Hoje estou triste!
Ao ver tanta iniquidade na ronda
agreste da nossa existência. Sinto o coração aos galopes na maquinaria das
paixões, agressões mútuas que dilaceram, matam no regurgitar de olores
insalubres que infestam o ar, indo com suas setas envenenadas à inocência dos
crédulos, indefesos das perversidades inerentes a seres inteligentes, mas com
uma couraça na perfídia de seus sentimentos.
Incalculáveis são os bridões do
convencimento da alma perdida, na podridão do mundo fétido que criou para si. Marcas
indeléveis, cevando lustros, centenas e até milhares de anos a desfiar a incompreensão.
Por isso, o coração chora, como o
passarinho na gaiola, como pessoa na prisão. Há que se ter um termo nessa dor,
nessa tristeza, mas como?
Vejo tudo às avessas. Está tudo
inundado de um mar revolto parecendo um tsunami!
Opa! Depois da onda gigante vejo
gente recolhendo os escolhos do que restou! Será que dá para acreditar ainda na
humanidade?
É claro que sim! Começo a sorrir.
Os homens precisavam de um susto para buscar sua essência.
Ei-los, vibrantes, solidários, no
rescaldo de vidas, na busca do sopro divino que une criaturas de todos os
matizes em prol do bem comum.
Por isso, vá embora tristeza, não
assola mais o meu coração!
O cerne da humanidade é bom! O Planeta
azul, a Terra está salva, graças ao homem que se auto descobriu.
Pensemos nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS –
Professor e tradicionalista.
(Email, toninhosantospereira@hotmail.com;
twitter, @toninhopds, blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com)
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