COMEÇO DA COLONIZAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL.
O presídio
de Rio Grande, primeira fundação em nosso estado em 19 de fevereiro de 1737,
foi logo se desenvolvendo com o estabelecimento de famílias vindas do Rio de
Janeiro e de Santa Catarina. Colocado em meio caminho da Colônia do Sacramento,
era ponto obrigatório para refresco das expedições que para lá se dirigiam por
mar e das que por terra iam comerciar com a Colônia.
Também moradores
do território de Santa Catarina encaminharam-se para o sul, formando os
primitivos centros de população. Em 1740, começa a formação do povoado de Santo
Antonio da Guarda Velha. (hoje Santo
Antonio da Patrulha). A sua origem, crê-se ter sido uma guarda ou registro, ali
estabelecido, para regular o comércio com a Colônia.
Com o
correr do tempo a ela agregaram-se companheiros de expedição de João de
Magalhães, aos quais se deve o desenvolvimento do incipiente povoado.
Em 1741,
é fundado o povoado da Capela Grande. Presume-se que Francisco Carvalho da
Cunha, sendo um dos companheiros de João de Magalhães, na exploração do território
do Rio Grande do Sul, formara o estabelecimento que denominou Estância Grande,
onde erigiu uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição.
Logo para
ali afluíram moradores dos vizinhos Campos de Viamão, então pertencentes ao
distrito de Laguna. A povoação foi crescendo. Tratou-se da construção de uma
igreja e foi ainda Carvalho da Cunha quem doou para o seu patrimônio, uma légua
de campo e muitos animais vacuns e cavalares, conforme escritura pública, lavrada
em Laguna, no dia 26 de abril de 1746.
Segundo
uma antiga legenda, o nome da nascente povoação teve a seguinte origem: dali,
de uma daquelas alturas, avista-se os cinco rios que se vem lançar no Guaíba,
figurando os dedos de uma gigantesca mão espalmada. Da frase, vi a mão, parece
ter-se derivado o nome da povoação que ficou sendo a Capela Grande de Viamão,
hoje tão somente, Viamão.
(pesquisa de A.G.Lima, 1916)
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