ALMA INQUIETA!
Quando
a brasa crepita no fogo de chão, nas madrugadas nebulosas, sinto o peito vazio,
na dificuldade do entendimento devido a minha incúria e noção das ignóbeis
facetas da alma inquieta.
Pela
introspecção que trago de berço, a dificuldade de comunicação inerente a esta
personalidade, trás a intemperança nas relações do dia a dia, com as pessoas da
faina cotidiana.
As
palavras que dirijo quando a inspiração vem, pede vênia para dizer do quanto
lastimo a incompetência do ser, na sua pequenez de homem inculto e prisioneiro
de suas próprias emoções.
No látego da alma inquieta, escorre das mãos
calejadas e frias, pelo orgulho ferido, o sentimento do amor na sua essência
maior e cada vez mais, as intempéries recorrentes se abatem como negro véu,
escurecendo horizontes que parece não ter fim.
Entre
um mate solito e outro, a mágoa escorre na alma ferida embora a queira
escorreita, mas a claudicância em evolução geométrica é forte como o angico da
estância centenária.
Nem o amargo que sorvo, consola. Só resta a
soledade de tempos idos, que não voltam mais, quando ainda criança, era
embalado pelos mimos do colo materno e pelos conselhos sábios do velho Tropeiro.
Onde estão eles agora?
Perdão,
digo agora na insânia busca do melhor jeito da ação moderadora da paz, remédio
poderoso para a humanidade e que possa, de forma melíflua, atingir à
prodigalidade, na regência dos atos norteadores da utilidade existencial.
Por
isso, que essa teimosia incrustada no espírito imortal, possa ser suprimida na
prospecção da busca amorosa, na licitude do homem de bem, contudo ainda longe
de encontrá-la, busco desenfreado, na saciedade do ser imperfeito.
Assim
como Pasteur conseguiu a imunização do bacilo maléfico, através da
pasteurização, que a má interpretação das sentenças que profiro, parecendo um
estrangeiro que não é entendido no idioma local, tenham eco e faça a
compreensão reinar, enquanto coloco mais um pau de fogo na brasa ardente e
encilho o chimarrão da esperança, em tempos do entendimento fraternal.
Pensemos
nisso!
ANTONIO PEREIRA
DOS SANTOS – Professor e radialista.
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