quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

EPISÓDIO INSÓLITO DO XI RODEIO CRIOULO ESTADUAL DE SANTA CRUZ.

                Quando da realização do XI Rodeio Estadual de nossa cidade, aconteceu um fato diferente, envolvendo dois tradicionalistas que, por motivos óbvios, citarei só as iniciais. N. M. O. e F. F.
                Na época, o Secretário Municipal de Turismo era o Ernani Fagundes Pacheco, de saudosa memória, e todo o rodeio era realizado através dessa Secretaria, inclusive a escolha do coordenador, que por sinal, por alguns anos, foi o próprio secretário devido às desavenças entre alguns CTGs.
                Neste ano, para evitar uma briga entre os dois supracitados, que eram figuras importantes no meio tradicionalista, fui escolhido para ser o coordenador, com a principal finalidade, por ser amigo dos dois, de segurar “a barra”.
                Armei minha barraca, no acampamento do saudoso Tio Udo, de maneira que pudesse observar atentamente os dois antagonistas que estavam a fim de se surrarem. Foram três dias de muito trabalho, não tanto para coordenar o rodeio, que foi muito tranqüilo, mas principalmente, para evitar um atrito feio.
                No dia do acerto de contas que aconteceu no CTG Estância Alegre, abrimos a discussão sobre o referido tema. Os dois lados estavam lá, cada um com sua turma, todos armados até os dentes e prontos para tudo.
                Depois de uma reunião tensa, chegou o momento dos assuntos gerais, iniciando uma forte discussão entre ambos, quando tive que intervir, cortando a palavra e fazendo uma longa exposição, sobre o que era tradição, o Ser tradicionalista e que violência só poderia gerar mais violência, tentando, com isso acalmar os ânimos e que retornaria ao assunto após esta explanação.
                Ainda na seqüência, marcamos a data do rodeio do próximo ano, agradeci a todos que deram a sua contribuição para o sucesso do evento e então encerrei a reunião sem dar chances a que voltassem aos assuntos gerais.

                Inferindo, foi um rodeio diferente, pelo menos para mim e ficou como lição para todos nós que podemos conviver com as diferenças e os antagonismos, desde que nos respeitemos mutuamente.

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