sexta-feira, 3 de abril de 2015

                                           Como surgiu a Semana Santa.

                      Em 325 d.C, o Concílio de Niceia, presidido pelo Imperador Constantino e organizado pelo Papa Silvestre I, consolidou a doutrina da Igreja Católica, como a escolha dos livros sagrados e as datas religiosas. Ficou decidido também que a Semana Santa seria comemorada (do domingo de ramos ao domingo de Páscoa). 
                      Há relatos de festas em homenagem aos últimos dias de Cristo, pouco tempo depois de sua morte. Porém comemoravam dois dias apenas (sábado de aleluia e domingo da ressurreição).       Nesse Concílio também foi adotado o Catolicismo como religião oficial do Império Romano.
Cada dia da comemoração faz referência a um acontecimento. 
                      O domingo de ramos refere-se à entrada do Rei, o Messias, na cidade de Jerusalém, para comemorar a páscoa judaica. Na segunda-feira seguinte foi o dia em que Maria ungiu Cristo; na terça-feira foi o dia em que a figueira foi amaldiçoada; a quarta-feira é conhecida como o dia das trevas; a quinta-feira foi a última ceia com seus apóstolos, mais conhecida como Sêder de Pessach. 
                     A sexta-feira foi o dia do seu sofrimento, sua crucificação. Sábado é conhecido como o dia da oração e do jejum, onde os cristãos choram pela morte de Jesus. E, finalmente, o domingo de páscoa, o dia em que ressuscitou e encheu a humanidade de esperança de vida eterna.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 2 de abril de 2015

                                    RETOMADA DA VILA DE RIO GRANDE!

                Desde 1763, a vila de Rio Grande estava em mãos dos espanhóis, tendo o governador militar português se retirado para o povoado de Viamão.  
Vindo a assumir a governança, o coronel José Marcelino de Figueiredo sentiu-se desamparado, mas, com o auxílio de Rafael Pinto Bandeira e outros “continentinos” (assim eram chamados os naturais da região), conseguiu conter novos avanços espanhóis.
                Somente em 1774, o rei de Portugal pareceu dar-se conta da humilhação a que estavam submetidos seus vassalos do sul do Brasil e ordenou a formação de um grande contingente armado que pudesse socorrê-los.
Nada menos que 4000 homens, sob o comando do general Henrique Bohm, atravessaram o Atlântico, vindo reunir-se a cerca de 2000 combatentes e voluntários do Continente, com que se formou o maior exército até então conhecido no Brasil.
                A retomada da vila de Rio Grande – com a retirada do inimigo para o Forte de Santa Tereza, ao sul do Arroio Chuí – dá-se a dois de abril de 1776, pondo fim a uma dominação espanhola de 13 anos. Abaixo o mapa da época.

quinta-feira, 26 de março de 2015


                                                AMAI-VOS E INSTRUÍ-VOS!
                                    Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são os meus bem-amados. Instrui-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos ensina o objetivo sublime da prova humana. 
                                  Como o vento varre a poeira, que o sopro dos Espíritos dissipe a vossa inveja dos ricos do mundo, que são freqüentemente os mais miseráveis, porque suas provas são mais perigosas que as vossas. 
                                   Estou convosco, e meu apóstolo vos ensina. Bebei na fonte viva do amor, e preparai-vos, cativos da vida, para vos lançardes um dia, livres e alegres, no seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfeitos, e deseja que modeleis vós mesmos a vossa dócil argila, para serdes os artífices da vossa imortalidade.                                         
                                 Homens fracos, que vos limitais às trevas de vossa inteligência, não afasteis a tocha que a clemência divina vos coloca nas mãos, para iluminar vossa rota e vos reconduzir, crianças perdidas, ao regaço de vosso Pai.
                              Estou demasiado tocado de compaixão pelas vossas misérias, por vossa imensa fraqueza, para não estender a mão em socorro aos infelizes extraviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. 
                               Crede, amai, meditai todas as coisas que vos são reveladas; não misturem o joio ao bom grão, as utopias com as verdades.
                      Espíritas; amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana; e eis que, de além túmulo, que acreditáveis vazios, vozes vos clamam: 
                          Irmãos! Nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal; sede os vencedores da impiedade!
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ESPÍRITO DE VERDADE
Bordeaux, 1861
                 SE NÃO ESTIVESSE TÃO FORA DE MODA...

