DEVANEIOS II
Quando
a chuva cai, a solidão parece que aperta os corações deprimidos, que choram suas
amarguras numa esperança do amanhã, com tempo aberto e sol radiante.
Um
novo dia com mais luz e fé, despertando nas almas sufocadas pela dor da
tristeza, um porvir mais alvissareiro.
Desperta parceiro, segue teu rumo. Há muitos
dramas em todas as paragens. No sofisma da tua existência, na dualidade do bem
e do mal, existe no horizonte próximo, um norte no novo azimute traçado. O que
hoje parece um caos é passageiro. O tempo, tudo cura.
Na
vida temporal, nada levamos. Quando a melancolia invadir teu coração, procure
refúgio no teu próprio “EU”, ser completo que és!
No canto
solitário do uirapuru, sentimos sua angustia, mas ao mesmo tempo, o seu
chamamento à vida, as claridades da natureza sábia e onipotente, que nos faz
ver, que somos eternos e criados para a felicidade perene, que nos aguarda logo
ali adiante.
No
entanto, divago agora sem rumo! Será que estou certo? Às vezes a dúvida bate.
Mas só por instantes. Acho até que é normal esta dubiedade, esta dicotomia.
Afinal existe o mal? Não. Com certeza, não. O mal nada mais é do que a falta do
bem, assim como as trevas, é a falta da luz, o frio a ausência do calor.
Contudo,
a pressão é ferrenha, e o debate interior continua ainda dentro de mim.
Entretanto, além do horizonte, vislumbro raios vivíssimos do astro - rei
dardejante quase a me cegar... claro estava escuro dentro de mim!
Acordo
finalmente desse torpor, por que ouço o mavioso dedilhar de uma milonga, que
enleva nossa alma aos píncaros da glória imaculada, na perfeição dos acordes da
inebriante canção! Ah... Como DEUS é maravilhoso!
Assumo agora,
a nova responsabilidade, do novo mundo vislumbrado, e levo à posteridade a boa
nova de que nem tudo está perdido... Há uma luz que nos aguarda, um novo
caminho a percorrer, uma solução às nossas agruras.
Sozinho,
sorrio agora. Descobri que a felicidade mora dentro de mim!
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