Porque sou Tradicionalista
Inspirado, no meu grande mestre do tradicionalismo, o saudoso, Euclides Pereira Soares, principal responsável pela implantação do culto às tradições Gaúchas em Santa Cruz do Sul, autor do primeiro Jornal tradicionalista do Estado, O Tropeiro, fundado em 1960, devo inicialmente dizer que sou tradicionalista, porque:
A tradição e o instinto tradicionalista, estão embasados em dois fundamentos indestrutíveis:
-a natureza do Criador, eterno e imutável e a natureza humana com sua reverência elementar, perante os antepassados, com ligação essencial à sociedade e sua herança heráldica transmitida pelas gerações do passado.
Sobre estas bases, eternas como as montanhas de granito, nas quais arde a tríplice chama da divindade, profunda como os mais recônditos mistérios do ser humano, sagrada como os mais longínquos ecos da voz de DEUS, se constrói o tradicionalismo do homem bom e verdadeiramente humano.
Não é um sentimentalismo que o vento traz e o vento leva, nem a melancolia de fulgurantes ocasos, nem o calafrio dos museus e das recordações históricas.
É a convicção haurida de premissas inatas e evidentes. É a solene afirmação do que DEUS deu de bom e cristamente humano aos nossos avoengos.
É a atitude de reverência e amor elementar depositada pela providência no berço de cada ser humano.
Assim entendo o tradicionalismo, e não há, salvo melhor juízo, outra concepção sobre o assunto.
O tradicionalismo, é um valor positivo, sem visos de polêmicas ou menoscabo de outras culturas.
O tradicionalismo verdadeiro é nobre demais para viver de flutuantes paixões, alimentar animosidades contra outros homens e outros modos de ver e pensar.
Acho até que, a única maneira segura de lançar pontes humanas além fronteiras e não muros, raciais e lingüísticas, é o respeito perante a própria tradição, pois só o homem dotado de reverência elementar perante esta Tradição, possui a necessária envergadura ética para alçar vôo, rumo ao reino do humanismo total.
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