DIGITAL OU ANALÓGICO!
Nos meus
devaneios, me ponho a pensar nos dias que vivemos, em que tudo que aparece aos
nossos olhos, são coisas que até há poucos anos nem pensávamos.
É a
chamada era digital que corre vertiginosamente em nossa direção tomando conta
de tudo e de todos. Tudo agora é computador, o celular cada vez mais, fazendo
tudo e as pessoas tentando se atualizar e muitas vezes, não conseguindo
alcançar o avanço do progresso.
Tudo isso
tem me assustado por demais, até porque, sou chamado de retrógado, conservador
até. No entanto, estes adjetivos não me preocupam porque sinto no meu âmago,
que toda a humanidade precisa sim desse progresso tecnológico. Entretanto,
estamos também digitalizando os nossos usos e costumes. Tudo agora é relativo.
O certo e o errado, que a nossa consciência nos diz, está sendo relativizada.
A ética e
a moral que foi estudada desde tempos imemoriais, nos tráz nos tempos mais
atuais, a pessoa do grande Immanuel Kant que viveu no sec 18 e que influenciou
grandes filósofos da atualidade. Sua ética se fundamenta exclusivamente na
razão. Diz ele: “as regras são estabelecidas de dentro para fora a partir da
razão humana e sua capacidade de criar regras para sua própria conduta.”
Superam-se
os interesses pessoais e impõe-se o ser moral, o dever. Ele é o principio
supremo de toda moralidade. O homem quando pensa em fazer algo, ele deve se
perguntar: se o que eu vou fazer, toda a
humanidade fizesse também, seria bom? Se a resposta for não, então não vou
fazer. É a consciência moral que é um fato indiscutível e dela surge o
sentimento de respeito à lei consciencial.
Trago
agora para as minhas reflexões. Será que preciso de um fiscal me cobrando o que
devo ou não fazer? Cidadão educado não precisa ser fiscalizado. Educação moral
é isso. É também a ética mais abrangente que está dentro de nós, latente e que
precisa ser acordada.
Por isso,
os bons costumes de nossos antepassados,
não pode se tornar digital, as virtudes de nossas famílias, não pode ser
digital, a nossa casa, não pode ser digital, nossa família não pode ser
digital, porque precisa voltar a cultivar a casa como um verdadeiro lar, onde
as paredes não correm água do desgosto,
da tristeza, da desavença, da depressão que mata cada dia mais, pelo desamor do
tudo pode, tudo posso fazer. (já que o fulano faz, também posso).
Mister se
faça desmistificar a globalização de usos e costumes. Que a nossa casa se torne
de novo um lar analógico para que continue sendo a sociedade em miniatura e a tradição
da família reunida se pronuncie como um futuro de amor e paz.
Em síntese, sejamos digitais na evolução, mas não esqueçamos
da tradição no nosso imo. A tradição é cultura e cultura é a alma de um povo. Não
deixemos a casa dos pais, nem dos avós, se fecharem.
Pensemos
nisso!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Tradicionalista.
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