quinta-feira, 20 de agosto de 2015

                                                                    DEVANEIOS II

                Quando a chuva cai, a solidão parece que aperta os corações deprimidos, que choram suas amarguras numa esperança do amanhã, com tempo aberto e sol radiante.
                Um novo dia com mais luz e fé, despertando nas almas sufocadas pela dor da tristeza, um porvir mais alvissareiro.
                 Desperta parceiro, segue teu rumo. Há muitos dramas em todas as paragens. No sofisma da tua existência, na dualidade do bem e do mal, existe no horizonte próximo, um norte no novo azimute traçado. O que hoje parece um caos é passageiro. O tempo, tudo cura.
                Na vida temporal, nada levamos. Quando a melancolia invadir teu coração, procure refúgio no teu próprio “EU”, ser completo que és!
No canto solitário do uirapuru, sentimos sua angustia, mas ao mesmo tempo, o seu chamamento à vida, as claridades da natureza sábia e onipotente, que nos faz ver, que somos eternos e criados para a felicidade perene, que nos aguarda logo ali adiante.
                No entanto, divago agora sem rumo! Será que estou certo? Às vezes a dúvida bate. Mas só por instantes. Acho até que é normal esta dubiedade, esta dicotomia. Afinal existe o mal? Não. Com certeza, não. O mal nada mais é do que a falta do bem, assim como as trevas, é a falta da luz, o frio a ausência do calor.
                Contudo, a pressão é ferrenha, e o debate interior continua ainda dentro de mim. Entretanto, além do horizonte, vislumbro raios vivíssimos do astro - rei dardejante quase a me cegar... claro estava escuro dentro de mim!
                Acordo finalmente desse torpor, por que ouço o mavioso dedilhar de uma milonga, que enleva nossa alma aos píncaros da glória imaculada, na perfeição dos acordes da inebriante canção! Ah... Como DEUS é maravilhoso!
Assumo agora, a nova responsabilidade, do novo mundo vislumbrado, e levo à posteridade a boa nova de que nem tudo está perdido... Há uma luz que nos aguarda, um novo caminho a percorrer, uma solução às nossas agruras.

                Sozinho, sorrio agora. Descobri que a felicidade mora dentro de mim!

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