sábado, 11 de agosto de 2012


Em homenagem a todos os pais, um preito que fiz ao meu Pai, José Altivo dos Santos.

                Nasceu tropeando, viveu tropeando e em cima do lombo de um cavalo, conheceu a querência . De Rio Pardo, a tranqueira Invicta, sua cidade natal, até Soledade, fazia a sua principal rota de tropas.

Nestas andanças, pelos caminhos da vida, no interior de Venâncio Aires, conheceu Maria Eufrásia, da família de Cândida e Antonio José Faleiro. Daí constituiu uma família de 12 filhos, todos aquerenciados numa estância no interior de Barros Cassal, local chamado de Arroio Ligeiro.              

                Quando o conheci, só o via pilchado, embora não tropeasse mais, no entanto, a bombacha era a sua roupa do dia-a-dia e agora arrinconado, abria novas estradas, novos caminhos, quando ainda, o asfalto não era cenário desta terra.

Os novos horizontes abertos pelo seu Zé Pereira serviu de parâmetro, a toda uma nova geração que, se espalhou por este Rio Grande de São Pedro afora e em Santa Cruz do Sul, deixou a sua marca, sendo responsável pela criação do primeiro esteio do tradicionalismo, cravado no seio desta comunidade ordeira e trabalhadora.

O exemplo desta figura impar, por certo ficou gravado indelevelmente nos corações daqueles que o conheceram e sentiram a sua personalidade imponente, comandando com seu jeito alegre e sincero, paciencioso e firme, toda uma plêiade ansiosa por ouvir sua palavra que, acalmava, transmitindo confiança e ponderabilidade.

Já faz mais de três décadas que o Senhor do universo, o levou para a sua Pátria e faço esta homenagem, talvez para continuar a resgatar sua memória, assim como fez o DTG José Altivo dos Santos do Clube dos Subtenentes e Sargentos, que o colocou como Patrono daquela entidade,talvez para lembrar àqueles que esqueceram o passado, relegando a figura dos nossos avoengos a planos secundários, olvidando seus feitos e denegrindo suas imagens, que: “Ninguém colhe um presente, nem semeia um futuro, se não houver um passado.”.