SAUDADES!
Memórias não fazem apenas parte da nossa história, mas sim da nossa vida, definem oque fomos e o oque ainda seremos.
quinta-feira, 23 de março de 2017
LEI DE GERSON X MORAL CRISTÃ!
Tempos atrás,
olhando pela TV uma transmissão de um jogo de vôlei, em que o Brasil disputava
um Jogo importante, os analistas de rede comentaram que o juiz havia errado a
favor do escrete brasileiro. Até aí tudo bem. O problema é que eles disseram “que
ainda bem que o juiz tinha errado em favor do Brasil”.
Fiquei então
a imaginar: esta colocação, e não era a primeira vez que a ouvia, principalmente
em transmissões de jogos e que já era lugar comum, que se o árbitro errasse a
nosso favor, estaria tudo bem!
Matutei
com meus botões e lembrei-me da famosa “Lei de Gerson”, onde o legal era se
tirar vantagem em tudo e me perguntei, se essa verdadeira massificação seria
boa para a nossa juventude! Parece-me que não.
É preciso,
nos alertarmos para estes detalhes que vão aos poucos, sendo impregnados na
nossa sociedade, invertendo valores e subvertendo a ordem normal de um País,
iminentemente cristão.
Acho,
salvo melhor juízo, que precisamos repensar aquilo que estamos fazendo para
melhorar a degradação moral, que de forma sub-reptícia, está sendo imposta,
normalmente de cima para baixo e que aos poucos se torna normal.
No entanto,
muitas pessoas retrucam, que a moral muda com os tempos, que tudo evolui e que não
podemos “parar no tempo”. Respondo então, que a moral Cristã, os seus
ensinamentos de amor fraterno entre os povos, por exemplo, permanecem imutáveis
e que se as crianças e a juventude não tiverem limites, onde iremos parar?
A natureza
é perfeita. Tudo está colocado em seu devido lugar. O homem, com seu orgulho e presunção,
tenta mudar essas leis, com resultados catastróficos para toda a humanidade.
Para finalizar,
valho-me de uma mensagem de Emmanuel, endereçada principalmente aos pais: “Os
pais do mundo, precisam compreender a complexidade e a grandeza do trabalho que
lhes assiste. É natural, que se interessem pelo mundo, pelos acontecimentos
vulgares, todavia, é imprescindível não perder de vista que o lar é o mundo
essencial, onde se deve atender aos desígnios Divinos. Os filhos são obras
preciosas que o Senhor lhes confia às mãos, solicitando-lhes cooperação amorosa
e eficiente. Receber encargos desse teor é alcançar nobres títulos de
confiança, compreendendo que, se para ser pai ou mãe são necessários profundos
dotes de amor, à frente dessas qualidades deve brilhar o Divino dom do equilíbrio”.
ANTONIO
PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.
(Email, toninhosantospereira@hotmail.com;
twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).
quinta-feira, 9 de março de 2017
CTG RINCÃO DA ALEGRIA!
Em
homenagem a mais um aniversário do CTG, quero fazer algumas referências que me
parecem relevante concernente a esta entidade, fundada em cinco de março de
1961, junto à Aliança Católica de Santa Cruz do Sul, hoje, Clube Aliança.
Tinha
somente uma invernada de danças, cujo gaiteiro era o mano Cliff Manoel Pereira
dos Santos e o posteiro de danças o sargento Schuck do 8º Batalhão de Infantaria e dos
componentes um deles era o Sirlei Jorge Vieira que, por muitos anos, foi
barbeiro no quartel.
Nessa mesma
época o CTG retirou-se da Aliança, fazendo os seus ensaios numa pequena garagem
à Rua Senador Pinheiro Machado defronte, onde é hoje o edifício Santa Cruz.
Após,
mudou-se para o Círculo Operário na Rua Felipe Jacobus, esquina com a Princesa
Isabel. Era patrão, nesta ocasião, o senhor Norberto Adam e participava da
invernada de danças, o Juarez de Freitas, que um tempo foi o posteiro e
namorava a prenda que era também gaiteira Sonja Dione Furtado. Posteriormente
casaram-se e constituíram família.
Os irmãos da
Dione, a Beatriz que foi primeira prenda e o Ademir também participavam da
invernada artística. Alguns anos depois, em 1965, o CTG mudou-se para a Rua
Gaspar Bartholomay no terreno do seu Furtado, que por sinal era pai da Dione e
irmãos. Já começavam a participar do CTG o Antonio Alves Fernandes, Pedro Lima,
Léo Corrêa, João Delfino da Silva e outros que, um ano após viriam a fundar um
novo CTG na cidade, o Estância Alegre. Neste mesmo ano veio se apresentar na
entidade o famoso cantor nativista José Mendes que fazia sucesso principalmente
com a música “Para Pedro”.
O CTG Rincão
da Alegria após, fixou sua sede, agora definitivamente à Rua Leonel do Prado,
quase na esquina com a Rua Pitta Pinheiro. Ali conhecemos o senhor Valter Rosa,
o compadre Amauri Belmonte de Souza e a esposa Adélia, que por sinal um dos
casais mais dançadores que conheci.
