segunda-feira, 25 de abril de 2011

ATS e ENART  
                Este manifesto que faço é de minha inteira responsabilidade. Na verdade, é um pedido e também serve como esclarecimento à população de Santa Cruz do Sul.
Quando em 1995, mais precisamente dia 19 de junho, foi fundada a Associação Tradicionalista Santacruzense, a ATS, teve como escopo, a falta de unidade na realização de atividades tradicionalistas. Os nossos rodeios estaduais, que, desde 1972 eram realizados, por sinal neste ano teve como coordenador, o saudoso amigo Ernestor Cardoso, sempre havia problemas quanto à distribuição de verbas, por parte do poder público, porque não havia uma entidade organizada para tal fim, como também, a cada ano, perguntavam-se quem seria o coordenador da atividade vindoura.  Era sempre uma luta conseguir um nome. Por diversas vezes, o nosso rodeio estadual foi comandado pelo próprio secretário municipal de turismo.
A Semana Farroupilha, da mesma forma, deixava a desejar porque até o último momento, não havia quem determinava, quando começar e evento, quem seria o coordenador, como seria a festividade! Desde a fundação da ATS, organizaram-se todos os eventos ligados ao tradicionalismo. Em 1996, veio pra Ca, a macro- regional do FEGART. Foi quando o Rio Grande conheceu nossa cidade. Foi a primeira mostra do potencial da nossa santinha. Já em 1997, com a negativa da cidade de Farroupilha em sediar a finalíssima do Festival, nesta época, em sua 12 edição, o presidente do MTG, recorreu a ATS e a Prefeitura para ver da possibilidade de trazer a esta cidade, a finalíssima. O prejuízo que Farroupilha vinha sofrendo, a cada ano, era na casa de 90.000,00. Documento enviado à secretaria municipal de turismo. 
Reunidos, o secretário municipal de turismo da época, representando o Prefeito, e a ATS, foi dito a diretoria da Associação que, havia uma destinação de 30.000,00 para serem distribuídos aos CTGs filiados a ATS e que se a mesma quisesse realizar o evento, teria que usar esta verba e ainda, assumisse o evento, em nome do Poder público Municipal. Afinal, a ATS havia sido criada para isto. O próprio prefeito da época, era um dos idealizadores, desta criação. A ATS, então, com todos os riscos que, poderiam advir do tamanho do evento e das despesas que eram a cada ano geradas, assumiu o festival. Veja bem, a despesa prevista era de 90.000,00 e ela só tinha em caixa os 30.000,00. Isto é um terço do orçamento. Só para recordar, o MTG só vinha uma semana antes do evento, com todas as despesas pagas, fazia a fase final e ia embora. Despesas ou lucros se houvessem, era um problema da cidade sede. Não havia nenhum envolvimento do MTG na parte de estrutura, somente a parte técnica, na qual fazia parceria com o IGTF.
Pois bem, já nos dois primeiros anos, a ATS reverteu o quadro. De 10.000 freqüentadores em Farroupilha, passou para 30.000 pessoas, aqui em nossa cidade. A despesa de 90.000,00 da outra sede, foi sanada e até carro foi sorteado pela ATS, para aqueles que adquiriam o seu ingresso, que era somente 2,00 por pessoa. O município, continuou contribuindo com os 30.000,00, como garantia de caixa. Em 1999, com a troca do nome de FEGART para ENART, devido a uma liminar concedida à cidade de Farroupilha, que agora via que o evento era viável, aliás, este nome Encontro de Artes de Tradição Gaúcha, foi idéia nossa, concorrendo com 56 nomes de todo o nosso Estado, o MTG, resolveu também participar mais ativamente do Encontro. Disse, na época o então vice-presidente administrativo do MTG, aliás de inteligência impar, Manoelito Carlos savaris: “a partir de agora queremos participar de tudo, de prejuízos e lucros se houver e da organização, de maneira geral”. Assim foi feito. A partir daí o Município passou a repassar ao evento, 50.000,00, que seria para ajuda de custos também as interregionais, que ocorrem durante