quinta-feira, 24 de março de 2011

                                                       
                                            O mundo da muitas voltas
                Quem diria, que nos anos 40, 50 e 60 o Partido Social Democrático e o Partido Trabalhista Brasileiro eram adversários, pra não dizer inimigos, figadais. Desde a criação desses dois partidos, ficou bem claro os seus ideais. O seu criador, Getulio Vargas, na década de 40, em pleno Estado Novo, também criou outros partidos, mas o PSD e o PTB eram, com certeza, os mais importantes. Um o PTB era à esquerda, outro, o PSD era à direita.                           
 Isso era bem claro em todo o Brasil. Com o passar do tempo, vejam só, em 2003, o PSD foi incorporado pelo PTB. Acho que poucas pessoas sabem disso. Equivale a dizer que os que hoje estão no PP, por exemplo, partido este que descende do PSD, deveriam estar juntos no PTB, não e’ mesmo?  Que incoerência, não? Já pensaram nisso?
Estes dois partidos foram criados para que houvesse o contraditório. Um de direita e outro de esquerda. 
Pois bem, já na chamada Revolução Democrática para os de direita e ditadura militar para os de esquerda, foram criados dois partidos. Direita, a ARENA e esquerda, MDB. Seus sucessores a partir de 1985 foram o PMDB que virou um partido de centro e hoje em dia, não se sabe mais, de que lado está e o PDS, antigo PSD que seria, a direita.
Nas cidades menores principalmente, eram bem explícitas as posições de cada agremiação. Havia ideais que eram seguidos pelos seus próceres. Outros partidos que foram sendo criados, com ideologia dúbia, porque não se sabe para onde vão, complementam esta política do nosso Brasil.

Agora, o PSD quer se reorganizar através do Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM partido que era o PFL, que confusão! Pois então, o PSD quer se aliar ao PT do governo federal! Vejam só, direita e esquerdos juntos... E o povo, no meio desta confusão.  Por uma destas, que o brasileiro elege o homem e não o partido. Afinal quem e‘ de direita, quem e’ de esquerda?
Deveríamos revigorar nossos partidos políticos, com programas comprometidos com seus ideais apregoados nos seus estatutos e não ficarmos a mercê do homem, que hoje comanda a política brasileira. Pensemos um pouco, isso e’ bom para o nosso país? Claro que não!
O sábio comandante maragato, o leão do caverá, Honório Lemes, disse um dia, a célebre frase, que deveria marcar nosso destino, como parâmetro de divisa entre o fazer e o não fazer, entre o certo e o errado: “sejamos escravos das leis, para não sermos escravos dos homens”.


                          

terça-feira, 15 de março de 2011

            Me parece que tem razão o atual presiente do MTG, em  em rever o problema do cartão tradicionalista que ainda está dando muito o que falar. Há pouco tempo, aqui na quinta região tradicionalista, uma entidade foi punida, de forma precipitada, por não ter sido ouvida, porque um peão usou o cartão tradicionalista da mesma, sendo que esta entidade, ja tinha desfiliada toda sua  invernada campeira. portanto, não cabia a punição. Acho, salvo melhor juizo, que é preciso rever alguns pontos e ouvir sempre os dois lados em questão. A entidade referida ja pensa em pedir desfiliação do MTG, devido a esta ocorrência.
            O DTG José Altivo dos Santos, que é um departamento do Clube dos Subtenentes e Sargentos de Santa Cruz do Sul, agora está funcionando com sua invernada artística e cultural. Infelizmente, a invernada campeira que iniciou o dtg, propriamente dito, ja não existe mais. Isto aconteceu justamente pela falta de diálogo entre as partes interessadas.
            Se na parte campeira, as coisas parecem que aos poucos vão sendo corrigidas, ja na parte que diz respeito aos bailes que acontecem também nos rodeios crioulos, são um verdadeiro desafio àqueles que cuidam do tradicionalismo de raiz. Na maioria das vezes, são verdadeiros bailões, sem o mínimo de respeito as coisas de nossa terra. Chapéu na cabeça, faca na cintura, tirador e aí por diante, como se estivessem ainda na pista de laço, com seu pingos. Então, que não se faça nenhum tipo de baile. No máximo uma tertúlia, um espetáculo, enfim, nada que fira a Carta de Princípios do nosso Movimento.

