 5-17).
Uma organização fisiológica saudável, é bem de valor inestimável que deve ser preservado a qualquer custo. Saúde, portanto, é bem estar, harmonia psicológica, equilíbrio dos sentimentos e dos anseios. Enfermidade, no entanto, é o resultado, de comportamentos incorretos que favorecem a distonia emocional com as suas conseqüências perniciosas.
Não obstante, remanescem em alguns indivíduos, apesar da fé raciocinada, vínculos com a cegueira ancestral que os condicionam a acreditar de uma forma e conduzir-se de outra. Toda vez que uma vicissitude os toma, o hábito da submissão e do medo os surpreende impondo neles comportamentos estranhos e perturbadores.
Mede-se a grandeza de um ideal pela resistência que proporciona àqueles que o abraçam.
Buscai a verdade, e a verdade vos libertará- propôs Jesus. Certamente, referia-se a verdade profunda, àquela que diz o ser que se é,  qual a finalidade de sua existência na Terra e as razoes que explicam os sofrimentos, os desafios e as dificuldades que defronta na sua trajetória autoiluminativa. Mesmo Jesus, quando interrogado por Pilatos sobre a verdade, silenciou, porque aquele administrador mesquinho não podia entender. Não obstante, informara antes que todo aquele que é da verdade ouvia-lhe a Voz. (Jo: 37 e 38 ). A verdade, portanto, transcende a indumentária lingüística para tornar-se um estado interior de conquista espiritual, característica dos espíritos nobres e sábios.
Nunca imponha a tua verdade, defendendo-a com vigor, toda vez quando fores convidado a expressá-la
Expõe o que pensas com tranqüilidade e bem-estar, de maneira fácil e simpática, que a torne atraente e não repulsiva.
Evita o puritanismo que te jactaria diante daqueles que ainda permanecem na ignorância de determinados conhecimentos, expressando-te sem complexidades nem arroubos de cultura vazia. Por muito falar, poucos fazem-se entendidos. Silencia quando perceberes que o momento não é próprio, as circunstancias não são favoráveis, aguardando a tua oportunidade sem pressa, nem aflição. Nem todos estão  preparados para tomar conhecimento de determinadas informações que mais os afligirão do que os confortarão. Evita os diagnósticos desesperadores. Aquele que te procura necessita de orientação e não de intimidamento, de conforto moral e não de acrimônia.
Se alguém é portador de algum problema obsessivo, por exemplo, que detectas, não o amargures com a informação assustadora, que ele não tem capacidade para digerir. Encaminhar o paciente às atividades de estudo, do esclarecimento espiritual e moral, conclamando-o à reflexão, à transformação de conduta pessoal para melhor, abordando as bênçãos de saúde que o espera, caso resolva-se por ser feliz. Sê simples no falar e, sobretudo, no esclarecer.
O corpo humano é a mais grandiosa obra de engenharia que se conhece. O seu aparelho circulatório, que mede cento e cinqüenta mil e cento e noventa mil quilômetros de artérias, veias e vasos em um circuito especializado, é autorreparador, porque produz todo o material necessário para a preservação dos seus equipamentos.
          Um resumo do livro Vitória sobre a Depressão de Divaldo Pereira Franco, ditado por Joanna de Ângelis.