quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

                                                                     REFLEXÃO NATALINA

                          A reflexão do Natal, nos trás pensamentos no paradoxo das inflexões impositivas da espiritualidade superior, onde cantos divinais sobrepõem às amarguras do dia a dia da vida atribulada.
              Finalmente nasce o Avatar mais impressionante que a humanidade já conheceu. Aquele que viria mudar o mundo e até o tempo, de antes e depois Dele.
               Contudo, na sombria noite da agonia, relutamos na inconcebível distância do Criador. Por que a humanidade parece tão desnorteada da visão cósmica a nós proclamada pelo Divino Mestre? Será que ainda não encontramos o caminho real?
            Nas fagulhas das minhas relembranças, me vejo a escutar minha saudosa mãe, no longínquo Ligeiro, lugarejo no interior de Barros Cassal, que dizia: “É o menino Jesus que está vindo de novo através de seu renascimento em nossas vidas”.
                Cristo inspira amor. Amor fraternal entre pessoas e nações. Com certeza, Ele fica triste quando vê aqueles que deveriam amá-lo, ainda na prática “do olho por olho e dente por dente”.
Religiões que pregam cizânia entre pessoas, com certeza, não é religião. Indivíduos possessivos com orgulho assoberbado que impõem suas ideias, em detrimento à concepção de outrem, contribuem para a derrocada do ente indivisível, que traz no seu frontispício a marca da Suprema Glória.
 Então nesse Natal, vamos parar! Chega de correr. Porque tanto Noel, tanta ansiedade em TER, se a principal finalidade é SER!
Quem aniversaria afinal! É o grande Mestre da humanidade que nunca pregou desamor, truculência, violência, guerras. Ele só quer a Paz!
Será que Ele renasceu como morreu? Pregado numa cruz? Claro que não. Ele agora sorri, Ele agora nos abraça, Ele agora nos diz: Vinde a mim todos os que sofrem, porque Eu sou o consolo, “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
Vamos finalmente encontrá-lo. Mas como?
Fazendo a paz acontecer.
Ele agora sorri de novo. O Planeta Terra ressurge revigorado, pois que seus moradores, agora sim, entenderam sua mensagem de harmonia universal.
Pensemos nisso!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, @toninhopds; blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

                                                                      FULGORES!

Sonho, no parceirar de melodias que a vida é um sentimento, às vezes dúbio de colóquios e segredos, sussurrados ao ouvido.
Sentimento sim, no caminho incerto das encruzilhadas das escolhas. O que a vida reserva afinal?
Serão minhas referências que irão decidir o rumo!
Sentimento de tristeza me assola então, por não entender do maniqueísmo das ilusões temporárias, que parecem permanentes.
E agora! Que ironia, ainda resta a saudade. Mas notem, não sei bem do que!
No sonho aparecia a soledade, mas eu estava feliz. Corria pelos prados verdejantes no grande mundo, que era só meu. Que felicidade inocente!
Acordo, entretanto e volta o gosto amargo da atualidade inconsistente, do universo que o homem construiu, a sua maneira, na correria desenfreada de algo que nem mesmo ele sabe.
As nuvens pretas anunciam temporal. Será a limpeza dos sentimentos embotados para que, volte o matiz da vida como ela realmente é?
Inexorável, eterna, segue a história e nossos ancestrais que viveram o seu tempo, almejam, com certeza, que seus pósteros, aprendam com seus exemplos. Mais um sonho, será?
Não, é a realidade. Vou seguir tocando o rodeio da vida, na sesmaria do horizonte largo com um sorriso nos lábios umedecidos pelo frescor do aroma da brisa morna que faz triunfar fulgores luminescentes das arvores, nas madrugadas temporanas da pampa nobre!
Se isso é felicidade, então estou feliz!


Antonio Pereira Dos Santos – Professor e tradicionalista.

 Blog www.allmagaucha.blogspot.com / twitter; @toninhopds

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

                                                                 TRISTEZAS!

                As agruras, não são mais do que expiações do carma individual a que cada um de nós está à mercê.
                Juntando as incontinências da vida, parece que claudico em busca de um porto seguro, diante de tantas aflições, que deixa o coração acabrunhado.
                Conseguirei sozinho domar a inconsequente leva de decepções e atropelos que me deixam melancólico, por sentir o desabono de atitudes, de escárnio e desprezo no ajojo de descabidas proporções?
                No retouvo das ausências, longe das casas, na invernada grande que abriga os mausoléus das mágoas pendentes, necessário de faz, laçar, não obstante o gado xucro, as incertezas da alma perdida, na tenebrosa escuridão que nos embretamos.
                Senhor de minhas ações, tapeio meu chapéu na testa e sigo em frente, na pauta de ações que não me afasta da verga, destarte o vento maleva que trás furacões, mas também, limpa pensamentos na maquiavélica ordem inversa de valores, quando na carreirada, onda voraz e turbulenta, parece varrer todo resquício ético moral da alma humana.
                Retouçando ao galope, a felicidade finalmente me encontra na alegria de momentos vividos, que se tornaram eternos pela beleza neles contidos.
Ah! Então isto é a felicidade?
                Tristeza, então vá embora. Sorvo, mais uma vez um mate, agora com a alma lavada, na inspiração que brota, quando do relincho do potro criado guaxo, renascendo para a vida que prossegue infinita.
                O bojo infecto transformou-se em lírio, belo, alvo e as amarguras se dissiparam levadas agora pelo abençoado minuano, dono dessas plagas.
Finalmente, me encontrei comigo mesmo!

   ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista. (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com; twitter, @toninhopds).