segunda-feira, 7 de março de 2011

                Dia da Mulher
 Dizem alguns dos líderes destes países, pasmem que elas gostam de apanhar. É isso mesmo, elas gostam de apanhar....   Também dizem que a obediência e a cooperação é um direito do homem.
                A mulher é a dona do mundo. Em países islâmicos isso não acontece porque eles consideram a mulher como um ser inferior. Ela tem que ser subserviente.
Ora, ora, ora... quando vamos aprender que todos nós somos iguais, independentemente do sexo, alias, eu diria até, que a mulher é muito superior ao homem, haja vista, sua condição primária de ser Mãe, portanto, sem ela não haveria a dita humanidade.
Já dizia o poeta: quando Deus disse: “quando eu criei mulher, tinha de fazer algo especial. Fiz os ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro, porém suficientemente suaves para confortar àqueles que choram. Dei-lhe uma imensa força interior que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes recebem dos próprios filhos. Também, dei a ela a fortaleza de cuidar de sua família sem se queixar. Dei-lhe a sensibilidade do entendimento, do amor incondicional que dedica aos seus rebentos, embora, em muitas ocasiões, não seja compreendida”.
E quando a mulher chora então, que maravilha, sabe o são essas lágrimas..... São gotas de humildade, gotas de luz, gotas de paz e finalmente, gotas de amor que são distribuídas graciosamente a toda a humanidade!
    Deus abençoe a Mulher!                                       

                                                Antonio Pereira dos Santos
                                      

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

                 GRANDE RODEIO DA TRADIÇÃO
                No final da década de 50 do século passado, existia em Santa Cruz do Sul, um programa de rádio intitulado Coxilha do Rio grande que era animado por Valdomiro Schiling. Ele apresentava os artistas da cidade de uma maneira geral. Faço um parêntese para dizer que naqueles tempos não se dizia apresentador de programas e sim animador. Em 1960, Euclides Pereira Soares, com sua família, a maioria vindo de Barros Cassal, a grande clã Pereira dos Santos, cujo patriarca era José Altivo dos Santos e a matriarca Maria Eufrásia Faleiro dos Santos, conseguiu aquele horário, que era por sinal, nobre na rádio Santa Cruz, e fundou o primeiro programa de CTG na região, o “Grande Rodeio da Tradição”, que era apresentado aos moldes do Rodeio Coringa, da rádio Farroupilha de Porto Alegre, isto é, com quatro invernadas, ou seja: das duplas, dos declamadores, dos gaiteiros e dos trovadores.
 Com o auditório sempre lotado, ele era apresentado na rua Júlio de Castilhos, onde hoje se situa a Afubra, com distribuições de brinde e prêmios aos vencedores das invernadas. Era um sucesso absoluto aos domingos a noite das 20 às 22 horas. Foi nesta época que começou mesmo as tradições gaúchas em Santa Cruz do Sul, com a implantação definitiva do CTG Tropeiros da Amizade como patrono do programa e seu maior divulgador. Ali nascia, na realidade, esse CTG. Nesta ocasião comecei a animar programas de rádio fazendo o grande Rodeio Mirim, apresentando somente crianças no programa.
Pelo Grande Rodeio da Tradição passaram muitos artistas da cidade e também quando vinham da grande Porto Alegre, se apresentavam nele. Nomes como Dimas Costas, Irmãos Bertussi, Irmãs campeirinhas, os Milongueiros, Chará e Timbaúva, a Dupla Mirim, Osvaldinho e Zé Bernardes, são alguns dos artistas já famosos do rádio Rio-grandense.
 Dos nomes da cidade, lembro do Campeiro e Campinho, os Dois Amigos, que era o Euclides e o Allão Pereira dos Santos, os Araganos, o mano Cliff, o Joãozinho e tio Marciliano José Rodrigues, o Antoninho e a Terezinha, que ainda eram mirins, Tropeiro e tropeirinho, os Tropeiros, que eram o Cliff e o Eli, muito boa dupla, por sinal, Scherinha e Maringá, o trio Fronteirista que era formado pelos irmãos, Jair, Sonia e Estela. A família Almeida com as cantoras, Marlene, Tereza, Celina e marlise. Na parte de declamadores, surgiu o Dão Real Pereira dos Santos, Pedro Ferreira, Anadir Duarte, Ernestor Cardoso, Adão Regis Pereira dos Santos e toda gurizada, que despertou para esta especialidade. Como gaiteiros, apareceram o Nelsinho, O Cliff, o Marciliano, o Antenor, o Jair Pereira Soares e tantos outros. Na parte de trovadores, surgiram nomes como, Ozi Andrade, Portela Delavi que já tinha nome de fama estadual e tantos outros que passaram por este programa, que nestes moldes durou até 1965.
Com as mudanças da patronagem do CTG, este programa passou a ser realizado, ainda com auditório, mas sem ser ao vivo. Portanto, a partir deste ano, passou a ser gravado na sede da entidade e levado para ser apresentado todos os sábados pela manhã.
O Grande Rodeio da Tradição, que era apresentado por nós, permaneceu assim até o ano de 1985, revelando grandes nomes do cenário regional.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