todo o ano, pelo Rio Grande afora, já que a grande final estava praticamente, auto-suficiente. Diga-se de passagem,  é importante que isto fique bem claro, que, desde 1997, até o ano de 2008, sempre, esta verba do Poder público, era repassada à ATS, para isto também ela foi criada e tudo, nota por nota, era prestado contas aos cofres do município. A ATS, portanto, é essencialmente de Santa Cruz do Sul, diferentemente, por exemplo, da 5 região tradicionalista, que hoje tem sede aqui, mas engloba mais de uma dezena de municípios, por conseguinte ela é regional e sua coordenadoria tem por dever ocupar-se de todos os CTGs. Só para citar alguns municípios, Cachoeira do Sul, Encruzilhado do Sul, Vera Cruz, Candelária, Rio Pardo, Pantano Grande e outros. A Coordenadoria, hoje está aqui, mas amanhã,  poderá estar em qualquer outra comunidade. Aqui, não vai nenhuma crítica pessoal a ninguém, mas, sim,colocar as coisas nos seus devidos lugares. Um coordenador regional precisa prestar contas, a toda a sua região e em conseqüência não pode ocupar-se tão somente de uma cidade, que, por sinal, está tudo funcionando regularmente, causando com isto, desavenças, dissabores, impróprios para o verdadeiro tradicionalista. Uma coordenadoria precisa, unir, preservar a cultura gaúcha, sem preconceitos, de acordo com a Carta de Princípios que é, por sinal, cláusula pétrea do nosso Movimento. Assuntos internos, cada cidade deve resolver, ou tem alguém desvirtuando esta CARTA!
 Não quero crer, que existam motivos pessoais, até porque, o próprio coordenador saiu da ATS, sendo então vice-presidente da mesma e alguns de seus principais diretores também o foram. Se for confirmado este ato ditatorial, não vejo mais motivos para a existência da ATS. ATS esta  que,desde  2003, realiza o projeto Piazito, retirando de situação de risco, centenas de crianças, levando-as, para dentro dos nossos CTGs. Esta mesma ATS, que é de utilidade pública e que também é exemplo para todo o estado do Rio Grande do Sul, haja vista, que diversos municípios, copiaram nosso estatuto, fundando associações semelhantes a nossa.
Faço todo este relato para dizer que querem tirar a ATS fora da organização do ENART, evento que ela formatou em nossa cidade. Dizem que vão negociar com cada patrão de CTG da cidade, não admitem mais a ATS como organizadora, nem com colaboradora, dizendo que ela não é filiada ao MTG. Ora, antes não precisava ser filiada e agora precisa? E fica a pergunta. A Prefeitura é filiada? Ela pode? Será algum tipo de revanchismo? Eu não vejo por que! Por 13 anos a ATS emprestou o seu nome para o evento. A principal entidade, por este evento estar em Santa Cruz é sem sombra de dúvidas, a ATS. Se duvidam disso, perguntem ao presidente do MTG na época, Dirceu de Jesus Prestes Brizola, ao sempre presidente Benjamin Feltrim Neto, homem de memória invejável, se não foi isto que aconteceu? Não dividam o que está dando certo.
Fui criado intrépido e não é agora, depois de 50 anos de tradicionalismo, que recearei algo. Recearia sim, se ficasse calado. Inferindo, peço encarecidamente às nossas autoridades competentes em nível tradicionalista que, revejam suas posições e não cometam esta injustiça e as autoridades públicas de nossa cidade, que fiquem atentas, preservando aquilo que ajudaram a criar e que é da nossa terra.
Sempre procurei a paz e assim sigo meu caminho. Se não for ouvido, nem entendido, sairei de cena, mas de cabeça erguida, como sempre vivi, sabendo que cumpri com meu dever de cidadão desta terra. Dormirei tranqüilo com minha própria consciência. Repito, falo de maneira impessoal, repondo aquilo que, pode ter ficado olvidado, sem nenhuma mágoa ou ressentimento, de quem quer que seja.
                                     ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS-tradicionalista.                                      

