quinta-feira, 11 de agosto de 2016

                                               CHASQUES!

                Embora muitos confundam, não houve luta entre Chimangos e Maragatos, na Revolução Farroupilha, acontecida entre 1835 e 1845.
Maragatos vem de Maragateria, uma região da Espanha e que tinha adeptos no Uruguai. Usavam lenço vermelho e quando Gaspar Silveira Martins, senador do Império, se refugia naquele País, por ocasião, da proclamação da República brasileira em 1889, se junta, anos após, a estes maragatos, para invadir estas plagas em 1893, irrompendo, então a Revolução Federalista.
Aí então, acontece a luta fratricida entre Pica-paus, do presidente Júlio Prates de Castilhos, (legalista) e Maragatos de Gaspar Martins, (revolucionário). A chamada revolução da degola.
                Somente em 1923, aconteceu a peleja entre Chimangos e Maragatos.
Na época, comandava o nosso Estado um seguidor de Júlio de Castilhos, Antonio Augusto Borges de Medeiros, apelidado por Amaro Juvenal, (pseudônimo de Ramiro Barcellos), de Antonio Chimango, nome este que vem de um célebre poemeto de sua autoria.  
              Os Maragatos eram chefiados por Joaquim Francisco de Assis Brasil, que por sinal, uma grande parte deles, oriundos da Revolução Federalista de 1893 e que queriam destituir da Presidência do Estado, Borges de Medeiros.
                Borges de Medeiros governava o Rio Grande do Sul desde 1903, quando da morte de Júlio de Castilhos, aos 43 anos, de câncer na garganta.
A marca dos legalistas era o lenço branco, desde os pica-paus de 1893 até os chimangos de 1923.
Voltamos a frisar que, o peão não usa qualquer tipo de cobertura em recinto coberto, ou seja, dentro de galpões, salões de baile. Não entendemos a teimosia de alguns em contrariar estas normas, que pela educação, já se deveria trazer de berço.
A pilcha do peão implica no mínimo nas seguintes peças: botas, bombacha, guaiaca, faixa, camisa de mangas compridas de cor sóbria, colete, casaco e lenço ao pescoço. A camiseta, muito usada nos bailes, só é permitida para trabalhos e nunca para dançar.
O poncho ou pala, não se usa para dançar. Também não se usam armas de nenhuma espécie, sejam a mostra ou escondidas sob a roupa. O peão quando chega à portaria das entidades tradicionalistas, entrega suas armas.
Tradição é, acima de tudo, cultura e não grossura!

                                ANTONIO PEREIRA DOS SANTOS- Professor e tradicionalista.

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