A palavra solstício deriva do latim "sol" e "sístere", que se traduz como permanecer quieto. É o momento em que o Sol antinge a maior declinação em altitude, medida a partir da Linha do Equador. O fenômeno acontece duas vezes por ano, em junho e dezembro. No solstício de dezembro, em especial nas culturas romana e celta, se festejava o retorno do Sol.
Na América Latina o solstício de verão é comemorado por diversas culturas. A data, que representa um marco no Calendário Maia, que gerou uma interpretação sobre o fim dos tempos, para as culturas originárias da região andino-amazônica representa um ciclo caracterizado pelo retorno ao equilíbrio e à relação harmônica com a natureza.
O calendário maia está ligado a um possível alinhamento astronômico, que faz referência ao solstício de inverno, segundo a qual em dezembro o Sol se alinharia ao centro da via láctea, uma alinhamento cósmico que se produz a cada 26 mil anos.
Desde o final do Império Romano, houveram 183 falsas previsões do fim do mundo, que se tornaram frequentes este ano pelo uso das redes sociais.
Comemorações acontecem na América do Sul em 21 de dezembro
A Bolívia é um dos países que comemoram o Solstício de Verão com diversas cerimônias e debates sobre a cultura, sabedoria e religiosidade dos indígenas e sua importância como nova era para a humanidade em um evento internacional denominado “Encerrando o ciclo do não-tempo e recebendo o novo ciclo; tempo de equilíbrio e harmonia para a mãe terra”.
O presidente do Equador, Rafael Correa, e os vice-presidentes da Venezulea, Nicolás Maduro, da Argentina, Amado Bodou, e da Nicarágua, Moisés Halleslevens, participarão do soltício desta sexta-feira (21), cujo evento central acontecerá na Ilha do Sol, no lago Titicaca.
“Este 21 de dezembro é o fim do medo, fim da divisão, do egoísmo e da inveja. É o começo da construção da harmonia, da esperança, da confiança”, afirmou o chanceler boliviano, David Choquehuanca. Como cultura, as interpretações são variadas. No Perú, no meio do ano é celebrada a Festa do Sol do Império Inca, uma apoteótica celebração do mundo andino do hemisfério Sul.
O imperador Inca, os sacerdotes e o povo agradeciam o Sol, que, segundo a tradição, fecunda a terra com seu calor e marca o início da época de plantio. Na cerimônia se sacrificava uma lhama, animal típico dos Andes.
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