Porque
sou tradicionalista.
Baseado, no meu grande
mestre do tradicionalismo, o saudoso, Euclides Pereira Soares, fundador das tradições
em Santa Cruz do Sul, devo inicialmente dizer que: sou tradicionalista, porque
a Tradição e o instinto tradicionalista estão radicados em dois fundamentos
indestrutíveis: a natureza do Criador, eterno e imutável; e a natureza humana,
com sua reverência elementar, perante os antepassados, com sua ligação
essencial à sociedade, com sua herança heráldica, transmitida pelas gerações do
passado.
Sobre estas bases: eterna como as montanhas de granito, nas
quais arde a tríplice chama da Divindade, profunda como os mais longínquos ecos
da voz de DEUS; se constrói o tradicionalismo do homem bom e verdadeiramente
humano.
Não é um sentimentalismo que o
vento traz e o vento leva, nem a melancolia de fulgurantes ocasos; nem o
calafrio dos museus e das recordações históricas; - É a convicção haurida de
premissas inatas e evidentes. É a solene afirmação do que DEUS deu de bom e
cristamente humano aos nossos avoengos. É a atitude de reverência e amor, na
sua mais pura essência, depositada pela Providência no berço de cada ser
humano.
Assim
entendo o tradicionalismo: e não há, salvo melhor juízo, outra concepção sobre
este assunto.
O tradicionalismo é um valor
positivo, sem visos de polêmicas ou menoscabo de outras culturas.
O tradicionalismo verdadeiro é
nobre demais, para poder viver de flutuantes paixões, ou alimentar animosidade
contra outros homens e outros modos de ver e pensar.
Acho
até que, a única maneira segura de lançar pontes humanas, além-fronteiras,
raciais e linguísticas, é o respeito perante a própria Tradição, pois só o
homem dotado de culto fundamental, perante a história de seus ancestrais, possuí
a necessária envergadura ética, para alçar voo ao reino do humanismo total.
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