              

terça-feira, 5 de abril de 2011

                                                                A dor no nosso tempo!
                Porque será que sofremos tantas dores e tantas angústias nos dias de hoje? O que estamos fazendo de errado em nossas vidas, que, em muitas ocasiões, mais parece um caos? A estas perguntas, para respondê-la nos valemos de passagens bíblicas que nos exortam a reflexões. Senão vejamos: com os filhos de Adão ficou estabelecido o culto à divindade, quando se ofereciam, sacrifícios e oferendas.
Com Moisés, o sistema de culto era para uma divindade que necessitava de sangue, um Deus vingativo, guerreiro, conquistador de terras. Tentava-se barganhar com este Ser.
Com Jesus, compreende-se finalmente que Deus é amor, justiça, vida, que não precisamos temê-lo e sim amá-lo. Com Jesus, caem por terra as barganhas, os sacrifícios: “a cada um, segundo suas obras”.
Jesus disse que tínhamos que adorar o Pai, aliás, ele é o primeiro que fala em Pai, em espírito e verdade. Este Pai, que chamamos de Deus, é a consciência que estabelece a harmonia e a ordem no Universo. Ele preenche com seu poder cósmico tudo o que existe nos diversos planos universais.
A eterna presença de Deus, portanto, é uma lei!
Toda vez que alguém ou alguma coisa, em qualquer lugar, tende ao caos ou a desarmonia, vem a dor e o sofrimento. Eles surgem como forças motoras dinâmicas que atuam em sentido coercitivo e educativo, orientando a parte deteriorada e desarmônica para o sentido pleno da vida. A ordem e a harmonia então voltam a ser sentidas no seio da humanidade. A dor, automaticamente consome-se a sim mesma, tão logo se adapte no rumo do bem e do amor ao próximo.
Aquilo que parecia ser o caos completo e irreversível volta à equidade pela suprema vontade do Criador.
Então, senhores da guerra e da subversão, não adianta abusarem dos seus poderes, em detrimento a outrem, porque tudo volta. No fim, tudo se iguala pela insignificância.
Somos espelhos que refletem nossa própria imagem, para o bem e para o mal. Sejamos, então, reflexos sempre do bem para não termos conseqüências desastrosas para nós e para a humanidade inteira.


                                               

quinta-feira, 24 de março de 2011

                                                       
                                            O mundo da muitas voltas
                Quem diria, que nos anos 40, 50 e 60 o Partido Social Democrático e o Partido Trabalhista Brasileiro eram adversários, pra não dizer inimigos, figadais. Desde a criação desses dois partidos, ficou bem claro os seus ideais. O seu criador, Getulio Vargas, na década de 40, em pleno Estado Novo, também criou outros partidos, mas o PSD e o PTB eram, com certeza, os mais importantes. Um o PTB era à esquerda, outro, o PSD era à direita.                           
 Isso era bem claro em todo o Brasil. Com o passar do tempo, vejam só, em 2003, o PSD foi incorporado pelo PTB. Acho que poucas pessoas sabem disso. Equivale a dizer que os que hoje estão no PP, por exemplo, partido este que descende do PSD, deveriam estar juntos no PTB, não e’ mesmo?  Que incoerência, não? Já pensaram nisso?
Estes dois partidos foram criados para que houvesse o contraditório. Um de direita e outro de esquerda. 
Pois bem, já na chamada Revolução Democrática para os de direita e ditadura militar para os de esquerda, foram criados dois partidos. Direita, a ARENA e esquerda, MDB. Seus sucessores a partir de 1985 foram o PMDB que virou um partido de centro e hoje em dia, não se sabe mais, de que lado está e o PDS, antigo PSD que seria, a direita.
Nas cidades menores principalmente, eram bem explícitas as posições de cada agremiação. Havia ideais que eram seguidos pelos seus próceres. Outros partidos que foram sendo criados, com ideologia dúbia, porque não se sabe para onde vão, complementam esta política do nosso Brasil.