Ia falar de AMOR. Daquele amor sincero, olhos nos olhos, daqueles momentos que, só quem amou um dia, conhece bem. Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas, mas não para retê-las, no egoísmo material da posse, mas para doá-la no sentimento do amor, o amor que constrói, o amor que não mata, o amor fraternal, enfim...
                SE NÃO ESTIVESSE TÃO FORA DE MODA...
Ia falar de SINCERIDADE. Sabe aquele negócio antigo de fidelidade... respeito mútuo...aquelas outras coisas que deixaram de ter valor? Aquela sensação que embriaga mais do que a bebida; que é ter, numa mesma pessoa, a soma de tudo que, às vezes, procuramos em muitas...
A admiração pelas virtudes e a aceitação dos defeitos, mas, sobretudo, o respeito pela individualidade, que até julgamos nos pertencer, mas que cada um tem o direito de possuir...
                SE NÃO ESTIVESSE TÃO FORA DE MODA...
Ia falar de AMIZADE. Na amizade que deve existir entre duas pessoas que se querem bem... o apoio, o interesse, a solidariedade de um, pelas coisas do outro e vice-versa. A união, além dos sentimentos, a dedicação de compreender.
                SE NÃO ESTIVESSE TÃO FORA DE MODA...
Ia falar de FAMÍLIA. Essa instituição que ultimamente vive a beira da falência, sofrendo contínuas e violentas agressões. Pai, mãe, irmãos, filhos, lar...
Aquele bem maior de ter uma comunidade unida pelos laços sanguíneos e protegida pelas bênçãos divinas. Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada, a fonte de descanso e a renovação das energias... A realização da mais sublime missão humana de sequenciar a obra do Criador... E depois, eu ia até, quem sabe, falar de algo como...a FELICIDADE.
Mas é uma pena que a felicidade, como tudo mais, há muito tempo já esteja tão fora de moda e tenha dado seu lugar aos modismos da civilização...
Ainda assim, gostaria que a vida fosse repleta dessas questões tão fora de moda e que, sem dúvida, fazem a diferença!
Afinal, que mal faz ser um pouquinho “careta”?

     (Carta do X Encontro estadual da Juventude Gaúcha, de 2001 em Alegrete).

quarta-feira, 25 de março de 2015

             OBRA PRIMA DE JOSÉ GARILBALDI SOBRE BENTO GONÇALVES DA SILVA! 

