DANÇAS DE SALÃO!
Historiando
sobre as danças de salão, é interessante saber que o Brasil só começou a
praticar essa modalidade a partir de 1915, quando veio para cá essa novidade,
vinda dos grandes salões europeus a começar pela valsa, em 1815 em Viena,
capital da Áustria que logo espalhou para Paris, capital cultural do Planeta.
No Brasil,
foi criada pela Madame Louise Frida Poças Leitão, ou Madame Poças Leitão, uma
escola de danças de salão que entre muitas regras tinham algumas que eram
pontos de honra, como por exemplo: proibidos, chicletes, tênis, sapatos sem
meias, recusar convites à dança.
O lenço
de bolso é item obrigatório para os homens enxugar o suor, inclusive da dama.
Até 1970, os alunos eram obrigados ao uso do terno e gravata e as alunas, ao
vestido ou saia, com meia de seda e saltinho. Inclusive, o lenço também servia
para não sujar o vestido da dama, quando usado na mão direita do cavalheiro no
momento da dança.
Para se
“tirar” para dançar, o cavalheiro fazia uma leve inflexão de tronco, mantendo
os pés juntos, dizendo palavras mais ou menos assim: a dama quer me dar a honra
desta dança, ou contradança?
O
cavalheiro poderia beijar as mãos das senhoras, jamais das senhoritas. Quando
terminava a dança o cavalheiro conduzia de volta a dama ao seu local de origem.
Também
como etiqueta importante para os padrões da época era nunca cumprimentar alguém
usando luvas.
Aqui na
região de Santa Cruz do Sul da década de 1960, 1970 criou-se o chamado carioquinha
que era uma variação nas vaneiras dançadas 2x2 e a gurizada do CTG Tropeiros da
Amizade, começou a dançar o 2x1 e pegou tanto que até hoje muitos dançam o
carioquinha que, pela oficialidade só poderia ser dançado nas milongas.
As
danças de salão não podem ser automatizadas, robotizadas, isto é, faz isso, faz
aquilo e nada de criação. Dança é uma simbiose, mente e corpo e dentro do ritmo,
deve-se deixar os dançarinos fluírem em seus passos. Até doenças como depressão,
são curadas no simples ato da dança.
Essa é,
portanto, a origem das danças de salão e que se espalhou para o todo o Brasil
sendo que, cada estado da federação ficou com suas peculiaridades.
ANTONIO PEREIRA
DOS SANTOS – Professor e tradicionalista.
(Email, toninhosantospereiraa@hotmail.com;
Twitter, toninhopds; Blog, WWW.allmagaucha.blogspot.com).
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