quarta-feira, 13 de maio de 2020

                                                           ALMA INQUIETA!

                Quando a brasa crepita no fogo de chão, nas madrugadas nebulosas, sinto o peito vazio, na dificuldade do entendimento devido a minha incúria e noção das ignóbeis facetas da alma inquieta.
                Pela introspecção que trago de berço, a dificuldade de comunicação inerente a esta personalidade, trás a intemperança nas relações do dia a dia, com as pessoas da faina cotidiana.
                As palavras que dirijo quando a inspiração vem, pede vênia para dizer do quanto lastimo a incompetência do ser, na sua pequenez de homem inculto e prisioneiro de suas próprias emoções.
                 No látego da alma inquieta, escorre das mãos calejadas e frias, pelo orgulho ferido, o sentimento do amor na sua essência maior e cada vez mais, as intempéries recorrentes se abatem como negro véu, escurecendo horizontes que parece não ter fim.
                Entre um mate solito e outro, a mágoa escorre na alma ferida embora a queira escorreita, mas a claudicância em evolução geométrica é forte como o angico da estância centenária.
 Nem o amargo que sorvo, consola. Só resta a soledade de tempos idos, que não voltam mais, quando ainda criança, era embalado pelos mimos do colo materno e pelos conselhos sábios do velho Tropeiro.
Onde estão eles agora?
                Perdão, digo agora na insânia busca do melhor jeito da ação moderadora da paz, remédio poderoso para a humanidade e que possa, de forma melíflua, atingir à prodigalidade, na regência dos atos norteadores da utilidade existencial.
                Por isso, que essa teimosia incrustada no espírito imortal, possa ser suprimida na prospecção da busca amorosa, na licitude do homem de bem, contudo ainda longe de encontrá-la, busco desenfreado, na saciedade do ser imperfeito.
                Assim como Pasteur conseguiu a imunização do bacilo maléfico, através da pasteurização, que a má interpretação das sentenças que profiro, parecendo um estrangeiro que não é entendido no idioma local, tenham eco e faça a compreensão reinar, enquanto coloco mais um pau de fogo na brasa ardente e encilho o chimarrão da esperança, em tempos do entendimento fraternal.
                Pensemos nisso!


     ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e radialista.

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