TRISTEZAS!
As agruras,
não são mais do que expiações do carma individual a que cada um de nós está à
mercê.
Juntando
as incontinências da vida, parece que claudico em busca de um porto seguro,
diante de tantas aflições, que deixa o coração acabrunhado.
Conseguirei
sozinho domar a inconsequente leva de decepções e atropelos que me deixam
melancólico, por sentir o desabono de atitudes, de escárnio e desprezo no ajojo
de descabidas proporções?
No retouvo
das ausências, longe das casas, na invernada grande que abriga os mausoléus das
mágoas pendentes, necessário de faz, laçar, não obstante o gado xucro, as
incertezas da alma perdida, na tenebrosa escuridão que nos embretamos.
Senhor de
minhas ações, tapeio meu chapéu na testa e sigo em frente, na pauta de ações que
não me afasta da verga, destarte o vento maleva que trás furacões, mas também,
limpa pensamentos na maquiavélica ordem inversa de valores, quando na
carreirada, onda voraz e turbulenta, parece varrer todo resquício ético moral
da alma humana.
Retouçando
ao galope, a felicidade finalmente me encontra na alegria de momentos vividos,
que se tornaram eternos pela beleza neles contidos.
Ah! Então isto é a felicidade?
Tristeza,
então vá embora. Sorvo, mais uma vez um mate, agora com a alma lavada, na inspiração
que brota, quando do relincho do potro criado guaxo, renascendo para a vida que
prossegue infinita.
O bojo
infecto transformou-se em lírio, belo, alvo e as amarguras se dissiparam
levadas agora pelo abençoado minuano, dono dessas plagas.
Finalmente, me encontrei comigo
mesmo!
ANTONIO PEREIRA DOS
SANTOS – Professor e tradicionalista. (Email, toninhosantospereira@hotmail.com;
blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com;
twitter, @toninhopds).
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