                Bento Gonçalves, verdadeiro cavaleiro andante do ciclo de Carlos Magno, irmão pelo valor, dos Olivérios e Rolandos, vigoroso, ágil, leal como eles, verdadeiro centauro, governando um cavalo como nunca vi, a não ser o general Netto – modelo completo do cavaleiro, - estava ausente e em marcha, à frente de uma brigada de cavalaria, para combater Silva Tavares, que tendo transposto o São Gonçalo, hostilizava esta parte do território de Piratini, sede do governo.
                Achando-se desocupado em Piratini, pedi para fazer parte da linha de operações de São Gonçalo, comandada pelo presidente. Foi aí, que vi pela primeira vez esse bravo e que passei alguns dias em sua intimidade. Era, na verdade o filho dileto da natureza, que lhe deu tudo o que faz um herói.
                Bento Gonçalves, tinha perto de 50 anos quando o conheci. Alto e esbelto, montava a cavalo, como já disse, com graça e desembaraço admiráveis. A cavalo não lhe daria mais de 25 anos. Valente e feliz, não hesitaria por um instante, qual um cavaleiro de Ariosto, combater um gigante, fosse ele da corpulência de um Polifemo e tivesse armadura de Ferragus. Fora um dos que primeiro lançara o grito de guerra, não com fim de ambição pessoal, como qualquer outro filho desse povo belicoso.
                Seu passado no campo era o do último dos habitantes das planícies: carne assada e água pura. No primeiro dia em que nos vimos, convidou-me para sua frugal refeição, e, conversamos com tanta familiaridade, como se há muito fôssemos companheiros de infância e iguais.
                Com tantos dons e prendas naturais, Bento Gonçalves foi ídolo dos seus concidadãos.
                Onde estarão agora esses belicosos filhos do Continente, tão majestosamente terríveis nas batalhas? Onde, Bento Gonçalves, Netto, Canabarro, Teixeira e tantos valorosos que não lembro?...
                Oh! Quantas vezes tenho desejado nestes campos italianos um só esquadrão de vossos centauros, avezados a carregar uma massa de infantaria com o mesmo desembaraço com que o fazem a uma ponta de gado!... Onde se acham eles? Que o Rio Grande ateste com uma modesta lápide o sítio em que descansem seus ossos!
Obs: Polifemo, na mitologia grega, era um ciclope, filho de Posídon e da ninfa Teosa.

 Ferragus é um romance de Honoré de Balzac, publicado na Revue de Paris.

segunda-feira, 23 de março de 2015

                                VIVÊNCIA DO EVANGELHO EM FAMÍLIA.

A família é o núcleo básico da sociedade. Para entendê-la é preciso abrir o coração para o amor e a mente para a sabedoria espiritual. Na sociedade, o homem vive o mundo da persona, tudo cheio de máscaras. Em família ele se revela o mais próximo possível de sua vida real.
Quando vemos e analisamos o vício de alguém e o fazemos na perspectiva moralista, vendo-o como um mal em si, desconectado da totalidade existencial do indivíduo, poderemos atingir somente a superficialidade do problema. Aqueles que se constituem em intérpretes do evangelho, devem buscar evitar se transformarem em profetas do apocalipse. O vício, o erro ou mesmo uma atitude inadequada devem ser considerados como parte de um contexto maior que sua ocorrência. O combate a eles não se devem limitar a advertências punitivas, mas entender e principalmente levar a pessoa à reflexão sobre os motivos que a levaram a tal cometimento.
A profilaxia dos desequilíbrios humanos ou daquilo que o torna infeliz e que gera a ausência de paz inicia-se na medida em que desperta para se questionar. Propor medidas comportamentais para resolver tais problemas é como pular ou saltar um degrau importante da escada natural de crescimento espiritual do ser humano.
O evangelho de Mateus, cap. 5 vers. 14, é fundamental ser repensado: vós sois a luz do mundo; não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte. Portanto, apontar caminhos exeqüíveis com o fim de transformá-los em virtudes a partir de seu próprio exemplo.
Médico, cura-te a ti mesmo. Jesus propõe que o curador se cure, isto é, que sua fala seja dirigida a si mesmo. Seu exemplo pessoal é a verdadeira mensagem que passa. A fala do Cristo demonstra segurança e autoconfiança em si mesmo. Ele se expôs diante da Sinagoga sem esconder suas capacidades e disse para que veio. E nós devemos ter o equilíbrio e autodeterminação suficientes para assumir nossas responsabilidades em família.
Quais os valores que devem nortear a formação de um lar? Oriundos da religião? Das tradições familiares? Do meio social? Dos filmes e livros? Talvez devamos escutar o coração e perceber uma mensagem divina, gravada pelo criador da vida. Raramente conseguimos escutá-la. Estamos muito ligados ao mundo material.
Ouvimos muito sons, prestamos atenção no mundo para podermos dominá-lo, mas dificilmente ouvimos nosso coração, nosso íntimo. Daí parte as intuições que nos elevam, nos fazem divinos. É de lá que vem a mensagem e os valores que devem nortear nossa caminhada evolutiva.
Escutar esse canto divino pressupõe silencio, humildade e confiança. A cada momento, em cada segundo de nossa vida, ele envia um pulso que permite-nos enxergar melhor o mundo, nos fortalecendo para os desafios que ele promove. As religiões são importantes, se suas lições são passadas com amor e não somente o teor dogmático.
O maior valor que se deve vivenciar num lar e passar adiante aos filhos é a amorosidade para com os outros, para com a vida, para consigo mesmo e para com Deus.
A sociedade está sempre em mudança de costumes e de valores. Não é diferente da família. Nesta é mais sutil. A família hoje se constitui mais pela atração entre pessoas do que pela necessidade de transmitir valores de um determinado clã para seus descendentes. Os problemas de relacionamento, de efetividade, financeiros, são a tônica do mudo moderno. Os valores morais, a serem repassados aos filhos, estão em segundo plano.
Princípios como o amor, a caridade, a fé, a fraternidade e a paz são fundamentais e básicos para a compreensão dos valores reais. - Do amor vem o respeito ao outro. - Da caridade, vem a renúncia em favor de alguém. - Da fé, extraímos a crença no ser humano como capaz de superar limites e vencer desafios. - Da fraternidade, vem a aproximação e o maior contato com o mundo do outro. - Da paz, vem a capacidade de ouvir o outro, dele fazer parte do nosso mundo.
Emitir bons pensamentos, desejar a paz e equilíbrio para alguém é uma emissão psíquica de força inigualável.