                

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

                                                               SER INTEGRAL


                No incomensurável cosmos, buscamos incomparáveis efeitos da nossa insensibilidade intuitiva, quando indefinidamente queremos o ser integral, perfeito e percebemos da grande dificuldade encontrada.
Por quê? Porque parecemos perdidos, num mar tenebroso de dúvidas, que nos consome.
Aí, na centralidade de nossos pensamentos, achamos que somos os únicos, que somos interpenetráveis que ninguém nos percebe.
Então, podemos tudo fazer, sem prestar contas, a quem quer que seja no determinismo que auto projetamos.
No entanto, há algo muito maior, que nos aguarda na infinitude do pensamento humano, advindo do Criador de tudo, que emana sabedoria na pequenez do nosso conhecimento atual.
Busquemos, pois, a integralidade do homem, no cosmos que nos coloca nos patamares superiores da divindade, que rege todos os mundos.
A violência, que ainda grassa, será um dia banida da humanidade e seremos povos felizes, na fraternidade que unirá todas as raças e povos.
O ser integral, contudo terá que ser buscado dia a dia na continuidade dos tempos, desde épocas remotas até todo o sempre.
Pensemos nisso!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

(blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com; email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, @toninhopds)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

SENILITUDE!

                A senilitude é implacável.  
Dias desse, via um casal de idosos, ele de bengala mal podia caminhar, sendo escorado por sua esposa, mais jovial e forte que ele.
            Pensei na tristeza de vê-los assim! Eu os conheci há alguns anos. Pessoas da alta sociedade desta terra, que tiveram cargos importantes e muitas pessoas dependiam delas.
            Matutei ainda: que sentimento carregam agora!
Pelas suas fisionomias, pareciam melancólicos. Será que seus filhos, agora crescidos e com vida própria os abandonaram? E aquelas pessoas que outrora dependiam deles, onde estariam?
A velhice é tão triste assim? Será, que até o seu hoje está perdido, a vida não tem mais alegrias? Onde estão os amigos que cantavam canções, na afinação de suas vozes no regozijo das luzes da ribalta, que faziam daquele momento, eterno!
Hoje, eles parecem abandonados! Os amigos mais antigos já se foram.
Acordem! Moços e velhos vejam a beleza que é guardada no âmago de cada coração, na imperturbável amorosidade, que deixou amalgamada na quintessência do ser, as boas obras, amarras indestrutíveis que perduram para todo o sempre.
            As marcas se foram, pergunto? Não, respondo! Mas onde estão?
Fincadas no esteio edificado do ser gigante que impera além dos horizontes do hoje, para um amanha infindo.
            Por isso, suspiro e concito, venham despertar a criança que dormita, vejam as estrelas e a lua brilharem, no vai e vem de dias e noites, num ciclo energizante, que dá vida ao orbe em que estamos inseridos.
            Para todos os efeitos, a vida segue. Senão, nada valeria a pena!
            Pensemos nisso.

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.
(email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, @toninhopds; blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com)


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

                                            Hoje estou triste!   

                                           

Ao ver tanta iniquidade na ronda agreste da nossa existência. Sinto o coração aos galopes na maquinaria das paixões, agressões mútuas que dilaceram, matam no regurgitar de olores insalubres que infestam o ar, indo com suas setas envenenadas à inocência dos crédulos, indefesos das perversidades inerentes a seres inteligentes, mas com uma couraça na perfídia de seus sentimentos.
Incalculáveis são os bridões do convencimento da alma perdida, na podridão do mundo fétido que criou para si. Marcas indeléveis, cevando lustros, centenas e até milhares de anos a desfiar a incompreensão.
Por isso, o coração chora, como o passarinho na gaiola, como pessoa na prisão. Há que se ter um termo nessa dor, nessa tristeza, mas como?
Vejo tudo às avessas. Está tudo inundado de um mar revolto parecendo um tsunami!
Opa! Depois da onda gigante vejo gente recolhendo os escolhos do que restou! Será que dá para acreditar ainda na humanidade?
É claro que sim! Começo a sorrir. Os homens precisavam de um susto para buscar sua essência.
Ei-los, vibrantes, solidários, no rescaldo de vidas, na busca do sopro divino que une criaturas de todos os matizes em prol do bem comum.
Por isso, vá embora tristeza, não assola mais o meu coração!
O cerne da humanidade é bom! O Planeta azul, a Terra está salva, graças ao homem que se auto descobriu.
Pensemos nisso!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, @toninhopds, blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com)

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

                                                                     ESSÊNCIA!

                Na inquebrantável essência do ser, nas muralhas obstaculizadas como intransponíveis, em relances que torpedeiam nossos pensamentos com energias destrutivas, que vagueiam em mares de solidão e angustia.
                Pensamos então, que não há mais solução e que chegamos ao fim da jornada, restando-nos, arrastarmo-nos como répteis, nas contradições do emaranhado labirinto da rejeição própria, da não aceitação do próprio “eu”.
                São os tempos de hoje, dizem! Mas não. São dificuldades inerentes à humanidade ainda em evolução, procurando novos caminhos, novas metas, na indubitável leveza do espírito.
                Tudo isso, nos leva a sair do lamaçal enodooso que nos inserimos pela imprevidência e descrença na força interior que às vezes jaz latente, esperando o momento certo do despertar.
                Daí, para o primeiro grito de libertação é um passo. A alma vívida acorda para a grande realidade da vida em sua plenitude.
Agora como um ser gigante, mostra-se no cimo de sua glória incontestável, na legião das mentes iluminadas pela força motriz do sublime Senhor, comandante-em-chefe do exército, que combate “o bom combate”.
Somos ainda assim dúbios, duvidosos das energias que se nos acercam, mas lembremos das palavras do Mestre: “quem me segue sabe, que meu fardo é leve e meu jugo, suave”.
Voltemos pois, na esperança do grande reencontro, do bafejo inebriante e cálido da natureza tributária do amor incondicional, que enleva corações e mentes no inolvidável concerto universal!
Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS –Professor e tradicionalista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; Twitter, @toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

                                                        REMINISCÊNCIAS!