Agora, o PSD quer se reorganizar através do Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do DEM partido que era o PFL, que confusão! Pois então, o PSD quer se aliar ao PT do governo federal! Vejam só, direita e esquerdos juntos... E o povo, no meio desta confusão.  Por uma destas, que o brasileiro elege o homem e não o partido. Afinal quem e‘ de direita, quem e’ de esquerda?
Deveríamos revigorar nossos partidos políticos, com programas comprometidos com seus ideais apregoados nos seus estatutos e não ficarmos a mercê do homem, que hoje comanda a política brasileira. Pensemos um pouco, isso e’ bom para o nosso país? Claro que não!
O sábio comandante maragato, o leão do caverá, Honório Lemes, disse um dia, a célebre frase, que deveria marcar nosso destino, como parâmetro de divisa entre o fazer e o não fazer, entre o certo e o errado: “sejamos escravos das leis, para não sermos escravos dos homens”.


                          

terça-feira, 15 de março de 2011

            Me parece que tem razão o atual presiente do MTG, em  em rever o problema do cartão tradicionalista que ainda está dando muito o que falar. Há pouco tempo, aqui na quinta região tradicionalista, uma entidade foi punida, de forma precipitada, por não ter sido ouvida, porque um peão usou o cartão tradicionalista da mesma, sendo que esta entidade, ja tinha desfiliada toda sua  invernada campeira. portanto, não cabia a punição. Acho, salvo melhor juizo, que é preciso rever alguns pontos e ouvir sempre os dois lados em questão. A entidade referida ja pensa em pedir desfiliação do MTG, devido a esta ocorrência.
            O DTG José Altivo dos Santos, que é um departamento do Clube dos Subtenentes e Sargentos de Santa Cruz do Sul, agora está funcionando com sua invernada artística e cultural. Infelizmente, a invernada campeira que iniciou o dtg, propriamente dito, ja não existe mais. Isto aconteceu justamente pela falta de diálogo entre as partes interessadas.
            Se na parte campeira, as coisas parecem que aos poucos vão sendo corrigidas, ja na parte que diz respeito aos bailes que acontecem também nos rodeios crioulos, são um verdadeiro desafio àqueles que cuidam do tradicionalismo de raiz. Na maioria das vezes, são verdadeiros bailões, sem o mínimo de respeito as coisas de nossa terra. Chapéu na cabeça, faca na cintura, tirador e aí por diante, como se estivessem ainda na pista de laço, com seu pingos. Então, que não se faça nenhum tipo de baile. No máximo uma tertúlia, um espetáculo, enfim, nada que fira a Carta de Princípios do nosso Movimento.

segunda-feira, 7 de março de 2011

                Dia da Mulher
 Dizem alguns dos líderes destes países, pasmem que elas gostam de apanhar. É isso mesmo, elas gostam de apanhar....   Também dizem que a obediência e a cooperação é um direito do homem.
                A mulher é a dona do mundo. Em países islâmicos isso não acontece porque eles consideram a mulher como um ser inferior. Ela tem que ser subserviente.
Ora, ora, ora... quando vamos aprender que todos nós somos iguais, independentemente do sexo, alias, eu diria até, que a mulher é muito superior ao homem, haja vista, sua condição primária de ser Mãe, portanto, sem ela não haveria a dita humanidade.
Já dizia o poeta: quando Deus disse: “quando eu criei mulher, tinha de fazer algo especial. Fiz os ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro, porém suficientemente suaves para confortar àqueles que choram. Dei-lhe uma imensa força interior que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes recebem dos próprios filhos. Também, dei a ela a fortaleza de cuidar de sua família sem se queixar. Dei-lhe a sensibilidade do entendimento, do amor incondicional que dedica aos seus rebentos, embora, em muitas ocasiões, não seja compreendida”.
E quando a mulher chora então, que maravilha, sabe o são essas lágrimas..... São gotas de humildade, gotas de luz, gotas de paz e finalmente, gotas de amor que são distribuídas graciosamente a toda a humanidade!
    Deus abençoe a Mulher!                                       

