CRONOLOGIA DO FATO FOLCLÓRICO!
O fato folclórico pode ser classificado como
nascente, vigente ou histórico.
Nascente: é aquele fato que não tem
ainda a característica de tradicionalidade; sua aceitação popular é inferior a
25 anos.
Vigente: consiste em fato que
continua resistindo ao tempo, com a aceitação coletiva de mais de 25 anos; é dinâmico.
Ex. bombacha, chimarrão, churrasco, cinco marias, valsa, vaneira, rodas
cantadas, provérbios, pandorga, bolinha de gude, etc.
Histórico: fato que já perdeu a função;
não é mais vivido, mas sim cultuado, simbolizando o passado, é estático. Ex.
boleadeiras, chiripa, bota garrão de potro, danças dos ciclos dos fandangos.
Projeção e reinterpretação
folclórica.
Consiste no aproveitamento dos
fatos folclóricos vigentes, fora da época e que se realizam ainda ou, ainda
fora de suas funções, para outras finalidades. A projeção folclórica pode ter motivação
política, estética, ética ou didática, ou seja, o fato folclórico tem motivação:
Política: o fato surge por
interesse dos governos, que fomentam o intercâmbio cultural entre regiões.
Estética: é comum nas artes
populares como a demonstração de artesanato indígena em centro urbano.
Didática: o fato folclórico é
projetado fora de seu tempo ou espaço para divulgação ou aprofundamento de estudos.
Exemplos de projeção folclórica:
fandango em CTG de zona urbana; música de poesias, que utilizam temas
folclóricos, bem como esculturas e pinturas; apresentação de Ternos de Reis e
Ternos de Santos fora da data e do local onde costumam acontecer; coreografias
criadas utilizando ritmos folclóricos.
Reinterpretação folclórica é a apresentação
ou o aproveitamento de fatos históricos, que adquirem novo significado
cultural. Através deste processo, antigas significações são atribuídas a
elementos novos ou novos valores mudam a significação cultural de formas
antigas.
Exemplos de reinterpretação folclórica:
apresentação das danças do folclore histórico nos CTGs, as quais em época
passada tiveram função lúdica e, hoje tem função didática.
No ENART- Encontro de Artes e
Tradição Gaúcha, a entrada e a saída de uma Invernada Artística, constituem-se
numa Projeção Folclórica, enquanto que as danças de concurso são uma reinterpretação
do Folclore.
(pesquisa de Barboza, Maria Cândida e
Fagundes, Antônio Augusto).
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