                Nas minhas reminiscências de índio vago, repontando nas coxilhas do Rio Grande uma ponta de gado xucro, recostado num capão de mato, paro de sofrenaço, ao dedilhar as primas do meu violão.
Sinto o impacto da modernidade a sobressaltar-me nos recônditos do âmago aflito, por não sentir a maturidade de tempos imemoriais, onde o respeito sobressaía e a sociedade, baseada em valores que pareciam perenes, era alicerçada na chamada célula mater, ou seja, a família.
                Indestrutível, indevassável, a família plantava a nação em destinos retos, assim como o homem que se mantinha com inteireza de caráter.
                 Em busca dos rodeios da vida, onde o gado alçado era reunido num só aprisco, todo aquele desgarrado era buscado no galope do pingo e na redondilha do laço, como se esperasse a volta do filho pródigo à invernada posteira, o patrão aguardava na cancha reta, com um mate bem cevado e um abraço de quatro costados.
                Nesta dualidade do vai e vem do bem e do mal, no volteio da existência em muitas canhadas, volvemos nossos passos e muitas rodadas acontecerão. Contudo sairemos de coluna ereta e cabeça erguida, porque a vida segue com obstáculos a serem ultrapassados, como nas grandes tropeadas, que percorremos ao longo da existência temporal, que marca a ferro e fogo, o cerne do nosso espírito.
                Tudo isso, no aprendizado constante e ininterrupto na vertiginosa intempérie das viagens conscienciais.
                O segredo é finalmente manter-se no prumo, na inconteste firmeza do pensamento imortal, na magia da natureza inigualável, para não sucumbirmos nos precipícios das nossas desvairadas paixões!
                Reflitamos, pois!

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, @toninhopds; blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

                                                                   REFLEXÃO!


                Refletindo sobre os últimos acontecimentos na esfera global, fico a perguntar-me: qual a diferença das pessoas nascidas na Síria, das nascidas no Brasil, na Hungria, Grécia, Alemanha, Espanha, etc...
                Pobre humanidade, que deixa suas crianças morrerem afogadas. Pobre humanidade, que deixa outros seres humanos apodrecerem asfixiados, em caminhões locupletados de pessoas iguais a nós.
                O que eles pedem? Um lugar para morar onde não haja guerras fratricidas, onde haja paz, para poderem criar os seus filhos com dignidade.
                 Que direitos temos de fechar nossas fronteiras, impedindo refugiados que hoje somam a quase meio milhão de pessoas, que pedem socorro, vindo de países conflagrados pela temível guerra civil, que dizima povos, em nome de homens frios e cruéis!
                Abrigá-los é, portanto nossa obrigação. Distribuir um pouco do nosso supérfluo àqueles que nada têm, é o mínimo que podemos fazer.  Ah, senhores da guerra! Ah, senhores do poder!
                Abram suas consciências, os seus filhos são iguais àquele menino que foi encontrado morto na praia na costa da Turquia, cuja imagem correu o mundo como símbolo de uma luta que deveria ser de todos nós. Ele também é nosso filho que ali jaz inerte, sem vida, em pleno inicio duma nova existência!
                Este símbolo de liberdade protagonizado por essa criança, tomara que tenha alertado os povos deste Planeta, já tão judiado pela incúria e cupidez do homem. Tomem tenência senhores.
A economia não pode ser a mãe madrasta da sociabilidade de sentimentos, do amor que deve unir criaturas. Que o vil metal, não seja o apanágio das relações entre pessoas do bem!
                Reflitamos, pois. Somos uma só humanidade, aqui ou acolá. Uma só raça, um só povo. Unamos nossos sentimentos para nossos irmãos em sofrimento.
                Neste momento reflexivo, meu coração freme de angústia, mas ainda acredito no ser humano. Ainda vejo uma luz no fim do túnel. Que possamos emitir fluidos de energia salvadora e de ânimo a esse povo sofredor. Eles também são nós!

                Finalmente, que possamos volver nossas cabeças ao Arquiteto do Universo e peçamos genuflexos: paz para toda a humanidade!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

                                                       SOMOS CONSCIÊNCIA?

                Acima de tudo, somos consciência. Esta afirmação está embasada na constatação que faço de que tudo de concatena no cosmos incomensurável do conhecimento.
                Mas onde está, esta consciência?  Não obstante ainda vivermos a vida temporal, encontra-se, imantada no espírito, que através dos tempos, imerge no aparecimento daquilo que parece desconhecido, mas que, no entanto está apenas esquecido, na Onisciência Eterna que planeja constantemente, o evolucionismo dos seres de sua criação.
                Nesse universo de ideias que pululam por milhões de galáxias, encontra-se também, o homem, aparentemente pequeno no seu tamanho, limitado pela carcaça arcaica que impede seus movimentos tolhendo voos maiores, mas sua mente liberta alcança limites que parecem intangíveis!
                Por quê? Porque ele já esteve nestes horizontes, ele já o conheceu, ele é um sobrevivente dessas lonjuras.
                A mente, portanto, é imortal. Por isso, toda a sabedoria acumulada, vai se somando, formando o conjunto de emanações, que dimanam fluidos em evoluções imprevisíveis, de acordo com seu livre-arbítrio, na formação de novos mundos, como co-criadores, no imenso turbilhão, do caos, ao mundo perfeito.
                Vejo agora a importância do ser humano no concerto das almas, na beleza indescritível, que a nossa vã filosofia, ainda não pode descrever, no empuxo da aura purificada, em busca da felicidade que está reservada a cada um!
                Somos consciência sim! Reflitamos, pois.


ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista. ( Email; toninhosantospereira@hotmail.com, Twitter; @toninhopds, blog WWW.allmagaucha.blogspot.com)

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

                                                       PELA ESTRADA DO SOL!

