sábado, 7 de novembro de 2020

 

                                                             MEU PAGO!

              Ao pago santo ofereço meu preito, no recriar de fronteiras na liberdade de anseios refreados na prisão de sentimentos, nas refregas temporais de outros tempos e que trazemos incontinente à atualidade.

              Na incongruência da sociedade atual, vivo a dicotomia de um lado e outro sem saber, muitas vezes, que rumo seguir. Busco o equilíbrio nos questionamentos que faço, mas parece que estou solito na soledade dos meus devaneios!

              Quanta iniquidade sinto em meus confrades daqui e de lá, quando corações choram angústias indecifráveis e que levam a derrocada na ânsia de se conseguir uma felicidade efêmera à custa de muito ”choro e ranger de dentes”.

              Na carreirada domingueira não posso perder a vaza e tenho que erguer a fronte. Calço de novo as velhas botas e as bombachas surradas das domas que a vida oferece, sigo em frente, porque não posso parar. Quem para, cai e levantar, as vezes custa caro, e sigo para o altar das virtudes “compondo caminhos”, porque sempre posso recomeçar!

              E vejo neste instante, um beija flor a esvoaçar na minha janela e sinto que não estou sozinho. Ah, estou ouvindo também o sabiá laranjeira a cantar alegremente se fartando na ração da minha gata e levando em seu bico, grãos, que por certo, irão alimentar seus filhotes. Isto não é coincidência, com certeza não. Em tudo há a Mão Divina e ela veio me dizer para não desistir das minhas convicções. A natureza se manifesta em tudo, é só sabermos interpretá-la!

              O açoite da modernidade não mais me atingirá e a velha herdade está de volta ao meu frontispício  e visto uma pilha nova que mandei fazer na velha costureira do povoado, só para dias especiais, encilho o meu tordilho da razão, sigo em frente e estendo meu laço com 7 braças para levar comigo, aqueles que ficaram para trás, enrodilhados na tapera dos seus próprios pensamentos. Ninguém fica para remanescente!

Pensemos nisso!

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