O
peão e a iniquidade!
A parceira
madrugada, faz morada no intrínseco deste peão, que apela para que o tempo
afaste a amargura da espera longa e triste, de algo que ele mesmo não entende.
O índio
vago, teme a solidão ao mesmo tempo entende, que domar os próprios instintos
faz parte da caminhada e que tudo se encaixa no turbilhão, que por vezes o
envolve.
Mas que
sofisma é esse? A maldade parece que impera nos corações da humanidade na íngreme
evolução, quando a brutalidade parece não ter fim, beirando a irracionalidade
do tempo das cavernas, onde só o instinto predominava!
Onde está
o homem, que foi criado para domar seus mais brutais egos e que não se sustenta
no mar de idiossincrasias que se embretou, dando vazões as vorazes carantonhas
de que se vê possuído!
Sem guarida,
busca desenfreado uma luz no fim do túnel e nada enxerga, além de suas próprias
iniquidades e irrelevantes desejos e a lama modorrenta e fétida, encobre aquilo
que de mais nobre possui.
É assim
que vaga os chamados mortos vivos que desnorteados, sem rumo, só veem a sua própria
desgraça em meio as chagas que se meteu e como monstros que se tornaram,
cometem desatinos inomináveis, como os leões na África selvagem, predador sem
piedade da pobre gazela indefesa.
Com
esta nostalgia, o peão acorda da inflexão pela atualidade cruel do homem
insensato, em busca de prazeres insanos que só uma alma perdida almeja.
Não, não
é assim! Atiça o fogo parceiro velho e busquemos como o lírio o faz a brancura
do ser no íntimo maior que é a seiva do ser criado para o bem, na legítima acepção
da palavra e saibamos separar o joio do trigo.
Assim como
o velho peão, arrinconado no seu próprio eu, busca uma nesga de luminosidade
que vislumbra logo ali, busquemos através da roda dos mates conversados, a crença
que a galope, a justiça se fará àqueles perdidos nos escombros da maldade e que
serão expulsos, como chagas pestilentas dessa humanidade!
Por isso,
excluo a solidão que me abordava e no conspícuo, vejo luzes e no andejo das
minhas lembranças, sinto do abraço Divinal o consolo Maior! Assim é a vida,
quando parece tudo perdido, logo ali, estará a solução e um novo começo nos
espera.
Pensemos nisso!
ANTONIO
PEREIRA DOS SANTOS – Tradicionalista.
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