quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

                                                                 TRISTEZAS!

                As agruras, não são mais do que expiações do carma individual a que cada um de nós está à mercê.
                Juntando as incontinências da vida, parece que claudico em busca de um porto seguro, diante de tantas aflições, que deixa o coração acabrunhado.
                Conseguirei sozinho domar a inconsequente leva de decepções e atropelos que me deixam melancólico, por sentir o desabono de atitudes, de escárnio e desprezo no ajojo de descabidas proporções?
                No retouvo das ausências, longe das casas, na invernada grande que abriga os mausoléus das mágoas pendentes, necessário de faz, laçar, não obstante o gado xucro, as incertezas da alma perdida, na tenebrosa escuridão que nos embretamos.
                Senhor de minhas ações, tapeio meu chapéu na testa e sigo em frente, na pauta de ações que não me afasta da verga, destarte o vento maleva que trás furacões, mas também, limpa pensamentos na maquiavélica ordem inversa de valores, quando na carreirada, onda voraz e turbulenta, parece varrer todo resquício ético moral da alma humana.
                Retouçando ao galope, a felicidade finalmente me encontra na alegria de momentos vividos, que se tornaram eternos pela beleza neles contidos.
Ah! Então isto é a felicidade?
                Tristeza, então vá embora. Sorvo, mais uma vez um mate, agora com a alma lavada, na inspiração que brota, quando do relincho do potro criado guaxo, renascendo para a vida que prossegue infinita.
                O bojo infecto transformou-se em lírio, belo, alvo e as amarguras se dissiparam levadas agora pelo abençoado minuano, dono dessas plagas.
Finalmente, me encontrei comigo mesmo!

   ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS – Professor e tradicionalista. (Email, toninhosantospereira@hotmail.com; blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com; twitter, @toninhopds).

                

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