Pela passagem do teu niver, a ti Maria Eufrásia e a todas
as mães do mundo!
Escrever
para as mães deveria ser uma obrigação de todos os filhos. Deveria se falar
todos os dias. Pois bem, estive a matutar e recordei, mais uma vez, daquela
famosa música cantada por Ângela Maria e Agnaldo Timóteo, que todos os anos
cantava pra ti, Eufrasinha, dos quais vai uma estrofe:
Eu te lembro o chinelo na mão,
O avental
todo sujo de ovo,
Se eu
pudesse, queria outra vez, mamãe,
Começar
tudo, tudo de novo!
Que saudades
da nossa rainha do lar. Que saudades dos seus bolinhos de chuva, dos bolinhos
de arroz que ela fazia como ninguém, da sua carne de panela, daquele
maravilhoso feijão mexido (revirado), do cabo de relho, que era uma mistura de feijão
com arroz e outras sobras, de suas panquecas, váfulas, gralhas, daqueles pães
gostosos que ela fazia ao forno, só para lembrar um pouco de sua culinária, que
ela conservou muita viva, até seus últimos dias dos seus 86 anos.
Sabem,
quando era pequeno lá na minha terra, de quando em vez, na calada noite, quando
não havia lua e tudo era um breu, (não havia luz elétrica), dava um medo que
toda criança sente (história de assombrações, mula-sem-cabeça, boitatá, etc.) então
fingia que dormia e ela pé por pé, vinha até a beira da cama, com seu lampião a
querosene, atenta a tudo e a todos e com seu carinho e sua palavra meiga, dava
confiança, dizendo que não tivesse receio, que o Papai do Céu estava ao meu
lado.
Que saudades
de sua compreensão de mãe afetuosa, parecia adivinhar as menores preocupações e
aflições e sabia com antecedência tudo o que se passava conosco.
Neste momento
de nostalgia, tento expressar a alegria de tê-la tido como Mãe, até porque,
enquanto estavas conosco, de repente não tive a humildade e a coragem de dizer
do meu amor por ti, do quanto representavas na minha vida.
Que saudades
de ainda dormir nos teus braços, do aconchego do teu regaço, anjo de candura e
amor. Por certo ainda hoje, velas por mim e por todos os teus como sempre
fizestes, no grande halo que o teu coração magnânimo, conquistou nas esferas
divinais.
Mãe, se
eu precisasse uma inspiração, para parâmetro de Maria de Nazaré, mãe do
Cristo-Jesus, por certo Mamãe, tu serias esse padrão de mãe exemplar.
Que saudades
mamãe!
Saudades da minha avó, adorava quando vinha nos visitar com a Teresinha e também quando a visitávamos e antes de dormir comíamos aquele pão de milho que só a vó Eufrásia sabia fazer.
ResponderExcluir