opinião pública

                                                OPINIÃO PÚBLICA

                Somos reféns de nossas opiniões?
Esta interrogação fica em nossas mentes cada vez que deparamos com situações que nos deixam, deveras preocupado, com os valores intrínsecos que são deixados de lado, quando apressadamente queremos avaliar outras pessoas. Já dizia o sábio que só os loucos e os mortos não mudam de opinião.
“Ninguém colhe um presente, nem semeia um futuro, senão houver um passado”. Esta frase personifica exatamente o queremos enfatizar. Lembramos tão somente do, agora...
As vezes realizamos grande obras em beneficio de outrem, trabalhamos para o bem comum anos a fio, sem nenhuma cobrança, tipo: toma la, da ca. “Não saiba vossa mão esquerda o que da a mão direita”, parábola de Jesus, o grande Mestre da Humanidade, e quando num deslize, próprio do ser humano, dissemos e ou fazemos, algo impróprio para o momento, pronto: tudo o que foi feito, foi por água abaixo. Vale aquele momento, vale àquela mancada, o resto não importa. Ah... como é fácil julgar, não é?
Será todos os bons feitos não apagariam os maus feitos? Não, não, agora ficou mais fácil criticar!
Há pouco tempo, o deputado federal, Sergio Moraes passou por algo que é um exemplo prático disto. Em tempo: não é uma defesa do nobre deputado, até porque, ele não precisa disso. Numa entrevista em Brasília ele disse a célebre frase: “To me lixando pra opinião publica”. Pronto, bastou para que sua marca em todo o Brasil, fosse esta.. Ora, todos sabem as grandes realizações do deputado, desde os tempos de prefeito de Santa Cruz do Sul, passando pela Assembléia Legislativa e a Câmara dos Deputados. Foram conquistas em prol da população regional e estadual, haja vista sua atuação em todos os recantos de nossa terra.
Pois bem, ele explicou em diversas entrevistas, em praticamente todos os setores de imprensa do Brasil. Ele pediu desculpas pelo mal entendido e disse também, explicitamente, que sua referência, a famosa frase, era especificamente à pessoa que o entrevistava e ao órgão de imprensa que representava e não, olha bem, à opinião pública em geral. Não adiantou, virou caso nacional. Até agora, ainda ficou como ele tivesse dito, a toda a população. Ora, ora, se é o povo que o elege... . O bom senso nos diz que ele nunca diria esta frase, da forma como foi colocada.
Só enumerando mais um exemplo, cito também o ex prefeito Arno João Frantz. Um homem que realizou grandes obras ao município.  Um homem que deixou sua marca em feitos e realizações. E, quando se fala em Arno Frantz, o que primeiro vem à mente das pessoas, é claro, salvo exceções, piadas e mais piadas. Algumas até de mau gosto, de escárnio em detrimento da sua grande figura, de político e homem honrado.
Poderíamos citar mais exemplos em todas as esferas da sociedade.  Até em nossas casas. Um pequeno erro destrói, dez coisas boas que fizemos e somos julgados por isso.
Coloquemo-nos sempre no lugar do outro, porque um dia poderemos ser julgados, pelos julgamentos que fizermos.
                Inferindo, pensemos um pouco nestas reflexões e vamos valorizar aquilo que as pessoas têm de bom, aquilo que elas fazem para o bem coletivo ou individual, vamos esquecer as falhas, que, com certeza, cometeram ou cometerão. Só assim, estaremos fazendo uma sociedade mais justa, mais humana e solidária. Lembremos sempre desta frase emblemática:
“O mal não merece comentários”.