                Pela estrada do sol, pelas ondas do mar, os caminhos me levam a algum lugar, onde encontrarei nos teus olhos, o amor que se perdeu num esconderijo do passado.
                O amor que devia reger a humanidade, não poderia perder-se na estrada do sol, nem nas ondas do mar, como diz a canção da cantora Perla.
                Quando o carreiro se nos apresenta obstaculizados por urzes, solapando esperanças de um porvir límpido, deixando vidas ocas nas trevas da ignorância, vibrando nas faixas estreitas de visões apocalípticas do Planeta Terra e ainda arrasados pela cupidez de homens de alta ciência, mas de pouca essência, vivendo e vendo o seu próprio “eu” de amargurosas desilusões, num arcabouço indefinível de introspecção suspeitosa, parece que tudo está perdido, num mar de abismos insofismáveis.
                Parte da humanidade assim se acha, não suspeitando da responsabilidade de cada personalidade, no concerto universal que nos abrange, como elos indestrutíveis no incomensurável cosmos em que inseridos estamos.
                Não obstante tudo isso, caminhamos inexoravelmente rumo ao planalto de verdura sem par, de planícies e arrebóis iluminados pelo sol interior que nos faz seres imortais, na seara do inimaginável Criador.  
Então... a ventura nos aguarda nas cantilenas da paz e nas delicias do Ágape, no grande aprisco, onde rouxinóis cantam o grande banquete das almas, finalmente reunidas.
                Viva, é o novo mundo que chegou, “nas estradas do sol e nas ondas do mar”!
Vamos até ele?
      ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, @toninhopds; blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

                                                          MOMENTOS!

                A vida é apenas um momento? Será que aquilo que eu tenho é realmente meu? Inescrutáveis são os caminhos da existência. Como caminhar então por estradas tão tortuosas, desconhecidas ou por veredas de belos jardins!
                O que faço nesse interregno até atingir o destino traçado? As escolhas são minhas.
Os atalhos floridos podem ser perigosos, com armadilhas subrreptícias disfarçadas de risos que podem transformar-se em gargalhadas sarcásticas, bombardeando nossas mentalidades de desajustes inglórios, quando incautos enveredamos pelas facilidades estonteantes das bondades hipócritas, desenhadas em nossa retina, parecendo firmar-se como matiz de indolores regaços, mas que, no entanto, nos levam a devaneios sombrios.
                Aí então, esta carreira de cancha reta, está definitivamente perdida.
                Por isso, estaco e volto na antiga e conhecida trilha cheia de espinhos e obstáculos, parecendo intransponível, contudo ao vencê-la, sinto o sabor da vitória conquistada passo a passo no longevo da esperança e na galhardia dos atos, formando um cabedal de caráter inequívoco, nos convencimentos da alma enobrecida.
                Inferindo, a vida não é fugaz, são sim momentos que ficam na memória imortal do vivente deste orbe. Não obstante, a marca é só tua.
E a saudade? Levo comigo, como o amor que fica, no termo inconsolável dos prantos que correm como águas rápidas, no salseiro das amarguras chorosas, no ínfimo refolho de nossa interioridade.
                Canto a milonga saudade, na marca indefectível dos momentos vividos, na felicidade luminosa dos campos Elíseos, como viajor dos espaços incomensuráveis da Criação Divinal.

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

(Email, toninhosantospereira@hotmail.com; twitter, @toninhopds, blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com)

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

                                                            OS TEMPOS...   
                
                Diz o velho ditado: “Cada povo tem o governo que merece”, refletindo sobre isto reverberamos soluções sintomáticas e recorrentes quanto à história da evolução da humanidade em todas as épocas.
                Na idade média, os senhores feudais mantinham os seus vassalos no rigor de seus mandos e desmandos. Para um povo ignorante, aquilo era a normalidade e seus senhores tinham o poder da vida e da morte sobre eles.
                A política segundo Platão e Aristóteles, está necessariamente em relação com a ética e o progresso íntimo de cada ser humano e não diz respeito apenas a cargos governamentais, pois envolve, em cada cidade, todo o povo, escravos ou homens livres, mantendo-nos juntos.
                A política rege, portanto as relações sociais. A ética por sua vez, tem na educação moral sua origem e as condições necessárias ao seu desenvolvimento. Daí a importância de se abordar ética e moral na educação, pois assim formariam cidadãos conscientes de suas responsabilidades sociais e políticas, que possuam um compromisso ético com a comunidade.
                Vários pensadores e educadores discorrem acerca desse tema, a política do Cristo está escrita no Sermão da Montanha. É a política da não violência, da paz íntima, da serenidade da alma, da elevação da consciência, da mansuetude. Eis a base de um governo sábio e justo.
                Inferindo, o governo e as leis por ele sancionadas, apenas refletem a soma das consciências dos sentimentos do povo e da nação.
                Portanto, só o homem voltado para sua própria interioridade na melhora de seus costumes, inflete a energia cinética, capaz de mudar toda uma conjuntura, estabelecidos em cima de usos arcaicos e ultrapassados, que desrespeitam valores naturais e intrínsecos do ser humano, latentes ainda, mas que precisam ser acordados, para que possamos viver uma nova realidade, embasada na candura dos sentimentos elevados ao cimo da mais alta montanha, erigida em nossos corações.

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

                                                                          GURI!

