BANDEIRA RIOGRANDENSE!
Enquanto
conselheiro do MTG, por 10 anos, convivi com o coronel da Brigada Militar,
Alberto Rosa Rodrigues, autor do livro “História dos Símbolos Rio-grandenses”,
homem dedicado ao estudo deste mister, saliento que a atual bandeira do Rio
Grande do Sul, foi adotada como símbolo do Estado pela Lei 5213, de 5 de Janeiro
de 1966 e conservou as cores da Bandeira primitiva, surgida em 1836, em plena
Revolução Farroupilha.
Quanto às
cores do Pavilhão Tricolor, Walter Spalding nos diz que: “As bases da flâmula
rio-grandense são também o verde e o amarelo. São, portanto, bandeiras irmãs. E
o encarnado? O encarnado não é mais do que o símbolo da República da Federação”.
Rodrigues nos diz que: “Entre o verde e o amarelo da pátria comum, os
farroupilhas colocaram o vermelho, a cor republicana, como um símbolo da
liberdade”. Os brasões (armas) surgiram pelos idos de 1839, o lenço de Bernardo
Pires e os painéis dos padres Hildebrando e Chagas, em 1842.
O historiador
tem dúvidas de quem é o autor do primeiro brasão, se Mariano de Matos ou
Bernardo Pires. Os dois criaram, só não se sabe quem foi o primeiro. Já o
historiador Morivalde Calvet Fagundes, na “História da Revolução Farroupilha”,
menciona um brasão de Mariano de Matos onde ele chama de Escudo Rio-grandense e
diz: “No meio dum troféu de armas e bandeiras, um escudo oval, tendo duas
colunas plantadas sobre rochedos e, meio delas, um losango com rosáceas às
pontas e um quadro, em que o barrete frígio republicano, repousa sobre uma
haste, entre dois ramos”.
“O
barrete frígio se encontra entre rosáceas simbólicas, que, mais tarde, se
transformarão em estrelas”. “O losango nada mais é do que a representação dos
dois triângulos que forma a chamada Estrela de Davi”. “O rochedo é o que se
chama, em linguagem maçônica, a Pedra Bruta...”. “As duas colunas são a que
estão em todas as lojas. As colunas do Templo simbolizam - declara, Dario
Velozo - dois princípios de equilíbrio social: Tolerância e Solidariedade”.
Os ramos,
segundo Mariano de Matos seriam acácia (?) e fumo (?) (sic). Já, Bernardo Pires
nos diz serem esses ramos, representações de mate e trigo. Mas o que seria o
barrete frígio? De acordo com o Aurelião, barrete Frígio é um barrete vermelho,
usado na França no tempo da primeira República. Barrete é uma cobertura que se
ajusta à cabeça: é um tecido mole e flexível, tipo gorro, aquele usado pelos
Cardeais. Frígio: é um povo natural da Frígia na Ásia antiga.
Descrevo
a seguir o brasão atual que é regulado pela Lei 5213 e apresenta uma combinação
e um aproveitamento dos detalhes encontrados nos brasões criados durante a
Revolução Farroupilha. Do major Mariano de Matos: o formato das bandeiras; a
faixa vermelha com bordas douradas; os fuzis com baionetas; a cor verde do
losango; as lanças das bandeiras; os tubos dos canhões.
Do brasão
de Bernardo Pires: as colunas maçônicas; as estrelas do losango; a lança
central (sem a parte inferior); o listel (Liberdade – Igualdade – Humanidade);
a bordadura (elipse) com a frase: República Rio-grandense (20 de setembro de
1835).
Deixo aqui,
portanto, aos interessados, principalmente às escolas, uma interessante
pesquisa, sobre o maior símbolo da nossa Terra.
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS-Professor de Estudos Sociais e
tradicionalista. (Blog WWW.allmagaucha.blogspot.com
;@toninhopds)
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