INFLUÊNCIA DO TUPI-GUARANI NA GEOGRAFIA NACIONAL!
Não há
quem não conheça a predominância do Tupi nas nossas denominações geográficas. As
nossas montanhas, os nossos rios, as cidades como os simples povoados. Trazem geralmente
nomes bárbaros que o gentio, dominador de outrora, lhes aplicou, que os
conquistadores respeitaram e que hoje são de todo preferidos, pois, não raro,
se trocam se substituem nomes portugueses de antigas localidades, por outros de
procedência indígena às vezes lembrados ou compostos na ocasião, às vezes
restaurados pelos amantes de coisas antigas e tradicionais.
Desde o
Amazonas até Cananéia, nos diz Theodoro Sampaio, com raras interrupções pelo
litoral e com uma faixa mais ou menos larga, ao lado dele e várias projeções pelo
interior, dominava o Tupi, falado por tupinambás, tabajaras, potiguaras, caetés,
tupiniquins, tamoios e depois por seus descendentes mestiçados com europeus e
africanos.
De Cananéia
para o sul, pela costa e pelo interior, abrangendo grande parte do interior
paulista, nos vales do Paraná, Tietê e Paranapanema, descendo para o sul em direção
ao nosso Estado (RS), pelos campos elevados que o Tibagi, o Ivaí, o Iguaçu e o
Uruguai atravessam e apesar de algumas tribos tapuias interpostas, dominava o
guarani falado por guaianás, carijós, tapes e outros.
Na geografia
da região em que estas línguas foram faladas, encontram-se, agora, nas denominações
dos lugares, os vestígios indeléveis do domínio, de cada uma. O vocábulo itá
(pedra) é um dos mais frequentes empregados na nominação dos lugares por todo o
Brasil.
No Rio
Grande do Sul, encontramos Itacolomy, menino de pedra; Itapeva, pedra plana; Itapuã,
pedra redonda; Itaqui, pedra de amolar.
A água
como os cursos de água ordinários, se designava pelo vocábulo I (Y) que entra
na composição de grande maioria nas denominações hidrográficas, como: Jacuí,
rio dos jacus; Caí, rio da mata; Ibicuí, rio da areias e outros.
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