CHASQUES!
Embora
muitos confundam, não houve luta entre Chimangos e Maragatos, na Revolução
Farroupilha, acontecida entre 1835 e 1845.
Maragatos vem de Maragateria, uma
região da Espanha e que tinha adeptos no Uruguai. Usavam lenço vermelho e
quando Gaspar Silveira Martins, senador do Império, se refugia naquele País,
por ocasião, da proclamação da República brasileira em 1889, se junta, anos
após, a estes maragatos, para invadir estas plagas em 1893, irrompendo, então a
Revolução Federalista.
Aí então, acontece a luta fratricida
entre Pica-paus, do presidente Júlio Prates de Castilhos, (legalista) e
Maragatos de Gaspar Martins, (revolucionário). A chamada revolução da degola.
Somente
em 1923, aconteceu a peleja entre Chimangos e Maragatos.
Na época, comandava o nosso
Estado um seguidor de Júlio de Castilhos, Antonio Augusto Borges de Medeiros,
apelidado por Amaro Juvenal, (pseudônimo de Ramiro Barcellos), de Antonio
Chimango, nome este que vem de um célebre poemeto de sua autoria.
Os Maragatos
eram chefiados por Joaquim Francisco de Assis Brasil, que por sinal, uma grande
parte deles, oriundos da Revolução Federalista de 1893 e que queriam destituir
da Presidência do Estado, Borges de Medeiros.
Borges
de Medeiros governava o Rio Grande do Sul desde 1903, quando da morte de Júlio
de Castilhos, aos 43 anos, de câncer na garganta.
A marca dos legalistas era o
lenço branco, desde os pica-paus de 1893 até os chimangos de 1923.
Voltamos a frisar que, o peão não
usa qualquer tipo de cobertura em recinto coberto, ou seja, dentro de galpões,
salões de baile. Não entendemos a teimosia de alguns em contrariar estas
normas, que pela educação, já se deveria trazer de berço.
A pilcha do peão implica no mínimo
nas seguintes peças: botas, bombacha, guaiaca, faixa, camisa de mangas
compridas de cor sóbria, colete, casaco e lenço ao pescoço. A camiseta, muito
usada nos bailes, só é permitida para trabalhos e nunca para dançar.
O poncho ou pala, não se usa para
dançar. Também não se usam armas de nenhuma espécie, sejam a mostra ou
escondidas sob a roupa. O peão quando chega à portaria das entidades tradicionalistas,
entrega suas armas.
Tradição é, acima de tudo,
cultura e não grossura!
ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS- Professor e
tradicionalista.
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