                 No manancial das aguadas, revivo meus tempos de guri onde tudo parecia grande, imenso. Nos meus olhos de menino, aquilo era o meu mundo! Nos banhos de sanga, rios e riachos, límpidos como os olhos de Mãe Maria, sonhava utopias hoje inalcançáveis, mas que me faziam feliz.
                Ah! Como eram alegres aqueles tempos que duravam, parecia uma eternidade. Volvo meus olhos aturdidos hoje e me vejo num marejar de ondas que me levam pra lá e pra cá, assim como o vento faz voar as folhas das árvores, na primavera inolvidável dos dias que passam céleres.
                Que sou hoje? Fico a matutar. Onde estão os sonhos daquele piá! Perderam-se no horizonte túrgido, nos emaranhados das vidas secas! Onde estão aqueles valores que pareciam perenes, imorredouros na inocência que ficou perdida no tempo e no espaço!
                Ó tempo! Como tu passas rápido! Mas assim é a vida. Há que ficar sim, a fascinação de inebriante alvorecer não de obsoletos ocasos, não! Mas de uma nova jornada épica para que possamos mostrar aos nossos descendentes que não se deixem esmorecer na luta do bom combate, nas escabrosidades do carreiro nem na inescrupulosidade dos homens sem consciência e sem memória.
                Que eu possa sentir de novo o vento na melena, que eu possa voltar a correr pelos campos em flor, sentindo a flexilha, no encanto da verdura das matas nativas, sentir a presença divina, nas árvores que rebrotam saudando uma nova vida, porque tudo renasce assim como a esperança, haverei também de reverberar quando as utopias do bem, virarem realidade!
                Sim! As utopias tão almejadas estão aí ao nosso alcance! Saúdo-as.
Bah! Voltei a ser guri de novo. Minha alma renasceu das cinzas, assim como a Fênix lendária.
                Tudo é cíclico. Vejo pai, mãe, manos, as matas cheias de frutas silvestres, a pipa d’água, as histórias a beira do fogo. Sou feliz de novo!

                  ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.

         Blog WWW.allmagaucha.blogspot.com; Twitter, @toninhopds. 

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

                                                                   AINDA DIVAGANDO!

                                    Amigo, faça um costado para este parceiro de lida. Não me deixes matear solito guardando este sentimento que rumina minha alma, num desespero sem fim.
                  A solidão não pode ganhar vida na alma do vivente, que não nasceu para ser cabresteado no sovéu das inverdades, que deixam nublados os olhos do futuro indigente.
                                  Gaúcho, o homem do cantar triste, no dizer do poeta cachoeirense Aurélio Porto, é uma marca desta terra, que hoje parece sem dono, desmentindo o mítico Sepé Tiarajú, que firmou garrão nestas plagas, vendendo com a própria vida sua ânsia de liberdade, de querência e pátria.
                                  Nosso respeito aos hermanos da pátria amada, mas precisamos da honra de nossos avoengos lendários, verdadeiros centauros, na mistura homem-cavalo, desbravando planícies, canhadas e capões de mato.
                  À ferro e fogo, guardamos nossas fronteiras pela unicidade de convicções, amalgamadas nas muitas lutas sangrentas, que enlutaram almas e corações.
                 Que a voz de Sepé ainda retumbe, fazendo eco em nossas almas vazias e sem emoções. Que possamos, agora sim, através dos mates conversados, entendermo-nos como seres humanos, sem precisar buscar os atavismos continentinos, as heranças barbarescas que enodoaram este chão, onde o verde é mais verde, e o céu é mais azul!
                                 Que a anterioridade de nossas paixões, nos instintos latentes da ancestralidade atávica sejam banidos, e que os sentimentos, finalmente desabrochem num novo porvir, agora numa grande roda, no verdadeiro mosaico de nossa formação primeva e o sentimento quintessenciado, atinja a meta almejada, os píncaros do amor!
                O amor, que unirá homens numa só invernada, com um só comando, com blandície e nossa gente triunfante poderá gritar: “Esta terra tem dono”.

ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS-Professor e tradicionalista. Blog WWW.allmagaucha.blogspot.com; @toninhop

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

                                           VELHO SOLDADO DE GUERRA!

                                  O tempo é inexorável, não volta mais.
               Observando um antigo colega de caserna enquanto passeava pelas calçadas de minha cidade, via seus passos cansados, quase trôpegos e lembrava quando jovem, do seu entusiasmo, sua jovialidade, seu caminhar firme, marcados pela cadência da garbosa banda, em desfiles cívicos.
               Indago, quais são seus pensamentos agora! Relembra certamente seus parceiros, superiores e subordinados, parecendo invencíveis, na sua firmeza de caráter, na sua meta final.
   Enfim, lembrava bem: “sem objetivos bem definidos a missão não será cumprida.” Brasil acima de tudo!
                           O tempo passa inexorável, rápido, sem piedade, parece que foi ontem!
    Afinal, tudo se perdeu? Onde estão seus amigos, os mais novos do seu quartel, não o reconhecem mais! Ele que foi um baluarte nas convicções de “missão cumprida” na formação da cidadania! Seus feitos, relegados a museus!
                Ele que daria sua vida pela nação, seus pósteros, não sabem quem ele foi, nem quem ele é. É preciso uma placa de identificação e muitas vezes um recruta para acompanhar o velho soldado. Sente-se constrangido. Ele que ajudou a construir os pilares daquela instituição.
                O tempo passa inexorável, amanhã será um de nós! Mas o tempo também cura feridas. Esta também será pensada e cicatrizada.
                            Por isso, parceiro de passos vacilantes continuas tua caminhada, sem tropeços. Cumpristes com tua missão na jornada da vida, teu pensamento é imortal. Tua alma não envelhece.
                            O tempo passa inexorável, continuas tua passagem terrena, firmas tuas pernas, há luz no horizonte, não desistas da vida. Ainda há muito que fazer. Usas tua Inteligência, tua mente experiente no caminho excelso da virtude, inerente ao espírito humano no seu cerne indestrutível. Teu valor é impagável. Não és substituível!
                 Levantas a cabeça, sorrias agora. O tempo não passa mais.... És um novo homem com o coração cheio de esperança no exemplo imaculado, como viajor do tempo, no espaço infinito e perene da imortalidade da alma!


Antonio Pereira dos Santos – Professor e tradicionalista.

Blog. WWW.allmagaucha.blogspot.com; twitter, @toninhopds

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

                                                             DIVAGANDO!