                                                Antonio Pereira dos Santos
                                      

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

                 GRANDE RODEIO DA TRADIÇÃO
                No final da década de 50 do século passado, existia em Santa Cruz do Sul, um programa de rádio intitulado Coxilha do Rio grande que era animado por Valdomiro Schiling. Ele apresentava os artistas da cidade de uma maneira geral. Faço um parêntese para dizer que naqueles tempos não se dizia apresentador de programas e sim animador. Em 1960, Euclides Pereira Soares, com sua família, a maioria vindo de Barros Cassal, a grande clã Pereira dos Santos, cujo patriarca era José Altivo dos Santos e a matriarca Maria Eufrásia Faleiro dos Santos, conseguiu aquele horário, que era por sinal, nobre na rádio Santa Cruz, e fundou o primeiro programa de CTG na região, o “Grande Rodeio da Tradição”, que era apresentado aos moldes do Rodeio Coringa, da rádio Farroupilha de Porto Alegre, isto é, com quatro invernadas, ou seja: das duplas, dos declamadores, dos gaiteiros e dos trovadores.
 Com o auditório sempre lotado, ele era apresentado na rua Júlio de Castilhos, onde hoje se situa a Afubra, com distribuições de brinde e prêmios aos vencedores das invernadas. Era um sucesso absoluto aos domingos a noite das 20 às 22 horas. Foi nesta época que começou mesmo as tradições gaúchas em Santa Cruz do Sul, com a implantação definitiva do CTG Tropeiros da Amizade como patrono do programa e seu maior divulgador. Ali nascia, na realidade, esse CTG. Nesta ocasião comecei a animar programas de rádio fazendo o grande Rodeio Mirim, apresentando somente crianças no programa.
Pelo Grande Rodeio da Tradição passaram muitos artistas da cidade e também quando vinham da grande Porto Alegre, se apresentavam nele. Nomes como Dimas Costas, Irmãos Bertussi, Irmãs campeirinhas, os Milongueiros, Chará e Timbaúva, a Dupla Mirim, Osvaldinho e Zé Bernardes, são alguns dos artistas já famosos do rádio Rio-grandense.
 Dos nomes da cidade, lembro do Campeiro e Campinho, os Dois Amigos, que era o Euclides e o Allão Pereira dos Santos, os Araganos, o mano Cliff, o Joãozinho e tio Marciliano José Rodrigues, o Antoninho e a Terezinha, que ainda eram mirins, Tropeiro e tropeirinho, os Tropeiros, que eram o Cliff e o Eli, muito boa dupla, por sinal, Scherinha e Maringá, o trio Fronteirista que era formado pelos irmãos, Jair, Sonia e Estela. A família Almeida com as cantoras, Marlene, Tereza, Celina e marlise. Na parte de declamadores, surgiu o Dão Real Pereira dos Santos, Pedro Ferreira, Anadir Duarte, Ernestor Cardoso, Adão Regis Pereira dos Santos e toda gurizada, que despertou para esta especialidade. Como gaiteiros, apareceram o Nelsinho, O Cliff, o Marciliano, o Antenor, o Jair Pereira Soares e tantos outros. Na parte de trovadores, surgiram nomes como, Ozi Andrade, Portela Delavi que já tinha nome de fama estadual e tantos outros que passaram por este programa, que nestes moldes durou até 1965.
Com as mudanças da patronagem do CTG, este programa passou a ser realizado, ainda com auditório, mas sem ser ao vivo. Portanto, a partir deste ano, passou a ser gravado na sede da entidade e levado para ser apresentado todos os sábados pela manhã.
O Grande Rodeio da Tradição, que era apresentado por nós, permaneceu assim até o ano de 1985, revelando grandes nomes do cenário regional.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