                                                                  ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS
                         

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

                                                  Para reflexão
Em 2010, foram 1650 mortes por assassinatos e mais de 1500 mortes no trânsito.Só em nosso estado.
Que números assustadores! Analisando estes números, me parece, salvo melhor juízo, que o âmago da questão, está em cada  um de nós.
O indivíduo vive assoberbado, sempre com muita pressa. Não tem mais tempo para pensar, por exemplo, o que quer dizer a palavra família. Diria que é uma reunião de seres afins, que se respeitam mutuamente, com hierarquia. Sim, eu disse, com hierarquia. Não se tem mais isso. Todo mundo manda e ninguém mais manda. Os pais, infelizmente, entregam a educação de seus filhos ao Estado e este Estado, por sua vez, não tem competência filosófica, nem curricular de fazer este papel. O que acontece então? Estamos criando uma sociedade, cada vez mais afastada de princípios de ética e moral. Princípios estes que primam pela verdadeira educação, o respeito à vida e a liberdade. Vejam, não falei libertinagem!
                Parece, que nestes tempos que vivemos, tudo pode! Nada é proibido: “se todo mundo faz, porque não posso também fazer”! A liberdade sexual é mais um exemplo que usurpou todos os limites. Adolescentes, quase crianças, já são ensinadas pelos próprios pais, vejam só a que ponto chegamos, que já podem “ficar” e pasmem “ficam” em suas próprias casas com a maior naturalidade, isto sem falar na sazonalidade de seus pares. Isto está correto? É claro que não. É só ver os filhos que nascem destas relações!
                Inferindo, então veremos que os crimes passionais que, em todas as todas as estatísticas são maiores que os de trânsito, tem estreitíssima ligação com os frouxos laços familiares, com a desestruturação do lar verdadeiro. O lar não é casa de moradia, aonde vamos, ao final do dia, pra dormir, depois da faina diária. É a família hierarquicamente constituída, com respeito a valores tradicionais, que muitos dizem “caretas e ultrapassados” e que estão hibernando, adormecidos em cada um de nós.
                Não tendo a família como um porto seguro, ao crime contra a vida, é um passo. Qualquer discussão , qualquer desentendimento já basta. Se não na própria família, é um vizinho, é um algoz que vai sofrer as conseqüências.  A irritação vai para o trânsito. É tudo uma seqüência. “Não posso descarregar em casa, o primeiro que se atravessar no meu caminho”...... ou então aperto o acelerador..... não é mesmo?
Crimes passionais e mortes no trânsito têm estreita ligação... ou não...!
                                                Antonio Pereira dos Santos- professor de Estudos Sociais.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Rosário

    Quem teria inventado esse conjunto de contas enfiadas, que se fazem passar entre os dedos, enquanto se vão recitando pai-nossos e aves-marias?
     Teria ele aparecido na Terra Santa por iniciativa de Pedro, o Eremita, à época das Cruzadas.
     "No fim do século XI, ao conduzir Pedro, o Eremita, os primeiros cruzados, notou perto de Constantinopla, terem os turcos o costume de rolar, entre os dedos, sessenta contas, ligadas a orações. Adotou, Pedro, esse uso, inventando o modo de rezar a que os peregrinos chamavam coroa, saltério da Virgem ou rosário. São Domingos, mais tarde, fundou a confraria para melhor assegurar a duração e a solenidade desse instrumento de orar". ( Le Culte de Marie), ( O Culto Católico, Teixeira Mendes).
     Curioso é dizer-se que a palavra rosário vem do latim rosarius, de rosas.
     Segundo Larousse, "O rosário era uma coroa espiritual de prece; as contas grandes chamavam-se outrora rosas".