            Em tempos antanho, o Rio Grande vivia acampado, era nômade e o meu mundo era um galpão de estância. Para mim, enorme, como se o planeta todo ali estivesse, onde havia uma ordem natural das coisas.
            Ao primeiro grito, a primeira clarinada, estava de armas na mão em defesa de ideais. Não fazia véspera, era algo natural, defender aquilo que acreditava. Por isso a doação era inteira à causa abraçada.
            E hoje o que temos? Interesses próprios acima da coletividade, algo obscuro sobrepõe a limpidez do que deveria ser o apanágio da coisa pública e o cidadão de bem fica a mercê, sem saber o que fazer.
             A internacionalização de usos e costumes que vem midiaticamente tomou nossa querência, como ave de rapina, tornando-a tão somente mais uma entre tantas, que criticávamos em tempos outros, quer dizer, nos nivelamos por baixo.
Não somos mais a sentinela avançada na preservação de valores perenes, que foram conquistados com muita luta por nossos avoengos.
Onde estão àqueles homens que honravam sua palavra, que tinham respeito entre si, que honorificam sua família! Que homens são esses, que não tiram o chapéu para mais nada, como diz o poeta Carlos Moacir Pinto Rodrigues.  
Que homens são esses, que acham que liberdade é libertinagem, que acham que são donos dos outros, que roubam que mutilam que matam, em nome do nada, do nada não, digo mais, em proveito próprio!
Que homens são esses, que tiram a liberdade até de consciências, onde o brio de um Bento, de um Netto, cavaleiros e cavalheiros, na fidalguez de seus atos, verdadeiros centauros da pampa imortal, guardiães da honra e da alma gaúcha, precisam voltar, como fantasmas de uma era!
Por isso, clamo, que a velha alma farrapa, invencível nos seus preceitos idealísticos, esteja de novo conosco, agora elevando a chama votiva, que nunca se apagou de nossos corações.
Volta Bento, volta Netto, com suas almas iluminadas, trazendo a razão aos nossos governantes desajuizados pela incúria e pela avidez.
Saludo os heróis que por ora voltam, mostrando o caminho da virtude tão bem cantada em nosso hino:
“Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda a Terra”.

Antonio Pereira Dos Santos – Professor e tradicionalista.
 Blog www.allmagaucha.blogspot.com / twitter; @toninhopds


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

VIDA EM FAMÍLIA E A SOCIEDADE








                                                                    DEVANEIOS II

                Quando a chuva cai, a solidão parece que aperta os corações deprimidos, que choram suas amarguras numa esperança do amanhã, com tempo aberto e sol radiante.
                Um novo dia com mais luz e fé, despertando nas almas sufocadas pela dor da tristeza, um porvir mais alvissareiro.
                 Desperta parceiro, segue teu rumo. Há muitos dramas em todas as paragens. No sofisma da tua existência, na dualidade do bem e do mal, existe no horizonte próximo, um norte no novo azimute traçado. O que hoje parece um caos é passageiro. O tempo, tudo cura.
                Na vida temporal, nada levamos. Quando a melancolia invadir teu coração, procure refúgio no teu próprio “EU”, ser completo que és!
No canto solitário do uirapuru, sentimos sua angustia, mas ao mesmo tempo, o seu chamamento à vida, as claridades da natureza sábia e onipotente, que nos faz ver, que somos eternos e criados para a felicidade perene, que nos aguarda logo ali adiante.
                No entanto, divago agora sem rumo! Será que estou certo? Às vezes a dúvida bate. Mas só por instantes. Acho até que é normal esta dubiedade, esta dicotomia. Afinal existe o mal? Não. Com certeza, não. O mal nada mais é do que a falta do bem, assim como as trevas, é a falta da luz, o frio a ausência do calor.
                Contudo, a pressão é ferrenha, e o debate interior continua ainda dentro de mim. Entretanto, além do horizonte, vislumbro raios vivíssimos do astro - rei dardejante quase a me cegar... claro estava escuro dentro de mim!
                Acordo finalmente desse torpor, por que ouço o mavioso dedilhar de uma milonga, que enleva nossa alma aos píncaros da glória imaculada, na perfeição dos acordes da inebriante canção! Ah... Como DEUS é maravilhoso!
Assumo agora, a nova responsabilidade, do novo mundo vislumbrado, e levo à posteridade a boa nova de que nem tudo está perdido... Há uma luz que nos aguarda, um novo caminho a percorrer, uma solução às nossas agruras.

                Sozinho, sorrio agora. Descobri que a felicidade mora dentro de mim!

quinta-feira, 30 de julho de 2015

                                                                 DEVANEIOS!

            A soledade de quando em vez bate à nossa porta, derrubando nossas defesas interiores em devaneios insalubres, descobrindo em sua ânsia avassaladora, que somos uma trindade, como pátria, querência, nação, e ao mesmo tempo uno, nesta união que nos faz seres importantes, neste universo incomensurável.
            Aí cresce nosso respeito aos poetas que versejam e cantam o sentimento que nos vai à alma!
            Cismando, perguntamos: Para onde vamos? Que planos temos? Ou deixamos nos levar naquilo que acreditamos “destino”!
Mastigando, mágoas e dissabores na caminhada de muitos amores, perdidos pelos descaminhos da vista já nublada pelo tempo inexorável, sentimo-nos como uma nau, sem norte e sem timoneiro.
            No entanto, passado os primeiros acordes de primevas lembranças, de um longínquo e tenebroso inverno, de existências escabrosas, finalmente acordamos, nos enlevos milongueados do coração, que agora bate compassadamente, no ritmo binário de nossos passos, que nos levam ao entendimento, de que somos guardiões, desse tempo e do templo, que nos abriga!
            Por isso, no nosso horizonte, agora já visualizamos luz, que nos atinge como um raio de faíscas resplandecentes, fazendo-nos vagalumes, a alumiar caminhos de viajores perdidos, nos descampados mentais a que cada um se colocou, nas sombras das tresloucadas veredas que se embretaram!
            Assim como os pássaros que cantam, mil canções no seu trinar alegre, a vida é como ela é!
Vendo-os gorjear felizes pelos céus infinitos, libertos, volta então à esperança de uma terra decantada e viva, no sonho talvez utópico dos “três em um”, de um só povo, de uma só querência, de uma só nação, de mosaicos diferentes sim, mas com “almas iguais”.
            Chegando ao individual, puxo a brasa, num cerne de angico branco e camboneio a água para mais um mate solito, na consciência que sou um “ato divino”.
            No cosmos indefinível, como semente plantada, assim como a pequena bolota que desabrocha no carvalho gigantesco, numa demonstração que, na natureza tudo se concatena na perfeição a que somos destinados.
            Por isso, sorrio agora, não mais na solidão das minhas relembranças e sim nos entreveros das guitarras e mates conversados, estreitando relações, forjando nos corações, a universalidade da paz, buscada na alma de cada vivente!

