MOMENTOS!
A vida é apenas um momento? Será que aquilo que eu tenho é realmente meu? Inescrutáveis são os caminhos da existência. Como caminhar então por estradas tão tortuosas, desconhecidas ou por veredas de belos jardins!
O que faço nesse interregno até atingir o destino traçado? As escolhas são minhas.
Os atalhos floridos podem ser perigosos, com armadilhas subrreptícias disfarçadas de risos que podem transformar-se em gargalhadas sarcásticas, bombardeando nossas mentalidades de desajustes inglórios, quando incautos enveredamos pelas facilidades estonteantes das bondades hipócritas, desenhadas em nossa retina, parecendo firmar-se como matiz de indolores regaços, mas que, no entanto, nos levam a devaneios sombrios.
Aí então, esta carreira de cancha reta, está definitivamente perdida.
Por isso, estaco e volto na antiga e conhecida trilha cheia de espinhos e obstáculos, parecendo intransponível, contudo ao vencê-la, sinto o sabor da vitória conquistada passo a passo no longevo da esperança e na galhardia dos atos, formando um cabedal de caráter inequívoco, nos convencimentos da alma enobrecida.
Inferindo, a vida não é fugaz, são sim momentos que ficam na memória imortal do vivente deste orbe. Não obstante, a marca é só tua.
E a saudade? Levo comigo, como o amor que fica, no termo inconsolável dos prantos que correm como águas rápidas, no salseiro das amarguras chorosas, no ínfimo refolho de nossa interioridade.
Canto a milonga saudade, na marca indefectível dos momentos vividos, na felicidade luminosa dos campos Elíseos, como viajor dos espaços incomensuráveis da Criação Divinal.
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.
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