                

quarta-feira, 11 de março de 2015

                              POSSE DO PRIMEIRO PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DO RIO GRANDE DO SUL.
                 Além de ser o Dia Internacional da Mulher, o dia 8 de março, tem uma marca importante na história da nossa terra, senão vejamos: proclamada a independência do Brasil em 1822, tratou-se da organização administrativa do novo Império. A anterior Capitania tornou-se, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul.
     Para presidi-la, o imperador nomeou o Dr. José Feliciano Fernandes Pinheiro (futuro visconde de São Leopoldo), que prestou compromisso em janeiro de 1824. Até então, os governantes do sul, haviam sido escolhidos, tendo em vista, principalmente, suas credenciais militares, já que o território vivia em constante ebulição de armas.
                Ao indicar o Dr. Fernandes Pinheiro, natural de Santos e formado pela Universidade de Coimbra, Portugal, o Imperador parecia dizer que, era chegado o momento da consolidação administrativa desta terra, mantido duramente de espada na mão.
                Ele tomou posse em 8 de março de 1824, diante do Conselho Geral da Província. Sua visão de estadista, assegurou, o início de desenvolvimento social e econômico que a nova província desejava. Destaca-se, entre suas atividades, a fundação do Hospital de Caridade de Porto Alegre, atual Santa Casa de Misericórdia. 
               Organizou a primeira colônia alemã, a margem do Rio dos Sinos, neste mesmo ano, outras duas na região de Torres (Três Forquilhas e São Pedro de Alcântara) e ainda outra no Alto Uruguai, na antiga Vila Missioneira de São João Batista.
                É considerado o primeiro historiador do Rio Grande do Sul e sua obra “Anais da Província de São Pedro” se tornou fonte básica de consulta.
                   Sua estada no nosso Estado (onde casou com D. Maria Elisa Júlia de Lima) está associada ao solar onde viveu, em Porto Alegre, na Rua de Duque de Caxias, hoje conhecido como “Solar dos Câmara”. 
                  Exerceu mandato governamental por menos de dois anos (até 14 de janeiro de 1826), por ter sido convocado, por D.Pedro I, para participar do ministério como Secretário dos Negócios do Império. (Barcelos, Ramiro Frota, pesquisa nos Anais do Instituto Histórico de São Leopoldo