            Bueno! Agora, governo meu próprio destino!
 labirintite é uma doença causada pela inflamação do labirinto, estrutura do ouvido responsável por manter nosso equilíbrio natural. Essa estrutura é formada por duas partes: a cóclea, que participa da audição, e o vestíbulo, que contribui para o equilíbrio.
Quando o labirinto é atingido por algum processo inflamatório ou infeccioso, essas duas funções são prejudicadas. Alterações genéticas e danos neurológicos também podem comprometer o funcionamento adequado do labirinto. Assim, a labirintite interfere não só no equilíbrio, mas também na capacidade de audição.
As alterações no funcionamento do labirinto levam ao aparecimento de alguns sintomas que podem estar ligados ao equilíbrio, como vertigem, tontura, náusea e dificuldade para se manter em pé. Há também os sinais relacionados à audição como zumbidos no ouvido, redução na audição e consequente dificuldade para escutar.
A pessoa que sofre com a labirintite pode sentir, durante as crises, sensação de perda do espaço ou que as coisas estão girando. Também é comum que ocorram tombos, o que exige muito cuidado depois que a doença é diagnosticada. Os sintomas simplesmente auditivos devem ser bem avaliados pois podem ser causados por outros problemas.
O tratamento médico é a melhor forma de contornar as crises de labirintite. A receita abaixo apenas ajuda a aliviar os sintomas durante as crises devido ao efeito benéfico dos ingredientes.
Chá Para Labirintite
Chá Para Labirintite

Você Vai Precisar De

  • 1 colher (chá) de erva doce
  • 1 colher (chá) de alecrim
  • 3 cravos da índia sem a cabeça
  • 1 xícara (chá) de água fervente

Modo de Preparo

Primeiro retire as cabeças dos cravos, deixando apenas os cabinhos. Depois junte com os demais ingredientes, envolva com um paninho limpo ou uma gaze e faça uma espécie de sachê com as ervas, amarrando com um barbante fino. Coloque o seu sachê de ervas em uma xícara com a água fervente, tampe com um pires de deixe descansar por cerca de 10 minutos. Em seguida retire o saquinho da água e tome o chá morno sem adoçar.

Posologia

Para ajudar no sintomas da labirintite, o chá deve ser tomado diariamente, de 2 a 3 vezes por dia. Se quiser, você pode preparar alguns sachês e deixá-los guardados em um pote seco em local fresco.

Cuidados

O chá não deve ser consumido em exagero pois pode causar efeitos colaterais. O cravo da índia é estimulante e deve ser evitado durante a noite para não causar agitação.

Dicas:

  • Evite ficar mais que 3 horas sem comer;
  • Beba bastante água durante o dia;
  • Prefira não consumir alimentos industrializados, como muitos conservantes e corantes;
  • Faça exercícios físicos leves.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

                              ELEVAÇÃO DO NOSSO ESTADO À CAPITANIA GERAL! 

                O governador Veiga Cabral, falecera em 1801 sendo investido no governo o brigadeiro Francisco João Roscio, por ser a mais alta patente militar, no território do Rio Grande. Roscio conservou-se no governo até 1803.
                Foi então substituído pelo chefe de esquadra, Paulo José da Silva Gama, cuja posse teve lugar em 30 de janeiro daquele ano.
                Foi um governo notável o de Paulo Gama, que contribuiu em alto grau para a posteridade e engrandecimento deste garrão brasileiro. Entre suas realizações podemos destacar: deu execução à Carta Régia de 14 de julho de 1802, que estabelecia uma Junta de Fazenda, equilibrando as receitas com as despesas com o uso do fisco, já que o contrabando estragava o comércio rio-grandense. 
Foi o primeiro a preocupar-se com a educação do povo, criando aulas para o ensino da leitura, da escrita e do cálculo elementar, em Porto Alegre, Rio Pardo e Rio Grande. Aconselhou também para a criação de uma aula de aritmética, geometria e trigonometria. Infelizmente esses esforços não lograram êxito de início, porque em 1820, ainda não existia uma só sala de aula, devido à falta de professores, para reger as aulas decretadas para as freguesias.
Paulo da Gama tinha uma grande visão de futuro, dando grande impulso de progresso aos seus empreendimentos.
                Em 1807 o Rio Grande foi elevado à Capitania Geral com a denominação de Capitania de São Pedro. Para governador e capitão-general da nova capitania, cuja sede era em Porto Alegre foi nomeado D. Diogo de Souza, que mais tarde teve o título de Conde do Rio Pardo. Este, porém só veio assumir o governo em 1809.
                Posteriormente teve o Rio Grande mais os seguintes capitães-generais:
Marques do Alegrete, que tomou posse em 13 de novembro de 1814.
Conde da Figueira, em 19 de outubro de 1818.
Brigadeiro João Carlos de Oliveira Daun, 20 de agosto de 1821.
                TRADIÇÃO É CULTURA!

               ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor de Estudos Sociais e tradicionalista.

