COMEMORAÇÕES JUNINAS.
O mês de
junho marca pelas chamadas “Festas Juninas” ou ainda festas caipiras, que são comemorações
típicas de outras regiões brasileiras e que nós inadvertidamente, misturamos
com o tradicionalismo gaúcho.
As festas
juninas devem ter o seu norte pela reunião e congraçamento de pessoas e
entidades representativas com alegria e saudáveis brincadeiras, saindo do dia a
dia dos escritórios fechados, das salas de aula, dos brinquedos eletrônicos,
etc.
Ressalva-se
nestas efemérides a homenagem aos santos padroeiros na preservação da participação
coletiva e da própria tradição que não pode ser esquecida. Aos professores
sugere-se que observem o fato na localidade e selecionem elementos, com intuito
didático da questão.
Ressalte-se que os fogos de artifício não devem ser estimulados,
pois a prática está a demonstrar o perigo que isto representa, principalmente
quando manuseados por crianças e adolescentes, resultando em graves acidentes
com sequelas muitas vezes irreversíveis.
Se não houver
um traje respeitoso à cultura caipira, dar preferencia à indumentária gaúcha. Não
havendo esta possibilidade, vestir-se com o uniforme da própria escola.
Valho-me
agora do folclorista João Carlos Paixão Cortes para fazer a seguinte observação:
“não misturar a festa gaúcha com a festa caipira que é uma tradição do interior
paulista, principalmente. O importante é não ridicularizar os caipiras, que
merecem todo o nosso respeito. Sabemos que o caipira é um tipo humano representativo
de uma região brasileira, assim com o é o Vaqueiro, O Jangadeiro e o Próprio
Gaúcho. Se deturpam a figura do caipira, tornando-a extremante ridícula e até
mesmo cômica, transformando-o em verdadeiro palhaço, foi pela falta de
conhecimento do tipo verdadeiro. A imaginação jocosa não viu no caipira as
qualidades e virtudes que possui, ante as condições desfavoráveis do seu
existir”.
Será que gostamos quando, em certos programas
televisivos em nível nacional, ridicularizam a figura do gaúcho rio-grandense? E
quais são os Santos Padroeiros do mês junino e suas fogueiras como eram feitas?
Santo Antônio: fogueira em forma quadrada, com parte alta
menor que a base. Comemoração em 13 de junho. Chamado Santo casamenteiro.
São João: forma redonda. Comemora-se em 24 de junho.
São Pedro: fogueira em forma triangular. Comemora-se em 29
de junho. É considerado o padroeiro do Rio Grande do Sul.
Algumas brincadeiras também podem ser feitas. Entre outras,
dança da batata: o casal que conseguir dançar uma música inteira equilibrando
uma batata entre as testas, ganha uma prenda. Neste caso, prenda se refere a um
presente, um mimo.
Corrida do saco: com um saco de aniagem faz a famosa corrida
do saco.
Pau de sebo: comum nas festas juninas. Consiste num poste de
madeira engordurado. Tem que se atingir o topo.
Corrida do casal: corrida a dois, interligados por fita ou
corda nas pernas.
Dança do bastão: recreação coreográfica em que um dos
participantes dança com um bastão ou vassoura e procura, em determinado
momento, encontrar seu par, deixando o bastão (vassoura) para outro.
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