Tivemos a
honra de conhecer também o seu Alfredo dos Santos, Clóvis Mença, Valdir dos
Santos, Albino Dettemborg, que foram patrões da entidade. Faço um parêntese
para dizer que o Valdir dos Santos foi juntamente comigo e o patrão do CTG
Estância Alegre, Antonio Alves Fernandes, em 1973 os responsáveis pela
realização do 1º Rodeio Crioulo Estadual de Santa Cruz do Sul, realizado pelos
CTGs Tropeiros da Amizade, Rincão da Alegria e Estância Alegre.
O senhor
Anselmo Rodrigues Fernandes também participou deste CTG, juntamente com sua
esposa, a cantora chamada de castelhana, Maria Augusta de Lima Fernandes e
filhos, Zulaime, Tânia, Fátima e Joana que na época faziam parte da invernada
de danças e mais o garotinho Jesus que, por sinal, declamava por onde andava.
Todos eles eram oriundos do CTG Tropeiros da Amizade. O seu Anselmo estava
sempre em rodeios com sua famosa gaita de oito baixos, alegrando os ambientes
por onde passava e faturando alguns troféus hoje enfeitando a casa dos filhos.
Ainda lembro
na invernada de danças do Hamilton Souza que também foi patrão, o Paulo Roberto
Sandim, grande dançador de malambo, que é uma dança de origem uruguaia muito
difundida na época, o Kiko Preuss, o Edgar, Ozias, Ozi Pascoal, Valmor Silveira,
Adriano Muller, Elmídio Lopes Rodrigues e muito mais.
O resto da
história, os livros de atas devem conter inclusive o infausto acontecimento da
morte do Patrão Domingos Maieswky, o Polaco, que foi morto pelo seu capataz Afonso
Forster júnior, o Fostinha, numa desavença particular de grande repercussão na
cidade.
Naquela
época todos andavam armados, de revolveres e facas, inclusive nos bailes e
fandangos. Somente na década de 1980 é que os CTGs começaram a se desarmar, a
pedido de um delegado de polícia. Até hoje, ainda tem alguns que teimam em usar
armas, principalmente facas, o que é terminantemente proibido pelo MTG.
Já na década
de 1990, Rubem Coitinho Brião ingressa no CTG, trazendo com ele muitos líderes
que até hoje fazem a história do tradicionalismo em nossa região, como por
exemplo, Armando Clóvis Gewehr.
ANTONIO PEREIRA DOS
SANTOS – Professor e radialista.
quinta-feira, 2 de março de 2017
GAÚCHO DA FRONTEIRA!
No
final da década de 1970, quando o Gaúcho da Fronteira começava a fazer sucesso
principalmente com a música Varifun, o CTG Tropeiros da Amizade o contratou
para um espetáculo no pavilhão central do Parque da Oktoberfest, seguido de um
baile gaúcho.
Tudo
preparado para o dito evento e aguardava-se, com ansiedade a chegada do
artista. Já passava das 22 horas e nada do Gaúcho chegar. Quase ninguém o
conhecia, a não ser pelos seus discos. Estava na portaria, o tradicionalista
Juarez de Freitas Lopes e de repente chegou um sujeito pilchado querendo entrar
sem pagar ingresso.
Foi barrado pelo Juarez dizendo que o mesmo
teria que pagar sua entrada para ver a apresentação tão esperada por todos e
quem conheceu o Juarez, sabia que ele era duro na queda. Foi então que o Gaúcho
da Fronteira se identificou, esclarecendo a situação e logo todos nós
confraternizávamos com o Xiru, que realmente era muito divertido.
Foi uma
apresentação de sucesso e um baile dos melhores, dando um bom lucro para o CTG.
Lembro que veio lhe acompanhando o Antoninho Duarte, exímio violonista, que por
muitos anos, fez dueto com o Albino Manique, na famosa Dupla Mirim.
No
outro dia, convidamos os dois para irem ao CTG, almoçarem conosco onde fizemos outra
grande festa, inclusive gravando o programa Grande Rodeio da Tradição com a
participação efetiva dos dois artistas.
Este programa nós apresentávamos
desde 1965, na sua segunda fase, tendo uma parceria, primeiro com Elemar Aloysio
Preuss e depois com Valdemar Mancilhas Rodrigues, transmitido pela Rádio Santa
Cruz, aos domingos pela manhã e foi ao ar até 1985.
Recordo
também que muitas amizades foram forjadas nesta festividade como do Gaúcho com
a professora Maria Nilza Paz que foi recepcionado em sua residência. O
antoninho Duarte ficou na casa do Geraldo Schmidt (Buenacho).
Naqueles
tempos, as coisas eram mais naturais e os artistas eram mais simples, não
exigindo, por exemplo, hotéis ou mordomias que poderiam encarecer suas
contratações.
Bons
tempos aqueles!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.
(Email, toninhosantospereira@hotmail.com;
Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).
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