IMPORTANTE AREA DO RIO GRANDE DO SUL É ANEXADA EM 12 DE
OUTUBRO DE 1851. O Chuí!
Mesmo alguns
meses antes do desembarque do brigadeiro José da Silva Paes na barra do Rio
Grande em 1737, já Cristovão Pereira havia montado um posto avançado português no
cerro de São Miguel, próximo ao arroio Chuí. Depois, Silva Paes inspecionou
esses locais, deixando junto ao arroio uma guarda de 15 dragões.
Em 1763,
a invasão dos espanhóis, a partir de Buenos Aires, conquistou toda essa faixa
litorânea até a Vila de Rio Grande e o lado norte da barra.
Após a
expulsão dos espanhóis e reconquista de Rio Grande, em 1777 o Tratado de Santo
Ildefonso determinou os limites das possessões lusitanas e espanholas em nossa região.
Mas em todas as fronteiras secas, isto é, sem rios, foi deixada uma faixa
neutra de um lado e outro, para evitar o confronto direto de vizinhos ainda com
ânimos exaltados. Praticamente todo o território desde o Taim até o Chuí, ficou
incluído nesses “campos neutrais”. Mas com a criação da Capitania de São Pedro
do Rio Grande do Sul, o primeiro capitão-general (D. Diogo de Souza) concedeu
terras neutras aos oficiais de seu exército e assim preparou o futuro
reconhecimento de propriedade.
As guerras
da Cisplatina tornaram as fronteiras ainda mais confusas. Em 1828 é assinada
uma Convenção Preliminar de Paz e a 27 de agosto desse mesmo, ano é reconhecida
a independência do novo País, a República Oriental do Uruguai.
O artigo
17 da Convenção supracitada determinava que fosse feito um acordo definitivo de
limites entre o Brasil e o Uruguai. Mas as perturbações internas do Uruguai,
devido principalmente, a chamada grande guerra, entre Rivera e Oribe, de 1842 a
1851, tornaram inviável essa definição. A oportunidade somente veio a se
apresentar em 1851. Para decidir sobre a questão de limites foram indicados,
André Lamas, como representante do Uruguai e Carneiro Leão, o Marques de
Abaeté, como representante do Brasil. Em 12 de outubro de 1851, era assinado o
Tratado de Limites, Comércio e Navegação, Aliança e Extradição, sendo os Campos
Neutrais do Chuí-Taim, definitivamente incorporados aos território do Brasil.
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