HORIZONTES!
Ombreando mágoas,
que deixam marcas como espinhos, que furam a carne fazendo-a sangrar, busco
firmar os passos na corda bamba da existência.
O que me espera lá no horizonte
largo perdido na distancia, onde cada vez que chego mais perto, fica mais
longe! Onde pretendo chegar afinal?
O que existe depois do horizonte?
Algo há, é a minha esperança. Aqui não estou encontrando nada, tudo está vazio!
Minha alma vagueia numa turbulência sem fim.
Perdido estou! Agora não tem
solução! Busco uma luz, não encontro. Como termino com tudo isso? Busco a saída
final! Vou me livrar de tudo, apagar de meu ser essa tristeza que me consome,
inexorável, corroendo o imo da vida vazia!
É a depressão que chega, violenta,
que mata e eu não vejo à minha frente outra estrada a não ser a fatídica, do
esquecimento total! Há o cometimento do ato infame!
Ah! Ledo engano! Vi-me o mesmo
ser com o horizonte mais longe, inalcançável não encontro mais ninguém! Onde
foram todos? Tudo é solidão, tudo é dor, alias lancinante dor, ininterrupta.
As urzes me rebatem de um lado a
outro qual um palhaço mambembe, na confusão imberbe da covardia vil do ato
final, da fuga insolente da vida fútil, que criou a expectativa de algo melhor
que não se consumou!
Nada adiantou! Continuei infreme
na busca da paz, do olvido e encontrei o inferno, aquele mesmo pintado por
Dante! Agora sim, nem o horizonte largo enxergo mais. Tudo sumiu, ando para
todos os lados e não saio do mesmo lugar!
Lembrei: “Haverá choro e ranger
de dentes”, frase lapidar que calou fundo em minha mente. Era tudo verdade
então! Tinham me avisado. Quanto arrependimento. Se eu pudesse voltar atrás!
Peço clemência de joelhos em
terra ao Divino Criador! Finalmente Ele me ouve. Acordo do sonho tenebroso,
choro aos prantos, da lição incontestável e da bondade do grande Arquiteto e as
lágrimas que molham meu rosto, escorrem para o remanso da felicidade, onde a
melodia do cântico do sabiá laranjeira me embala, nas águas límpidas do riacho,
sombreado pela mata nativa, intocável da mão humana.
Muito
obrigado, sorrio feliz! A vida é bela. Vivamo-la.
Nenhum comentário:
Postar um comentário