CTG RINCÃO DA ALEGRIA!
Em
homenagem a mais um aniversário do CTG, quero fazer algumas referências que me
parecem relevante concernente a esta entidade, fundada em cinco de março de
1961, junto à Aliança Católica de Santa Cruz do Sul, hoje, Clube Aliança.
Tinha
somente uma invernada de danças, cujo gaiteiro era o mano Cliff Manoel Pereira
dos Santos e o posteiro de danças o sargento Schuck do 8º Batalhão de Infantaria e dos
componentes um deles era o Sirlei Jorge Vieira que, por muitos anos, foi
barbeiro no quartel.
Nessa mesma
época o CTG retirou-se da Aliança, fazendo os seus ensaios numa pequena garagem
à Rua Senador Pinheiro Machado defronte, onde é hoje o edifício Santa Cruz.
Após,
mudou-se para o Círculo Operário na Rua Felipe Jacobus, esquina com a Princesa
Isabel. Era patrão, nesta ocasião, o senhor Norberto Adam e participava da
invernada de danças, o Juarez de Freitas, que um tempo foi o posteiro e
namorava a prenda que era também gaiteira Sonja Dione Furtado. Posteriormente
casaram-se e constituíram família.
Os irmãos da
Dione, a Beatriz que foi primeira prenda e o Ademir também participavam da
invernada artística. Alguns anos depois, em 1965, o CTG mudou-se para a Rua
Gaspar Bartholomay no terreno do seu Furtado, que por sinal era pai da Dione e
irmãos. Já começavam a participar do CTG o Antonio Alves Fernandes, Pedro Lima,
Léo Corrêa, João Delfino da Silva e outros que, um ano após viriam a fundar um
novo CTG na cidade, o Estância Alegre. Neste mesmo ano veio se apresentar na
entidade o famoso cantor nativista José Mendes que fazia sucesso principalmente
com a música “Para Pedro”.
O CTG Rincão
da Alegria após, fixou sua sede, agora definitivamente à Rua Leonel do Prado,
quase na esquina com a Rua Pitta Pinheiro. Ali conhecemos o senhor Valter Rosa,
o compadre Amauri Belmonte de Souza e a esposa Adélia, que por sinal um dos
casais mais dançadores que conheci.
Tivemos a
honra de conhecer também o seu Alfredo dos Santos, Clóvis Mença, Valdir dos
Santos, Albino Dettemborg, que foram patrões da entidade. Faço um parêntese
para dizer que o Valdir dos Santos foi juntamente comigo e o patrão do CTG
Estância Alegre, Antonio Alves Fernandes, em 1973 os responsáveis pela
realização do 1º Rodeio Crioulo Estadual de Santa Cruz do Sul, realizado pelos
CTGs Tropeiros da Amizade, Rincão da Alegria e Estância Alegre.
O senhor
Anselmo Rodrigues Fernandes também participou deste CTG, juntamente com sua
esposa, a cantora chamada de castelhana, Maria Augusta de Lima Fernandes e
filhos, Zulaime, Tânia, Fátima e Joana que na época faziam parte da invernada
de danças e mais o garotinho Jesus que, por sinal, declamava por onde andava.
Todos eles eram oriundos do CTG Tropeiros da Amizade. O seu Anselmo estava
sempre em rodeios com sua famosa gaita de oito baixos, alegrando os ambientes
por onde passava e faturando alguns troféus hoje enfeitando a casa dos filhos.
Ainda lembro
na invernada de danças do Hamilton Souza que também foi patrão, o Paulo Roberto
Sandim, grande dançador de malambo, que é uma dança de origem uruguaia muito
difundida na época, o Kiko Preuss, o Edgar, Ozias, Ozi Pascoal, Valmor Silveira,
Adriano Muller, Elmídio Lopes Rodrigues e muito mais.
O resto da
história, os livros de atas devem conter inclusive o infausto acontecimento da
morte do Patrão Domingos Maieswky, o Polaco, que foi morto pelo seu capataz Afonso
Forster júnior, o Fostinha, numa desavença particular de grande repercussão na
cidade.
Naquela
época todos andavam armados, de revolveres e facas, inclusive nos bailes e
fandangos. Somente na década de 1980 é que os CTGs começaram a se desarmar, a
pedido de um delegado de polícia. Até hoje, ainda tem alguns que teimam em usar
armas, principalmente facas, o que é terminantemente proibido pelo MTG.
Já na década
de 1990, Rubem Coitinho Brião ingressa no CTG, trazendo com ele muitos líderes
que até hoje fazem a história do tradicionalismo em nossa região, como por
exemplo, Armando Clóvis Gewehr.
ANTONIO PEREIRA DOS
SANTOS – Professor e radialista.
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