               

                

quinta-feira, 9 de julho de 2015

                                                          BANDEIRA RIOGRANDENSE!
                Enquanto conselheiro do MTG, por 10 anos, convivi com o coronel da Brigada Militar, Alberto Rosa Rodrigues, autor do livro “História dos Símbolos Rio-grandenses”, homem dedicado ao estudo deste mister, saliento que a atual bandeira do Rio Grande do Sul, foi adotada como símbolo do Estado pela Lei 5213, de 5 de Janeiro de 1966 e conservou as cores da Bandeira primitiva, surgida em 1836, em plena Revolução Farroupilha.
                Quanto às cores do Pavilhão Tricolor, Walter Spalding nos diz que: “As bases da flâmula rio-grandense são também o verde e o amarelo. São, portanto, bandeiras irmãs. E o encarnado? O encarnado não é mais do que o símbolo da República da Federação”. Rodrigues nos diz que: “Entre o verde e o amarelo da pátria comum, os farroupilhas colocaram o vermelho, a cor republicana, como um símbolo da liberdade”. Os brasões (armas) surgiram pelos idos de 1839, o lenço de Bernardo Pires e os painéis dos padres Hildebrando e Chagas, em 1842.
                O historiador tem dúvidas de quem é o autor do primeiro brasão, se Mariano de Matos ou Bernardo Pires. Os dois criaram, só não se sabe quem foi o primeiro. Já o historiador Morivalde Calvet Fagundes, na “História da Revolução Farroupilha”, menciona um brasão de Mariano de Matos onde ele chama de Escudo Rio-grandense e diz: “No meio dum troféu de armas e bandeiras, um escudo oval, tendo duas colunas plantadas sobre rochedos e, meio delas, um losango com rosáceas às pontas e um quadro, em que o barrete frígio republicano, repousa sobre uma haste, entre dois ramos”.
                “O barrete frígio se encontra entre rosáceas simbólicas, que, mais tarde, se transformarão em estrelas”. “O losango nada mais é do que a representação dos dois triângulos que forma a chamada Estrela de Davi”. “O rochedo é o que se chama, em linguagem maçônica, a Pedra Bruta...”. “As duas colunas são a que estão em todas as lojas. As colunas do Templo simbolizam - declara, Dario Velozo - dois princípios de equilíbrio social: Tolerância e Solidariedade”.
                Os ramos, segundo Mariano de Matos seriam acácia (?) e fumo (?) (sic). Já, Bernardo Pires nos diz serem esses ramos, representações de mate e trigo. Mas o que seria o barrete frígio? De acordo com o Aurelião, barrete Frígio é um barrete vermelho, usado na França no tempo da primeira República. Barrete é uma cobertura que se ajusta à cabeça: é um tecido mole e flexível, tipo gorro, aquele usado pelos Cardeais. Frígio: é um povo natural da Frígia na Ásia antiga.
                Descrevo a seguir o brasão atual que é regulado pela Lei 5213 e apresenta uma combinação e um aproveitamento dos detalhes encontrados nos brasões criados durante a Revolução Farroupilha. Do major Mariano de Matos: o formato das bandeiras; a faixa vermelha com bordas douradas; os fuzis com baionetas; a cor verde do losango; as lanças das bandeiras; os tubos dos canhões.
                Do brasão de Bernardo Pires: as colunas maçônicas; as estrelas do losango; a lança central (sem a parte inferior); o listel (Liberdade – Igualdade – Humanidade); a bordadura (elipse) com a frase: República Rio-grandense (20 de setembro de 1835).
                Deixo aqui, portanto, aos interessados, principalmente às escolas, uma interessante pesquisa, sobre o maior símbolo da nossa Terra.

                                              ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS-Professor de Estudos Sociais e tradicionalista. (Blog WWW.allmagaucha.blogspot.com ;@toninhopds)

quarta-feira, 1 de julho de 2015

                             PORQUE SE USAVA LENÇO AO PESCOÇO!

                Nas minhas reminiscências de meninice, lembro meu pai, José Altivo, Getulista até a alma, usando lenço branco, bem junto ao pescoço, com um nó bem apertado e por dentro da gola da camisa. Despertou minha curiosidade.
                Naqueles tempos, ainda de muitos duelos, explicava o velho tropeiro e engenheiro das estradas, em que a arma branca era muita usada, incluindo a navalha de fio terrível, que além de fazer a barba, ainda servia para cortar gargantas, o lenço de seda, era uma proteção muito importante.
                As facas daquela época e eu me lembro da marca “coqueiro deitado”, da qual tive uma, que me foi levada há muitos anos, além de serem carneadeiras, serviam também para defesa pessoal. Eram afiadíssimas, levadas sempre à cintura além do indefectível revolver.
Assim era naqueles tempos, lá no longínquo interior da então Soledade, depois Barros Cassal.
                Em Barros Cassal, tinha um brigadiano de nome Vilmar Schmidt, por sinal meu primo, que andava sempre de lenço, quando pilchado ou vestindo a farda de policial militar. Ele fazia as leis naqueles tempos bárbaros. A luta era quase diária para manter-se a ordem naquelas paragens.
Sempre a cavalo, percorria todas as distâncias necessárias e muitas vezes, entrava em luta corporal, de faca, relho, facão ou arma de fogo... sim, existiam duelos ainda... e o lenço... ah o lenço... quanto pescoço livrou das facas, adagas e navalhas!
                Também é notório, que os lenços representavam facções políticas, como Maragatos de lenço vermelho e Pica-paus de lenço verde, na Revolução Federalista de 1893, depois, Chimangos agora de lenço branco, na revolução de 1923 e os mesmos Maragatos, por exemplo.
                Portanto, liberou-se agora o uso, por dentro ou fora da gola da camisa, não mais apertado junto ao pescoço, sem fins políticos, mas a história precisa ser preservada, a tradição mantida, embora, repito sem guerras e sim, como representação de um passado, que não pode ser escondido embaixo do tapete.
                Inferindo, que os nossos descendentes, possam ter como um espelho a sua frente, as peripécias de nossos avoengos, como se voltassem ao passado de muitas lutas, para então valorizarem aquilo, que hoje lhes foi legado.

                Tradição é cultura!