Em homenagem a todos os pais, um preito que fiz ao meu Pai,
José Altivo dos Santos.
Nasceu
tropeando, viveu tropeando e em cima do lombo de um cavalo, conheceu a
querência . De Rio Pardo, a tranqueira Invicta, sua cidade natal, até Soledade,
fazia a sua principal rota de tropas.
Nestas andanças, pelos caminhos da vida, no interior de
Venâncio Aires, conheceu Maria Eufrásia, da família de Cândida e Antonio José
Faleiro. Daí constituiu uma família de 12 filhos, todos aquerenciados numa
estância no interior de Barros Cassal, local chamado de Arroio Ligeiro.
Quando
o conheci, só o via pilchado, embora não tropeasse mais, no entanto, a bombacha
era a sua roupa do dia-a-dia e agora arrinconado, abria novas estradas, novos
caminhos, quando ainda, o asfalto não era cenário desta terra.
Os novos horizontes abertos pelo
seu Zé Pereira serviu de parâmetro, a toda uma nova geração que, se espalhou
por este Rio Grande de São Pedro afora e em Santa Cruz do Sul, deixou a sua
marca, sendo responsável pela criação do primeiro esteio do tradicionalismo,
cravado no seio desta comunidade ordeira e trabalhadora.
O exemplo desta figura impar, por
certo ficou gravado indelevelmente nos corações daqueles que o conheceram e
sentiram a sua personalidade imponente, comandando com seu jeito alegre e
sincero, paciencioso e firme, toda uma plêiade ansiosa por ouvir sua palavra
que, acalmava, transmitindo confiança e ponderabilidade.
Já faz mais de três décadas que o
Senhor do universo, o levou para a sua Pátria e faço esta homenagem, talvez
para continuar a resgatar sua memória, assim como fez o DTG José Altivo dos
Santos do Clube dos Subtenentes e Sargentos, que o colocou como Patrono daquela
entidade,talvez para lembrar àqueles que esqueceram o passado, relegando a
figura dos nossos avoengos a planos secundários, olvidando seus feitos e
denegrindo suas imagens, que: “Ninguém colhe um presente, nem semeia um futuro,
se não houver um passado.”.
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