quinta-feira, 15 de setembro de 2016

                                                      HORIZONTES!

Ombreando mágoas, que deixam marcas como espinhos, que furam a carne fazendo-a sangrar, busco firmar os passos na corda bamba da existência.
O que me espera lá no horizonte largo perdido na distancia, onde cada vez que chego mais perto, fica mais longe! Onde pretendo chegar afinal?
O que existe depois do horizonte? Algo há, é a minha esperança. Aqui não estou encontrando nada, tudo está vazio! Minha alma vagueia numa turbulência sem fim.
Perdido estou! Agora não tem solução! Busco uma luz, não encontro. Como termino com tudo isso? Busco a saída final! Vou me livrar de tudo, apagar de meu ser essa tristeza que me consome, inexorável, corroendo o imo da vida vazia!
É a depressão que chega, violenta, que mata e eu não vejo à minha frente outra estrada a não ser a fatídica, do esquecimento total! Há o cometimento do ato infame!
Ah! Ledo engano! Vi-me o mesmo ser com o horizonte mais longe, inalcançável não encontro mais ninguém! Onde foram todos? Tudo é solidão, tudo é dor, alias lancinante dor, ininterrupta.
As urzes me rebatem de um lado a outro qual um palhaço mambembe, na confusão imberbe da covardia vil do ato final, da fuga insolente da vida fútil, que criou a expectativa de algo melhor que não se consumou!
Nada adiantou! Continuei infreme na busca da paz, do olvido e encontrei o inferno, aquele mesmo pintado por Dante! Agora sim, nem o horizonte largo enxergo mais. Tudo sumiu, ando para todos os lados e não saio do mesmo lugar!
Lembrei: “Haverá choro e ranger de dentes”, frase lapidar que calou fundo em minha mente. Era tudo verdade então! Tinham me avisado. Quanto arrependimento. Se eu pudesse voltar atrás!
Peço clemência de joelhos em terra ao Divino Criador! Finalmente Ele me ouve. Acordo do sonho tenebroso, choro aos prantos, da lição incontestável e da bondade do grande Arquiteto e as lágrimas que molham meu rosto, escorrem para o remanso da felicidade, onde a melodia do cântico do sabiá laranjeira me embala, nas águas límpidas do riacho, sombreado pela mata nativa, intocável da mão humana.

                Muito obrigado, sorrio feliz! A vida é bela. Vivamo-la.

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