MEU PAGO!
Ao pago
santo ofereço meu preito, no recriar de fronteiras na liberdade de anseios
refreados na prisão de sentimentos, nas refregas temporais de outros tempos e
que trazemos incontinente à atualidade.
Na incongruência
da sociedade atual, vivo a dicotomia de um lado e outro sem saber, muitas vezes,
que rumo seguir. Busco o equilíbrio nos questionamentos que faço, mas parece
que estou solito na soledade dos meus devaneios!
Quanta iniquidade
sinto em meus confrades daqui e de lá, quando corações choram angústias indecifráveis
e que levam a derrocada na ânsia de se conseguir uma felicidade efêmera à custa
de muito ”choro e ranger de dentes”.
Na carreirada
domingueira não posso perder a vaza e tenho que erguer a fronte. Calço de novo
as velhas botas e as bombachas surradas das domas que a vida oferece, sigo em
frente, porque não posso parar. Quem para, cai e levantar, as vezes custa caro,
e sigo para o altar das virtudes “compondo caminhos”, porque sempre posso recomeçar!
E vejo neste
instante, um beija flor a esvoaçar na minha janela e sinto que não estou
sozinho. Ah, estou ouvindo também o sabiá laranjeira a cantar alegremente se
fartando na ração da minha gata e levando em seu bico, grãos, que por certo, irão
alimentar seus filhotes. Isto não é coincidência, com certeza não. Em tudo há a
Mão Divina e ela veio me dizer para não desistir das minhas convicções. A natureza
se manifesta em tudo, é só sabermos interpretá-la!
O açoite
da modernidade não mais me atingirá e a velha herdade está de volta ao meu frontispício
e visto uma pilha nova que mandei fazer
na velha costureira do povoado, só para dias especiais, encilho o meu tordilho
da razão, sigo em frente e estendo meu laço com 7 braças para levar comigo,
aqueles que ficaram para trás, enrodilhados na tapera dos seus próprios pensamentos.
Ninguém fica para remanescente!
Pensemos nisso!
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