opinião pública

                                                OPINIÃO PÚBLICA

                Somos reféns de nossas opiniões?
Esta interrogação fica em nossas mentes cada vez que deparamos com situações que nos deixam, deveras preocupado, com os valores intrínsecos que são deixados de lado, quando apressadamente queremos avaliar outras pessoas. Já dizia o sábio que só os loucos e os mortos não mudam de opinião.
“Ninguém colhe um presente, nem semeia um futuro, senão houver um passado”. Esta frase personifica exatamente o queremos enfatizar. Lembramos tão somente do, agora...
As vezes realizamos grande obras em beneficio de outrem, trabalhamos para o bem comum anos a fio, sem nenhuma cobrança, tipo: toma la, da ca. “Não saiba vossa mão esquerda o que da a mão direita”, parábola de Jesus, o grande Mestre da Humanidade, e quando num deslize, próprio do ser humano, dissemos e ou fazemos, algo impróprio para o momento, pronto: tudo o que foi feito, foi por água abaixo. Vale aquele momento, vale àquela mancada, o resto não importa. Ah... como é fácil julgar, não é?
Será todos os bons feitos não apagariam os maus feitos? Não, não, agora ficou mais fácil criticar!
Há pouco tempo, o deputado federal, Sergio Moraes passou por algo que é um exemplo prático disto. Em tempo: não é uma defesa do nobre deputado, até porque, ele não precisa disso. Numa entrevista em Brasília ele disse a célebre frase: “To me lixando pra opinião publica”. Pronto, bastou para que sua marca em todo o Brasil, fosse esta.. Ora, todos sabem as grandes realizações do deputado, desde os tempos de prefeito de Santa Cruz do Sul, passando pela Assembléia Legislativa e a Câmara dos Deputados. Foram conquistas em prol da população regional e estadual, haja vista sua atuação em todos os recantos de nossa terra.
Pois bem, ele explicou em diversas entrevistas, em praticamente todos os setores de imprensa do Brasil. Ele pediu desculpas pelo mal entendido e disse também, explicitamente, que sua referência, a famosa frase, era especificamente à pessoa que o entrevistava e ao órgão de imprensa que representava e não, olha bem, à opinião pública em geral. Não adiantou, virou caso nacional. Até agora, ainda ficou como ele tivesse dito, a toda a população. Ora, ora, se é o povo que o elege... . O bom senso nos diz que ele nunca diria esta frase, da forma como foi colocada.
Só enumerando mais um exemplo, cito também o ex prefeito Arno João Frantz. Um homem que realizou grandes obras ao município.  Um homem que deixou sua marca em feitos e realizações. E, quando se fala em Arno Frantz, o que primeiro vem à mente das pessoas, é claro, salvo exceções, piadas e mais piadas. Algumas até de mau gosto, de escárnio em detrimento da sua grande figura, de político e homem honrado.
Poderíamos citar mais exemplos em todas as esferas da sociedade.  Até em nossas casas. Um pequeno erro destrói, dez coisas boas que fizemos e somos julgados por isso.
Coloquemo-nos sempre no lugar do outro, porque um dia poderemos ser julgados, pelos julgamentos que fizermos.
                Inferindo, pensemos um pouco nestas reflexões e vamos valorizar aquilo que as pessoas têm de bom, aquilo que elas fazem para o bem coletivo ou individual, vamos esquecer as falhas, que, com certeza, cometeram ou cometerão. Só assim, estaremos fazendo uma sociedade mais justa, mais humana e solidária. Lembremos sempre desta frase emblemática:
“O mal não merece comentários”.


                                                                  ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS